História Dark Skies - Guerra Relâmpago

Depois de algumas horas andando naquele esgoto, finalmente tínhamos achado a saída, parecia ser a nascente de um rio, não sabíamos onde estávamos, então resolvemos seguir as águas, ainda não sabia se Estrasburgo tinha sido tomada ou não, se sim, teria de avisar algum superior sobre o ocorrido. 
Olhei para Aiko e percebi que ela estava mancando, provavelmente devia ter se machucado no esgoto ou na prisão.
– Quer ajuda aí? – Perguntei?
– Como você vai me ajudar? – Respondeu com uma pergunta.
– Sobe aí. - Sentei de costas para ela.
– Você consegue me carregar? – Perguntou, receosa.
– Claro! – A Aiko era pequena, tinha cerca de um metro e meio de altura.
Ela era leve, considerando seu tamanho, tentei identificar onde estávamos, o clima e o ambiente me eram familiares, algo me dizia que tinha que ir para o leste, então segui minha intuição, para a minha sorte, chegamos em uma cidade, fomos avistados por um grupo de pessoas e elas vieram correndo em nossa direção
– De onde vocês vieram? – Perguntou um deles, curioso.
– Precisamos falar com um superior, tenho informações de Estrasburgo. – Menti, pois nem sabia se tínhamos conseguido defender a posição.
– Sobreviventes! – Gritou um soldado. – Um está machucado... – Percebeu. – Vamos te levar para um hospital. – Indicou para deixa-lo carregar ela. – E você, me siga, vamos falar com o general.
Deixei Aiko com eles e segui o soldado. Aquela cidade não parecia ter sido afetada pela epidemia, me lembrava um lugar, mas não conseguia lembrar perfeitamente, era visível uma certa desigualdade social ao observar as construções da cidade, não me conformava com o fato de, mesmo depois do mundo ter acabado, ainda existir isso. Fui levado a um quartel.
– General Philippe! – Chamou. – Esse homem diz saber sobre Estrasburgo! - Disse o soldado.
– Você é um sobrevivente, certo? – Perguntou. 
– Sim.
– Por favor, me explique a situação. 
– Bom, todos os soldados se esconderam em trincheiras para surpreender os vampiros, só que, de alguma forma, eles ficaram sabendo do nosso plano, então, eles jogaram gasolina e queimaram as trincheiras com os soldados lá dentro, acredito que muitos soldados foram queimados vivos, acabei desmaiando, por algum motivo. Logo, acordei em uma prisão onde os soldados sobreviventes foram levados e possivelmente interrogados, consegui fugir com a recruta Aiko, viemos pra cá logo depois disso. 
- O que?! – Gritou. – Recebemos uma carta que a defesa tinha sido um sucesso, mandamos muitos soldados para uma base grande dos vampiros.
– Acredito que fomos sabotados, senhor. 
– As chances são altas – Ele ficou um bom tempo pensando em algo. - O único jeito é retomar Estrasburgo o mais rápido possível, se não, nosso exército será surpreendido e massacrado, estamos com poucos soldados, sinto muito, mas você terá que entrar em combate novamente, você deve ser experiente, então será designado como o líder do esquadrão Rapide, que tem cerca de 20 homens. Você tem 2 horas para dominar aquela cidade, não podemos falhar, dispensado. 
Fiquei um pouco bravo por não ter um tempo de descanso, de qualquer modo, tive que me apressar fui ir ver como a Aiko estava. Fizeram um curativo básico em seu tornozelo, fiquei feliz de ela ter se recuperado. Expliquei tudo para ela.
– Que droga, nem nos dão uma folguinha! – Bateu a mão na parede.
-Você não é obrigada a ir, pode ficar se quiser.
-Você sabe que vou ir. – Ela deu um sorriso.
Fomos chamados por um superior, ele nos guiou até onde estavam os 20 soldados, que, no caso, eram basicamente estudantes que não tinham experiência, “Eles viraram a Rússia agora? ”, pensei. Tirando o fato de que era tímido em multidões foi um pouco fácil tomar iniciativa de falar. 
– Soldados! Temos que marchar imediatamente para Estrasburgo e captura-la! Não temos tempo a perder! – Parecia um ditador, provavelmente não era bom falar assim com estudantes.
Saímos daquela linda cidade para marchar até o nosso objetivo, um dos soldados me perguntou: 
– Para convocarem estudantes, eles devem estar bem desesperados.
-Devem estar dando uma chance de vocês mostrarem seus valores. Se querem viver em uma vida pacifica, esquece, isso é impossível. – Retruquei.
Dividi os soldados em 2 pelotões, o meu e o da Aiko. Já tinha uma estratégia de como iria atacar, só precisava saber onde estavam as tropas inimigas. 
Chegando a cerca de 250 metros, peguei um binóculo e dei uma checada nas tropas inimigas. eram cerca de 50 vampiros preparados para matar qualquer um que passasse na estrada, a única conclusão que cheguei e que havia um informante , não era possível que eles soubessem dos soldados que estavam vindo.
– Vamos entrar em ação! Pelotão 2 irá ir pelas laterais enquanto o primeiro vai pela frente. – Disse.
Meu pelotão partiu para emboscada, 25 vampiros nos pararam e começamos a lutar. 
– Formação falange! – Ordenei. De acordo com minha memória, é a primeira formação que os estudantes aprendem. 
Rapidamente fechamos os lados e não tinha como sermos pegos de surpresa. Parecia um treinamento, matamos 21 e os outros recuaram, alguns soldados foram correr atrás deles, mas os impedi.
– Muito bem, agora vamos ajudar o pelotão 2. – Fomos correndo para o centro da cidade. 
Observei Aiko de longe e ela tinha feito a mesma formação, fiquei um pouco orgulhoso.
-Ataquem! – Ordenei, indicando para os soldados irem por trás para pegar os vampiros que ainda restavam. 
Todos foram dizimados, eu até me sentia um bom Líder, estava animado com isso. 
– O pelotão 2 ficará defendendo a cidade. O 1 resgatará os prisioneiros.
Fomos até o rio que usamos para escapar e começamos a fazer o caminho de volta para a prisão.
– Capitão, por que entramos aqui? Estamos todos sujos – Reclamou um dos soldados.
– Não temos tropas suficientes para bater de frente com eles, esse esgoto da numa cela da prisão, podemos matar os guardas que aparecerem e resgatar o máximo de prisioneiros. 
– Bem pensado. – Elogiou outro soldado.
Chegamos na cela e arrombamos a porta, 4 guardas vieram checar o barulho, os matamos silenciosamente com ataques rápidos e fatais. 
Peguei a chave de um dos corpos dos guardas e comecei a abrir todas as celas, mandei meus soldados indicarem a passagem secreta e logo a prisão havia ficado vazia, em 5 minutos todos estavam voltando para Estrasburgo, eram cerca de 34 prisioneiros. 
Chegando na cidade vi 6 corpos no chão, logo avistei Aiko, ajoelhada, com uma cara péssima. Fui correndo pra lá.
– O que aconteceu?
– Vieram uns 15 vampiros e fomos pegos de surpresa, contado comigo, houveram 4 sobreviventes. – Disse, choramingando. – Sou uma péssima líder... – Murmurou. 
– Merda, levem os corpos e enterrem.
Depois de 2 horas, os soldados libertados voltaram a proteger a cidade, o resto do esquadrão voltou para cidade para explicar a situação, tirando eu e Aiko, que ficamos na cidade esperando o grande exército chegar.