História Dark Angel - A Chuva

POV's Marcy.

— *bocejo* Que sono. — olhei pro relógio e percebi que tinha acordado um pouco antes de despertar. — Ah, não acredito. — me joguei de novo na cama.

Virar a noite com séries de terror é fácil pra mim, mas quando são jogos, parece que cansaço só vem desligando o jogo e quando vem pode derrubar um cavalo.

— Ah…. Fazer o que. — me levantei de uma vez — Hoje é um novo dia.—

- Quebra de Tempo -

O dia estava bem… Nublado, vinha um temporal daqueles. Eu estava usando uma calça comprida, uma jaqueta cinza com uma blusa preta escrito Leave or Die e botas cano longo marrons. Isso não é uma roupa muito adequada pra se andar na chuva.

— Ah, não acredito. — comecei a procurar abrigo da chuva, não tinha nenhum a vista e a chuva caía bem forte.

Andei, já estava muito molhada, as gotas de água pingavam dos meus cabelos de das minhas roupas.

— Eh, pelo visto nem você escapou.—

— Nathaniel? — peguntuei andando em meio a neblina que fazia enquanto a chuva caía.

— É eu mesmo.—

— Você tá bem pior que eu. — disse olhando o estado dele.

— Pelo visto ainda não viu como está, não é? —

— Não... — respondi desanimada.

— Vamos — me puxou pelo braço — temos encontrar um abrigo desse temporal. —

— Ok… — respondi, então começamos a procurar por algum lugar .

— Hey, Nath aqui. — apontei para um prédio abandonado

— E dá pra ficar aí? — peguntou analisando o local.

— Claro que dá. — me sentei do lado de fora do prédio embaixo de uma lona e ele se sentou do meu lado.

Passamos um bom tempo sem dizer nada e a chuva nada de melhorar.

— Mas fala aí... — tentei puxar assunto — desde quando você estuda lá? —

— Desde o ano passado...— ele disse olhando pro chão.

— Humm — murmurei — deve ser bom ainda estar com seus amigos. —

— Eu não tenho muitos amigos, eu passo muito tempo estudando.— respirou fundo — Eu não tenho muito tempo para eles.—

— Sabe… Eu nunca tive amigos, nunca tive outra pessoa com quem contar a não ser meu irmão. — olhei para o céu — A única pessoa que eu tive foi a Yuka, só que nós nos separamos. Eu tinha vindo pra cá pra poder ficar com ela mais uma vez… Só que ela viajou.—

— … — ele me olhou como se me entendesse, mas o problema é esse, não tem como me entender.

— Então, ficar assim por que você tem pouco tempo pros seus amigos não é válido. É só você tornar esse tempo que você tem, um dos melhores para eles.— estendi minha minha mão fechada — Ok?— 

— Hum…— ele deu uma leve risada — Ok…— e bateu com a mão fechada na minha.

— Ah. — me levantei — Essa chuva não vai passar, quer saber eu vou é na chuva mesmo.—

— Tudo bem, uma chuva não mata ninguém. —

Então tivemos que ir correndo até a escola, chegamos molhados e os olhares curiosos pairavam sobre nós. A diretora estava no corredor mandando todos para as suas salas até que viu nosso estado.

— Meu Deus! O que houve com vocês? — disse preocupada.

“Nossa… Ela preocupada? Que milagre.” pensei.

— Desculpe diretora, a chuva estava muito forte e estavamos na metade do caminho para cá. — Nath respondeu imediatamente.

— Então vocês vieram juntos? — depois dessa pergunta todos os alunos que estavam presentes começaram a comentar entre si.

— Sim. — ele disse, calando a boca de todos presentes — Nós nos encontramos no meio do caminho por acaso. Agora me dêem licença… — disse indo embora.

— Já que ele lhe disse tudo oque ocorreu, eu vou indo.—

Entrei na sala e todos estavam me olhando, eu estava tão molhada que a cada passo que eu dava criava uma poça de água no chão. Me sentei na cadeira, minha cara não era a das melhores.

— Caramba! Olha o seu estado! — olhei em direção a voz, era o Castiel como sempre, perto pra ver a desgraça dos outros.

— Argh…—

— O que aconteceu? Resolveu tomar banho de chuva? — ironizou.

— Não enche.—

— Tudo bem assombração. —

— Marcy, você tá toda molhada. — disse Iris se aproximando de nós.

— É, ela resolveu tomar banho de chuva. — comentou o Castiel rindo da minha situação.

— Eu estou muito tentada a te bater.— disse perdendo a paciência.

— Calma vocês dois. — ela disse — Eu tenho uma roupa extra, eu trago caso o dia estiver nublado. —

— Pra quê?— perguntei não entendendo muito bem.

— É que eu tô quase acostumada a pegar chuva hehehe… — riu meio sem graça.

— Ok…— peguei a roupa e fui para o vestiário.

Dentro da sacola tinha uma bermuda jeans cinza que ia até o joelho, e uma camisa azul e uma blusa de manga comprida também cinza…

— É o que tem neh… — disse olhando as roupas.

Me vesti e saí do vestiário, fui direto pra sala mas fui barrada pela Ambre e as amigas dela.

— Você realmente não tem o que fazer não? — perguntei um pouco apressada.

— Eu é que pergunto, você fica puxando meu irmão pra uma tempestade.— ela peguntou indgnada.

— Pensando bem, como você está aqui se não veio com ele? Pedio pro papai te trazer foi? —

— Pelo menos ele me trouxe e o seu que te abandonou fezendo pegar chuva? Pelo menos meu pai presta hahaha.— começou a rir junto com as amigas.

Aquilo foi a gota d'água, eu a segurei pelo pescoço com força.

— Nunca mais fale do meu pai. — disse ríspida.

— Aí… — ela se debatia tentando tirar as minha mão do seu pescoço.

— Chega Marcy… — me virei ainda segurando ela, Leon estava atrás de mim me olhando sério. O que ele fazia aqui?

— Tsc… — a soltei no chão sem nenhuma delicadeza.

— Vá para sua sala… — ele disse olhando para Ambre no chão. As marcas dos meus dedos ficaram em seu pescoço.— Eu vou ter uma conversa com a diretora e essa “criança”.— ele me olhou de canto.

Fui ao banheiro, joguei uma água no meu rosto tentando me acalmar. Meus olhos estavam vermelhos, por um momento pensei que Ambre poderia ter visto, mas se ela dissesse ninguém iria acreditar. Então finalmente sem interrupções entrei na sala.

POV's Leon.

Ela foi direto pro banheiro, com certeza esfriar a cabeça. Olhei para garota que estava me acompanhando junto de suas amigas.

— Você sabe o que poderia ter acontecido se eu não estivesse aqui? — eu estava com raiva, mas não chegava nem perto de me descontrolar.

— Não, me desculpe… — disse a garota tremendo.

— Garota tola, não mexa com quem está quieto. — disse dessa vez sem olhar para ela.

Chegamos na sala da diretora. Olhei para as outras duas, elas apenas assentiram com a cabeça e foram embora. Então entramos na sala. Quando a garota ia falar foi interrompida pela diretora.

— Não precisa dizer nada….Eu já vi tudo.— disse ela olhando a garota com seriedade.

— Você sabe muito bem a situação de minha irmã, e o por que dela está aqui, não sabe Sra. Shermansky? — ela engoliu seco.

— Por favor senhorita Ambre saía da sala, daqui a pouco lhe chamo para ter uma conversa. — depois de ouvir aquilo a garota saiu.

Ainda penso no que poderia ter acontecido à ela. Se eu não tivesse chegado a tempo minha irmã certamente teria quebrado o pescoço dessa pessoa. As marcas da mão de Marcy ainda estavam bem vivas nela. Depois de muito tempo de conversa com a diretora chegamos a um acordo, fui para embora esperando a hora de Marcy ir para casa, mas o ruim era que o dia estava apenas começando.

Continua…