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História Dark Paradise - Capítulo final - parte 2


Escrita por: brullf

Notas do Autor


Obrigada a todas que não me deixaram e que não desistiram desta história!

Capítulo 40 - Capítulo final - parte 2


Já é noite alta e provavelmente a cidade inteira dorme. Ou quase. No chalé da árvore, Tinkerbell está debruçada sobre uma infinidade de materiais, moldando algo bastante delicado e feito de uma liga de metais preciosos fornecida pelos anões. Leroy ronca dormindo no sofá enquanto Nova está acomodada no quarto que seria o de Regina. No quarto da fada verde quem ressona tranquilamente é Hook, que ganhou o direito de estar ali após jurar por todos os deuses dos mares que não diria nada sobre a pedra ou sobre o que Tinker estava fazendo.

A fadinha verde continua trabalhando sem cessar, pois não admite que o resultado seja menos do que perfeito. Em intervalos regulares, ela admira a pedra, que brilha como se satisfeita com seu destino. Tink quase não sabe como respirar diante da beleza daquela gema, que parece ser ainda mais preciosa do que dizem as lendas sobre ela. Só então a loirinha se dá conta de que aquele dia era terça-feira e de que havia faltado ao seu encontro com Regina.

- Droga! Que bela fada madrinha eu sou! – se recosta na cadeira e cruza os braços – Espero que me perdoe quando descobrir o motivo, Regina... – fecha os olhos e pensa na prefeita, tentando antecipar alguma reação dela quando descobrir a verdadeira motivação do baile.

Tinkerbell nota alguma coisa diferente no ar e se põe em alerta. Ela sabe que há mais alguém ali além de Leroy, Nova e Hook. Entre um grito e o silêncio, prefere se manter cautelosa. Quem poderia saber onde ela está? Será que Regina... não, ela já conhecia a energia de sua afilhada, não era ela.

- Apareça! – dá uma ordem ao vento e logo uma fumaça negra se faz presente na adorável salinha do chalé na árvore.

- Olá, verdinha! – um sorriso cheio de sarcasmo e um par de olhos brilhantemente azuis se fazem presentes quando Malévola se revela.

- O que você...

- Então é mesmo verdade! – a feiticeira ignora a fada e se aproxima da pedra, que emite uma luz mais forte quando a mulher-dragão se aproxima.

- Eu... não... Malévola... – por um segundo, Tinker não sabe como agir e nem decifrar as intenções da outra.

- Não se preocupe, verdinha, não estou aqui para roubar a pedra. Apenas quis vê-la pessoalmente – tranquiliza-a a loira.

- Como você...

- Ouvi alguns cochichos... – dá de ombros – Anões não são exatamente os seres mais discretos do universo. Ainda mais depois de beberem – pisca para Tinkerbell.

- Oh! Você acha que...

- Não, Regina não sabe de nada e nem ouviu nada, ou ela mesma já teria vindo tirar satisfação com você. Fique tranquila... – sorri largo – E eu também já me assegurei de que os anões não comentem nada – entrega.

- O que você fez? – Tinkerbell a encara preocupada.

- Não machuquei ninguém. Apenas tirei das memórias deles tudo relacionado à pedra – dá de ombros mais uma vez.

- Você o quê?!

- Não é para tanto, fadinha! Quer acordar os outros? – Mal a encara – Não é como se eles estivessem por aí desmemoriados e sem saber quem eles são, apenas fiz com que se esquecessem da pedra. Aceite como uma ajudinha para manter o segredo de vocês – pisca sedutoramente e a fada finalmente relaxa, esboçando até mesmo um sorriso – Vamos, admita que você gosta de mim! – provoca a feiticeira.

- Eu... – a fadinha tenta olhar para a outra indignada, mas acaba revelando um sorriso – Tudo bem, sabe, eu gosto de você!

- Hum... – Malévola dá um meio sorriso – Sabe, contra todas as probabilidades, eu também até que gosto de você – acaba dizendo e surpreendendo a fadinha – Agora, por que não me conta no que está trabalhando? – se acomoda em uma das cadeiras e fica de frente para Tinker.

A loirinha respira fundo e tira o tecido mágico com o qual escondera seu trabalho.

- Nisso aqui... – Malévola não evita ficar boquiaberta quando vê o belo e delicado objeto ao qual Tink vinha dedicando seu esforço.

- Isso é... – tenta encontrar um adjetivo e olha para a fadinha, que morde a boca, nervosa – Mais do que perfeito! – oferece um sorriso genuíno.

- Você acha mesmo?

- É a mais bela que eu já vi em toda a minha vida – responde, sincera.

- Eu quero tanto que ela goste... – suspira a fada.

- É nada menos do que ela merece.

- Você... – Tinker olha para Malévola e depois volta a fitar a pedra – Sobre a lenda, o que realmente existe?

- Você quer saber se eu sei a história verdadeira?

- Sabe? – os olhos claros da fadinha se enchem de brilho e suas asas cintilam.

- É sempre assim quando você fica ansiosa? – Mal ri e aponta para as asas. Tink solta um bufo e abaixa o olhar – Tudo bem, não precisa ficar assim... se fosse qualquer outra pessoa, eu acharia ridículo, mas em você... simplesmente combina.

- O que quer dizer? – pergunta irritada.

- Você é uma fada, Tinkerbell – Malévola a olha séria – A fada que tem a missão de fazer as pessoas encontrarem o amor verdadeiro. Se você não tiver asas que brilham, ninguém mais tem o direito de tê-las – a fadinha acredita naquelas palavras e dá um pequeno sorriso – Sobre a lenda da pedra rainha... – a feiticeira se acomoda melhor na cadeira – Eu acho que você pode providenciar um chá para si mesma e algo mais forte para mim – sugere para felicidade da outra.

 

O dia está quase amanhecendo e, ainda encantada com a história que ouvira de Malévola, Tinker admira seu trabalho belamente concluído e se prepara para encaixar a pedra em seu devido lugar. A feiticeira observa com a respiração presa, pois jamais imaginara viver aquele momento. Antes que a fadinha consiga alojar a gema em seu lugar, porém, ela simplesmente emana um feixe de luz e se parte ao meio.

- Não! – o grito de Tink acorda Hook, Nova e Leroy, que logo chegam para ver o que se passa. Os três imediatamente cessam as vozes e ficam apenas chocados ao encontrar a gema rainha partida ao meio – Isso não... – lágrimas começam a escorrer do rosto da fadinha.

Ao perceber a imobilidade dos outros três, atônitos demais para agir, Malévola, rapidamente pega as duas metades da pedra e as analisa.

- Não chega a ser uma tragédia – sentencia.

- Como assim? O que isso significa? Será que...? – Tinkerbell logo se põe ao lado dela.

- Eu diria que você tem um dia e meio para fazer outra coroa, fadinha. Parece que esta é a vontade da pedra! – sorri com seu tão conhecido sorriso sarcástico.

- Outra coroa? – Leroy se pronuncia.

- Bom, se vocês não perceberam, a rainha não é mais uma só – a mulher-dragão revira os olhos ao ser obrigada a explicar.

- Mas... não é possível... o metal, para ser derretido, eu... – Nova abraça a amiga fada e a conforta da melhor forma possível.

- Em que posso ajudar, love? Basta dizer – Hook fica de frente para Tinker e faz um carinho em seu rosto.

- Quanto de metais preciosos você tem em seu navio, pirata? – Malévola se apressa em perguntar.

- O suficiente para formar uma coroa – ele sorri ao compreender a real intenção do questionamento.

- Ótimo!

- Mas... eu não tenho uma forja, os anões não conseguiriam derreter tudo em tempo hábil, eu... – Tink tenta protestar.

- Você não precisa de uma forja quando se tem um dragão para ajudar, fadinha – a feiticeira loira pisca – É claro que eu não posso me ausentar, Whale me espera no laboratório e eu tenho um almoço com August. Mas, não se preocupe, Lily estará aqui e ela certamente ajudará. Aconselho apenas que usem uma caverna se não quiserem chamar atenção. Enquanto isso, o pirata pode ir ao navio buscar o que for necessário – faz um gesto com a mão e Hook desaparece.

- Oh! – Nova se assusta e Tinker apenas ri.

- Obrigada! – a fada verde segura as duas mãos da feiticeira – Eu não conseguiria sem você.

- Quem diria! Parece que essa coisa ajudar está definitivamente se tornando o meu papel – Mal dá de ombros para divertimento dos três.

- Alguma dica para a segunda coroa? – Tink decide provocá-la.

- Por favor, não me cometa a obviedade de querer colocar duas asas ou qualquer coisa que lembre um cisne! – pede entediada.

- Prometo fazer o meu melhor! – pisca a fadinha.

- Eu sei que fará! – desaparece em sua fumaça preta.

 

A quarta-feira chega sem grande alarde a Storybrooke. Zelena, sensível pelos hormônios da gravidez, se emociona com a surpresa da irmã ao oferecer a ela um vestido novo para o baile, feito por Jefferson. O bebê que a ruiva espera se mexe e Roland sente o irmão pela primeira vez.

- Oi, irmãozinho! – ele beija a barriga da feiticeira – Acho que ele gosta de ficar aí, mama – busca o mar azul dos olhos da ruiva e os vê cheios de lágrimas – Que foi? Roland fez a mama chorar? – ele ainda não entende das gotas de felicidade que alguém pode verter.

- O Roland... o Roland é o sorriso mais lindo da mama! – sem fazer muito esforço, ela o pega no colo e o enche de beijos e as gargalhadas do pequeno ecoam pelos corredores da mansão, encantando ainda mais cada pedacinho daquela casa.

Expectadoras da cena, Regina e Emma apenas se olham e conversam sem palavras.

Ao sair para trabalhar, a prefeita se estressa ao andar pela cidade e só ouvir coisas sobre a “bendita” festa que ocorrerá no dia seguinte. Ela ainda está chateada por não ter notícias de Tinkerbell e sentir que algo está acontecendo, embora não consiga descobrir do que se trata.

A surpresa do dia fica por conta de um convite para o almoço com Belle e Rumple. O casal recebe Regina, Emma e Henry; Snow, Charming e o pequeno Neal em sua casa para anunciar o noivado e o casamento próximo. A princesa está radiante e é toda sorrisos ao mostrar o anel que recebera. O ex-Dark One, por sua vez, agradece especialmente a Regina por ter lhe dado uma segunda chance para que ele pudesse viver seu amor por Bell, e ao seu neto, por ter renunciado à caneta do autor e concedido o livre-arbítrio a todos eles.

Aproveitando a proximidade recém-conquistada com a prefeita, Belle convida Regina e Emma para serem suas madrinhas. A morena e Rumple se encaram por alguns segundos, decidindo escrever eles mesmos uma nova história para os dois. A admiração mútua que sentem é verdadeira e eles fazem parte da vida um do outro de uma maneira muito profunda para simplesmente se ignorarem.

- Eu ficaria muito feliz se você aceitasse, Regina – Rumple oferece a ela um sorriso sincero – Talvez nós possamos ser... amigos. Você é a mãe do meu neto e eu não me recordo de ter passado mais tempo com alguém em toda minha vida do que com você. Talvez você queira se esquecer de tudo aquilo, mas eu sempre a levarei comigo...

- Acho que não posso separar quem eu sou de quem eu fui, Rumpelstiltskin. E muito do que eu fui e do que eu sou tem a ver com você... – Regina sorri – Uma das coisas que aprendi com meu filho, com Emma e com minha avó é que, se eu quero me perdoar, preciso também dar o perdão. Então sim... nós podemos ser amigos – ela se vira para Belle – E eu estou muito feliz por ser convidada a ser sua madrinha junto com a Emma, Belle. Posso dizer que aceitamos? – pergunta à namorada.

- Sim, nós aceitamos! – a loira faz um carinho no rosto de sua morena e as duas sorriem juntas para a noiva.

 

A Longa Noite. O Sol se afasta e a Terra se prepara para trabalhar interiormente. A época é de escolher os melhores grãos tanto para a semeadura do solo quanto dos sentimentos. O Inverno deve ser guardado como um período de fortalecimento interior e de total movimento descendente, quando os poderes da Noite e da Terra atingem seu ápice.

É tempo de hibernar para renovar-se. A escuridão permeia os vales solitários dos sentimentos que se debruçam sobre as lágrimas da saudade da Luz ante sua breve demora na esfera celeste do coração. Aos poucos, os olhos vão presenciando a vitória da Luz sobre as Trevas da longa noite. Os ciclos naturais estão apenas aguardando os vestígios dos raios solares da alegria para que cada semente lançada seja germinada na plenitude de uma nova primavera. O Sol se renova e a longa descida rumo à escuridão se inicia. O mundo está em constante mudança.

E mesmo que o vento frio queira cortar as raízes mais frágeis do sentir, o calor presente na alma ancestral guardiã nos protege em suas mãos serenas, formando uma corrente de irmandade na unificação cósmica com as legiões etéreas de bondade. A Luz resplandecerá infalivelmente nas esferas celestes onde os corações buscam a iluminação através do Amor.

A Noite Escura adentra os mistérios da alma, expurga as sombras dentro do absoluto infinito de cada ser, transmuta na chama do caldeirão mágico que nunca se apaga em Avalon as energias estagnadas que ali são depositadas por todas aquelas e aqueles que têm o dom. A Magia que atua na força ascendente de cada ser se faz presente em sua infinita sabedoria: a pedra, o foice e a taça elemental, os regentes das mansões estelares a restaurar os que ainda acreditam.

Pela borda das nove pérolas da ancestral proteção e pela inspiração da prímula silvestre, que toda forma de Luz tenha a proteção infinita do Universo. Desde o Solstício passado, quando o Verão se foi, é o poder da Grande Magia que guia adiante a jornada entre túneis e cavernas. O passado ficou para trás e o novo pede passagem. O que era sólido é transformado em líquido, o líquido em vapor, o denso se transforma em sutil. Tudo gira em torno da Luz, da Eterna Chama que aponta os caminhos que a Roda do Destino encerra e reinicia no Solstício de Inverno.

 

O tão aguardado dia do baile amanhece preguiçoso. Encontra, porém, Emma Swan e Henry já despertos, antes mesmo de Regina. Os dois se dedicam a preparar um café da manhã especial para a prefeita.

- Garoto, você já sabia que hoje é o aniversário da sua mãe?

- Sim, eu sabia. Quando eu era criança e estávamos bem, ela costumava comemorar comigo, só nós dois. Era... especial – conta enquanto vigia o leite ferver.

- Hum... – a loira se concentra para não queimar as panquecas.

- Então, o que a gente vai fazer pra mamãe?

- Como assim?

- Sério que você vai fingir que não sabe que dia é hoje? – o adolescente olha para a xerife com as sobrancelhas levantadas, num gesto igual ao da mãe morena.

- E você tem alguma ideia melhor?

- Já que você perguntou, tenho sim – ele sorri.

- Porque será que eu já desconfiava disso...

- Porque eu sou filho de vocês duas, então é claro que eu já tinha pensado em alguma coisa!

- Ótimo! E qual é o grande plano?

- Na verdade, é bem simples, mãe...

- Simples?!

- Uhum! – dá de ombros – Pensei que nós poderíamos passar o dia juntos, lá na casa da árvore, só nos três, sabe? À noite vai ter o baile e tudo mais...

- É uma boa ideia! – admite a loira.

- E você poderia fazer aquele macarrão com molho de queijo que fazia quando a gente estava em Nova Iorque, eu meio que sinto saudade – pede com um sorriso.

- Você está sugerindo que eu faça o almoço de aniversário pra sua mãe?! Você bateu a cabeça, Henry?!

- Não, por quê?!

- Acho que Regina jamais me perdoaria se eu ousasse cozinhar macarrão com queijo pra ela...

- Pois isso só mostra que você ainda não aprendeu nada sobre a mamãe! – desafia o garoto.

- Como é que é?!

- Isso mesmo, mãe! Sabe, a mamãe é uma rainha, ou melhor, A rainha, e já teve tudo o que o poder e a riqueza poderiam dar a ela e nada disso a fez feliz. Se você a conhecesse mesmo, saberia que ela iria adorar alguma coisa bem simples, mas feita por nós, a um banquete maravilhoso, dos quais ela já teve um monte e que nunca significaram nada – argumenta.

A loira pondera as palavras do filho e conclui que ele está certo.

- E você acha que conseguimos convencê-la? Quer dizer, a não ir à prefeitura e essas coisas? – os olhos verdes cintilam.

- Bom, todo mundo tem direito a uma folga no aniversário, por que a prefeita deveria ser diferente? O August deve servir pra alguma coisa como vice-prefeito – Henry sorri.

Os dois terminam rapidamente de arrumar a mesa de café da manhã e sobem juntos para acordar Regina. Entram no quarto na ponta dos pés e logo ocupam ambos os lados da morena, que ressonava serenamente no meio da cama. A rainha sorri assim que se sente envolta por aqueles quatro braços e recebe diversos beijos alternados em suas bochechas.

- Bom dia, mãe! – Henry se abraça a ela pela frente e se aninha como costumava fazer quando dormiam juntos.

- Bom dia, meu príncipe! – Regina responde ainda de olhos fechados.

- Bom dia, meu amor – Emma sussurra bem perto do ouvido dela e dá um beijo demorado em seu pescoço, fazendo a prefeita se arrepiar e abrir os olhos, virando-se para encará-la.

- A que devo a honra de ser acordada assim? – a morena pergunta enquanto analisa o rosto da xerife e faz carinho nas costas do filho.

- Mãe, eu... – Regina se vira para Henry – Ok, eu contei pra mamãe sobre o dia de hoje, então nós dois temos uma programação e viemos buscar você para começá-la, ok?

- Programação? Dia de hoje? – a rainha se acomoda melhor na cama e olha de Henry para Emma – Muito bem, podem ir dizendo o que vocês dois estão aprontando! – exige com seu semblante mais sério.

O adolescente não resiste e se joga em cima dela.

- Feliz aniversário, mãe! Eu desejo tudo de melhor que alguém possa desejar. E eu desejo que a data de hoje se repita até que você tenha realizado todos os seus melhores sonhos e que tenha sorriso os maiores e mais lindos sorrisos, desses que só você sabe dar – dá um beijo no rosto dela.

A prefeita fica em silêncio, apenas apertando o menino contra si, disputando com as lágrimas que insistem em lhe brotar dos olhos. Ela não sabia que Henry ainda se lembrava de seu aniversário. E, pela primeira, em muito, muito tempo, Regina Mills sente que tem verdadeiros motivos para festejar.

- Obrigada, meu príncipe – responde ao carinho do filho com a voz embargada. Ele apenas a olha e os dois sorriem juntos, se apertando logo a seguir. Não demora e Emma se junta aos dois.

- Feliz aniversário, meu amor! – dá um beijo nos cabelos escuros e cheirosos – Obrigada por você existir assim, do jeitinho que você é. Quero que essa data se repita sempre cheia de felicidade, de nós três juntos. Feliz novos dias, feliz novos sonhos!

Ao ouvir as palavras de Emma, torna-se impossível para a prefeita controlar o choro. São lágrimas felizes que lhe dançam pelo rosto e lhe regam o sorriso farto. Pela primeira vez, desde que pode se lembrar, ela está irremediavelmente feliz em seu aniversário e ansiosa por compartilhar com aqueles dois qualquer programação que eles tenham feito. O amor que transborda de Regina parece afetar tudo ao seu redor: apesar de ser o Solstício de Inverno, o céu está azul e limpo. O sol brilha com uma intensidade gostosa e atípica. Nos jardins públicos, as folhas vicejam e espalham seu verde, assim como pequenas flores enfeitam os olhos de quem passa pela cidade. É como se a terra pudesse sentir a certeza de uma primavera próxima e sorrisse.

A morena liga para Ashley, sua assistente, e para August, o vice-prefeito, informando de sua ausência naquele dia, pedindo a remarcação de sua agenda, mas deixando claro que, para qualquer emergência, ela deveria ser chamada imediatamente. Enquanto a prefeita reorganiza seu dia, Emma desaparece em sua fumaça lilás para entregar a chave da mansão à mãe, dizendo apenas que Snow White não se preocupe, ela trará Regina de volta para o baile. A xerife não quer saber de ouvir nenhum detalhe sobre a festa de logo mais e volta pra a mansão em seguida.

- Tudo pronto por aqui? – Emma chega sorrindo.

- Às ordens, xerife Swan! – Henry responde empolgado ao lado da mãe morena.

- Vamos? – a loira estende a mão para Regina e logo os três desaparecem numa fumaça cada vez mais uniforme na cor.

O adolescente vibra ao chegar à casa da árvore.

- Adoro fazer parte disso! É mais do que maneiro – sorri.

Regina sente uma nova alegria lhe brotando no peito. Ser aceita por seu filho exatamente como ela é, com sua magia e seu passado, é mais do que qualquer presente de aniversário que ela possa ganhar. Os três se acomodam no sofá cama com a morena ao meio, deitada sobre o peito de Emma e com Henry agarrado a si.

- Esse é o melhor aniversário que eu já tive em toda a minha vida – a rainha suspira e dá um beijo no filho e outro na namorada – Obrigada por isso, meus amores.

- Ainda nem começamos, mãe! – o garoto ri – A mamãe Emma vai fazer o macarrão com queijo mais sensacional das galáxias pra gente – conta.

- É mesmo? – Regina sorri e observa sua loira corar as bochechas.

- Bom, eu não sei bem se é o mais sensacional das galáxias, mas, sim, eu farei.

- Tenho certeza que é – as duas se olham sorrindo enquanto Henry as observa.

- Eu sei que o aniversário é seu, mãe, mas eu queria que isso não mudasse nunca.

- O que, filho? – a morena o olha.

- Vocês duas juntas, felizes, nós três. Acho que nem mesmo o melhor autor do mundo seria capaz de imaginar essa história, de escrever a nossa família – sorri.

- Ah, Henry... – Regina transborda de orgulho de seu pequeno príncipe.

- Hey, garoto, certeza que você não mudaria nadinha? – Emma olha cúmplice para o menino.

- Bom... isso aí eu acharia super legal – ele pisca para a salvadora.

- Do que é que vocês dois estão falando agora, posso saber?

- Do meu irmão – Henry solta.

- Seu... irmão? – Regina se põe ereta e olha para os dois sem entender.

- Eu sei que vocês ainda vão me dar um irmão. Ou irmã! – ele sai do sofá e sobe as escadas em direção aos quartos.

- Emma...

- Eu sei, é uma ideia – a loira faz um carinho no rosto da morena – Mas é algo em que estamos pensando, certo? – aproxima o rosto e toca o de Regina com o seu.

- Acho que... sim – não é difícil se deixar levar pela salvadora – Eu só... – uma nota de tristeza toma conta da voz da morena – Eu só não sei se eu posso...

- Shh! – Emma segura o rosto de Regina e a olha profundamente – Você já me contou sobre isso, sobre a poção que tomou na Floresta Encantada. Mas, olha só onde estamos agora – a loira sorri e parece iluminar o ambiente – Você me salvou de ser a Dark One, encontrou o Merlin, conheceu sua avó, salvou a cidade e me fez conhecer o amor sem medo, sem amarras – a loira segura o rosto da prefeita em suas mãos e não desvia o olhar – Você criou um mundo inteiro, Regina Mills! E é a feiticeira mais sexy e poderosa que eu já conheci – provoca e a beija mordendo o lábio – Você, Henry, eu... nós somos uma família. E sempre encontramos todas as soluções que procuramos juntos! Então, não duvide que possamos encontrar um caminho para isso também – Emma chega bem perto de sua namora e segura as duas mãos dela entre as suas – Você acredita, Regina? Acredita em nós? – entrelaça os dedos aos da morena.

- Eu... – a rainha para e se vê nos olhos da salvadora. Mais. Ela sabe que a melhor parte de si é feita de Henry e também de Emma. O peso do passado não é leve de carregar, mas ela precisa desse passo – Eu acredito, Emma! – as duas sorriem e se beijam com calma, sedimentando a certeza de um sonho que elas nem sabiam que tinham – Obrigada por me ensinar a amar!

- Como eu ensinei o que você já sabia? – a xerife faz um carinho no rosto da prefeita.

- Mas...

- Shh! Sabe, eu sei que hoje é o seu dia de fazer desejos, mas... se eu pudesse querer apenas uma coisa em toda minha vida, seria estar assim, exatamente aqui, com você nos meus braços! – declara-se a salvadora.

- Emma...

- Eu quero amar você pra sempre, Regina Mills. Amar você pra muito além do para sempre das histórias – ela sorri e beija a morena.

- Eu amo você, Emma Swan! Eu amo você...


Notas Finais


Não, ainda não é o fim!
A próxima e última parte será finalmente o baile!

Até lá...


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