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História Dark Skies - Captura


Escrita por: Nylan

Notas do Autor


Voltamos, após uma eternidade sem fazer nada de útil aqui no Spirit. Talvez consigamos postar mais cedo, ams não garanto nada. Anyway, fiquei com o capítulo!

Capítulo 4 - Captura


Quando abri os olhos, fiquei um pouco cego, a última coisa que lembrava era de ter adormecido, olhei em volta e a única coisa que vi foram escombros, meus aliados tinham sumido, para ser sincero, só de olhar para eles, não achei que seriam úteis. Não conseguia me lembrar muito bem do porque estava aqui, levantei-me sobre os destroços que pareciam ser os do nosso caminhão. Meu braço estava ferido. Tentei me lembrar das aulas chatas de medicina, consegui fazer um curativo com um tecido que achei no chão, aos poucos fui me lembrando do meu passado.

Comecei a andar em direção ao que parecia ser uma cidade, olhei para o horizonte, vendo o que antigamente podia ser chamado de uma bela paisagem, mas atualmente, estava tudo queimado com uma neblina que demonstrava o clima de morte no local, passei cerca de 20 minutos observando o resultado dessa epidemia de vampiros nojentos, quando me dei conta, já tinha chegado em Estrasburgo, haviam algumas trincheiras na cidade, só que estavam tampadas, tentei abrir alguma delas, sempre tive curiosidade de ver uma quando tinha minhas aulas de história, quando dei um passo em cima de uma das tábuas que a tampava, senti movimentos por baixo, fui para trás rapidamente, alguns segundos depois, várias lanças fizeram buracos nas tábuas.

– Ei! O que você tá fazendo ai em cima, recruta? Não escutou o plano? - Falou uma voz do além.

– Hein? De onde veio essa voz? - Comecei a olhar em volta, para procurar a origem do som.

– Você quer estragar o plano, seu imbecil? - Abriu-se um espaço entre as tábuas em cima da trincheira. - Vem logo! Entra!

Entrei lá dentro, haviam cerca de 30 pessoas com lanças, espadas e vários outros tipos de armamentos.

– Nunca vi você por aqui, de onde você veio? – Perguntou o único homem usando roupas que indicavam ser de um general.

– Eu vim de Besançon pra ajudar, cheguei agora e não estava ciente do plano, me desculpe.

– Todos da cidade estão em trincheiras espalhadas pela cidade, ou seja, ela está teoricamente vazia, certo? É isso que queremos que os vampiros pensem, então vão baixar a guarda e aí usaremos as lanças para matar quem passar por cima.

– Entendi. De qualquer forma, você sabe aonde estão as pessoas que vieram no meu caminhão? – Perguntei, pegando uma lança.

– Não sei, ou eles morreram em cima das trincheiras ou entraram em uma, como é o seu caso.

Fiquei um pouco tenso, a claustrofobia agiu sobre mim, estava tudo bem apertado, e ainda me deixaram contra a parede, ou seja, estava bem no canto , e para piorar tudo, era um lugar totalmente fechado, tirando o fade de haver uma abertura no teto, tentei me controlar mas os outros humanos estavam chorando, ansiosos e preocupados, pareciam ter passado por muita coisa nessa cidade, e eu nem ao menos sabia o porquê de estarmos defendendo essa posição, não lembro muito bem o que o general tinha me falado.

Ao longo do tempo, menos luz passava pelos vãos, estava anoitecendo e nada dos vampiros chegarem, até que ouvimos vários gritos, alguns segundos depois, os gritos pararam, isso deixou todos três vezes mais assustados. Depois, ouvimos mais gritos, só que eles pareciam estar mais próximos, igual da outra vez, os gritos pararam segundos depois, alguns começaram a rezar, outros entraram em crise de desespero.

Tudo ficou silencioso, até que ouvimos o som de um liquido sendo derramado, em seguida, um barulho de algo sendo riscado, depois, estalos de algo queimando, todos olharam pelos buracos e viram vários vampiros, o general deu o sinal e todos levantaram as lanças, atingindo os vampiros, uma quantidade absurda de sangue jorrou dos inimigos, caindo em quase todos os soldados, menos em quatro, contando comigo, que estava no canto, entre os vãos, via-se um fósforo caindo.

Assim que o fósforo encostou no liquido, tudo entrou em combustão, logo percebi que o liquido era gasolina, todos começaram a gritar. Apenas fechei os olhos não ver a terrível cena dos meus aliados queimando, o fogo não me atingiu, estava em uma parte mais elevada que o líquido, o som dos estalos parou, então resolvi abrir meus olhos. Vi muita gente desfigurada, a carne exposta, essa cena foi o suficiente para me fazer desmaiar.

Senti a sensação de alguém me puxando, mas não conseguia nem ao menos abrir meus olhos, doía um pouco, parecia que estava sendo arrastado pelo chão, algum tempo depois consegui, consegui ver o que estava acontecendo em volta haviam vampiros e estavam me levando para algum lugar. O vampiro que me arrastava percebeu que eu tinha recobrado a consciência, parou e me deu um chute na cara, desmaiei novamente.

Quando acordei, estava dentro de uma cela, em um canto, havia uma garota, ela parecia inquieta e me era um pouco familiar, algo me dizia que se ficássemos lá por muito tempo, acabaríamos morrendo, então decidi conversar um pouco com ela.

– O-oi, tudo bem?

Ela me olhou com um rosto triste, mas logo virou um lindo sorriso, fui abraçado por ela. Recuperei um pouco de minhas memorias.

– Aiko?

Ela apenas sorriu. Achei estranho, fiquei com um pouco de raiva, mas, ao mesmo tempo, fiquei feliz. Lembrei do que havia acontecido da última vez que a vi.

– O que você tá fazendo aqui? Eu não te disse pra você ficar na cidade? – Perguntei, com um tom de bronca.

– Não podia ficar lá enquanto outras pessoas estavam em perigo. – Ela respondeu calmamente.

Tive uma explosão de raiva, dei um soco na parede pra descontar, após isso, era possível ouvir um som de engrenagens se movendo, da parede de concreto, se abriu uma passagem, um guarda estava vindo, então rapidamente puxei a Aiko para dentro e a passagem se fechou.

– E se tivesse acontecido algo com você? – Perguntei, sussurrando.

– Eu estou aqui com você, não estou? – Disse.

Eu estava com vontade de xingar ela, mas estava feliz do fato dela estar comigo.

Havia um pedaço de madeira com um pano enrolado na ponta, ao lado, havia um isqueiro, incendiei o pano com ele, assim que a luz tomou conta do local, era possível perceber que estávamos em um esgoto, havia um corpo, encostado na parede, em suas mãos segurava um papel que “Die Hoffnung und die letzte zu sterben”, não sabia o que aquilo significava, provavelmente estava em outra língua, continuamos seguindo o nosso caminho.



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