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História Dark Paradise (Newtmas) - My mind is a hurricane, but you're my calm.


Escrita por: ByALady_

Notas do Autor


Hiii✌

Já é sexta-feira, bora ler mais um capítulo desse shippe delícia?

Hope you enjoy! 🤗
Boa leitura! 🤓💜

Capítulo 6 - My mind is a hurricane, but you're my calm.


Fanfic / Fanfiction Dark Paradise (Newtmas) - My mind is a hurricane, but you're my calm.

P.O.V. Thomas

Eu estava muito orgulhoso de mim mesmo!

Eu consegui, afinal. Apesar da luta fodida que tive comigo mesmo, enquanto minha cabeça de cima dizia não e a de baixo só faltava perfurar minha calça, eu consegui controlar tudo o que sentia e ser para Newt apenas um amigo. E quando digo que foi uma luta fodida, eu estou sendo muito, muito sincero.

Quando ele apareceu em minha porta com aquela carinha de cãozinho faminto, com aqueles cabelos deliciosamente fodíveis, eu achei que não iria aguentar e tive uma súbita sensação de que iria devorá-lo ali mesmo! Minha consciência estava borbulhando coisas impuras, meu pau já estava começando a ganhar vida devido as fantasias que eu projetava em minha mente, tudo o que eu podia fazer com aquele loirinho indefeso diante da minha estatura rígida, tudo o que eu desejava nos meus mais profundos sonhos molhados... eu consegui controlar! Foi uma batalha difícil entre Id e Ego mas eu venci, afinal.

Mesmo que eu quase tenha sucumbido a minha vontade de tomar sua boca para mim, mesmo que eu tenha desfalecido ao acariciar seu pescoço esguio e despentear seus lindos fios macios, ainda assim eu o refugiei em um abraço e nada mais do que isso.

A única coisa que me deixou realmente de pernas bambas foi a sensação estranha que tive enquanto o segurava em meu peito.

Foi algo muito inexplicável. Eu nunca havia sentido algo parecido. Ter Newt apertado contra meu corpo, ouvindo meu coração, me despertou um sentimento de responsabilidade. Não por algo, mas por alguém. Eu senti que ele devia ficar ali, aninhado em mim, protegido, como se eu fosse um escudo, uma armadura. Senti um arrepio incompreensível quando ele, cautelosamente entrelaçou seus dedos em minhas costas. Não foi um arrepio de tesão. Foi como se ele tivesse se fechado dentro de mim, me dizendo que ali ele estava bem e precisava ficar. Parecia que eu havia ficado agarrado nele durante horas. Mas foram breves segundos. E com certeza a coisa mais difícil de todas foi me separar de seu corpinho indefeso.

Quando nos despedimos e ele foi até sua porta, eu não sei o porquê precisei ficar observando até que estivesse trancado dentro de casa. Talvez seja aquela responsabilidade que senti, de ter certeza de que estava bem e que iria descansar em segurança.

Ou talvez eu só quisesse olhá-lo mais um pouco, até onde fosse possível.

Essa noite não houve reflexões e nem projeções de coisas cruéis em meu teto. Eu perdi o sono, mas por que eu estava realmente contente com a minha vitória, com o meu controle, com o que vivemos brevemente em minha sala. Eu estava realmente feliz, meu coração batia tranquilo e minha mente estava em paz.

Já é de manhã e estou acordado há mais de meia hora. Não irei para a faculdade, os veteranos retornarão daqui há uma semana. E eu havia alertado os Sangster de que hoje não era um bom dia para ser calouro. Eles estão em casa. Chuck está impaciente arranhando a porta da suíte, me alertando de que já está na hora da sua corrida diária.

- Eu já ouvi, Chuck, estou acordado! - digo saltando da cama e me livrando da calça moletom para tomar uma ducha matinal.

Não demoro muito ou Chuck vai começar a destruir minha sala. Em menos de dez minutos estou banhado e visto meu conjunto esportivo de frio. É outono e apesar do sol brilhar lá fora, o ar gélido já anuncia que teremos dias difíceis para quem levanta logo cedo. Coloco o café da manhã de Chuck e ele devora sem delongas. Para mim, opto por um cereal de chocolate, já que vou perder as calorias durante a corrida. Ajeito a coleira de Chuck, recolho água e o que mais preciso dentro de uma mochila leve, coloco o headphone e saio de casa.

Quando estava descendo a primeira metade das escadas, me ocorre uma ideia! Subo correndo devolta e paro na porta dos Sangster. Encosto a orelha na madeira tentando captar algum barulho. Penso ter ouvido o som de talheres batendo, então dou dois toques na porta.

- Thomas! - para minha parcial felicidade, era Sonya. Estava vestindo um pijama muito, muito, eu digo muito curto. O short era justo e deixava suas pernas firmes à mostra. E eram pernas deliciosamente torneadas! Sua blusa tinha alças finas e um decote que deixavam seus seios quase totalmente livres demais e eu fiz um puta de um esforço para não reparar nos seus mamilos marcados no tecido macio.

É, Sonya, acho que consigo dar o que você quer logo menos. Foder você pode não ser um esforço nauseante como tem sido com outras garotas. Desde que você poupe essa sua língua de falar o quanto você sabe o que fazer na cama.

- Bom dia - é o que consigo dizer - você não está com frio?

- Ah, eu tenho sangue quente, sabe como é - mas que atrevida e convencida da porra! Pensa que me provoca com esse olhar sedutor que parece querer arrancar minhas roupas com uma simples piscadinha de merda. Vai ter que se esforçar muito mais do que isso pra me ter realmente duro apenas por causa de você, garota!

- Ah, sei. Onde está o Newt? - estico um pouco o pescoço e meus olhos buscam por seu corpinho meigo.

- Ah... - Sonya pensa que não a vi revirar os olhos quando pergunto sobre seu irmão. Ela me dá espaço para entrar - Newt? - o chama.

Meu loirinho surge do corredor com sua calça moletom e uma blusa preta de manga comprida. Seus fios estão uma verdadeira bagunça e sua carinha é de um bebê que acabou de acordar. Meus olhos deleitam-se com sua imagem inocente segurando uma tigela de cereal com leite escorrendo pelo queixo.

Ah, baby, não faça isso comigo...

- T-tommy! - ele exclama, limpando a boca com a manga da blusa completamente desajeitado - Bom dia! Onde vai a essa hora?

- Você quer dizer onde nós vamos! - eu o corrigo sorrindo e puxo Chuck para perto de mim. - Troque de roupa e venha correr comigo.

Sonya vira-se para mim com os olhos arregalados e uma expressão de surpresa. É bom ser ignorada, gata? É bom ficar para segundo plano? Você está merecendo uma lição se acha legal ficar esnobando o meu loirinho por aí. Mas eu ainda quero essa sua boquinha gemendo meu nome entre as cobertas. Então não serei tão cruel assim.

- Você também, Sonya! - ela muda sua expressão de supresa para curiosidade e desconfiança. Ignoro. - Vou levá-los para conhecer o Central Park.

...

- Vão... mais... d-devagar... pelo amor de Deus... - Newt está ofegante com menos de um 1km de corrida moderada. Ele para de correr e apoia as mãos nos joelhos com uma cara de piedade. Não consigo segurar a gargalhada - Você... acha engraçado, é? - ele resmunga com falta de ar - Eu não... pratico esportes...

- Está tudo bem, Newt - continuo rindo descaradamente. Sonya está abafando o riso e balançando a cabeça negativamente enquanto admira seu irmão fracassando na missão.

- Eu avisei, Thomas - ela agora está de braços cruzados e rindo sarcasticamente - eu avisei que Newt iria nos atrasar.

- Não estou com pressa! - devolvo sem dó. Percebo que fiz a coisa errada quando ela se cala repentinamente e arregala os olhos pra mim. Acho que é a primeira vez que se sente rejeitada por alguém como eu. Eu não sinto pena. Mas mais uma vez me repreendo por ter sido indelicado. Isso pode destruir meus planos de tê-la entregue a mim. Não me permito foder meu loirinho. Mas ainda quero tudo o que Sonya tem dele em seu corpinho feminino gostoso. Puxo Chuck comigo e caminho até ela - Você é durona, hein? - olho em seus olhos e balanço seu queixo levemente, tentando parecer o mais fofo possível. Sonya me encara com os olhos em chamas de desejo e suas bochechas estão coradas - pode correr com Chuck, por mim? Eu vou acompanhar o ritmo do Newt.

Ela recolhe a coleira sem delongas e meu headphone. Alça a mochila nas costas sem tirar os olhos de mim. Discretamente dou uma piscadinha de leve e um sorriso malicioso. Sonya devolve com um olhar descarado por todo o meu corpo e sai correndo mordendo os lábios inferiores.

Confiança demais, garota! Se você não tivesse tantas coisas em seu corpo que me lembrassem o Newt, eu desistia de foder você na mesma hora. Só pra te dar uma lição!

Quando vejo que Sonya e Chuck já estão a uma distância considerável, caminho até Newt. Ele já está em pé, com as mãos empurrando a coluna e fazendo careta. Essa visão me faz rir de prazer. Esse loirinho é uma comédia a parte. Ele era engraçado de forma natural, apenas por ser quem ele é e isso era encantador.

- Nossa! Você faz isso todos dias? - ele pergunta fazendo movimentos circulares com os pés - É doloroso!

- Você já viu o tamanho do meu cachorro? Ou eu destruo meu corpo ou ele destrói minha casa!

- Eu prefiria que destruísse minha casa, obrigado.

Fico encarando-o com um riso querendo escapar da garganta. Newt me olha de esguelha e começa a gargalhar. Eu nunca tinha ouvido sua risada desse jeito antes. Tão doce, inocente e sincera. Era um som delicioso de se ouvir. Simplesmente eu não conseguia parar de olhar seu rosto risonho e parecia que a cena estava sendo transmitida em câmera lenta.

Acorde, Thomas! Não seja fraco!

Desperto de meu transe e pisco uma centena de vezes.

- Venha, loirinho, vamos apenas caminhar hoje, ok?

- Isso é música para os meus ouvidos! Eu não nasci pra ser atleta!

Espero ele me alcançar devagar e começamos a caminhar lado a lado.

Newt observa o lugar e as poucas pessoas que passeavam por ali. A maioria estava fazendo o mesmo que nós: caminhando, correndo e exercitando os cães. Mas vezes ou outra passávamos por algum casal de apaixonados em clima de romance em algum banco ou na grama. Nesses momentos, eu percebia que Newt encarava o chão ou desviava o olhar para qualquer outro lugar.

- Você disse que namorou apenas uma vez, não é Tommy?

A pergunta veio como uma bala perdida. Fiquei surpreso e desnorteado. Por que diabos, Newt quer que eu repita essa história? Onde quer chegar com isso?

- Sim... - foi a minha resposta.

Newt não se dá por satisfeito. Ele faz beicinho enquanto encara os pés e coça a nuca pensativo.

- E como foi?

Porra, loirinho! A última coisa que quero no universo é ficar relatando pra você meus casos amorosos. Te contei poucos aquele dia, os mais leves. Não quero ficar contando todas as vezes que levei mulheres para o meu apartamento, você vai me achar um monstro!

- Foi como lhe disse, loirinho. Ela se interessou por um colega do meu time de lacrosse. E me deixou. Foi só isso.

- Você não sofreu nem um pouquinho?

Não, Newt, porque eu namorava de faixada! Eu tinha repulsa toda vez que transava com ela. Ela era uma delícia, Newt, mas não era o que eu queria de verdade. Gostei de fodê-la a primeira vez, apenas. Depois comecei a fazer sexo por obrigação. Percebi que não conseguiria ter um relacionamento longo com nenhuma mulher. Porque meus interesses eram outros. Eu queria conhecer o outro lado da moeda. Mas isso se tornou algo impossível pra mim. Gosto de mulheres, Newt. Mas estou entendiado de ficar com elas. Transo loucamente para satisfazer meus desejos, mas no fundo sinto que sempre estarei a mercê de uma grande batalha contra meus investimentos sexuais.

E afetivos.

- Talvez um pouco - minto - mas não era amor de verdade, Newt. Como lhe disse, era algo muito mais carnal, entende?

Ele assente enquanto encara os pés em movimento. Eu o observo pelo canto do olho. Ele quer dizer alguma coisa, ele quer chegar a algum lugar...

- Eu nunca namorei ninguém, Tommy.

Uma facada atravessou o meu peito com um golpe violento e certeiro! Eu já imaginava que Newt não havia se relacionado com ninguém por muito tempo, mas o fato dele ter dito isso de forma tão amargurada, fez com que eu percebesse o quanto ele sofria em ter consciência disso. Em saber que ele não entende o que é estar com alguém de verdade. Posso não ter tido outras namoradas, mas a única que tive, mesmo que pouco, me demonstrou algo próximo de um afeto. Ainda que eu nunca tivesse lhe retribuído isso.

- Não está perdendo nada, loirinho. Você não namorou ninguém porque não gostou de verdade de uma pessoa ainda. Quando você encontrar a pessoa certa será diferente.

- Mas... quando eu vou saber que é a pessoa certa?

Gostaria de dizer que a pessoa certa podia estar mais próxima do que ele imaginava. Talvez bem ao seu lado! Eu com certeza tinha muitas coisas boas a oferecer a ele. Eu pensei em dizer isso, mas é claro que eu não posso. Vou guardar isso para mim mesmo. Estou indo bem demais pra foder com tudo agora.

E digamos que eu também não sabia a resposta para essa pergunta.

- Eu... eu não sei, Newt. Porque eu também nunca gostei de verdade de alguém - ele ergue as sobrancelhas mas continua olhando para seus pés enquanto caminha - Mas eu tenho uma boa amiga que namora há muito tempo e é muito feliz assim. Eu imagino que namorar a pessoa certa seja como elas namoram, entende?

- Elas? Quem são elas?

- Você vai conhecê-las amanhã. Você vai na festa, não vai?

- Eu não perderia por nada, Tommy! Onde tem música, eu estou lá.

- Você é britânico, Newt - dou uma risadinha e me atrevo a dizer que estou empolgadíssimo com a sua resposta positiva - a música corre nas suas veias.

- Sim! - ele está rindo novamente e sinto um calor percorrer minhas bochechas. Eu consegui novamente. Ele estava quase ficando entristecido e eu consegui lhe fazer sorrir! Estou adorando isso...

Caminhamos por mais de meia hora. Newt me falava das músicas que gostava de ouvir e dos bares de rock que frequentava em Londres. Conta que as poucas vezes que se envolveu com alguém foi durante essas saídas noturnas. Quando tocou nesse assunto, senti um grande aperto no peito, um nó na garganta, uma força inconstante nos músculos, que me fizeram cerrar os punhos.

Pensar em um cara tocando o que eu não podia tocar me deixava realmente frustrado e irritadiço. Newt era magro e muito meigo e isso me fez pensar se talvez esses caras não tivessem na verdade se aproveitado dele. Eu não podia aceitar isso. Eu simplesmente me recusava a imaginar meu loirinho na cama com outra pessoa. Só agora me dei conta de verdade que isso já havia acontecido.

Passei esses dias pensando apenas no meu tesão, nas minhas desventuras sexuais, nos meus interesses, na minha libido e nas minhas fantasias pessoais. Em nenhum momento parei para perceber que Newt não era mais virgem. Quer dizer, um outro homem já havia provado de sua inocência e de sua linda pele clara. Um outro homem já havia colocado as mãos em seu corpo magro, beijado sua boca delicada e bagunçado seus lindos cabelos loiros enquanto o fodia como um animal selvagem!

Mas que inferno, eu não posso aceitar isso! Tudo na minha cabeça está se bagunçando denovo. Tudo o que eu consegui vencer, as coisas que organizei em minha mente, minhas atitudes calculadas e todo o meu esforço para apaziguar minha vontade de tê-lo entre meus cobertores. Tudo isso está se esvaindo! É como se uma cratera tivesse se aberto no meu inconsciente e tudo o que havia reprimido voltasse para dilacerar minha consciência completamente perturbada!

Travo o maxilar e aperto tanto o punho que minhas veias estão a ponto de explodir. Minha feição se endurece e eu sinto que preciso esmurrar alguma coisa. Qualquer coisa! Eu preciso descarregar essa raiva, preciso livrar minha cabeça dessa porra toda, preciso definitivamente socar algo!

Ou preciso foder alguém como se fosse a última transa da minha vida!

- Tommy? - Newt para a caminhada e segura meus braços para que eu pare também. Seus dedos finos e longos tocam minha pele de forma tão delicada que de repente tudo o que sentia se dissolve por completo. Alivio a tensão muscular, liberto o sangue para circular normalmente em minhas veias, respiro fundo e relaxo meus ombros. Newt ainda segura meu braço e me olha preocupado - Tudo bem com você?

Eu não sei, Newt... eu definitivamente não sei.

- Tudo - minto para mim mesmo - Tudo, eu acho que foi minha pressão, não sei... ou talvez eu não esteja respirando como deveria. - ou ainda, talvez estivesse com a cabeça completamente num emaranhado de pensamentos dos quais se torna impossível de se desfazer o nó.

- Acho que precisa parar um pouco. Vamos comer alguma coisa. O que quer comer?

Você, loirinho. Eu estou louco pra comer você!

Infelizmente eu não sei por quanto tempo mais poderei esconder isso! Tudo o que podia fazer já havia feito. Preciso reunir forças e tentar denovo. E denovo. E mais uma vez. Até que se passem todos os dias da minha vida vivendo uma puta de uma mentira.

Você é tão fraco assim? Ele te diz que já transou algumas vezes e você reage como se estivesse sofrendo um ataque cardíaco?

Não, eu já estou me recuperando.

Não está! Acaba de pensar em devorá-lo novamente. Vocês têm que ser amigos, apenas. Esse foi nosso acordo.

Eu sei! Eu só tive uma recaída, já estou bem.

Fraco! Se continuar desse jeito vai perdê-lo de todos os jeitos.

Não quero perdê-lo! Eu quero ser pelo menos seu amigo.

Então é bom você se apressar nessa tentativa ridícula de diminuir essa libido depois que transar com a irmã dele! Ou a solução será você deixá-lo de vez.

Certo! Não irei demorar com isso. Não posso fracassar...

- Heeeeey, Tommy! - Newt estrala os dedos na minha frente - Eu estou falando!

Pisco milhões de vezes e balanço a cabeça sentindo-me perdido. Para disfarçar minha feição reflexiva, esfrego o rosto como se quisesse limpar o suor frio.

- Você acaba de perder calorias, loirinho, quer comer o quê? - falo casualmente, como se nada tivesse acontecido, quando na verdade minha cabeça está andando em uma montanha russa.

- Eu comeria qualquer coisa muito gordurosa, tipo com muito cheddar, eu comeria uma lanchonete inteira, minha barriga está gritando por um hamburguer dos deuses!

Me surpreendo ao soltar uma risada alta. O ritmo frenético no qual meus pensamentos estavam dançando, parecem se aliviar com isso.

Não compreendo bem quais efeitos Newt tem sobre mim, além de despertar minha libido e me fazer sentir ser reponsável por ele. Mas reparei em duas coisas que não posso deixar de considerar: a forma como ele aliviou minha fúria apenas com seu toque gentil e a maneira que consegue descontrair minha perturbação apenas por ser ele mesmo.

Percebo que sua presença me faz melhor do que eu imaginava. Ele que na verdade era um abrigo seguro diante da tempestade que eram meus problemas emocionais. Ele é quem conseguia abrandar meu descontrole mental, ele fazia as coisas parecerem tão simples que eu já não via motivos pra ter surtado desse jeito. Eu quase destruí tudo. Por muito pouco não precisei afastá-lo de mim. Vê-lo agir naturalmente diante de tudo o que estava sentindo, me fez perceber que enquanto minha mente era um furacão, ele era a calmaria.

Preciso tê-lo comigo. Agora sei disso mais do que nunca.

Meu peito está aliviado e minha cabeça começa a se anestesiar aos poucos. Estou olhando Newt sorrir e o sentimento de estabilidade paira diante de mim.

- Certo, Newt - digo enfim - Vamos comer esse seu hamburguer dos deuses.

...

- Mas que meleca, é essa loirinho? - estou me divertindo enquanto observo Newt devorar seu hamburguer completamente mergulhado em cheddar como se fosse sua última refeição na vida.

Estávamos sentados em um canto, ao lado das portas de vidro em poltronas confortáveis de uma hamburgueria próxima ao Central Park. Newt pediu um cheeseburguer duplo com cheddar extra e um milkshake de morango. Eu pedi um x-salada e um suco de laranja sem açúcar.

- Seu lanche é incrivelmente sem graça, Tommy - ele estava com a boca completamente lambuzada de cheddar, caía cheddar para todo lado, Newt estava ficando bêbado de cheddar - Os americanos comem muito mal.

- Eu como bem até demais - acho que minha resposta teve duplo sentido, mas Newt não pareceu entender desse jeito. Estava ocupado demais devorando seu lanche que já quase se demanchava em queijo. - Meu Deus, você quer mais guardanapo?

- Não! Eu vou chupar os dedos.

Ele fez isso e ouso dizer que suei frio ao observá-lo sugando seus dedos com o maior prazer do universo. Ele lambia a ponta dos dedos, depois os sugava inteiro e eu me peguei admirando a cena mordendo meus lábios inferiores a ponto de quase machucá-los.

Sinto o maldito se enrijecer dentro da minha calça. Estou olhando Newt se deliciar enquanto balança as pernas como uma criança feliz. Ele é tão inocente e tão sensual ao mesmo tempo, que meu sangue está concentrado em sua tarefa de engrossar as veias do meu membro desperto. Newt chupa seus dedos um por um até que não reste mais nenhum resquício de queijo. Passa a língua entre eles, seus lábios delicados os envolvem por completo e ele limpa os cantos da boca com o polegar. Estou envolvido em seus movimentos, minha mente suja deslancha em cenas impuras e eu quase posso jurar que deixei escapar um gemido inaudível enquanto o venero se deliciar com isso.

Acalme-se, O'Brien...

- Poxa, acabou tão rápido! - ele lamenta observando seu prato vazio. Percebo que preciso me recompor e me concentrar no mundo real, antes que eu levante dessa poltrona com meu volume nada modesto exposto ao mundo - eu comeria outro...

- Por Deus, pra onde vai tudo isso? - exclamo como se minha mente estivesse ali o tempo todo ao invés de ter vagado pelo poço imundo que é a minha libido.

- É bom ir se acostumando, Tommy - ele agora abocanha o canudo do seu copo de milkshake e bebe tudo num piscar de olhos - eu sou magro de ruim, mesmo.

- Ruim? - dou uma risadinha enquanto tomo meu suco com gosto de nada - Você é meu loirinho, esqueceu? Não tem como ser ruim. - dou uma piscadinha em meio a um sorrisinho.

Newt tem as bochechas quase roxas! Ele pega o celular para disfarçar sua timidez e começa a olhar suas mensagens.

- Ah, puxa! - ele arregala os olhos enquanto passa a mão por seus cabelos - Nós esquecemos da minha irmã!

Droga! Eu estava passando um tempo bom demais com meu garotinho pra durar tanto assim.

- Tudo bem, já estamos indo embora - enfio o que restava do meu x-salada na boca e deixo o dinheiro encima da mesa.

- Hey! - Newt protesta, enfiando a mão no bolso em busca da sua carteira.

Agarro-o pelo pulso e levanto às pressas.

- Não vai querer ser cavalheiro agora, vai? Temos pressa! - já estamos do lado de fora, Newt anda na minha cola, indignado.

- Isso não é justo, eu deveria ter pago pelo menos a minha parte!

- Deixe disso, loirinho! - atravesso a rua apressado e Newt anda completamente perdido, vezes esbarrando em mim ou segurando minha camisa para não me perder de seu alcance.

Confesso que achei isso adorável.

- Certo, mas... ai! - ele bate o queixo em meu ombro quando eu paro de repente para atravessar o cruzamento - Eu fico te devendo uma cont...

- Uma dança! - termino sua frase o olhando bem atrás do meu ombro com um sorriso amigável nos lábios - Você fica me devendo uma dança amanhã! Ok?

Newt assente pensativo, mas seu rosto está indicando o nascimento de um lindo sorriso. Seus olhinhos estão brilhando e ele se assusta quando começo a andar apressado novamente. Ele busca a barra da minha blusa e eu o guio como um cachorrinho perdido.

 

Vou ensiná-lo a dançar no meu ritmo, loirinho.


Notas Finais


Tommy, me mostra como se faz.. 🔥
O próximo capítulo promete, fiquem ligadinhos aqui!

Superbeijo, até logo. ❤😙


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