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História Paraíso Negro - Bye old me.


Escrita por: Handwritten_

Notas do Autor


Alo!

Nome do capítulo: tchau velho eu

Enjoy it!!

Capítulo 10 - Bye old me.


— Entregue sã e salva. — Jack sorriu, estacionando em frente à casa de Blake.

A manhã de quarta-feira estava apenas iniciando. O sol ainda fraco atravessava o para-brisa do carro de Jack, que estava tão encantado com a garota a sua frente, que não se incomodou com a luz em seus olhos castanhos.

— Obrigada! — ela segurou a mão de Jack que estava repousada em sua perna — Essa noite foi insana...

— Realmente! Estou quase sóbrio e agora posso dizer sem que você ache que foi o álcool ou a maconha. Eu realmente falei sério na festa, quero cometer essa loucura contigo, Blake. — dizia seriamente, mantendo seus olhos fixados nos dela. Um leve riso escapou dos lábios dele. — Seus olhos ficam ainda mais bonitos na luz do sol. Agora a dúvida me bate, é natural ou lente? É um dourado tão lindo que parece ser de mentira.

— São naturais. — Blake riu — Diria como eu tirei essa cor, mas eu não lembro de certos detalhes dos meus pais biológicos. Sei dizer que ele intercala entre o castanho e o dourado diariamente...

— Você não precisa me dar certeza de nada agora. — retornou ele ao assunto principal ao ver que ela havia ignorado — Vamos dormir e ver como acordamos, sóbrios e com os ânimos mais calmos. Não irei retirar meu pedido, mas aceitarei sua resposta seja qual for. — ele a beijou lentamente — Acho melhor ir e descansar. Mande-me uma mensagem assim que acordar, ok?

— Ok... Eu não sou acostumada com essas coisas! — ela cobriu o rosto rindo de vergonha.

— Se cuide, Bad girl. — ele piscou.

— Até mais, Badboy. — Dallas desceu do carro com um sorriso brincando em seus lábios.

Aquela sensação era nova para a garota. Ela não se sentia a mesma.

Ao tocar a maçaneta para adentrar sua casa, a porta foi aberta e Jason esbarrou seu corpo com o dela.

— Olha só quem decidiu aparecer! — o mais velho brincou — Estou saindo para encontrar nossa mãe em Vegas. Devo voltar ao anoitecer. Falo a ela que você adoeceu e ficou com a Tris. — um beijo foi depositado na testa de Blake — Por favor, não saia de casa enquanto não voltar.

— Jason, eu tenho vinte anos e não dez. Relaxa e se cuide. Avise-me assim que chegar, se não avisar já começo a montar um closet no seu quarto e a pegar suas coisas. — ela o abraçou.

— Mais uma vez? — ele riu — Você acha que eu não senti falta do que você pegou para sair com a Alexia?

— Não faço ideia do que esteja falando. — em sorriso angelical estava estampado no rosto da morena.

— Ah, claro que não sabe. Meu pacote some do nada por mágica. — Jason revirou os olhos — Vem cá, quem era aquele cara que você ficou de papo no carro? Você não é dessas.

— Pensei que estivesse atrasado! Beijinhos! — a mais nova empurrou o irmão para fora e fechou a porta, trancando-a e encostando-se à mesma.

Jason riu do outro lado e seguiu para o seu carro que já estava pronto na entrada na casa. Ele precisava saber como se encontrava Jessica e quem sabe trazê-la de volta para casa. Por mais que ela tenha o abandonado por toda sua infância e adolescência, era sua mãe e ele a amava. A preocupação com o estado que ela seguida estava se tornando insuportável.

Blake, por sua vez, sentia no máximo empatia por sua mãe adotiva que nunca fez questão de cuidar dela, de dar-te atenção ou conselhos. Jason e Tris — que já não morava com os irmãos — era tudo o que ela teve por muito e muito tempo.

Agora, a mente da garota estava aérea pela noite que teve. Uma simples festa na casa de um velho conhecido pode mudar, por tempo indeterminado, a vida de Blake. Ela ainda não teve tempo de analisar o que estava perdendo ou ganhando, mas o primeiro namorado de uma garota sempre a faz com que se perca em vários pensamentos.

Essa era uma das últimas coisas que Dallas imaginaria acontecer e logo no auge dos seus playtimes. Isso era muita loucura. Loucura Blake Dallas está namorando e mais loucura ainda está namorando um cara que ela conheceu há três dias.

Ela sorria boba se lembrando da noite maravilhosa que passou junto a Jack Wells.

— Puta merda! Eu estou namorando. — ela colou a mão na cabeça e riu em seguida.

Subindo para o seu quarto com seus saltos em mãos e danças aleatórias, a garota seguiu para o banheiro para tomar um longo banho.

Já deitada em sua cama, Blake colocou seu celular para carregar e foi checar suas redes sociais. Em suas mensagens, Jessica deixava uma mensagem avisando que o dinheiro já tinha sido depositado na conta de cada um e que ela estava em Las Vegas por um curto período de tempo. Mais uma mensagem ignorada para a coleção. Blake nunca se dava o trabalho de responder Jessica, a não ser quando estritamente necessário já que as mensagens dela sempre soavam como culpa por não ter sido mãe.

No Instagram, Dallas postou uma das fotos que havia tirado com Jack durante a festa; os dois segurando a mesma garrafa de vodca enquanto se beijavam. Na legenda ela colocou apenas um coração. Não demorou muito para os comentários de pessoas perdidas no assunto começarem a surgir. A garota ria com aquilo tudo.

Dando uma rápida passada no Twitter, ela tuitou para Draco, falando sobre a festa e que queria outra o mais breve. Por último, suas mensagens. Alguns grupos ignorados; dois respondidos; Alexia e Charlotte perguntando de modo exacerbado que foto era a que Dallas acabara de postar; um desejo de bons sonhos do Jack que acabara de chegar e logo em seguida uma mensagem do Noah.
 

SerialKiller: Quer dizer que você e o recruta da CICADA estão de rolo?

Que recruta??

SerialKiller: Jack Wells, é claro.

Oh... Estamos namorando, eu acho.

SerialKiller: Como assim "acha"?

Tudo muito confusão nessa madrugada. 
Preciso saber como as coisas ficarão amanhã, no mínimo.

SerialKiller: Muito álcool? Mas espera! Vocês não se conheceram no domingo?

Sim...

SerialKiller: Uau. Muito confusão mesmo.
Mas mesmo assim quero levar créditos nesse casal!
Vocês mal estavam se falando até eu começar a falar, então, de nada!

O que? Hahaha
Larga disso, serialkiller!

Serialkiller: Vai ficar me chamando assim até quando?

Até eu parar de te ver como um.

Serialkiller: Espero que nunca. Gosto de causar medo nas pessoas.

Seria uma pena se você não me assustasse, Cripky.

Serialkiller: Será mesmo?

Com toda a certeza.

Serialkiller: Veremos isso na semana que vem.

O que tem semana que vem?

Serialkiller: Estou voltando para LA, definitivamente dessa vez.

Sua noiva não parece gostar muito de climas tropicais.

SerialkillerComo sabe dela?

Suas redes sociais....

Serialkiller: Me stalkeou??

Não, mas dei uma leve olhada antes de te aceitar. 
É perigoso ter assassinos em conta pessoal, vai que eu viro sua próxima vítima.

Serialkiller: Se continuar assim, será mesmo.

Pode vir!

Serialkiller: Ah, eu não ligo sobre ela gostar ou não do clima californiano. 
Não estou mais noivo.

Uau... Acho melhor não perguntar sobre.

Serialkiller: Obrigado.

Cheguei em casa não faz muito tempo, então vou dormir. Beijinhos!

Serialkiller: Durma bem, senhorita Dallas.

 

Seattle – Washington 
11:00 AM

— Todas as armas estão encaixotadas, senhor Cripky. — Joseph disse ao adentrar escritório de Noah.

— Pode envia-las para Los Angeles o mais breve possível. Os seguranças do Ashton vão estar à espera. — ele disse sem tirar seus olhos da janela a sua frente.

Estranhamente Noah estava sentindo a falta de Juliet. Ela já fazia parte dos seus dias monótonos a tanto tempo que não escutar sua voz pela manhã fazia-o sentir como se estivesse faltando algo. O rapaz estava lutando contra seus pensamentos e deixando com que a frieza e o orgulho tomassem seu devido lugar de comando. Nada o faria voltar atrás em sua decisão.

Seus pensamentos pararam na foto que ele vira mais cedo. Desde o dia em que Noah colocou seus olhos em Blake, algo entranho aconteceu, a garota rondava sua mente de uma maneira sorrateira. Ela não era presença assídua em seus pensamentos, mas uma hora ou outra, ela sempre aparecia. Aqueles olhos e aquele sorriso faziam o rapaz se sentir alucinado. Mas agora não faria muita diferença, e isso o acalmou, porque ele não ocuparia sua mente com jogar com Blake e sim com seu trabalho.

— Você é um filho da mãe mesmo, Noah! — ele disse para si mesmo em um claro sinal de tormento, colocando seu copo na mesa.

Analisando seu escritório vazio, uma nostalgia o atingiu. Tantos momentos e tantas fodas naquele lugar. É de fato uma pena o ser humano ser tão desprezível assim e é claro que ele não se elimina dessa lista. Cripky reconhecia seus erros, mas guardava isso apenas para si. O defeito do rapaz era errar e não gostar que as pessoas façam o mesmo, isso sempre foi o um problema.

É claro que se ele quisesse permanecer com o Juliet os erros seriam ignorados, mas tudo o que ele podia dar naquele relacionamento, foi dado ao longo desses dois anos. Noah queria e precisava de mais.

Los Angeles – Califórnia 
5:00 PM

Blake acordara mais cedo do que o desejado. Sua cabeça doía pela falta de sono, mas ela se encontrava alegre demais para se importar. Pegando seu celular, o horário a desanimou um pouco.

"Parece que vou dormir à noite toda. Isso é novidade." Ela pensou, suspirando longamente e destravando o aparelho. Indo para suas mensagens, a primeira que aparecia era de Jason, enviada à poucas horas atrás.
 

Bigbrother: Cheguei em Vegas. 
Você deve estar dormindo essa hora, então não vou ligar. 
Nossa mãe está no Cassino Lottus e eu devo encontrá-la daqui a pouco.

Já acordei. 
Para de chamar ela de nossa mãe. 
Ela não tem o meu sangue e não me criou.

Bigbrother: Já acordou com esse humor arisco?

Não.
Mas acho um saco você ficar forçando algo entre eu e a Jessica. 
A única coisa que vem dela e que me interessa é o dinheiro que acabou de chegar na minha conta.

Bigbrother: Eu sei e você sabe que as coisas não são bem assim.

São assim sim.

Bigbrother: Ok, Blake, ok. Vá jantar, devo voltar de madrugada.

 

A ausência proposital de Jessica era algo que Blake achava incapaz de perdoar. Desde quando ela veio morar junto a família, o sentimento de abandono materno a consumida. A garota era deixada juntamente a Jason aos cuidados de babás e isso é uma das piores coisas a ser feito à uma criança, ainda mais uma que perdeu os pais.

Blake evitava externar para ela qualquer tipo de insatisfação com a criação que teve, pois no fundo sabia que ela poderia nunca ter sido adotada e hoje viveria uma vida péssima se não fosse pela sua querida mamãe rica e viciada.

Ignorando os pensamentos que estavam tirando sua alegria, ela tornou a pensar na noite que teve. Blake ainda se perguntava se aquilo era verdade e já tinha digitado dezenas de mensagens diferentes. Ela odiava a sensação de não saber o que fazer, mas naquela situação estava dando uma agonia gostosa e diferente.

Mais uma tentativa e sem pensar muito, a mensagem foi enviada. Não demorou para que a mesma fosse respondia. 

 

"Bom dia", badboy!

Jack WellsBoa noite, bad girl!

Te acordei?

Jack Wells: De maneira alguma. 
Estava esperando sua mensagem, mas não tão cedo. Caiu da cama? Haha

Não haha 
Acho que estou meio agitada para dormir muito.

Jack Wells: Posso saber o motivo dessa agitação?

Como se você não soubesse, Wells!

Jack Wells: Vou piorar sua situação então. Olhe seu Facebook. ;)

Devo me preocupar?

Jack Wells: Diga-me você. 


 

A morena riu nervosa e foi para o seu Facebook. A última notificação que havia chegado era sobre uma solicitação de relacionamento vinda de Jack.

— Isso está cada vez mais insano! — ela disse para si mesma.

Sem hesitar, a solicitação foi aceita. No acontecimento postado na linha do tempo de ambos estava anunciando o novo casal com a foto que ela havia postado mais cedo. Em minutos outra loucura foi feita nos comentários. Muitos achavam que aquilo era uma brincadeira, inclusive Dallas. 


 

Jack WellsSe você aceitou quer dizer que não vai matar, certo?

Não, ainda não! Hahaha 
Eu pensei que você estava de brincadeira, muito chapado ou muito bêbado. 
Isso é muita loucura!

Jack Wells: Se arrepende de ter aceitado?

Não... só não estou acostumada com a ideia de ter um namorado.

Jack Wells: Pense em mim como seu parceiro de crime. ;)

Bem melhor!

Jack Wells: Ótimo! 
Quero te levar para um lugar amanhã no fim da tarde, topa?

Você não trabalha, estuda ou algo do tipo?

Jack Wells: Trabalho, mas não é algo fixo. 
Vim de uma família consideravelmente rica de Toronto, não tenho muito o que fazer.

Canadense?? Isso você não havia me contado...
Temos um problema.

Jack Wells: Vai terminar por isso?

Talvez...

Jack Wells: Faça isso depois de nos vermos amanhã
Preciso matar a saudade que estou dessa sua boca.

Até amanhã então, Wells!

Jack Wells: Até amanhã, Bad girl. 

 

Celular bloqueado e finalmente a coragem para levantar apareceu. Enrolada em seu edredom, Blake seguiu para o andar inferior, preparou um cappuccino e pegou alguns cookies. Indo para a sala de televisão, ela se sentou para ver algum filme no Netflix.

— O que eu estou fazendo da minha vida? — ela dizia para si mesma em um tom de diversão.

Algo dentro da garota a dizia que essa história daria uma grande confusão, mas arriscar fazia parte dela e sua vida estava precisando de algo diferente. Sempre as mesas cosias; festas, álcool, sexo, ressaca, noites mal dormidas e o ciclo se repete. Jack poderia ser a sua válvula de escape de seus dias comuns, ele poderia trazer coisas novas a vida de Dallas; só aquilo já iria valer muito a pena.

Seattle – Washington 
7:00 PM

A porta do carro foi fechada quase ao mesmo tempo em que Noah caminhava em direção ao restaurante no centro da cidade. Seu blazer preto voava com o vento forte daquela noite em que ele desejava estar bem longe dali, mas infelizmente tinha dado sua palavra.

Em uma das mesas mais afastadas do restaurante, a bela moça ruiva estava sentada, tomando uma taça de vinho tinto. Seus dedos dedilhavam a mesa impacientemente. Seus cabelos presos em um coque alinhado, deixava sua nuca à vista. Sua pele alva fazia um contraste delicado em seu vestido rosa claro extremamente elegante.

Cripky pigarreou para chamar a atenção de sua ex-noiva; sentando-se à sua frente ele a olhou sem dizer nada, esperando ela manifestar o motivo para qual havia o convidado para aquele jantar sem sentido.

— Oi, Noah... — ela disse suavemente — Obrigada por ter vindo.

— Você me ligou sabendo que eu estaria bêbado e me fez prometer. Eu não descumpro promessas, mesmo uma que eu fiz sem pensar. — rebateu o rapaz de modo ríspido.

— Eu precisava me desculpar. — sua voz aparentava arrependimento, mas Noah não sabia se era verdadeiro ou só mais um de seus truques.

— Juliet, eu estou saindo da cidade na sexta, não precisa prestar esse papel de boa moça. — ele se curvou seu corpo na direção dela e sussurrou — Nós dois sabemos que de boa moça você só tem o guarda roupa, mas que a verdade é que você é uma verdadeira vadia.

Ela ficou calada, encarando com certa raiva, mas aquilo logo mudou.

— E é exatamente por eu ser essa vadia que você ficou comigo por dois anos. Só eu sei fazer você delirar, só eu fodo do jeito que você gosta e você sabe disso.

— Pensei que você ficaria falando manso até o fim da noite. Poupe saliva, Juliet. — Noah se recostou na cadeira e pediu para servirem vinho à ele — Já acabou? — um pequeno gole foi dado na taça em sua mão.

Talvez tenha se passado um ou dois minutos em silêncio quando Juliet meneou sua cabeça em negação e começou a dizer.

— Seus olhos são sempre gélidos e obscuros, por mais que o castanho dele seja gracioso. — ela dizia o encarando minuciosamente — Você olha para as pessoas como se fosse superior a todos, você age assim. Sinto pena porque no fundo você foi apenas uma criança que cresceu sozinha e agora tenta recompensar tudo isso com poder e dinheiro. — Juliet tentava fazer com que algo nele entregasse que ele estava atingindo com o que ela dizia, mas é claro que isso não iria acontecer.

— Eu não me porto como se eu fosse superior, eu sei que sou superior à muitos por diversos motivos e aspectos. Você pode pensar o que for de mim, mas no fundo sabe que eu não me importo, nunca me importei. Sua analisezinha é completamente irrelevante. — ele disse baixo, mas com o tom carregado de superioridade e arrogância — Eu não procuro poder e dinheiro para suprir a falta de atenção ou seja lá o que pensa, eu o procuro por prazer; pelo prazer de estar sempre acima. Fique contente de ter aproveitado isso ao meu lado, aproveitado o poder, mas agora você desceu, voltou ao chão e eu continuo subindo cada vez mais sem precisar de ninguém.

— Dizem que enquanto maior a subida, pior a queda. — a ruiva disse petulante.

— Ah, qual é?! Você sabe que isso não se aplica à mim. Já te mostrei diversas vezes e ainda sim você não sabe nem da metade. — Noah era confiante de si até mais que o necessário — Diga-me logo o que quer para ter me chamado aqui porque nada está fazendo sentido. Suas maneiras de me atingir, suas tentativas de manter sua dignidade, nada está funcionando.

— Eu só te convidei para um jantar de desculpas. Gostaria de continuar sendo sua amiga. — ela tornou a falar mansamente e Noah riu com tal coisa.

— Que patética, Juliet! Você já foi melhor. — em um sinal de desgosto ele meneou a cabeça em negação — Eu sei que tudo isso são tentativas para reatar porque eu era o homem do sonhos do seu pai e poderia levar ao governo da cidade. Mas chega! Sinceramente, perdi demais meu tempo com você, vou procurar algo útil para fazer. — pegando sua carteira, ele deixou na mesa uma nota de cem dólares, deixando o vinho tomado por ambos pago.

O rapaz já não via coerência em nada que ela poderia dizer, não via razão para nada daquilo e toda essa situação estava cansando-o. Os assuntos estavam sem pé nem cabeça e sua mente também. Ele não sabia o que fazer naquele momento e apelou para o impulso de fazer a primeira coisa que lhe passou a cabeça.

Juliet saiu do estabelecimento minutos após ele. Ela o encarou sem nenhuma expressão específica, era um misto de arrependimento misturado a raiva. Revirando os olhos por conta do que pensou, Noah deus alguns passos largos em direção a ela e a beijou sem pensar nas consequências. Claramente seu beijo foi correspondido.

Uma foda de despedida não faria mal a ninguém.

O caminho foi rápido até a então casa do casal. Nenhum dos dois sabia ao certo o que faziam, mas Juliet pensava que depois daquilo ela retomaria sua vida perfeita.

Os beijos ferozes seguiram escadas a cima e assim que a porta do quarto foi fechada, as roupas começaram a ser espalhadas pelo local.

Noah virou Juliet de costas e a apertou contra ele, enquanto uma de suas mãos apertaram os seios rosados da garota e desciam até sua calcinha branca. Os lábios do rapaz roçavam no pescoço dela. Ele estava aproveitando esse momento.

Juliet virou-se para ele e desceu sua mão por todo o tronco do rapaz. Sua calça foi retirada sem cerimônias. Os dois se encaravam com ardor. As mãos de Juliet foram retiradas do corpo de Noah com certa brutalidade e seu corpo erguido do chão em movimentos ligeiros. Ambos caíram na cama e tornaram-se a se beijar com brutalidade.

O delicado tecido branco da calcinha da garota foi rasgado. Ele começou a chupar e marcar os seios dela sem dó, seus dedos a penetravam lentamente e Juliet gemia alto, exatamente como seu ex-noivo gostava.

Eles já haviam passado da época das preliminares e Noah só queria fode-la como a verdadeira vadia que ela era. Já completamente nu, ele prendeu as mãos da garota no alto de sua cabeça e a penetrou de uma só vez. Os movimentos de vai e vem foram graduais e logo estavam rápidos. O rosto dele mantinha-se enterrado no pescoço da garota e ela não poupou voz ao gemer o nome dele diversas vezes.

O mesmo ritmo durou até que Juliet liberasse seu líquido enquanto gemia alto, mostrando a Noah que mais uma vez ele havia causado um perfeito orgasmo nela. Ele continuou movendo-se mais algumas vezes até sair completamente de dentro dela e gozar em sua barriga.

Com um sorriso satisfeito, Fletcher limpou o líquido de Cripky com os dedos e os levou a boca em seguida. Ele apenas riu sem vida, tomou folego e levantou-se.

— O que está fazendo? — ela perguntou confusa.

— Exatamente o que está vendo, para o meu quarto. — ele começou a pegar suas roupas do chão. A garota o olhava abismada — O que é? Não era isso o que queria, que eu te fodesse mais uma vez? Ganhou o que quer e eu estou indo.

— Você é ridículo, Cripky. — seu tom agora era de verdadeira raiva.

— Por quê? Por eu te tratar como você é e não como se porta na frente das pessoas? Ou será que é pelo fato de que eu não vou voltar para você? Talvez pelos dois e mais um milhão de motivos, mas como já disse, eu não ligo para o que você pensa de mim. — ainda nu ele saiu e bateu a porta sem que ela pudesse dizer mais nada.

2:00 AM

A madrugada avançava enquanto Blake mantinha-se na sala vendo série. Ela estava completamente imersa naquele mundo fictício e torcia para o assassino não ser o nerd inteligente, personagem no qual ela se apaixonou.

O momento era de tensão quando Jason tocou os ombros de sua irmã, fazendo-a gritar. Rindo, o rapaz se jogou ao lado dela enquanto Blake o batia.

— Merda, Jason! — ela colocou a não o peito, sentindo o coração bater forte.

— Não sabia que iria quase morrer. — Jason se recompôs e pausou a série — O que faz em casa e vendo série hoje?

— Nada... Só não tinha o que fazer e você disse para eu não sair. — a garota deu de ombros.

— Oh... Quer dizer que me obedeceu? Ótimo! Indo nessa mesma linha, me conte quem é o cara que colocou que está em relacionamento sério contigo no Facebook.

— Temos que falar disso? — seu rosto se transformou em uma careta.

— Mas é obvio, Blake! Seu primeiro namorado, o cara que conseguiu fazer você entrar nessa loucura e eu nunca nem vi ele. Isso é sério mesmo?

— Pelo visto é sim. Vou sair com ele amanhã; melhor dizendo hoje pela tarde. — ela deitou e cobriu o rosto.

— De onde conhece ele? — Jason fez com que a cabeça de sua irmã ficasse em seu colo para que ele pudesse acaricia-la.

— Conheci no dia em que fui para a casa da Alexia... — sua voz saíra baixa.

— COMO? — Blake tampou a boca dele rapidamente.

— Não grita!

— Você conheceu ele há menos de uma semana. Três dias no mínimo. O que deu em você, ele te drogou? — o rapaz dizia de modo exacerbado.

— Para com isso, Jason! — Blake sentou-se e encarou o irmão — Eu sei que parece loucura, mas ai é que está. Eu quis fazer algo diferente, quis arriscar algo de verdade.

— Blake, posso não ser o cara que mais entende de namoro nesse mundo, mas de uma coisa eu sei: namoro não é uma válvula de escape, é um relacionamento que só funciona a base de confiança e amor. — ele destacou bem as últimas palavras — Não venha me dizer que você o ama ou que confiam um no outro porque nem se conhecem. Você não acha que deveria sair dessa e recomeçar com mais calma? Quando coisas como essa dão errado, elas machucam...

— Sem sermão, por favor. Quero mesmo fazer isso, quero mudar meus dias, quero continuar sentindo essa louca paz que ele anda me dando. Eu sou um caos, Jason, olhe para mim! Com esse rostinho bonito eu trago destruição, então não é comigo que devo me preocupar é com o Jack que já está mais decidido que eu. Se for para dar certo vai dar, sendo loucura ou não, se não for para dar certo, sabe que meus playtimes não param. Agora me deixe, me deixe viver algo novo porque eu cansei desses dias.

— Então é com essa mente que deseja entrar em um relacionamento? Ok, Blake Dallas. Eu sei que você não é inquebrável e quando ver que está no chão, despedaça, eu estarei lá para ajudá-la e para dizer que eu te avisei. — e com isso o mais velho se levantou

— Por que você é assim? — Blake levantou-se também.

— Porque eu cansei de te ver caminhando para a destruição, Blake! Você parece arranjar um caminho pior cada dia que passa e é horrível assistir isso.

— Ignore! — ela quase gritou e Jason riu em deboche.

— Se fosse fácil, eu o faria, pode ter certeza, mas você é minha irmã mais nova, minha melhor amiga e minha família, é tão difícil ver isso?

— É tão difícil me deixar viver?

— Não, você não está vivendo, você está se enfiando em um labirinto! É um namoro. Namoro, Blake! Não é algo que pode acontecer na semana em que se conhece alguém.

— Qual é?! É regra agora? Tem que namorar só depois de um mês que se conhece alguém. — ela dizia debochada — Isso é estupidez! Isso é coisa para gente que gosta de perder tempo e eu não gosto e nem quero. Agora dá para me deixar em paz?

— Como quiser, Blake. — erguendo suas mãos para o alto em sinal de rendição, ele abaixou seu tom de voz.

Sem ter a chance de dizer a notícia que escutou de sua mãe, ele se virou e seguiu para o seu quarto. Ele estava precisando da sua irmã naquele momento de dor, mas seu orgulho não o faria voltar atrás nem sequer para abraçá-la. O coração de Jason doía um pouco mais naquela madrugada. Após chorar o caminho todo, estava na hora de ser forte e orgulhoso novamente, porém ver sua irmã caminhando para a destruição era algo que estava sendo difícil de suportar naquele momento.

Ele não sabia quem era o tal rapaz que sua irmã estava se entregando, não sabia se daria certo e nem o que poderia acontecer, mas ele tinha medo. Medo de perder sua única família real, Blake.


Notas Finais


Espero que estejam gostando!!

Kisses


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