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História Dark Love - Preocupado?


Escrita por: OnlyAnnie

Notas do Autor


OI OI OIIIIIIII
Eu demorei, mas tô aqui.
Não sabia que título colocar, então, não me julguem u.u
Boa leitura, amores <3

Capítulo 2 - Preocupado?


"O sonho mudou, sem monstros com uma sede interminável de querer me matar, ou apenas me perseguindo. Mas era a mesma garota de cabelos negros. Dessa vez não estávamos lutando contra nada, mas sim em uma sala iluminada por tochas de fogo e fogo grego. A sala tinha uma mesa cheia de vidros com líquidos coloridos e livros espalhados, no chão perto da mesa tinham algumas almofadas variando de preto para roxo. A garota tinha um brilho verdes em ambas as mãos.

Fogo grego... mas não seria possível ela simplesmente manusear fogo grego com as mãos nuas, já vi isso acontecer com fogo normal, com filhos de Hefesto, mas fogo grego?

Ela começo a se erguer do chão, levitando, sua expressão agora estava ainda mais concentrada, seus olhos verdes permaneciam fechados, e a boca pressionada em uma linha fina.  As chamas esverdeadas começaram a se espalhar por todo seu corpo, começando pelos seus braços, indo em direção ao seu tronco, às suas pernas, até seus cabelos se transformaram em um emaranhado negro e luminoso, esvoaçante e esverdeado. Ela se transformara em uma figura flamejante, podendo apenas ver sua silhueta através do brilho tremulante. Tentei gritar, mas as palavras não saiam, tentei correr, mas apenas fazia parte da escuridão daquela sala. Mas o que mais me deixou impressionado, foi que ela não parecia sentir dor alguma quando o fogo cessou, tinha um sorriso de orelha a orelha estampado em  seu rosto, nem seus jeans e sua camiseta de banda foram afetados.

— Muito bem, Layla. — uma voz calma, um pouco indiferente, mas que não conseguia esconder a pitada de orgulho em sua voz se manifestou, ainda não havia sequer notado sua presença antes dela falar — Você manipula bem os elementos, mas ainda assim precisa ter total concentração quando se trata do fogo grego, ele pode incinerá-la em poucos segundo de falta de atenção.

A menina, que exibia um sorriso satisfeito, agradeceu à mulher. 

—Fico feliz por estar fazendo do jeito correto, Hécate, mas vou me esforçar mais com os feitiços de mutação, ainda não me sinto satisfeita. 

A bela feiticeira, franziu a testa, com um sorriso de lado, um olhar preocupado.

—Sim, querida, mas acho melhor ir descansar. É perigoso treinar enquanto somos observadas.

A feiticeira me olhou com um olhar raivoso que poderia ter me explodido, e logo depois minha visão escureceu."

 

Acordei assustado, passando a mão pelo meu corpo, verificando se não estava pegando fogo, ou se tinha sido ferido. Suspirei aliviado  — muito aliviado — por tudo no meu corpo estar em seu devido lugar. Me levantei, sem entender porque havia sonhado com aquela garota (pela quinta vez desde o começo da semana), já que eu nunca tinha visto ela na minha vida.

Eu poderia sonhar com coisas estúpidas e sem sentido como um mortal normal sonha, mas semideuses não têm "sonhos normais". Sonhos de semideuses sempre significavam alguma coisa.
E eu sinceramente tinha medo do que meus sonhos poderiam significar.

— Mas por agora, é melhor eu ir para o café.  

Pois é, falando sozinho, é uma das vantagens — ou não — de estar sozinho em seu chalé.

Terminei de vestir minhas roupas pretas habituais e saí do Chalé de Hades. No instante em que cheguei ao pavilhão a corneta foi soada, todos os chalés faziam fila antes de se sentarem às suas mesas. Nessa manhã eu estava sozinho já que Hazel, minha irmã, estava no Acampamento Júpiter e só viria me visitar daqui alguns dias.

Sentei na mesa vazia e logo o prato se encheu com  algumas torradas com geleia e muffins de chocolate, um copo de cappuccino soltava fumaça. Fui até a fogueira, oferecendo parte das torradas a meu pai e pedi silenciosamente para que ele me ajudasse a decifrar meus sonhos. Mas não é como se eu pensasse que isso realmente fosse acontecer.

Will Solace acenou com a cabeça para mim enquanto se sentava na mesa de Apolo depois de fazer sua oferenda — viramos amigos a algum tempo, ele é um cara legal — e eu acenei de volta.

E o café da manhã passou lenta e vagarosamente.

Vesti minha armadura de bronze, verifiquei pra ter certeza que não tinha esquecido minha espada de ferro estígio e segui para a arena pra treinar com Percy. Quando cheguei lá o vi discutindo com Annabeth. Um é filho de Poseidon e a outra de Atena, ainda não entendo como isso dá certo.

Deuses, me ajudem a não estrangular esses dois, por favor.

 — Nico, ainda bem — droga, ainda vai sobrar pra mim — explique pro Percy que ele não precisa voltar para o Acampamento Júpiter,  de novo. 

Disse Annie revirando os olhos e com os braços cruzados.

— Nico, explica para a senhorita sabidinha que Frank e sua irmã estão precisando de mim lá — ele me olhou com um olhar divertido, ele adora irritar a Annabeth, pelos deuses. Eu que não iria ser cúmplice disso.

— Larga de ser estúpido, Cabeça de Alga, eles teriam pedido minha ajuda também. 

Hoje eu realmente não estou pra aguentar nenhum tipo de tortura da Annabeth.

— Percy, para de irritar a Annabeth. Você vai acabar se arrependendo depois. — falei revirando os olhos e Percy bufou.

— Poxa Di Angelo, aprende a brincar, cara!

Percy saiu bufando — ainda — e foi vestir a sua armadura, deixando a loira com um sorriso vitorioso. Annabeth levantou a mão pra mim fazendo um hi-five e eu bati sem ânimo algum Tenho que parar de deixar transparecer tanto quando eu estou perturbado, já que começo as ser interrogado.

— Hey, sonhos de novo? 

Assenti, Annie era uma das poucas pessoas pra quem eu contei sobre os sonhos com a garota misteriosa, as perseguições dos monstros e tudo mais. Fazia um resumo de tudo que eu sonhava, esperando com que ela me ajudasse a desvendar. Fazia o mesmo com Will, Percy e Hazel.

Contei a ela e Percy — que voltou ainda emburrado e já com a armada — sobre o sonho, e eles não tiravam os olhos de mim.

— Não sei se acho isso uma coisa boa ou não, Hécate tê-lo visto, pode ser que ela tenha te enviado esses sonhos, talvez você seja importante.

— Não, ela disse algo sobre eu estar espionando. 

— É,  ela não te fritou, nem mandou a garota te queimar com fogo grego, não que eu ache que seja possível ela fazer isso por sonho, ou é? Enfim, não é de todo o ruim. Você ainda está vivo.  

Annabeth revirou os olhos.

— Você não colaborou muito com esse comentário, Percy.

— Ah, vamos esquecer disso por enquanto. É melhor irmos treinar. 

Dito isso Annabeth se retirou.

Todos ali estavam com suas devidas duplas para a esgrima, Percy e eu seríamos os "instrutores". Percy só ganha de mim quando não consigo manter o foco, como hoje. Então provavelmente serei massacrado.

 

Percy me atacou, acertando minha armadura na parte do abdômen, para demonstrar — pela milionésima vez — para os campistas mais novos um das "10 maneiras pro seu oponente te transformar em peneira", da última vez ele foi a cobaia. Agora é a melhor parte, a luta de verdade. 

Percy me atacou com a Anaklusmos (ou Contracorrente ) no meu joelho direito, desviei com facilidade.

— Um ótimo golpe, Jackson, vamos empatar de novo ou vai parar de resistir, peixinho?

— Ok, piada legal, Walking Dead. E eu já falei pra parar com esse lance de peixinho, não tenho boas memórias sobre isso.

Ambos rindo, continuamos a lutar, mas como eu esperava que fosse acontecer, os sonhos invadiram meu pensamento, eu de novo sendo perseguido. Quase perdi parte do meu braço que maneja a espada, desviei à tempo, mas fui derrubado. Estava atordoado jogado no chão. 

— E é assim que se vence um oponente  que vive com a cabeça em outro mundo.

Percy estendeu o braço pra mim, aceitei me levantando. Fui pegar água, bebi um pouco e molhei meu rosto. 

O dia não estava indo muito bem, estava torcendo pra que hoje fosse um dia alegre e sem preocupações. Mas acho que vou acabar me acostumando com a ideia que mais nenhum dia vai ser bom, pelo menos não até eu desvendar o porquê desses sonhos.

Percy e eu fomos instruir aqueles que não conseguiam manejar muito bem as espadas e nos sentamos em seguida, para observá-los e avaliá-los. 

— Não acha melhor ir conversar com Quíron sobre esses sonhos? É sempre bom, às vezes ele sabe o porquê disso ou posso dar um jeito de descobrir com Sr D. Você sabe, aquele lance de "hipoteticamente falando". 

Percy estava com aquele olhar de preocupação e um sorriso forçado, às vezes ele me trata como se eu ainda fosse um garotinho que não sabe cuidar de si mesmo. 

— Eu estou bem, Jackson, não preciso falar com ninguém. Posso resolver isso sozinho. — falei olhando pras minhas mão e nem um pouco confiante das minhas palavras. 

Eu estava apenas tentando enganar a mim mesmo, por orgulho talvez. E pela expressão de Percy, fui rude, talvez um pouco rude demais, mas só assim eu conseguiria fazer com que ele parasse de  falar do assunto, já estava perturbado demais sem ele me lembrando disso (embora ele não esteja tão errado). 

Depois do treino o dia passou vagarosamente, como uma tortura dos Campos de Punição. 

Mas foi bom para que eu pensasse sobre o que Percy disse, falar com Quíron não era má ideia, meu pai não iria mesmo me responder. Então decidi seguir seu conselho.

 

Já à noite, depois dos longos minutos do jantar, segui até a casa grande. Na varanda estavam Sr. D e Quíron, jogando pinochle (nunca entendi o que tem de tão interessante nesse jogo). Chamei por Quíron e com uma cara levemente aliviada, Quiron saiu da sua cadeira de rodas mágica e trotou em minha direção. 

— Algum problema, criança?  

Entregue pela minha expressão meio óbvia de ansiedade e angústia, ele me convidou para ir a praia. Lá contei sobre meus sonhos, sobre a garota, sobre Hécate, os sonhos com monstros, as paisagens diversas que vi e dentre elas estava o Mundo Inferior.

— Isso vem acontecendo a muito tempo, criança?  

— Mais ou menos uma semana, talvez mais. Eu entendo o quão normal são os sonhos com monstros, mas eles pareciam muitos determinados em me matar, me impedir, não sei. 

— Viu mais algum semideus nesses sonhos? 

Seu olhar era curioso, preocupado.

— Embora não tenha visto nenhum outro além dela e de mim, não tenho muita certeza sobre isso

— Não vamos tomar medidas precipitadas, vou tentar entrar em contato com o Olimpo, talvez eles possam nos informar. Para sabermos se é a hora de você consultar o Oráculo,  Nico. O espírito de Delfos pode te dar respostas.

— Sem problemas, Quíron... E obrigado por me ouvir.

Quíron comentou, com um meio sorriso e um olhar divertido:

-Esse é o meu dever, e o de Sr. D também, embora ele não se saia muito bem em cumpri-lo.

Seguimos cada um para o seu caminho, ele de volta à casa grande, onde Sr D. não parecia nada satisfeito por ter tido seu jogo interrompido e fui para o Chalé 13, o fogo grego crepitava forte e a obsidiana brilhava de um jeito sombrio nas paredes. Ao longe podia ouvir sons de animais, havíamos ficado bastante tempo conversando.

Me troquei, tentando me tranquiliza de que iria ter sonhos normais, mas quem eu queria enganar, não é?  

Rezei para o meu pai e pra todos os deuses que não me odiavam, me lembrei de como Atena Partenos se dirigiu a mim a alguns anos, na batalha contra Gaia, ela disse-me que os deuses não haviam desistido de mim. Me alimentei dessa memória, mas que deuses têm tempo para os heróis? 

Isso mesmo, nenhum.

Quase me esqueci, quando me deitei, de que minha cabeça iria ser invadida por pesadelos... Quase.

"O Mundo Inferior, era o que me faltava, mas ainda sim, prefiro isso aos sonhos com o Tártaro. Ouvia os murmúrio sôfregos das águas do Cócito, ignorei como sempre fazia, e deixei meu corpo ser levado até o Castelo — lugar muito pitoresco e agradável — de Hades. Estava na sala do trono, Hades com seu manto de Almas que ondulava de um jeito que aterroriza muitos — me acostumei com ele a muito tempo — estava em pé e exaltado, berrando com Perséfone,  que estava com uma expressão incrivelmente calma.

Não pareciam ter percebido que eu estava ali.

— Esses malditos, poderiam mandar os próprios filhos para fazer essas missões, não o meu.

Meu pai nunca se importou tanto assim comigo, então ainda não entendi porque tantos gritos.

— Querido, Nico não é tão indefeso quanto você pensa, ele é forte e o mais indicado para a missão, não gosta de que seja ele quem poderá se vangloriar com o possível sucesso dessa missão? 

A expressão de Hades se suavizou, embora seus olhos brilhavam com raiva e... Seria preocupação? 

— É, bem, por esse lado, será uma boa coisa, mas ainda continua sendo perigoso, até mesmo para um filho meu, o que poderia acontecer se algo desse errado?" 

Depois daquele sonho, fiquei na completa escuridão, sem entender o motivo para Hades ficar tão exaltado, e preocupado comigo.


Notas Finais


OOOOOOOOOOOOOOOOIIIIIII
De novo.
Depois de muitos problemas eu tô aqui.
Gente eu tô amando escrever, mesmo q eu me embole nas datas de postagem, é bom compartilhar minha imaginação <3
Sei que os capítulos não estão grandes, mas tô me esforçando viu.
Espero que tenham gostado.
Opiniões, dicas, erros e conversas aleatórias nos comentários ou no chat.


XOXO
Até o próximo.


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