Ela estava ali, sua vítima pré-destinada desde o início. Essa hora chegaria um dia. E chegou. Ela dormia como um anjo, sua respiração estava regular, e seu rosto em expressão serena, esta noite ela estava longe de pesadelos, ou apenas não tinha consciência de que estava em um. Ele gostava que suas vítimas estivessem assim: tranquilas e com sonhos bons. Era uma boa maneira de morrer. Preparou sua adaga. Adaga... Era a única maneira de matá-la. Uma punhalada no coração e ela morreria. E todos estariam livres; ele estaria livre da própria morte.
Avaliou o local: ela estava na cama da direita ao lado da janela. Ele fechou a cortina, tomando cuidado de não acorda-lá. Sua irmã estava na cama a esquerda, não seria um problema. Ele havia colocado sonífero na bebida das moças naquela noite mais cedo. Tinha tomado cuidado para que elas não notassem algo diferente e foi ainda mais cauteloso ao entrar ali no meio da madrugada. Nenhuma das duas acordariam. Estava tudo como o planejado. Nada daria errado. Não poderia.
Empunhou a adaga mais uma vez. Se aproximou dela e podia sentir o calor emanar da pele branca da moça. Afastou os cabelos negros dela do pescoço, o deixando descoberto, um alvo fácil e desprotegido. Ele era mesmo um egoísta. Iria matá-la para não morrer. Balançou a cabeça tentando afastar esse pensamento, não poderia desistir de tudo. Forçou a se lembrar de seu objetivo. Ela era a culpada por aquelas tantas desgraças ocorridas a anos atrás e pior: pelas que ainda viriam. Não tinha opção. Ficou em posição. Iria acabar logo
com isso.
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