História Dark Angels - Inconsolável - IV

POV Kou

Quando Ruki me dera um soco no olho, no início minha visão tinha ficado só um pouco turva, e então eu vi um anjo, ou melhor uma anja  linda e gordinha de maravilhosos olhos castanho esverdeados. A imagem de Jazz chorando foi a última coisa que eu vi antes de tudo ficar escuro e eu só poder ouvir sua voz.

- Kou! - Ouço ela gritando assustada. Eu queria poder vê-la para poder acariciar seus cabelos e dizer que estava tudo bem , que nada de ruim iria acontecer comigo, mas seu choro impediu que isso ocorresse. Eles me levaram para meu quarto e a gatinha ficou lá comigo, apesar de eu não poder vê-la, sabia que ela estava bem do meu lado. Alguém bate na porta.

- VAI EMBORA DAQUI! - Grita Jazz e então presumo ser Ruki pelo seu tom de voz. Sinto seu peso sumir de cima da cama e escuto seus passos, ela vai até a porta e tenta bater com força, mas parece que Ruki a impede.

- Quero falar com você! - Ele diz. - Você diz que quer saber porque eu fiquei te maltratando daquele jeito e você vai saber.

POV Jazz

Quando Ruki me pega pelo braço fico num misto de raiva e ódio por sua "ousadia", mas deixo que ele me leve até onde quisesse. No fim das contas,acabamos parando nos jardins da mansão Sakamaki onde ele fica me encarando por alguns segundos.

- O que você quer? - Pergunto irritada cruzando os braços.

- Você realmente quer saber porque eu fiquei te tratando daquele jeito. - Assinto com a cabeça. - Quando você foi embora daquele jeito do orfanato, você fez eu me lembrar da minha mãe. - Os pelos da nuca se eriçam enquanto pego em seu braço. Ruki tinha me contado sobre quando a mãe dele o abandonara ainda criança, evento cujo qual logo após o pai dele se enforcara, no fundo eu sempre me senti mal por ter aceitado ser adotada, mas me lembrar daquela trágica história deixara tudo pior e mais triste do que antes.

- Eu havia me esquecido disso R. - Digo acariciando sua bochecha. - Eu nem me toquei que estava fazendo isso com você. Me desculpe Ruki.

- Minha raiva e ódio por você fizeram com que meus amigos se distanciassem de mim e agora o Kou está cego e é tudo por minha culpa.

- Aquilo foi um acidente, talvez o Kou entenda o seu lado da história.

- Eu posso ajuda-lo. - Diz uma voz atrás de mim, era Reiji.

- Faria mesmo isso? - Pergunto surpresa.

- Sim, mas é claro. Sou capaz de qualquer coisa. - Diz com um sorriso malicioso. O abraço feliz.

- Obrigada Reiji. Você é o rapaz mais inteligente que eu conheço.

- Pode me agradecer me dando o seu sangue. - Reviro os olhos lhe estendendo meu braço. - Aqui não, no meu gabinete.