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História Dark Love - NY e Monstros


Escrita por: OnlyAnnie

Notas do Autor


Capítulo com continuação.
Boa leitura. <3

Capítulo 8 - NY e Monstros


Layla POV

 

E aqui estou eu, uma semana depois de uma das minhas crises emocionais/existenciais, sentada da minha cama depois de um ótimo almoço comigo mesma, pintando as unhas. Pintei o dedo médio (o famoso dedo do meio) de preto, cinza escuro no anelar e no indicador, e um cinza mais claro no dedão e no mindinho. 
Isso foi a mão esquerda, agora vou lutar para pintar as da mão direita. 

Nunca fui de pintar unha. Só queria algo pra fazer depois dos treinos então agora faço uma combinação de cores diferente todos os dias, virou uma terapia. 

Surgiu uma brilhante ideia que eu não pensei durante sete dias, usar magia na mão direita, porque só com mágica pra pintar sem borrar e ter que fazer tudo de novo pelo menos umas cinco vezes.

Logo os esmaltes começaram a se passar nas minhas unhas (que mudaram de cotocos para enormes nas últimas semanas, eu poderia matar alguém com elas). Depois do trabalho feito, guardei os esmaltes e deitei no chão olhando pro teto. Meu teto é preto e as paredes são roxas num tom azulado. Não sou gótica, mas eu me acostumei com o clima sombrio desse lugar. Akir que estava deitado perto da cama, veio pra perto de mim e deitou-se do meu lado.

—Ás vezes eu penso o quanto seria legal se você falasse. Mas logo depois eu penso que você questionaria minhas ações e decisões, rebateria o que eu falasse, discutiria comigo. Então mudo de ideia de tentar te fazer um lobo falante.

O lobo fez um som de choro, sabe quando cachorro chora, lobo faz igualzinho. 

—Não fica chateado. Porque logo depois de mudar de ideia, eu mudo de novo. Já que eu fico falando e falando, seria justo você falar também. Assim ninguém acharia que eu sou maluca de falar com um lobo. Mesmo que não tenha ninguém aqui pra achar isso.

Ele esfregou o fucinho no meu rosto em resposta. Ele é muito carinhoso pra um animal praticamente maior que eu. Fiz carinho em seu pelo enquanto pensava como eu me daria bem com qualquer animal, melhor do que com uma pessoa, sou como Hécate que tem aquele furão e sua cachorra (cadela, eu sei, mas cachorra é mais legal de falar), embora eu nunca os veja. Mas eu acho que a história dos três tem mais a ver com inimigos do que com amizade.

Enfim, as pessoas falam e te decepcionam. Enquanto um animal pode apenas te atacar fisicamente, as pessoas te destroem por dentro pra depois destruir por fora.

—Ando muito filosófica.

Ia voltar pros meus pensamentos até que a porta foi aberta, tirando Akir da sua paz e tranquilidade e o fazendo olhar pra porta em alerta e eu acho que literalmente pulei do chão, porque um segundo depois da porta se abrir eu estava de pé.

Vimos que era Hécate e relaxamos a postura.

—Ah, oi. Que cara é essa?

Sua expressão era alarmada.

—Lembra daquela mochila que você tem preparada?

—Sim, mas porque eu iria precisar dela?

—Você tem que ir pro Acampamento Meio-Sangue, agora. Antes que você sequer consiga andar por aí sem ser atacada.

—E como eu vou chegar lá? Você sequer pensou nisso?— Olhei pra ela com as duas mãos na cintura e um sobrancelha arqueada.

—Geralmente, crio portais que expelem criaturas, em batalhas, etc. Mas posso fazer isso com você. Só não sei o quão longe poderá ir. 

Revirei os olhos e bufei.

—Eu não vou sem Akir.

—Eu sei que não, a névoa o encobrirá. E tentarei apagar seus rastros. Você vai ser só uma adolescente com uma cachorro. 

—Ok! Akir, você vai ter que colocar uma coleira. Só para eu não me perder de você.

Peguei a mochila no fundo do guarda-roupa, repleta de itens mágicos, mapas e alguns feitiços. Do bolso pequeno da frente tirei uma pulseira que se transformaria em um escudo, caso seja necessário. Eu ia verificar se tinham roupas, mas apenas peguei mais algumas peças pra garantir. Ainda é verão, então só continuei com meu jeans e tênis e tirei o moletom o enfiando na mochila. 

Hécate já recitava algumas palavras e um pequeno vórtice com as bordas negras começou a se abrir. Tenho certeza de que o que eu estava vendo através dele era um parque.

—Riverside Park, onde você precisa ir é do outro lado de NY. Serão aproximadamente duas ou três horas de viagem caso consiga transporte. Se não conseguir será uma longa caminhada. Mas os monstros não se arriscam muito no centro. Evite os lugares desertos e becos.

—Ok, entendi. Tenho dinheiro e dracmas. 

—Qualquer problema, mande uma mensagem de Iris para o Acampamento Meio-Sangue. Eles estão sobre aviso que você viajará sozinha, sem ajuda.  

—Oh, seria legal uma equipe de resgate.

—Só espero que não precise de uma. Se cuide. Sei que escondi coisas sobre você, mas elas se revelarão em breve. Só seja prudente e paciente.

—Você sabe que prudente não combina comigo.

Nunca gostei de despedidas, mas sabia que era um até logo. Nunca percebi o quanto eu era apegada a Hécate, ela foi a única imagem materna que eu tive na vida. Coloquei uma coleira que eu também tirei da machila em Akir. Olhei pra Hécate e a abracei com os olhos cheios de lágrimas. Odeio minhas crises emocionais.

—Até mais, Hécate.

—Até, Layla.

E lá vou eu, atravessei o portal. Rumo a Big Apple às 13h, onde os monstros estavam com vontade de me almoçar.

 

Nico POV

 

Estava no meio de uma luta com Frank. Ele me golpeava insistentemente com a espada. Filhos de Marte e seus ataques agressivos, pelos deuses. Vou perder um braço assim.
Eu defendia, e investia nos espaços de sua armadura, o que era em vão. Se eu não perder essa luta, daria um belo empate. 

Tentei mandar sua espada pra longe e obtive sucesso, mas a minha acabou indo junto. Começaríamos um mano a mano, mas Quíron adentro a arena e todos pararam quando ouviram seus cascos batendo no chão.

—Percy e Nico, venham aqui.

—Oh cara, eu não lembro de ter feito nada. — Percy disse vindo em minha direção e seguimos Quíron até a casa grande.

Estávamos exaustos e suados. Mas Percy parecia estar com medo também.

—Cara, relaxa. Às vezes vamos ganhar um prêmio de melhores campistas do ano. 

—Percy, pare de falar consigo mesmo. Louco.

—Só eu que estou com medo aqui?

Olhei pra ele assentindo com a cabeça.

Chegamos a casa grande e o centauro se virou pra nós.

—Subam ali na varanda, sentem-se.

Nos olhamos, Percy deu de ombros. Subimos e fomos em direção a mesa, onde Sr D estava sentado. Tinha duas latas de Coca em cima dela.

—Podem beber, precisam estar alertas mesmo. 

Sr D nos olhou e não desobedecemos sua ordem.

Depois de recuperados da luta e de ter matado a sede, questionei os dois que estavam se olhando atentos.

—Então, o que houve?

—Achávamos que todos os campistas estavam aqui ou no Acampamento Júpiter, seguros.

Quíron havia feito uma contagem e os responsáveis no Acampamento Júpiter também. e chegaram a conclusão de que todos estavam em segurança.

—E não estão? 

Percy parecia confuso quando perguntou e eu também estava.

—Ainda não, tem uma semideusa que está a caminho, Perseu.

—E ela está sozinha, o que é certo para não chamar muita atenção. Mas no seu caso não, já que ela não tem um sátiro para acompanhá-la. — Quíron completou a fala de Dionísio com um olhar preocupado.

—Oh, sim. Mas por que está nos dizendo isso? 

O mesmo me olhou e depois olhou para Percy  suspirando.

—Preciso que estejam a postos, caso ela precise de ajuda. É perigoso pra ela, então qualquer problema preciso que vão de pégaso e se preferir Nico, pode ir pelas sombras.

—Oh, ok. Seremos o reforço.

Percy parecia empolgado.

—Quem é a garota?

—Cara, pra quê isso importa? Vamos salvar alguém... Ah, entendi. A garota.

Percy olhou pra mim e logo entendeu do que eu estava falando. E Quíron também.

—Sim, é a garota dos sonhos que teve, Nico. Hécate enviou Layla por um portal pra Riverside Park,  em NY. Mas ela ainda precisa completar o trajeto até aqui.

—Uh, ok. Equipe de reforços.

—Sim, por isso estarão liberados das atividades até que ela chegue aqui, Nicolau.

—Ok, Sr D. Obrigado.

—Obrigado, pessoal. Até — Percy acenou.

—Iremos avisá-los caso ela precise de suporte. 

Saímos dali em silêncio. Cada um foi ao seu Chalé, precisávamos de banho urgentemente. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

[...]

Depois de estar limpo e com roupas novas, encontrei Percy nos estábulos.

—Ei cara, fomos liberados das tarefas, nada de limpar estábulos.

—Oh, não. Estava só convencendo algum pégaso de te levar, caso a tal da Layla tenha imprevistos. Mas está bem difícil, você e pégasos, eles dizem que não é uma boa combinação.

—Bom, eu gosto de voar neles tanto quanto eles gostam de me dar carona.

—Caras, ele não vai transformá-los em defuntos.

Ouvia relinchos e Percy. Mais relinchos e mais Percy e acho que outros cavalos entraram na conversa equina-semideusa. Revirei os olhos e desembainhei minha espada. Cavava buracos no chão do estábulo e colocava  a terra e o feno de volta. Repeti o processo uma 14 vezes até que Percy se virou pra mim sorrindo vitorioso.

—Consegui sua carona. Esse é Ralph.

Ele falou enquanto olhava pra um pégaso de pelagem marrom escura e brilhante. Acenei em direção a Ralph que relinchou em resposta. 

—É cara, você não é o favorito desses caras. Então vamos lá pra fora antes que eles mudem de ideia.

Assenti  e seguimos para fora dos estábulos, em direção a entrada do Acampamento.

—Acha que devemos ficar aqui esperando a garota, zumbi?

—Sei lá, peixe. Mas é um lugar que Quíron pode nos achar e que ela vai poder nos ver caso as coisas não corram bem na subida. Que nem você com o minotauro.

—Me rendeu um bom troféu!

—E lá vamos nós!

Revirei os olhos e Percy riu. Pelo visto a tarde iria ser longa e cheia de histórias um pouco —muito— exageradas de Percy Jackson.

 

Layla POV

 

om as coisas estavam melhores do que eu imaginei. A única parte ruim é que animais não entram no Mc Donald's. Mas pra isso serve a névoa e a magia, agora eu tenho um cachorrinho de pelúcia dentro da mochila ao invés de um lobo enorme. Entrei no estabelecimento que fica bem no começo da Times Square.

Eu podia ter simplesmente andando por um monte de ruazinhas sem graça ou perto dos prédios espelhados. Mas nada como esses telões. Quando saí do Riverside Park estava duvidosa e com medo, mas uma moça que simpatizou com Akir (qualquer um simpatiza com um suposto husky siberiano) me disse como chegar onde ao Queens Midtown Tunnel, e assim que atravessasse ele pegaria um ônibus pra Long Island. E aqui estou e não me perdi nenhuma vez (talvez eu tenha entrado em algumas ruas erradas, mas eu estou aqui mesmo assim). 

A atendente do caixa me olhava e eu não tinha percebido que chegou a minha vez na fila(onde eu estou esperando a um bom tempo), já que estava olhando pra um ponto fixo com cara de taxo. Sorri sem graça e fiz meu pedido, pedi dois ClubHouse que eu nunca tinha ouvido falar, é novo. Ele tem queijo cheddar, duas carnes, cebola caramelizada e bacon (eu dispensei a salada). Que tipo de ser mete uma salada no meio de um hambúrguer? Junto vinham duas batas grandes e eu escolhi pra beber suco de uva e um milkshake. Tudo pra viagem.
E não, eu não sou olho grande, o segundo hambúrguer era pra Akir. 

Assim que saí do estabelecimento, fui andando até o primeiro beco e tire Akir da mochila. Que voltou pra forma de husky. 

Peguei meu mapa e vi que tinha um parque a algumas quadras.

—A gente vai até um parque pra podermos comer. Comprei um pra você. Não é nenhuma carne de primeira, mas se você quiser carne tem aqui.

Akir rosnou em resposta. Acho que ele quer realmente experimentar isso.

Fomos andando e eu segurava firmemente a sua coleira, embora ele andasse ao meu lado. Ele rosnou e dessa vez não foi pelo hambúrguer.

—Empousas bem no centro de NY? Só pode ser brincadeira. Olha, só vamos continuar, elas aina não nos viram.

Andar com um husky afasta bem as pessoas, então não precisava ficar esbarrando em ninguém. Mas era difícil se esconder no meio da multidão com todo mundo desviando de você.

 

[...]

 

Chegamos ao parque uns 15 minutos depois de eu entrar na rua errada duas vezes já que eu estava ocupada demais me escondendo de pelo menos três empousas pra olhar o mapa.

O parque estava cheio de pessoas conversando, famílias brincando ( e olha que era pra estar todo mundo trabalhando, quanta gente a toa), casais se beijando por aí, pessoas passeando com seus animais de estimação e tinha eu, tentando achar uma árvore que não  tivesse ninguém  se agarrando debaixo dela pra poder comer hambúrguer com meu lobo.

Assim que achei uma árvore desocupada me sentei, aproveitando a sombra. Não parece, mas NY faz calor no verão. Bastante calor.

O meu lobo/husky siberiano se sentou ao meu lado e me encarou.

—Tudo bem, tudo bem. Parece até que passa fome. Só faz uma hora e alguns minutos que a gente saiu do Mundo Inferior, cara.
Tirei os hambúrgueres do saco de papel, colocando um na frente do Akir e deixei as batas e o suco lá dentro. Peguei apenas o milkshake.

Tirei da mochila uma tigela pra água do Akir que estava em uma garrafa dentro da mochila, só bastava achar ela. Pensei na garrafa e logo a mochila mágica a fez aparecer em minha mão. Enchi a tigela do lobo (que já tinha devorado todo hambúrguer).

—Agora que já comeu seu petisco, é a minha vez de comer.

Comi em silêncio, tudo estava calmo. Muito calmo. Já era pra eu estar sendo atacada pelos monstros. Então olhei pro alto e fiz a única coisa que achei que explicasse.

—Valeu, pessoal. Vocês até que são deuses legais.— Olhei pro chão no espaço entre as minhas pernas estiradas na grama.

—Vocês aí em baixo também. Obrigada.

Assim que me empanturrei de fast food e tomei minhas bebidas, levantei. Peguei tudo que tirei da mochila (mágica e impressionantemente leve)  e a arrumei nas minhas costas, segurei a coleira de Akir com uma mão e com a outra catei  o lixo que eu tinha espalhado por ali.

Agora eu tinha certeza que as empousas voltaram a me seguir. Assim que joguei as coisas no lixo vi três me procurando a alguns (que agradeci por serem muitos) metros de distância. Saí do parque e logo estava na 5 Ave, onde tem uma estação de metrô. Desci as escadas da estação com Akir na frente praticamente me arrastando. 

Quando cheguei lá em baixo me sentei em um banco, bem no canto e no chão ao meu lado estava Akir. Abri minha mochila e tirei de lá uma sacola preta de pano. Já que cães só podem entrar nos trens dentro de uma. Coloquei ela aberta no chão e Akir entrou dentro dela. A névoa o mudou, agora ele era um labrador de tamanho médio da cor chocolate. 

Akir rosnou e eu olhei pra baixo, em sua direção.

—Você tem que parar de rosnar á toa, cara.—  Akir olhava fixamente pra frente, olhei na mesma direção que ele e levei um susto.

—Mas que merda Apolo está fazendo aqui?

Apolo sorriu e acenou pra mim, ele causava um baita efeito nas garotas enquanto passava perto delas e acho que abalou as estruturas de uma senhorinha que estava perto também.

Ele se sentou ao meu lado com seu típico sorriso. 

—Esse lugar é realmente deprimente, metrô. O lugar fede e não tem luz do Sol. Definitivamente faz mal pra mim, não acho?

—Uh, sim. Acho que sim. — Olhava pra ele chocada.  —Olha, senhor Apolo, não sei se você se você sabe, mas tem muitos monstros por aqui e parece que eu tenho um alvo nas costas.

—É, alguma coisa assim. Porque você é a única semideusa andando por aí. Meu charme costuma atrair praticamente todos os seres , mas afastou seis empousas que estavam seguindo seu rastro.

Revirei os olhos. Qual é? Não é tanta gente assim que acha esse cara bonito, ou é?

—Eu só tinha contado duas ou três, mas obrigada, senhor Apolo.

—Olha, você tem sorte de não ser tão chata e eu fui com a sua cara, coisa fofa. Se não teria te tostado três vezes.

Dei uma risadinha e o olhei de rabo de olho.

—Três? 

—Uma por você ter revirado os olhos e as outras duas por ter me chamado de "senhor". Qual é? Eu sou relativamente jovem.

—Se você estiver falando de aparência física, sim. Mas, nha, acho que você tem alguns milhares de anos de idade.

Apolo me fuzilou com os olhos e eu ri, podia ouvir o barulho do trem chegando na estação de metrô.

—Eu afastei as empousas, mas elas e todos os monstros sabem onde você está. Só tome cuidado e espero que não morra.

Peguei minha sacola com Akir dentro e me impressionei por sentir o peso de um cachorro médio e não de um lobo praticamente maior que eu. Andei até a porta do vagão na minha frente e antes de passar pela porta, acenei pra Apolo.

—Também espero não morrer, deus do sol.

[...]

 

A viagem foi estranhamente tranquila, fizemos algumas paradas, atravessamos o East River. Mas nada de monstros. Absolutamente nada. Estava ficando assustada. Tirei Akir da bolsa e segurei ela em uma mão, enquanto a outra segurava a coleira do meu cão-lobo.

Estávamos em algum lugar perto da Interestadual 495 e precisávamos pegar o ônibus que saia do início dela, indo em direção a Long Island. Perguntamos a quatro motoristas se eles iam perto da praia que é onde fica a Colina Meio-sangue. Mas nenhum deles ia pra lá.

Avistei mais um ônibus, só que esse estava partindo. Corri em sua direção e bati na lataria, ele parou e eu continuei caminhando. Subi as escadas do veículo com o mapa na mão.

—Me diz, por favor, que esse ônibus vai pra esse lugar em Long Island ou sequer perto dele. E que eu posso entrar com meu cachorro.

Falei enquanto apontava no meu mapa, ele olhou estranho, já que o mapa tinha coisas escritas em grego e embaixo delas a tradução. 

-Com certeza eu vou pra lá garota, é um pouco antes do ponto final. Mas ele só entra se ficar na bolsa.

-É, eu sei, obrigada. 

Eu estava ofegante e garanti a ele e Akir ficaria na bolsa. Paguei a tarifa e o motorista de ônibus mais gentil que eu já vi me desejou uma boa tarde. 

Fui andando pelo corredor do veículo, e parei na metade do caminho. Se eu fosse até o final do ônibus teria que sentar com duas empousas e uma dracaenae. Então preferi me sentar com uma doce senhora. 

Sentei e coloquei a bolsa entre meus pés, com Akir dentro dela. Minha mochila estava no meu colo e eu apertava meu cordão entre meus dedos, nele tem um pingente, na verdade é uma lasca de ferro estígio. E assim que eu o arrancar do meu pescoço, quebrando o fecho, ele vai se transformar em uma espada de ferro estígio.

A senhora olhava pro Akir com os olhos brilhando. Olhei pra ela e sorri.

—Qual o nome dele, querida?

—É Akir.

—É um belo nome.

A senhora acariciou entre suas orelhas e ele ficou tenso. Bom, se ela fosse algum monstro ele teria rosnado. Um bom sinal pelo menos.

—Ele está um pouco nervoso, não costuma viajar muito.

—Oh, eu também não. Moro por aqui, só vou até o centro de NY algumas vezes. Para comprar presentes para os meus netos. 

Ela sorriu e me amostrou uma sacola que estava cheia de capas de Dvd. Seriam filmes ou jogos?

—Você deve ser uma avó muito amada então.

Segui boa parte da viagem conversando com a senhora, mas uns 40 minutos depois ela desceu. Ela morava em um lugar calmo perto da interestadual. 

A calmaria diminui quando eu vi passar pela porta uma dracaenae. O único lugar vago era do meu lado. Então cheguei pra perto da janela e ela se sentou no lugar vazio. O que custava deixar esse corpo escamoso longe de mim?

—Acho bom não tentar fugir pela janela.

Ela sibilou com aquela maldita língua de cobra. Agora sim Akir rosnou. 

A mulher-escama esverdeada nos olhou com nojo. Se ela tem nojo de nós dois, imagina o quanto que a gente não tem dela?

—Não acho que deveríamos festejar aqui dentro. Eles vão achar que é um show de mágica e não quero ser mágica de ninguém hoje.

—E não vamos fazer isso aqui. Vamos descer aqui.

Ela se levantou, pedindo para o motorista parar o ônibus.

O motorista acenou pra mim, olhando estranho. Ele sabia que esse não era o meu ponto. Mas mesmo assim me desejou boa sorte. 

Descemos do ônibus junto das três best friends da dracaenae 1 e vi que já não estávamos na interestadual. Estávamos mais perto do Acampamento. Eu só precisava mandar uma mensagem de Íris antes que o sol sumisse por completo. Deviam ser quase 16h.

— Se não fosse por vocês quatro aqui, a paisagem seria maravilhosa.


Notas Finais


Hey hey hey
Desculpe pelos erros, se tiver.
Demorei, mas eu fiz um capítulo relativamente grande.Vou dividir ele em duas o em três partes que e vou postar hoje.
Obrigada por lerem aqui.


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