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História Dark Skies - Danger Line


Escrita por: Nylan

Notas do Autor


Nylan: Voltamos.
Abby: Ou não.
De qualquer forma, trazemos outro capítulo. Dessa vez, não foi o Abby quem escreveu, nem o Nylan. E sim, os dois! (é, ficou bem retardada essa maneira de anunciar)
Parece que realmente podemos oficializar um crossover entre as nossas duas fanfics (Abby chamaria de fiction só, porque quase não segue lógica alguma do anime/mangá que nos baseamos).
Fiquem com o capítulo, e, se você é um leitor novo e gostou dos capítulos anteriores, já favorita a fic, assim, nós ficamos motivados para fazer mais um episódio dessa história!

Capítulo 7 - Danger Line


Achar alguém que não recebeu nenhum tipo de ordem não seria algo fácil.

Um pouco ao longe, vi um grupo de quatro soldados, pareciam ser da minha idade. Também nunca havia visto-os em lugar algum, então, provavelmente eram recém-admitidos no exército.

— Ali – Apontei na direção onde se encontravam.

Fomos andando até lá.

— Er... Olá... – Claramente, ainda era difícil falar com desconhecidos.

— E ai? – Respondeu um deles.

— Vocês já estão encarregados de algo?

— Ainda não, acabamos de chegar na cidade — Disse outro.

— E ninguém veio falar com vocês?

— Não.

Como eu imaginei, eles nem pareciam ter participado de combate algum.

— Certo... então, estamos precisando de mais quatro pessoas para uma missão, gostaria de perguntar se querem vir conosco.

— Não vejo problema nisso.

— Nem eu. — Disse uma garota, que antes estava calada — Não é, Troy?

— Por mim, tudo bem. – Disse Troy. No momento, pareceu que ele só disse isso por causa dessa garota.

— Também não vejo problema nenhum — Disse o outro garoto.

— Todos estão de acordo? Que bom. — Apertei a mão dele. — É um prazer conhece-los. Sou Glaven ela é a Aiko, esse aqui é o Shiva e aquela é a Iris.

— Me chamo Mike, essa aqui se chama Dakota, e aqueles são Alice e Troy.

— Bem... temos que sair daqui umas onze horas, ou seja, oito e meia da manhã. Então, nós temos que passar a noite em algum lugar.

— Vamos procurar algum. então. — Disse Mike.

Andamos até o interior da cidade. Pedi para esperarem, enquanto ia perguntar para algum soldado sobre algum local para ficar.

— Então, vocês sabem se tem algum lugar onde podemos ficar?

— Foi mal, cara, não tem espaço algum. — Respondeu o soldado.

— Ok...

Voltei para os outros.

— Aparentemente, não tem nenhum lugar para ficarmos. Nenhuma casa, então vamos precisar ficar em alguma rua por aí mesmo.

Um vento forte passou sobre nós.

— Pelo que me lembro, tem uns becos por aqui, a gente pode fazer uma fogueira, ou algo parecido. — Comentou Iris.

Fomos andando até encontrarmos alguns sacos de areia. Shiva conseguiu alguns pedaços de madeiro com soldados nas proximidades e montou uma fogueira entre os sacos.

Todo mundo usou os sacos como apoio para sentar e deitar. Logo depois de uns 10 minutos, Iris, Alice, Troy e Shiva tinham adormecido.

Olhei para Aiko e ela estava conversando com Dakota. Aiko não era de falar com todo mundo, achei estranho. Resolvi puxar assunto com Mike, que parecia distraído.

— Parece que elas tão virando amigas.

Dava para perceber que elas estavam dando algumas risadas de vez em quando.

— É muito bom, Dakota quase não fala nada, então tem dificuldade em fazer amigos. — Disse Mike.

— É bom termos confiança entre nossos grupos, nossa missão não vai ser algo fácil.

— É verdade. Qual é a missão? Você não comentou nada sobre ela...

— Precisamos atravessar a Alemanha e fazer uma aliança com a Polônia. Tudo isso sem ninguém saber, pois os comandantes não gostam nada dessa ideia.

— Então basicamente estamos agindo contra nosso exército?

— Sim. Mas é a melhor opção no momento. Eles pensam em invadir a Polônia, mas não podemos guerrear contra nossa própria espécie.

— Como em alguns filmes pós-apocalípticos. – Ele era bom em encontrar similaridades de filmes com a vida real.

— Pelo menos espero que dê certo... — Completei.

— E é, basicamente, uma missão suicida, já que a Alemanha é uma terra de ninguém.

— Sim, mas também não sabemos como está a Polônia, vai que eles viraram neonazistas ou coisa parecida, aí chegamos lá e somos presos e mandados para algum tipo de campo de concentração. Só de pensar nisso já dá um certo arrepio. – Já estava ficando tarde. – Mas, então, precisamos acordar cedo e é melhor já tentarmos dormir, boa noite — Me acomodei em uma posição confortável e fechei meus olhos.

— Boa noite — Disse Mike com uma voz de sono.

Depois de cair no sono eu fui o último do grupo a acordar, fomos até Philippe que estava nos esperando fora da cidade.

Ele estava do lado de um caminhão.

— Chegaram cedo hein? – Disse ele.

— Acho que sim. 

— Olha, sei que esse transporte não é dos melhores e os suprimentos são poucos, mas a questão é que não podemos levar suprimentos demais para não levantar suspeita.

Não sei se ele era um bom estrategista, ou se qualquer um sabe disso.

— Sim.

— Fiz o meu melhor tem comida suficiente para uns dez dias, kits de primeiro socorro, caso alguém se machuque, e já sei que a Iris dá uma boa médica.

Iris deu um sorriso. 

— E já estava esquecendo... — Tirou alguns mapas e alguns cantis da bolsa que estava segurando  e entregou um para cada um.

— A viagem vai ser direta? — Perguntou Troy.

— Claro que não, mesmo esse caminhão sendo uma lata velha, eles iriam notar, então vocês serão levados até Mainz depois terão que ir caminhando.

— Ok...

— Boa sorte para vocês e... espero que vocês não morram, a França possivelmente está em suas mãos — Ele sussurrou — Tecnicamente, para os comandantes, vocês estão desaparecidos em combate, de qualquer modo, vejo vocês na Polônia.

Nós despedimos dele e subimos naquele caminhão. Ele era realmente muito velho dava para perceber nitidamente a fumaça preta saindo do escapamento, depois disso veio um som estranho provavelmente o motorista começou a dirigir.

Depois de chegarmos no nosso destino, todos desceram, e rapidamente o caminhão deu meia volta, com pressa.

— Não parece ter ninguém aqui. — Disse, depois de olhar em volta.

— Isso e bom para nós. — Falou Mike.

— Mesmo assim, é melhor ter cuidado.

Todos estavam em formação para sacar as armas caso algo acontecesse.

Mainz não era uma cidade tão grande, acho que isso não poderia ser chamada de cidade.

A única maneira de atravessá-la seria seguindo pela avenida principal, depois virar à direita e seguir na diagonal.

Chegamos em um cruzamento, além do caminho que vimos tinha mais um que certamente era o que devíamos seguir, pois os outros estavam bloqueados por veículos e escombros.

— Estranho... — Mike comentou

— O caminho livre é o correto, mesmo assim continua muito estranho. — Concordei com Mike.

Comecei a ouvir sons de passos, e em questões de segundos fomos cercados por vários vampiros.

— Mais humanos caindo na nossa armadilha... parece que nunca aprendem... — Disse um vampiro, debochando de nós.

Todos sacaram suas armas rapidamente

Mas antes de qualquer um conseguir atacar, um grupo de vampiros pulou no meio de nós, nos separando.

— Droga! — Gritei.

Tentei achar Aiko naquela multidão toda, se a tivesse encontrado 2 segundos depois ela estaria morta. O som do meu disparo ecoou pelo ar, matando o vampiro que ia apunhalar Aiko por trás.

— Precisamos abrir uma brecha. — Ouvi Shiva dizer.

—Ali! Vamos! — Anunciou Iris

Iris abriu caminho entre o cerco e todos foram correndo, todos menos Shiva e Mike.

— Droga, eles não conseguiram passar

Ouvi um grito de Shiva.

Eram muitos vampiros, provavelmente, se voltássemos para ajudar, o grupo todo morreria. Realmente me senti culpado por largar os dois para morrer.

Muitos foram atrás de nós. Pedi para que os outros fugissem, enquanto lidava com aquela horda enorme.

Atraí eles para uma rua estreita, perfeita para afunila-los. Mirei na cabeça do primeiro.

— E lá vai. – Sorri, enquanto disparava.

Um disparo fez vários voarem, alguns milésimos para puxar o ferrolho e colocá-lo de volta. As armas encantadas não tinham munição limitada, mas, mesmo assim, ainda tínhamos que seguir a velocidade imposta por seus velhos mecanismos.

Já não haviam mais vampiros na minha frente.

Mas senti alguém atrás de mim.

— Olá... – Ele disse.

Virei para ver quem era, mas fui recebido com um chute na vertical, que me empurrou para o chão, fazendo minha cabeça sofrer o impacto do chute e do asfalto.

Fiquei meio zonzo. Era um força sobre-humana, a força de um vampiro, porém, este era muito mais forte.

Levantei-me. Ele se distanciara.

— Ainda não morreu? – Debochou. – Você é bem forte, normalmente, lixos como você têm um traumatismo craniano assim que batem a cabeça no chão.

— Ou eu sou forte, ou você é fraco. A opção certa é a segunda. – Provoquei.

— Como ousa? Bom, parece que você quer brincar... tudo bem, vou me divertir bastante com você.

Ele sacou uma espada. Ela era ornamentada, com uma guarda de ouro e uma lâmina avermelhada. Nunca havia visto uma dessas antes, talvez ele fosse bem importante, hierarquicamente.

— Se você quer brigar... pode vir pra cima! – Apontei o rifle.

— Como quiser.

Como uma rajada de vento, ele atacou, errando meu rosto por apenas alguns milímetros.

Tentei atirar, mas desviou do disparo facilmente.

Investiu contra mim, novamente. Fui lançado alguns metros longe.

— Qual é o problema, garoto? Sou rápido demais para você?

Não respondi. Me levantei e fiquei pronto para atacar com a baioneta, já que atirar não fez efeito algum.

Notei seu movimento dos pés. Na última vez, ele colocara o pé direito na frente, para atacar-me na esquerda. Desta vez, seu pé esquerdo estava na frente. Fiquei atento para rebater o ataque.

Ele voou novamente, mas interceptei seu corte de espada com a baioneta, que brilhou com o impacto, soltando faíscas, que, de alguma maneira, chamuscou o uniforme do vampiro.

— Meu uniforme... – Murmurou.

Sorri como resposta.

Ele arremessou a espada em mim, por sorte, desviei a trajetória com a ponta da guarda do rifle. Ele partiu para o corpo a corpo, mas já não estava tão rápido assim, acertei um disparo bem em seu peito.

Ele voou para trás, gritando de dor. Soltou alguns xingamentos e correu para longe. Consegui rastreá-lo pelas gotas de sangue.

Ele havia entrado em uma casa e subido as escadas para o segundo andar.

Ouvi seus gemidos de dor enquanto subia a escada, lentamente.

Minha cabeça começou a doer, aquela pancada fora forte, ao ponto de sangrar.

Andei lentamente pelos degraus, para não fazer barulho.

— Você vai me pagar! – Murmurou ele, com raiva. — Eu vou matar um imundo qualquer, tomar seu sangue e me vingar!

Sorri.

“Calma, sua hora já vai chegar”

Ouvi sua respiração, provavelmente, estava tentando me farejar.

“Será que ele sabe que estou aqui?”

— Droga... – Disse ele. – O cheiro do meu sangue é mais forte que o dele...

Era uma oportunidade de ouro. Assim que cheguei no fim da escada, preparei para atacar com a baioneta.

Ele estava de joelhos, com a mão direita no ferimento, sua espada não estava ali.

“Perfeito”

Assim que passei pela porta, ele voou em cima de mim, virando o rifle para o lado, fazendo-o atirar na parede.

Levei um forte soco na cabeça e um chute, que me lançou escada abaixo, mas o segurei antes de cair, então, nós dois descemos.

Minhas costas estavam doendo bastante, mas não havia quebrado nenhum osso.

Ele estava ofegante, mas, se arrastando, preparou-se para me matar. Segurou meu pescoço, comecei a ficar sem ar. Tentou usar a outra mão para rasgar meu rosto. Como eu estava desarmado, o instinto de sobrevivência falou mais alto, mordi sua mão com força, ele gritou de dor e caiu para trás, com a mão sangrando.

Foi tempo o suficiente para retirar a baioneta do rifle.

Pulei em cima dele, mas segurou meu braço e virou a lâmina contra mim. Senti a ponta encostar em meu pescoço, dei-lhe um chute na barriga e arranquei-a de sua mão e cravei em uma perna.

Ele deu um grito de dor extremamente alto.

Para finalizar, perfurei seu pescoço. Ele tentou gritar, mas tapei sua boca com a mão.

— Shhhh... – Disse, afundando a faca. – Boa noite...

Em poucos segundos, ele caiu para trás e parou de respirar.

Fiquei deitado no chão por alguma quantidade de tempo que não consegui definir.

Minha cabeça doía demais, era como se levasse socos constantes na região.

Alguém entrou pela porta.

— G-Glaven? – A voz foi tão suprimida pela dor de cabeça, que não consegui reconhecer.

A pessoa se aproximou. Era Aiko.

— No que você se meteu? – Perguntou, preocupada.

Tentei responder, mas simplesmente não consegui dizer nada. Acabei desmaiando depois disso.


Notas Finais


Obrigado pela sua leitura!
Dúvidas, elogios, reclamações, caso tenha qualquer uma delas, sinta-se livre para comentar (claro, se for uma reclamação/crítica, não xingue).
Até a próxima vida (ou, até o próximo capítulo, se a gente fizer outro)!


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