POV's Marcy.
— Olha só, finalmente voltou pra sala…— disse o ruivo me encarando equanto entrava.
— Então as roupas roupas couberam? — perguntou Iris meio preocupada.
— Deram sim, obrigada.— respondi.
— Oh, que bom! — ela deu um sorriso e sorri de volta por educação.
— Aff… Que drama — reclamou ele com cara de nojo
— Cala boca… — encarei-o.
— Hunf…—
O professor entrou na sala e todos continuaram com suas conversas como se ele não estivesse presente.
— Com licença… — falou tão baixo que eu quase não ouvi — Por favor silêncio…—
— Ei, cambada façam silêncio!!! — gritei fazendo todos calarem a boca. Já estava irritada com todo aquele falatório.
— Obrigado — me disse — Você é a aluna nova, não é? Sou o professor Faraize, seja bem vinda.—
— Valeu. — respondi. Ele apesar de ser um professor que não impõe ordem, ele parece ser legal.
— Bem, antes de começar a aula gostaria de apresentar a Marcy, ela é a nova colega de classe de vocês. Vocês sabiam ? —
— Sim, ela saiu falando que o "deliquente" era gay pra todos no pátio da escola e também ela já veio em outra aula.— disse um aluno, que usava uma roupa parecida com as de militar.
— Como é ? — falou Castiel com uma aura assassina.
— ... — fiquei olhando a sala, até que ele se virou e começou a queimar minhas costas com o olhar.
A aula foi passando "normalmente", os alunos ficaram calados até a hora do intervalo. A única coisa que eu precisava fazer era sair da sala o mais rápido possível.
POV's Iris.
A aula terminou tão bem, todos ficaram quietos depois do que a Marcy disse. Eu realmente me assustei quando ela gritou com todos... Eu não tenho nem metade da coragem dela. Mas falar que o Castiel era, bem ela deve ter tido motivos.
— Hey Marcy, você quer… merendar comigo? — eu não consegui ver direito, apenas vi a porta aberta como se alguém tivesse saido correndo — Que rápido.—
— Cadê ela? — o Castiel estava com uma cara de que ia matar alguém — Eu vou perguntar mais uma vez, cadê ela? —
—*treme* E-Ela q-quem? *treme* — eu realmente estava com medo.
— Não se finja de desentendida. — ele estava com muita raiva mesmo. — Me responda.
— *treme* E-Ela sa-saiu primeiro.— disse num fio de voz.
— Ah é, então ela pensa que vai escapar assim. — disse ele — Ela está muito enganada.— ele saiu atrás dela.
Segundos depois me recuperei do meu medo e fui atrás dele. Tive medo de que alguma coisa acontecesse. Lembro-me de quando eu e Yuka conversavamos sobre Marcy, eu gostava das histórias que contava da sua amizade com ela. Até uma coisa que ela me falou…
Flashback On.
— Nossa, vocês são muito amigas.— disse rindo.
— É, a Marcy é muito especial.— ela sorriu e olhou pro chão — Eu sinto saudade dela. —
— Conta mais alguma coisa sobre a Marcy, por favor!— pedi.
— Eu vou te dizer uma coisa que você vai precisar muito saber, e precisar controlar também.— o semblante de Yuka tinha mudado, ela estava muito séria.
— Pode falar... — respondi entendendo que era algo que era realmente para ser tratado com seriedade.
— Quando estávamos no ensino fundamental, meu corpo já era muito desenvolvido. E os garotos ficavam atrás de mim, ela era quem me protegia.— ela disse.
— Oh, certo.—
— Por favor toma conta dela, ela não é muito sociável. E por favor não deixe ninguém tentar arrumar briga com ela. —
— Mas por que? —
— Por que se ela brigar com alguém mesmo que essa pessoa perca ela não vai parar, até alguma pessoa imperdir.— ela falou. Eu realmente não acreditava muito no que escutei.
— Mas, você ainda acha que ela está assim. Você não a vê a 1 ano e alguns meses. — disse tentando me prender nisso.
— Eu não sei. Mas por favor tome cuidado. É porque da última vez ela…—
Flashback Off.
— Ahn..? — sacudi a cabeça e olhei ao redor só estava eu na sala — Ah já é o intervalo tinha me esquecido.—
Eu me levantei guardei minhas coisas e fui para porta. Saindo da sala estava tudo escuro, senti alguém tampar minha boca.
— Shii! — era a Marcy — Não grita. O bipolar pode estar por perto.—
— Você por acaso quer me matar, hein? —
— Não, eu só tô me escondendo daquele perseguidor. — ele passou por nós mas não nos viu. — Que otário. Tá com tanta raiva, que não olha ao redor.—
— Quem é o otário aqui? — ele apacereceu do nada atrás dela, ficou calada por uns segundos. E depois saiu correndo de novo.
— Bem, eu acho que vou comer uma PIZZA sozinha então… — disse alto suficiente para ela escutar, e então de repente ela estava do meu lado.
— Pizza de quê? — perguntou com os olhos brilhando.
POV's Castiel.
Aquela maldita, fala pra todo mundo que eu sou gay e nem se incomoda. Desgraça. Fomos andando até uma lanchonete próxima, e ela não me dirigiu uma palavra.
— Assombração, você não tem nada pra me falar não? — disse quebrando o gelo que ela estava me dando.
— Ah, por favor! Me erra diabo! — ela respondeu irritada com a pergunta. — Eu tô com fome sabia. Deixa eu escolher minha pizza em paz! —
— Você realmente é irritante. —
— Se sou irritante, por que você vem atrás de mim pra todo lugar que eu vou? — ela me olhou questionando.
— ... — mantive contato visual, ela estava me encarando muito. Acabei desviando o olhar, além de não conseguir responde-lá não consegui a olhar por muito tempo.
— Sim? Tô esperando a resposta... — estreitou o olhar com indiferença.
— Calada... — respondi o mais breve possível.
— Hummm…. —
— Vamos comer logo… —
— Finalmente uma coisa que eu concordo. — ela sorriu.
Engraçado ela sorriu pra mim, talvez nem seja para mim, é possível que ela esteja sorrindo assim por causa da pizza.
— Quebra de tempo —
“Como alguém come uma pizza desse tamanho sozinha” pensei.
— *suspiro* Ah, cara... Por que eu faço isso...? —
— Sei lá. Vai perguntar logo pra mim. — respondeu a assombração.
— Eu não estava te perguntando. —
— Mas eu respondi mesmo assim. — falou.
“Como eu aguento isso ?!” — acabei e me levantei da mesa.
— Hey, foi mal aí... — ela falou. Eu fiquei surpreso, ela não parece o tipo de pessoa que pede desculpas.
— Tudo bem, você ainda vai se arrepender por ter me chamado de gay. —
— Seu retardado mental. —
— Ora sua..—
— Vamos gente, já está na hora. — interrompeu Iris.
— Ok. — respondemos em uníssono.
E finalmente saimos da bendita lanchonete.
POV's Marcy.
Chegamos no pátio, até eu sentir uma presença que estava bem hostil. Até que...
— Como você me parou ? — eu consegui sentir toda a raiva de quem me dirigiu a palavra.
— Você tentou me socar não foi? Queria que eu levasse o soco de bom grado? — perguntei.— Queria Nathaniel?
— Marcy fica calma… — disse Iris.
— Acalme-se você Iris... — respondi. — Eu não vou matar ninguém. Não se preocupe.—
— Marcy… —
— Agora me responda Nathaniel… Porque fez isso? —
Continua...
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