POV JAZZ
Acordo na manhã seguinte assustada e mais amedrontada do que nunca ao me deparar com Carla deitado ao meu lado, me levanto da cama quando sinto sua mão me pegar pelo pulso.
- Onde pensa que vai? – Pergunta me fitando com seus olhos dourados.
- Eu só estava indo comer algo. – Respondi assustada e fazendo força para não gritar de dor com a força que ele exercia em meu braço.
- Os empregados irão preparar a mesa em alguns minutos. – Responde sério e inexpressivo. – Deite-se novamente ou sofrerá as consequências. – Lhe obedeço assustada e fito seus lindos olhos.
- Realmente concordou com a ideia de me ter como esposa? – Perguntei curiosa.
- Não é hora de responder isso, além do mais não lhe devo satisfação alguma humana. – Cospe a última palavra com grande desprezo.
- Me desculpe, mas só lhe perguntei isso porque estive muito curiosa com todas essas coisas e além do mais, você é um vampiro, porque escolheu me desposar a escolhe alguma vampira?
- Você tem sua utilidade. – Disse com um sorriso malicioso
- Carla, por favor se me permitir gostaria de poder ver minha família. – Ele fecha a cara e se levanta, trocando-se de roupa e vestindo seus mais refinados e estilosos trajes.
- Vista-se. – Diz friamente enquanto sai. – E não demore, em 10 minutos eu retornarei e quero vê-la pronta. – Assinto com a cabeça enquanto me deparo com um deslumbrante vestido azul acompanhada de uma tiara, colar, brincos e luvas brancas sob a cama. Me troco o mais rápido possível enquanto aguardo seu retorno. Minutos depois a porta se abre e vejo meu marido me olhando surpreso e deslumbrado. – Parece que acertei no vestido. - Disse sorrindo.
- Foi você quem escolheu? – Perguntei surpresa. Ele riu em resposta.
- Venha, não estava com fome? – Ele pega gentilmente em minha mão enquanto me conduz pela escada abaixo me levando para a sala de jantar. Ele puxa uma cadeira para eu me sentar e se senta ao meu lado. Os criados aparecem com pratos para nós dois. – O que acha? – Pergunta quando os empregados se retiram.
- Parece incrível. – Sorrio.
- Eu tinha que fazer com que a primeira manhã de minha esposa fosse boa. – Respondeu sorrindo.
- Você fez tudo isso só por minha causa? – Pergunto constrangida e feliz ao mesmo tempo, Carla sorri em resposta. – Muito obrigada. – Sorrio começando a comer. – O que gosta de fazer no tempo livre? – Pergunto tentando conhecê-lo melhor.
- Leio, de preferência Shakespeare. – Isso explica esse lado gentil dele pensei, eu teria de arrancar mais dele se eu quisesse conhecê-lo a fundo.
- Quando morei numa mansão destas ainda criança eu também lia Shakespeare.
- Como assim morou numa mansão?
- Eu nunca contei para ninguém, mas já fui rica e morei numa casa como esta aqui, meus pais viviam me incentivando a ler e eu lia muito Shakespeare. – Ele sorri.
- O que aconteceu com sua família? – Pergunta curioso. – Meus pais foram mortos por meu irmão diante de mim, ele fugiu e horas depois nossa irmã morreu de hipotermia.
- E você quer essa vida de volta?
- Sim, mas eu iria dar tudo para ver meus pais novamente. – Respondo sincera.
- Quantos anos você tinha? – Pergunta parecendo sensibilizado.
- 8 anos.
- Sinto muito. – Diz pegando em minha mão enquanto se levanta e se aproxima. Ele afasta o cabelo do meu pescoço e me morde enquanto gemo de dor.
- Pare por favor. – Peço e então sinto sua mão apertar meu pescoço. – Não consigo respirar. – Ele me larga e então sou confrontada por seus belos olhos.
- Que humana fraca. – Diz se recompondo e ajeitando suas roupas. – Pensei que fosse forte. – Fala irritado.
- Me desculpe. – Ele me pega pelo braço e me leva até os subterrâneos da mansão,me jogando numa cela escura e fria.
- Verei o quanto suporta. – Diz com um sorriso assustador enquanto prendia minhas mãos na parede com correntes. Carla aperta as correntes tão forte que sinto minhas mãos ficarem dormentes. Deslizo minhas costas contra a parede até me sentar no chão. – Desistiu assim tão fácil? – Pergunta parecendo enojado, ele puxa as correntes que prendiam minhas mãos forçando-me a ficar de pé. – Submeta-se sua humana inútil.
- Pare por favor. – Imploro com os olhos cheios de lágrimas e vejo meu marido rir maldosamente.
- Você realmente é uma fraca, tola e inútil. – Diz largando as correntes e virando-se de costas. – Você conhecerá seu cunhado agora. – Completa enquanto vejo Shin Tsukinami entrar na cela com um sorriso assustador no rosto.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.