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História Dark Love - Irmãzinha


Escrita por: OnlyAnnie

Notas do Autor


POSTEI
NO PRAZO
Em cima, mas postei, e ainda acho que vou postar um amanhã, se não der, eu posto domingo e pedindo muitas desculpas.
Bom, vão ler, até as notas finais <3

Capítulo 4 - Irmãzinha


Nico POV

 

Já era sexta-feira, dois dias se passaram e eu me conformei. Não que eu tenha desistido de ter uma missão, mas o certo era esperar. Não toquei no assunto com ninguém mais, não queria falar sobre isso, mas Hazel estava vindo junto com mais alguns campistas do Acampamento Júpiter, incluindo Frank, seria como um curto intercâmbio, duas semanas, talvez mais. E uma coisa que aprendi é que você nunca consegue esconder nada de sua irmã, falo isso tanto por Hazel quanto por Bianca, nunca consegui esconder nada de Bianca e Hazel arranca tudo o que quer de mim só com um olhar, e ela terá duas semanas pra arrancar coisas de mim.

Eles chegam hoje, e haveria caça à bandeira, já que é sexta-feira, e cada campista romano se juntaria ao Chalé que corresponde a versão grega de seu pai ou mãe. Hazel ficaria comigo, Frank no Chalé de Ares, e por aí vai. Piper e Jason voltarão junto com esses campistas, já que eles foram ajudar em algum evento que houve no Acampamento Júpiter. 

Levantei da cama, e andei pelo Chalé escuro, não sei como consigo enxergar dentro desse lugar. Me arrumei, embainhei minha espada e enquanto ia em direção à porta ouvi batidas nela, dei um meio sorriso. Hazel.

Abri a porta e lá estava minha irmã, sorrindo mais que nunca, ela me abraçou e eu retribuí. Nunca gostei muito de abraços, mas esse abraço é um que sou incapaz de negar. Envolvi ela com os braços e apertei forte. Ela se afastou e me olhou sorrindo.

— Estava com saudades.

—Não deu tempo nem de completar um mês que a gente se viu — falei  fechando a porta e ela revirou os olhos enquanto a em direção a sua cama, que ficava em um dos cantos do chalé, e a minha ficava no outro. Ela abriu sua mochila e jogou as coisas dentro da comoda de madeira negra. Se sentou e olhou pra mim.

— Você não mudou nada.

Fomos interrompidos por Piper batendo na porta, que faria a inspeção dos Chalés hoje, abri pra ela, que não queria conversa, só disse um "Bom dia" olhando em volta e anotando alguma coisa no seu bloco, deveria ser a nota do meu Chalé e alguma observação.Ela me olhou e sorriu.

— Quatro estrelas, Nico. 

— Ok, nem tive muito trabalho — Hazel revirou os olhos enquanto Piper ria e saia do Chalé.

— Como eu já disse, foram menos de quatro semana, irmãzinha. — Olha, não que eu faça brincadeiras todo o tempo, mas algumas eu não consigo evitar, chamar Hazel de irmãzinha é uma, ela não suporta isso. Ela ficou um tempo em silêncio enquanto arrumava as suas coisas e eu a olhava de pé, já perto da porta. Que depois de uns minutos respondeu:

— Ok, "irmãozinho" — ela falou fazendo aspas com os dedos e enquanto se levantava  de braços cruzados e uma sobrancelha levantada, completou. — Já entendi que foi pouco tempo, se quiser eu posso ir embora agora mesmo...

— Para de drama, sei que não vai tão cedo, mas aproveitando que está de pé... Vamos tomar café.

Saímos e indo em direção às mesas, mas antes nos encontramos com Percy, Frank, Jason, Piper (que já estava de bom humor, talvez por ter terminado de se estressar com campistas mais que desorganizados) e Annabeth. Definitivamente nesse lugar só haviam casais, o mais impressionante é que eu sempre fico no meio deles.

— Bom dia, Walking Dead. 

Percy adotou esse apelido pra mim por causa da série, não sei se ele assiste ou não, mas sei que o apelido pegou, Jason também adora ele.

— É, Walking Dead, você acordou de mau-humor? — Jason falou e eu revirei os olhos.

— Acho que foi porque Hazel acordou ele... — Frank disse enquanto abraçava a mesma, que o respondeu por mim.

— Não, ele já estava acordado e parecia não ter dormido sequer dois minutos.

— Bom dia, né... E pode se dizer que é assim que eu ando dormindo.

— Em falar em dormir, Nico, como você está, com os sonhos e tudo? -— Annabeth me olhou questionadora e eu arregalei os olhos, não queria minha irmã me fazendo perguntas, não de manhã cedo.

— Como assim? Que sonhos? Aconteceu alguma coisa que eu não saiba, Nico? — E de novo a sobrancelha, droga, achei que fosse me livrar... Talvez eu ainda consiga.

— Não vamos conversar agora, primeiro café, depois papo.

— Então, Nico, acho que você não vai conseguir esconder nada dela aí não... — Piper falou rindo e apontando pra Hazel do seu lado, que revirou os olhos e bateu em seu dedo ainda estendido e continuou falando.

— E então...? — Hazel questionou, ainda com a sobrancelha erguida.

— É que ele anda tendo...

— CALA A BOCA, CABEÇA DE ALGA. - Falamos eu e Annabeth juntos e todos riram. 

Isso foi o suficiente pro assunto mudar de rumo e passar a ser como o Percy só sabe falar nas aulas de mitologia sobre como foi matar tal monstro ou quase ser morto por ele.

Chegamos ao refeitório e cada um se direcionou a sua mesa. Hazel me seguiu em silêncio e assim permaneceu enquanto escolhíamos o café da manhã e durante nossa oferenda. Esse silêncio não era o do tipo tranquilizante, era o que me dizia que ela vai arrancar tudo o que quiser de mim.

Nos sentamos e ela começou, ao meu lado (pelo menos não precisaria olhar em seus olhos, é difícil tentar esconder alguma coisa olhando pra eles):

— Olha, Nico, você sabe que pode me contar tudo... Certo? Se tem alguma coisa te incomodando ou...

—Não é nada, ok? Só sonhos de semideuses, com monstros e tudo mais, nada que esteja incomodando.

—Mas, Nico... Você não está com a mesma aparência de umas semanas atrás, você está abatido...

— Essa sempre é minha aparência, Hazel, puxei o lado "Rei dos Mortos" do papai — z aspas no ar com os dedos, Hazel não pareceu gostar da piada.

— Ok, mas não precisa começar a me atacar com toda essa sua ironia.

Ok, ela parecia realmente magoada.

— Desculpe, só... Só estou um pouco frustrado e ansioso — esfreguei meu rosto com uma das mãos.

— OK, qualquer coisa eu tô aqui — ela disse me dando um empurrão com o ombro enquanto pegava uma torrada e mordiscava. Eu só conseguia olhar pro prato.

Balancei a cabeça afastando qualquer pensamento sobre o que estava acontecendo esses dias e mordi um sanduíche de Ciabatta com geleia de frutas. Hazel me olhou e olhou pro pão na minha mão.

— Que pão é esse?

— Ciabatta.

— Quê? 

— Um pão italiano — expliquei e dei a ela um pedaço. Ela mordeu receosa, mas logo fechou os olhos e pediu uma em seu prato, e ela comeu com uma alegria. Dei risada e ela me olhou sem entender.

— Você, comendo... É só um pão!

— Pra você que é italiano e viveu com essas coisas, isso tudo de irmão italiano e comida italiana é novidade pra mim, você nunca me falou nenhuma comida boa da Itália.

— Quer saber algumas?

—A próxima vai ser no almoço.

—Ok... Huh, como anda com Frank?

— Oi...? Por que está me perguntando isso? Quero dizer, tá tudo bem, ótimo na verdade... Mas você só me pergunta isso quando acha que estou chateada — isso era verdade. 

— Nada, só... Acho que eu devia o modo de agir com você e com outras pessoas. Às vezes não te trato como um irmão deveria tratar a irmã.

—Oh, sim, entendo... Mas estamos bem, quase nunca brigamos, quando acontece é alguma discussão envolvida com quem ganhou uma luta de espadas ou algum jogo bobo.

— Huh, vocês se dão bem, porque Percy e Annabeth quase me fazem explodir.

— Quase? Juro que uma vez te vi vermelho, achei que ia entrar em combustão.
Dei uma risada, bem alta por sinal, porque percebi que algumas pessoas me olharam, eu acabei de ficar vermelho?

Hazel deu uma risadinha, e me deu uma cotovelada de leve.

— Relaxa, Nico, rir é normal, mas é que todo mundo é acostumado em mal ouvir sua voz, quanto mais uma gargalhada dessas.

— Huh, ok, né — fiquei sem saber o que falar. 

Ficamos em silêncio e me lembrei do acontecido durantes as aulas de arco e flecha.

— Hey, eu fiz uma coisa bem legal...

— Huh, o quê? — Hazel realmente se empolgou com minhas palavras.

— Acertei o alvo no arco e flecha.

— PELOS DEUSES. E ninguém fez um quadro disso? Isso é um feito e tanto. O que houve pra você acertar ele? Raiva? — Hazel ainda comia o pão empolgada.

— Não sei, só acertei... Sorte, acho.

— Mas se você treinar não vai ser só sorte, você vai conseguir — ela sorriu, me incentivando.

— Huh, nunca me dei bem com alvos, mas não custa tentar, certo?

— Sim — sorri pra ela, é incrível quanto ela deposita confiança em mim, e eu aqui, mentindo, na cara de pau. 

—Bom, agora se prepare, vamos fazer coisas divertidas.

— Oh, sim, divertidas. 

Ri da cara de decepção que ela fez, geralmente ela gosta de grego antigo, assim como a maioria dos romanos que vêm pro Acampamento e acontece o mesmo com os campistas gregos que vão para o Acampamento Júpiter em relação ao latim, mas pelo visto hoje não é um bom dia pra textos sobre as origens do grego antigo, já que pra romanos seria muito difícil aprender grego. 

Muitos campistas seguiam pro anfiteatro, alguns pra arena e outros pros estábulos (você sabe... Pégasos) enquanto eu e Hazel seguíamos juntos e em silêncio. Subimos os degraus, estávamos na terceira fileira, bem no meio, onde se tinha melhor visão de Quíron e Annabeth falando. Hazel ficou à minha esquerda com Frank ao seu lado, à minha direita estavam Percy, Piper e Jason, nessa ordem, que conversavam quando chegamos. Hazel começou a conversar com Frank e eu olhava os campistas que se acomodavam até que Percy me chamou.

—Ei, cara, foi mal por mais cedo. Sei que aquilo dos sonhos é pessoal, só pensei que não houvesse problemas... — Ele olhou para minha irmã pra confirmar se ela ia ouvir ou não e depois pra Jason e Piper, que também estavam bastante entretidos conversando um com o outro e se voltou pra mim. — Mas pelo visto, você não quer que mais ninguém saiba.

— Isso, prefiro deixar do jeito que está, não quero ficar alimentando isso.

— Huh, ok... Eu soube daquilo com o arco e flecha e achei realmente legal, Bianca ficaria orgulhosa e...

— Tinha um vulto.

— Quê?— Ele não havia entendido nada.

— Tinha um vulto na frente do alvo, eu mirei nele, não no alvo em si, mas o vulto evaporou pra dentro da minha mente de novo, ou sei lá e acabei acertando bem no centro do alvo atrás dele — falei em voz baixa  e Percy arregalou os olhos,

— Você falou isso pro Quíron?

— Não, ele já tem muitas coisas pra fazer e com Sr D. aqui por causa da colheita durante esses dias, preferi não falar nada.

— Huh, mas pode ser sério.

— Ou eu simplesmente estou ficando louco, porque não teria como entrar qualquer coisa aqui.

— Você estar louco também me parece sério o suficiente par falar com ele.
Ri  e me virei par frente, e Percy entendeu o recado. Logo depois Annabeth começou a falar e eu mal conseguia prestar atenção.

 

[...]

Layla POV

 

— Droga, Akir, preciso a sua ajuda, só fareja a droga da minha mochila — o lobo me olho e virou a cabeça de lado, revire os olhos e bufei.

— Por favor!

 E finalmente alguma coisa começou a dar certo. Já que eu estou a dois dias tentando fazer feitiços de me transportar par lugares, perguntei pra Hécate se existiam outros meios, ela disse que existia a viagem nas sombras, o que me fez mudar de ideia,  já que tenho quase certeza que não sou capaz de fazer isso e de que se conseguisse ficaria pelo menos uma semana dormindo, preferi continuar com os feitiços. Mas queria poder estar dormido uma semana no meu quarto do que ficar um dia em uma floresta em algum lugar da Europa ocidental. Muitos monstros pra uma menina e seu lobo maravilhoso que tinha acabado de encontrar minha mochila com um livro de feitiços, cobertor, comida e bebida.

A mochila é mágica, suporta muitas coisas, mas eu preferi não enchê-la, pensei que seriam algumas horas só. Poderia ter trago um perfume ao invés de tantas barrinhas chocolate, eu estava fedendo.

Encontrei um canto com sombra, mas não muito úmido (só tinha umidade nessa droga de lugar) e espalhei as folhas do chão e me sentei nele. Akir estava de guarda, olhava tudo em volta, já que eu estava distraída com a mochila, catando algo pra comermos, eu comeria uma barrinha e ele comeria frutas enquanto eu caçava alguma animalzinho indefeso pra alimentar Akir um pouco mais decentemente.

Vi que ele estava tenso, olhando pra cima estranhamente. Até que começou a rosnar e um animal desceu voando. Oh droga, grifo.

Agradeci aos deuses por não ser mais de um, e pedi perdão por ter que matar esse bichinho adorável. Ele não parecia ter ninho por perto, mas queria me levar como lanchinho. Akir não parava de rosnar, que droga hein, isso atrapalha minha concentração. 

Parece que vai ser o velho mano a mano. Que medo de morrer que senti agora.

Antes de eu sequer pensar, o animal me atacou. E pelos deuses, o que eu fiz pra ele?
 

"Cresplan"

 

 

Disse isso e cipós negros subiram pelas patas do grifo, e ele fico impossibilitado de fugir... Por uns 40 segundos talvez. Retirei meu cordão, nele tinha um pingente de meia lua com uma estrela, e nunca entendi muito bem como aquilo virava uma espada de ferro estígio, mas no momento isso não importava, então com a espada já em mãos desferi alguns golpes no grifo que ainda estava preso.

Repentinamente ele se soltou se jogando em cima de mim e antes que eu visse toda minha vida passar pelos meus olhos ele se desintegrou em pó. Espirrei e levantei me limpando, minha respiração e batimentos estavam acelerados o que fazia meu peito descer rapidamente. Assim que me recuperei pude ver Hécate de pé com Akir ao seu lado, ela estava na forma de cabelos negros e curtos, não a loira (ela ficava com cara de antipática na sua versão loira, não que ela seja muito simpática com todos, mas..) e sorria de canto pra mim.

— Exausta?

— Muito, eu preciso de um banho e doces. E pra completar minha cama bem macia.

— Não dessa vez, você irá fazer um passeio comigo... Incluirá o banho e os doces, talvez umas almofadas confortáveis, mas não voltaremos cedo — resmunguei um pouco catando minhas coisas.

— Huh, ok, vamos então?

 

[...]

 

Estávamos em algum lugar perto do mar, sentia a brisa batendo. Oh, estávamos em uma ilha... Percebi isso quando olhei realmente ao redor, estávamos no terraço de uma construção enorme e magnifica, a sua volta tinha arvores, muitos jardins e até uma cachoeira. O lugar cheirava a rosas, cremes e hidratantes. Ahn?

Hécate adentrou em um cômodo, era como um escritório, branco, com pufes espalhados, também brancos, nada contra a cor, mas estava neutro demais né. Uma mulher de cabelos negros e cumpridos e de encantadores olhos verdes estava de pé sorrindo perto da porta de vidro pela qual passamos, o cheiro de hidratante ficou três vezes mais forte. 

— Olá, sou Circe. Deve ser Layla, estou certa?

— Huh, sim. Oi, Circe... Lugar legal, mas... O que é? — Olhei em volta e a mulher atemporal na minha frente de uma risadinha.

— Aqui é como um spa especial, serve de fachada pro minha ilha, que é meu lar, e é um lugar para garotas como você...

— Como eu? Olha, Hécate, eu não estava reclamando quando disse que precisava de um banho e tudo mais, eu tô ótima lá em baixo e...

— Relaxe... — Não sei se o jeito que ela sorria me tranquilizava ou deixava mais apavorada ainda. — Não vai ser expulsa da minha casa ou algo do tipo, vim entregar uma coisa pra Circe, minha filha, como você já sabe, e achei que fosse gostar de relaxar.
 

—Ah, sim... Onde é o caminho, você sabe, pra relaxar, Circe?

— Por aquela porta, te levarão pra tomar banho e fazer tudo o que quiser mais. — Olhei pra Akir e Hécate me tranquilizou com o olhar. Acho que ele ficará por aqui com ela.

— Ok— sorri e saí pela porta. Uma garota, talvez uns 3 anos mais velha que eu estava na porta, sorrindo docemente. 

—Olá, sou Vicky, irei te acompanhar até a área do spa.

—Ok, vamos lá!

Vicky era sorridente mesmo. Era loira, seus olhos eram castanhos e doces, mas ela tinha um tipo de charme, que não sei, parecia envolver ela em uma aura mágica e... Oh, acho que já entendi, meninas como eu.

—Você é semideusa?

—Ahn? Ah, não, mas sou admiradora e fiel a Circe, tanto como a Hécate, é claro. Fui acolhida aqui, o mundo lá fora não gosta muito de praticantes de magia... Mas temos semideusas aqui.

—Semideusas, no feminino...Aqui não parece ter garotos? Ou tem?

—Quer conhecer algum? Homens não levam, nós mulheres, a bons caminhos, eles costumam nos menosprezar.

—Não, eu só... Curiosidade, já que só vi mulheres e paredes brancas nesse lugar. Se tivesse cheiro de remédio e produto de limpeza no lugar de hidratante e cremes eu diria que estou em um hospital no meio do mar.

Ela deu uma risada e abriu uma par de portas de vidro fosco, que davam no spa. Fomos até uma das hidros e ela me ofereceu uma toalha com um biquíni junto.

—Ali, naquela porta, tem chuveiros, se limpe e se troque e as meninas cuidarão do resto—ela disse apontando pro canto esquerdo do lugar.

Aqui não tinha muito branco, o chão era de madeira, assim como as duas hidromassagens que tinham ali, a porta que ela apontou era do mesmo vidro da de entrada, o banheiro era de mármore escuro, preto na realidade. Com um box daqueles de vários jatos de água. "Como que eu vou tomar um banho naquilo ali?"

Tomei um banho e vesti o biquíni, coube perfeitamente, era preto e simples. Gostei dele.
Voltei pra hidro e duas mulheres estavam ali, uma jogava pétalas de rosas vermelhas na água da hidro e a outro confeccionava ali, na hora um aromatizante, usando magia calmante, sempre usava ela. Nela se faz um liquido, pode ser jogado em banheiras, ou fazer aromatizantes pro ambiente.

A mulher do perfume jogou ele na água, eu me aproximei subindo os dois degraus que me levavam pra dentro dela e entrei, sentido a água morna no meu corpo. E toda a tensão foi embora.

[...]

 

Fui arrumada, maquiada, coloquei roupas completamente diferentes das que uso, um vestido de alcinhas que batia nos joelhos, da cor verde água. Mas estava satisfeita.

Me acompanharam até onde Circe e Hécate estavam. Era como uma sala de estar, sofás pretos de couro e pufes roxos espalhados pelos cantos, e uma mesinha de centro de madeira escura. Tudo isso em total diferença das paredes brancas e a vista pra um jardim, com um grande chafariz no centro... Era uma estatua de Hécate, a deusa tríplice, então a estatua tinha três Hécates, cada uma segurava duas tochas, das quais saia água. O jardim era bonito e eu podia ver que a noite estava se aproximando, provavelmente iriamos embora logo, a noite é sagrada pra Hécate.

Perto da porta de vidro de correr, pela qual eu observava o que havia lá fora, estava Akir, me olhando atentamente. 

—Bem, acho que resolvemos tudo o que precisávamos..

Saí do meu transe, queria poder ter pensado algo como "Graças aos deuses, vamos embora", mas parte de mim gostou daqui. Talvez a parte que ficou hipnotizada com tanto cheiro de flores e se apaixonou pela hidromassagem, mas até mesmo ela tinha direitos, certo?

—Oh, sim. Acho que chegou a hora de nos despedirmos, Layla. Espero que da próxima vez possamos passar mais tempo juntas. - O sorriso que ela deu parecia sincero, até que olhei pros seus olhos e eles sim, mostravam que ela me queria bem, mais bem longe de sua ilha.

—É, também espero. Obrigada, por... Huh, pela hidromassagem, e pelas roupas. 

—Não há porque de agradecer, querida.

—Vamos, Layla?

—Sim... Akir, venha. 

[...]
 

 

Nico POV

 

 

Depois de toda aquela palestra sobre grego antigo, tive atividades em desgastantes como polir armaduras e fazer equitação com pégasos (que não gostam nem um pouco de mim).

Estudamos mitologia grega e eu tive que aturar Percy e Annabeth discutindo se ele realmente arrasou com todos os monstros que ela citou, e realmente, alguns ele sequer tinha visto, então comecei a concordar com Annie que ele adora se gabar às vezes, na maioria dessas vezes é quando os romanos estão por aqui. Talvez ainda exista um pouco de competição entre nós, algo saudável, não aquilo de ódio e sede de sangue. 

Comi massa italiana com Hazel, uma que ela já tinha experimentado alguma vez, então não foi novidade pra ela, prometi que iria surpreendê-la no jantar. Acho que nosso pai ficará satisfeito, hoje as oferendas têm sido bem sofisticadas. Ganhei junto com Percy, Jason, Frank e outros campistas romanos contra o time de Will, Annie, Piper e Hazel. Deveríamos ter feito alguma aposta. Produzi algumas armas, nenhuma que sequer parecesse uma arma e estava agora no tempo livre, uma hora de descanso e logo depois seria o jantar. 

Estávamos a beira do lago, Percy e Jason faziam demonstrações de suas "incríveis" habilidades (competição saudável entre bons amigos), Piper, Annie e Frank discutiam estratégias de batalha, por algum motivo ainda desconhecido por mim. Hazel, Will e eu estávamos sentados olhando todos.

—Olha, se não fossem aqueles dois com sua competição, eu diria que somos adolescentes normais e que estamos em um acampamento de férias apenas nos divertindo —Will disse, e realmente era verdade. Se não fosse isso, iríamos parecer normais. Mas só parecer, já que o sangue de algum deus grego/romano estava nas veias de cada um aqui.

—É, a gente só parece ser normal, mas é só colocar um texto que não esteja em latim ou grego antigo que a coisa toda é descoberta  — Hazel completou.

—Pelo menos não nos odiamos mais, quero dizer, gregos e romanos, sabe? A união entre cada semideus grego, e entre cada semideus romano era incrível, mas agora é uma coisa totalmente diferente.

—Eu te entendo, Nico, nunca pensei que fosse bom conviver com os meus irmãos romanos, mas é incrível, a gente aprende coisas novas uns sobre os outros a cada dia, mesmo que tenham brigas às vezes, percebi que é normal. E parece que as coisas novas não acabam nunca — Will disse e eu assenti com a cabeça.

—É, realmente é...

-Will, vem aqui, cara! — Um dos campistas de Apolo apareceu, chamando nossa atenção.

—Acho que vou indo, você sabe, assuntos de família.

—Ok, vai lá, cara.

— Até mais tarde, Will! — Hazel se despediu. 

Will acenou, e olhou pra mim, entendi o que ele quis dizer com aquele olhar. Ele sabia que eu não havia contado nada pra Hazel. Talvez seja a hora de contar.

— Hazel, eu quero conver...

—NICO! — E esses foram Jason e Percy.

—Você não parece ansioso pra contar e os dois estão te chamando... Acho melhor você... Huh, ir lá. Vou estar logo ali.

Hazel disse isso e foi pra junto das meninas e de Frank, pra onde apontou.

—Ok. — Droga, droga, eu juro que mato esse dois. Fechei os olhos e me levantei, me direcionando a Percy e Jason já com uma cara nada boa, e eles perceberam, já que deram um passo pra trás.

—Eu entro na água e você sai voando a qualquer sinal de perigo iminente. - Se o objetivo do Percy era sussurrar, falhou, porque eu ouvi muito bem e o respondi.

—Relaxa, estou com raiva, mas não o suficiente. Ainda.

—Ah, ufa, eu acho. — Ri, pois Jason realmente suspirou de alívio.

—Enfim, quero apenas que você explique pro cabeça de vento aí o que vai acontecer se a gente juntar nossos poderes, controle da água e ele dos ventos...

—Isso daria numa tempestade, e vocês receberiam uma bela lição, já que ia destruir muita coisa por aqui, tipo os campos de morango, enfim... Vocês iam se ferrar. E bem feio.

—Oh, huh, me ferrar bem feio não é uma proposta convidativa. — Jason realmente tinha uma expressão de medo no rosto... Ele queria mesmo fazer uma tempestade dentro do Acampamento? Louco mesmo.

—Enfim, só isso... 

—Ok, vou indo então...

—Hey cara, - Percy falou de um jeito que só eu podia ouvi-lo, já que Jason foi se juntar com nossos amigos — você conseguiu conversar com a sua irmã...Sobre o que aconteceu? Fiquei preocupado com aquilo com o vulto. Se for algo de importante, devíamos estar todos atentos, quero dizer, alguém do Acampamento Júpiter devia saber, caso aconteça algo lá relacionado à você.

—Não... Ainda não conversei com  Hazel, vou chamá-la agora, pra conversar... Obrigado pela preocupação, mas isso não se repetiu, então parece estar tudo bem até agora. Sei que alguém precisa saber, mas meu medo é que eles sejam prejudicados justamente por estarem sabendo disso... Tenho medo pela minha irmã, Percy.

—Ela tem o Frank, e Reyna também não deixaria nada acontecer por lá.

—Huh, eu sei... Mas eu sequer sei sobre o que se tratam esses malditos sonhos.

—Uma missão, esperto.

—Ok, então por que ninguém me fala nada sobre uma? Os deuses não falam uma palavra sobre o assunto, não tenho permissão de ir ver Rachel. Eu não sei o que fazer, não quero deixar Hazel preocupada com uma coisa que pode ser só da minha cabeça.

Droga, eu estou realmente desesperado. Perdi Bianca, não posso deixar que nada aconteça com Hazel, mas não contar tudo isso a ela pode colocá-la em perigo, e ela sequer vai saber o que estará acontecendo. 

—Faltam alguns minutos pro fim do tempo livre e logo depois é o jantar. Acho que deve conversar com ela agora... — Percy me olhava  com as duas sobrancelhas levantadas, esperando uma iniciativa da minha parte, mas eu não me movia.

Ele riu e me deu um empurrão na direção onde todos estavam conversando e vindo logo atrás.

—Hey, Hazel, pode vir comigo... Quero conversar com você.

Annabeth olhou pra mim e depois pra Percy, que confirmou acenando levemente com a cabeça, ela sorriu e me encorajou com olhar. Hazel se levantou rapidamente, passando a mão pela calça tirando algum resquício de sujeira, já que ela estava sentada no chão.

—Ah, huh, tudo bem... Vamos.

Fomos andando até o pinheiro de Thalia, onde Peleu dormia. Mas ele estava sempre atento, dormindo é claro, isso não faz muito sentido, mas nada que eu queira contestar. Ri com meus pensamentos.

—O que foi? — Hazel sorriu de lado e eu preferi só ir direto ao ponto.

—Quero conversar sobre o que anda acontecendo.

—Oh, tudo bem, ok... Fico feliz que esteja compartilhando isso comigo. Annabeth não quis contar, nem Will ou Percy. 

Me senti constrangido, ela parecia chateada por eu ter contado pros três e não pra ela. Entendo a Hazel, também teria ficado chateado, até mesmo com raiva no seu lugar.

 

[...]

 

Depois de ter contado as coisas que aconteceram, os sonhos com a Layla e Hécate, com nosso pai, sobre a missão, ela só me abraçou, ela simplesmente me deu umas das coisas que eu mais precisava.

—Só relaxa... E você não deveria se estressar tanto com isso. As coisas acontecerão de acordo com seu devido tempo. Se não é pra acontecer agora, melhor ainda, já que eu vou ter tempo de me preparar pra uma missão.— Ela riu e eu a acompanhei.

Ficamos olhando pras arvores a nossa volta por mais um tempo, então o som da trombeta soou por todo o Acampamento.

Hora do jantar.

—Hey, vou te surpreender no jantar.

—Huh, espero mesmo.

Fomos até o pavilhão, onde todos já estavam se ajeitando em suas mesas, fomos até a de Hades e falei o nome de um prato italiano que acho que ela nunca sequer deve ter ouvido falar.

—Rondelli... Huh, mas de quê?

—Sempre gostei do de carne moída com molho de tomate ou do de franco com molho branco.

—Eu peço o de carne e você o de frango, certo?

—Ok.

Pedimos, e ela olhava com uma vontade imensa de comer, mas devíamos fazer nossa oferenda na fogueira, praticamente tive que arrastá-la. Voltamos a mesa e ela mordeu um pedaço. Ela fechou os olhos e parecia se deliciar. Rondelli era uma massa enrolada com algum recheio e com molho pra acompanhar, é como um rocambole. 

— Isso é definitivamente uma delícia. Deuses, como você nunca me contou sobre esse rondenelli?

—Rondelli... — a corrigi e ela revirou os olhos. 

—Tanto faz.

—Só, sei lá, você nunca pediu pra eu te falar algum tipo de comida nova.

—E eu precisava pedir? Esse é o tipo de coisa que você simplesmente tem que compartilhar com sua irmã.

Ok, ok. Me desculpe, vou te falar mais pratos diferentes... Que tal insetos fritos? Muitos lugares se comem eles...

CHEGA! Nico, por favor!— Ri, minha vontade era provocá-la mais um pouco, mas apena assenti e continuamos a comer.

Depois do jantar, vinha a caça à bandeira, que ocorria toda sexta-feira. E o verão acabou de começar, então viriam muitas caças, que realmente são legais, mas alguns campistas de Ares pegam pesado, sorte grande foi tê-los do meu lado, no time azul, que era composto peplos chalés de: Zeus, Hades, Deméter, Ares, Apolo, Hefesto, Hécate, Iris e Nice. Enquanto no time vermelho estavam os chalés de: Poseidon, Atena, Afrodite, Hermes, Dionísio, Tique, Hebe, Nêmesis e Hypnos.

Ainda acho que os times não foram divididos de forma justa, mas não é como se Jason quisesse me ouvir, ou Annabeth, ou Clarisse, ou Will, enfim... Ninguém me ouvia ali.
 

[...]

 

Depois de um cansativo jogo, com muitos feridos do Chalé de Ares (eles arrumaram uma briga com o pessoal de Nêmesis), o time vencedor, que foi o azul, comemorava ao redor da fogueira e o time vermelho reclamava, mas mesmo assim se divertia muito. E eu me sentia feliz ali, com meus amigos e minha irmã, mas acho que tanta paz não vai durar tanto, ainda mais quando se trata de semideuses. 


Notas Finais


Eu to felizona
Eu consegui escrever um capitulo mais ou menos grandes pra compensar a minha incerteza se vou conseguir ou não postar outro amanhã, pq escrever com seu irmão de 2 anos assistindo vídeo dos minions ao mesmo tempo, dá uma confusão kkkkkkkkkk
Esse capítulo eu foquei mais no Nico com a Hazel pq eles vão ficar bastante tempo juntos na fic. Isso da Circe foi pra dar uma diferenciada. Descobri que não sei dar nome a lobos.
Eu não detalhei muito a caça à bandeira pq foi mais pra falar que tem todas as sextas, talvez na próxima eu foque mais naquela ação, que eu me esforço muito, viu.
Eu vou encomendar a capa da fic essa semana, ou semana que vem, então, que felicidadeeeeeeeeeeeeeee <3.
Até o próximo cap <3


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