História Dark Paradise - I love you

Narradora on 

Josh e Harry faziam flexões e abdominais, enquanto Caroline e Chloe compartilhavam segredos no jardim. 

- Meu Deus, que coisa fofa, você gosta do Josh!

- Xiu, ele pode ouvir. 

- Se acalme, Caroline. Josh está bem longe. Mas por que você não toma uma iniciativa? 

- Porque não sou eu. Não vou estar sendo feliz fazendo isso. Pode me chamar de brega, porque eu sou, prefiro que ele chegue em mim. Porém, sou invisível nesta casa.

- Eu posso falar com o Harry. Eles são bem próximos. Faço esse sacrifício por você. 

- Não, por favor Chloe, deixe isso pra lá. 

- Mas você é tão linda, acho que vocês precisam é de um empurrãozinho. Sempre foi tímida assim? 

- Eu sempre fui a invisível da escola. 

- Não estamos na sua escola, estamos em uma casa importante, com pessoas importantes e maduras. Do que exatamente você tem medo? 

- Sempre levei muito fora. 

- O Josh é maduro, o máximo que vai falar é um não, e você não tem nada a perder com isso. 

- Oh meu deus - gargalhou - olha para nós, estamos parecendo duas adolescentes apaixonadas. 

- Não estou apaixonada por ninguém. 

- Qual é, eu vejo o jeito que você olha pro Harry. 

- O que? Eu não olho pra ele - recebeu um olhar repreendedor - tá, eu confesso que acho ele bonitinho, mas não passa disso. É muito novo pra mim.

- E o que tem a ver? As vezes os mais novos são até melhores. Fala a verdade. Do que você tem medo? - sorriu. 

- Meu último relacionamento não acabou nem um pouco bem. 

- Mas por que você não fica com o Harry? Não precisa ser um namoro. 

- O problema é que me apego fácil às pessoas. E eu já tô cansada disso, porque sempre sofro. 

- Tá vendo? Não sou a única que tem medo, aqui. Você guarda meu segredo, e eu guardo o seu. 

- Tudo bem. 

[...] 

Me desculpe, mas não vou guardar este segredo. Quero que seja feliz, e Josh é legal demais.

Era o que a menina pensava. Ela ainda não conseguia acreditar que faria aquilo. Caminhou até o campinho de futebol e viu o garoto jogando bola sozinho, sem camisa e com os cabelos molhados de suor. E o mesmo escorria por seu abdômen, que se completavam com tatuagens sensuais e ela se segurou para não morder os lábios. 

- Harry! - chamou fazendo o garoto olha-la e caminhar em sua direção, com um sorriso bonito nos lábios. 

- Oi amor. 

- Não sou seu amor - revirou os olhos - vim aqui pedir um favor. 

- Pode falar...

- Caroline está muito interessada no Josh, então como vocês são amigos, fiquei pensando se não podia falar bem dela pra ele. 

- Poder, eu até posso, mas você sabe que nada é de graça. 

- Tá bom, quanto você quer? 

- Posso arrumar um encontro para eles amanhã, mas você vai ter que ir comigo nesse encontro duplo. 

- Tá brincando, não é?

- Quer que sua amiga seja feliz? Saia conosco amanhã - Chloe bufou revirando os olhos. 

- Arg, tá bom! - saiu marchando. Não estava gostando daquilo, porque sabia que se passasse muito tempo, se apegaria ao garoto. Mas estaria disposta à tudo pela sua mais nova amiga. 

Zayn e Selena estavam sozinhos, em seu quarto naquela noite fria. O menino tinha os braços ao redor do corpo da menina que tinha vários pensamentos em sua mente, e também várias dúvidas. A cena era a mais fofa possível, Zayn estava cuidando daquela menina como se fosse a joia mais valiosa do mundo. Mas para ele era, e ainda mais do que uma joia. 

- Acho que eu to pronto. 

- Pronto pra que? - olharam-se nos olhos.

- Contar como foi minha vida antes de você entrar nela. 

- Zayn, eu não quero que se sinta pressionado, se você estiver fazendo isso porque se sente obrigado, não se preocupe, não precisa. 

- Não, eu quero contar... depois de tudo o que nós passamos juntos, acho que você merece saber a verdade - Sel tinha os olhos mantidos nos do garoto, que respirou fundo - bom, quando eu nasci, meus pais pediram para uma amiga do casal cuidar de mim, pois era perigoso, tinha um homem perseguindo eles. Mas ela era jovem, não tinha como cuidar de um bebê recém-nascido. E então eu fui morar com a minha tia. Cresci rápido, e a minha infância não era feliz como normalmente é com outras crianças. Eu era o empregado da casa, minha tia me odiava, e eu só tinha um carrinho velho e umas roupas rasgadas, porque ela não queria gastar comigo e eu não tinha idade suficiente para trabalhar. Quando eu fiz 10 anos, recebi a notícia de que meus pais estavam mortos. Acidente de carro. Eu não os conhecia, mas sofri muito, porque eram meus pais, e eu sempre sonhava em quando nos encontrássemos, mas a partir dali, eu sabia que nunca mais os veria. Mas tinha algo bom no meio daquilo tudo. Safaa - sorriu ao se lembrar da doce criança, que alegrava seu dia apenas com um olhar ou um sorriso. 

- Zayn, você não precisa continuar... 

- Eu não gostava dela no começo. Era a criança que tinha tudo o que queria, enquanto eu nunca nem conheci meus pais. Mas ela era minha irmã, sangue do meu sangue, e eu via o sofrimento em seus olhinhos cor de mel quando falava da mamãe e do papai. Daí tornei esta menina o centro da minha vida. Comecei a trabalhar e pegava firme nos estudos. Então alugamos um barraco na parte isolada da cidade. Um dia eu saí, e quando voltei, encontrei minha pequena morta. E foi aí que eu me fechei pro mundo. Safaa era a única pessoa por quem valia a pena continuar, valia a pena ser bom, mas ela tinha me deixado. Alguém a matou, mas quem seria tão mal ao ponto de assassinar uma criança inocente à facadas? Eu me senti muito culpado. Talvez se eu tivesse levado ela, aquilo não teria acontecendo. Parei de me importar com tudo e todos ao meu redor, e foi então que encontrei um bilhete de minha mãe. Ela me deu um endereço e um nome. Tina Martinez, rua 42, Bradford. E eu me sentei na calçada da casa daquela pessoa que eu nunca tinha visto na vida. E quando eu estava prestes a ir embora, ela abriu a porta. E a partir desse dia, eu ganhei uma mãe, mas também um inimigo. Ela me contou do James e disse que ele tinha armado para os meus pais e matado minha irmã. Quando nos mudamos para cá, só tinha Josh e Tina. Eu era cruel comigo mesmo, me castigava todos os dias por não ter sido um irmão bom pra Safaa e ter deixado ela ir. Me castigava porque meus pais não me amaram. Mas aí você entrou na minha vida e fez tudo aquilo parecer bobagem. Você fez o meu mundo mais bonito, me fez ver que não valia a pena desistir. Eu achei uma razão pra mim, pra mudar quem eu costumava ser, e a razão é você... Sel, eu te amo! - as lágrimas escorriam pelo rosto da menina. Ele havia se aberto com ela e dito que a amava. E foi como se um peso tivesse sendo tirado de suas costas.

- Vo-você o que?

- Selena Marie Gomez, eu amo você! - ela se sentou em seu colo, colocou a mão em sua nuca e o beijou intensamente. Agora a vida fazia sentido para ela. Ele a amava, e não precisava de mais nada, sua vida estava perfeita. O beijo se intensificava mais à cada segundo, mas não era um beijo malicioso, era um beijo cheio de amor e confiança, um beijo desesperado, como se fosse o último. Era inexplicável a maneira como estavam se sentindo. Uma sensação incrível. O sangue corria depressa, o coração acelerava mais à cada segundo, e o calor do corpo um do outro era o melhor a se sentir agora. 

Um casal jovem, e apaixonado. Amor. É bem raro de se encontrar hoje em dia, principalmente por um casal tão jovem, que se conhecia há pouco tempo. Seus corpos tinham uma química incrível, se encaixavam bem. Eram tão próximos, que pareciam ter vivido várias vidas juntos antes dessa. Era um amor épico. Com o tempo estavam aprendendo a se entender, e a respeitar mais as escolhas um do outro. E aquilo só ficava mais forte a cada dia.