Narradora on
Selena abriu os olhos vendo o quarto branco com as vistas ainda embaçadas. Viu Zayn sentado ao seu lado e suspirou aliviada. Ele sorriu ao vê-la e a mesma retribuiu.
- Finalmente acordou. - beijou a mão da garota.
- O que aconteceu? Por que desmaiei?
- Porque você ficou muito estressada, e isso não pode acontecer.
- Não foi fácil ver minhas melhores amigas sofrendo tanto e... Zayn, preciso falar uma coisa. - queria dizer o quanto se sentia sozinha, pois nos últimos meses, o garoto mal a tocava e não acompanhou a gravidez.
- Ok... - quando a menina ia abrir a boca, o celular dele tocou. - Desculpa, preciso atender...
- Ok. - suspirou vendo o marido sair dali. - Não tenho escolha mesmo. - falou baixinho e viu a amiga entrar no quarto.
- Sel! - a abraçou. - Como você está?
- Me sinto um pouco tonta. Mas estou bem.
- Graças à Deus, me desculpe por te colocar nessa situação.
- Amiga, não é culpa sua. E como está se sentindo? - os olhos azuis da garota ruiva estavam marejados.
- Ainda me sinto uma idiota. Como pude achar que Harry me amava?
- Você não é idiota, só confiou na pessoa errada.
- Eu queria poder voltar no tempo e consertar tudo isso. No fundo eu sabia que ele me decepcionaria, mas mesmo assim insisti no erro. O que se pode esperar de um menino novo, rico e bonito? Por que ele se prenderia se pode ter qualquer garota que quiser?
- Chloe, não é verdade. Harry parecia realmente gostar de você. Não sei o que aconteceu.
- Não vamos falar sobre isso. Não quero te sobrecarregar com os meus problemas. Você não parece muito bem. O que te preocupa?
- Tenho me sentido muito sozinha ultimamente. Desde o começo da gravidez, Zayn não está presente. Ele está distante e frio. Não parece mais o mesmo. Você acha que ele pode estar me traindo?
- O que? Claro que não. Ele te ama muito Sel, você nem faz ideia do quanto.
- Eu só queria saber porque ele está agindo assim. Quando tentei conversar, o celular tocou e como sempre ele teve que atender.
- Ele deve estar resolvendo algo. Sel, nunca duvide do amor dele por você.
*
A garota estava deitada em sua cama enquanto mexia em seus cabelos loiros e viu o garoto entrar no quarto.
- Josh! - ele se sentou ao lado. - Você está machucado!
- Isso não é nada. - sorriu fraco.
- Claro que é. Está sangrando! - tocou o canto da boca do garoto, onde o sangue escorria. Pegou um kit de primeiros socorros no guarda-roupas e o menino observava cada movimento. - Deixa eu cuidar disso. - falou colocando remédio em um algodão e limpando o sangue. - Por que não revidou?
- Porque ele tinha razão. Não consigo ficar longe de você, Carol... ai!
- Me desculpa.
- Você não vai dizer nada?
- Não posso.
- Por que não? - a menina voltou ao guarda roupas e colocou a maleta ali novamente. Quando se virou, viu os olhos castanhos de perto e sentiu a respiração quente e ofegante em seu rosto. - Você sabe o que sente por mim.
- Josh... não podemos. O Connor...
- Esquece ele!
- Não é certo. Ele está lá sofrendo e nós aqui...
- Caroline, não podemos evitar. Já sofremos demais. Está na hora de sermos um pouco egoístas, não acha? - ela não precisou dizer nem uma palavra, pois seus olhos a entregavam. O garoto puxou seu corpo que se chocou contra o dele e começaram um beijo intenso.
*
- Sinto falta dela! - o garoto tinha uma garrafa nas mãos e as lágrimas escorriam pelo rosto.
- Cala a boca, tô tentando localizar uma pessoa!
- Você não liga a mínima pra mim, né? Sou seu irmão mais novo e desde pequeno você me maltrata! - as palavras saíam com dificuldade de sua boca por estar bêbado.
- Connor, você é um chato! Mamãe deveria mesmo ter te abortado!
- Você é má, Lydia. Não merece ser amada por ninguém! - Saiu dali levando junto o álcool que o ajudava a esquecer aquele sofrimento.
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