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História Dark Wings - Fuga


Escrita por: _full2moon e cameliabranca

Notas do Autor


Oi gente!
Como as minhas aulas vão começar, eu vou passar a postar os capítulos novos aos domingos...
Mas anyway, espero que gostem!

Capítulo 11 - Fuga


Fanfic / Fanfiction Dark Wings - Fuga

*POV VITÓRIA*

 

                -Temos que tirá-los daqui Sophia. Como uma Anciã, você deveria aprovar isso.

                -Sim Vitória, como Anciã, eu aprovo. Mas vai contra a regulamentação do reformatório. E do estado. Teríamos que pedir a libertação deles. Inclusive a sua.

                -Finja Sophia. Forje!

                -Não posso fazer isso!

                -Sophia. Você entende o que está acontecendo? Nós fomos marcados. Todos nós! Eles vão voltar. E vão fazer vítimas se for preciso. Quer mortes neste reformatório? Quer manchas no seu currículo? Ou então, VOCÊ quer ser a vítima?

                -Lógico que não. Mas me diga uma coisa: como vou explicar a saída de um professor?

                Pensei um pouco. Ela tinha razão. Era fácil explicar a saída de três alunos.

                -Exoneração do cargo. Não é tão incomum.

                -Não posso Vitória. É extremamente difícil.

                -Sophia. – Me aproximei de sua mesa. – As vidas de três anjos e uma Guardiã estão em risco.

                -Sinto muito. Não posso fazer nada.

                -Tudo bem. – Vou ter que usar o medo. – São dois anjos do Inferno, um anjo que não se decidiu e uma Guardiã enviada do Céu. Se nós morrermos, você vai ter que explicar para os dois chefes – Apontei para cima e para baixo – por que você não nos deixou sair.

                Eu a peguei. Vi o medo em seus olhos. Era capaz de ela acabar como um deles. Fiz questão de mostrar ameaça em minha voz. E ela percebeu.

                -Tudo bem. Eu forjo alguns papéis de libertação e exoneração e vocês poderão sair daqui a uma semana.

                -Precisamos de tudo pra hoje à noite. Você não sabe como é grave. Aliás, você sabe, e sabe que precisa fazer isso urgente.

                -Não sou tão rápida.

                -Sinto muito. Não posso fazer nada. Espero os papéis na minha mesa às... – Olhei o relógio na parede: 16:00. – 21:00. Partiremos logo depois. Se eu não tiver a oportunidade de te ver pelos próximos 100 anos, tenha um bom século.

                Quando eu me virei para sair, vieram os elogios.

                -Você é tão falsa, egoísta e manipuladora que me impressiona.

                -Acho que foi por isso que eu escolhi o chefe de baixo.  – Falei ainda de costas – Quanto mais cedo você começar, mais cedo você vai terminar. Vou fazer as minhas malas. Adeus.

                Saí da sala e andei pelo reformatório pela última vez. Pensei em todos os amigos que fiz aqui. STILES! Não me despedi dele. Corri até o seu quarto e lá estava ele, estudando.

                -Oi! Tudo bem? – Não percebi as lágrimas se formando.

                -Eu vou embora. Fui solta.

                -O quê? Não permito. Sua louca. Vai me deixar sozinho aqui?

                -Mando cartas, pode ser?

                -Arcaica. Por que não ligar?

                -Ah Stiles. Eu me meti em algumas coisas aí e basicamente não posso ser achada.

                -E como você acha que eu vou te achar para responder?

                -Mande para o endereço que vier na carta. Eu dou um jeito.

                Abracei-o. Ele ia fazer muita falta.

               

 

                Depois de tudo isso, fui para a sala de Jared contar as novidades. Ele olhava para a janela, o cabelo num coque desarrumado e as prateleiras vazias. Ele não estava de camisa. No lugar dela, havia uma camiseta branca de mangas compridas. Percebi os ossos proeminentes nas suas costas.

                -Consegui.

                -Ela permitiu a nossa saída?

                -Eu tive que ameaça-la, mas sim, ela autorizou. – Sentei.

                -E nós vamos para onde?

                -Para onde ficarmos seguros. – Percebi que ele estava meio descontente. Me aproximei. – O que foi? – Eu sei que eu não devia, mas eu encostei no seu ombro.

                -Eu gosto daqui. Não queria ir embora. – Ele me olhou e deu um sorriso sem mostrar os dentes. E... pegou a minha mão. Rapidamente percebi meu erro e puxei-a. Quando fui me virar para sair, ele se virou e me puxou pela cintura. Muito perto.

                -Sinto sua falta. – Ele me deu um beijinho. Não posso dizer que não gostei, mas eu me afastei um pouco.

                -Tenho que fazer minhas malas.

                -Ok. – Ele me soltou e voltou a olhar para a janela

                -O que fez com os livros?

                -Peguei só os mais importantes. Os outros estão na biblioteca. – Pensei em uma coisa.

                -Até daqui a pouco.

                -Até.

                Saí da sala e corri até a biblioteca. Precisava ver se o livro com o meu nome estava lá. Pedi para a bibliotecária procurar, mas ela não achou nada. Talvez esteja com ele. Agradeci e voltei para o meu quarto. Fiz minhas malas em silêncio.

 

*POV ISABELA*

               

                Era difícil dizer adeus. Apesar de ser um reformatório, eu gostava da Sword and Cross. Fiz as minhas malas chorando, já sentindo saudade de tudo. Dos amigos, da comida, das aulas e até das brigas entre Debbie e Vi. Agora, era como se eu fugisse com o meu namorado para algum lugar longe.

                Fui caminhar pelo cemitério pela última vez. A dor da partida estava ali, mas eu sabia que era para o meu bem. Ao entardecer, fui até o meu quarto, e Vi estava lá, com as malas em cima da cama. Ela olhava para o chão, e levantou o olhar assim que entrei.

                -Já está pronta?

                -Sim, e você?

                -Sim, só fui passear pelo cemitério.

                -Estou esperando os papéis da Sophia.

                -Então deu tudo certo.

                -É. As passagens também estão comigo.

                -Não me disse para onde vamos.

                -E nem vou dizer enquanto estivermos aqui. Eles observam.

                Olhei para os lados. Não podíamos confiar em ninguém.

                -Isa, você sabe que a partir da aparição desta marca, você para de envelhecer?

                Levei um susto.

                -O quê?

                -Sim. Você é quase como um anjo. Só não tem asas nem vai ter que escolher um lado, já que você é uma servidora do Céu. Mas você é eterna. A não ser que seja morta por uma destas aqui. – Ela tirou uma flecha da bolsa.

                -O que é isso?

                -Uma seta estelar. É a única coisa que pode me matar, e te matar.

                -Por que tem uma?

                -Melhor comigo do que com qualquer outra pessoa ou anjo, que pode ser meu inimigo. – Eu estava meio abobada com tudo. – Você ainda tem que aprender muito.

                Fomos interrompidas por Sophia, que atravessou a porta e colocou papéis na mesa. Depois, olhou fixamente para a seta estelar. Talvez aquilo também a fizesse mal. Vitória cumprimentou-a com a cabeça e ela fez o mesmo. Ela saiu do mesmo jeito que entrou: quieta.

                -Vamos embora.

                O processo não foi demorado. Jared nos esperava do lado de fora com um carro. Eu, Vi e Theo apresentamos os documentos para sair da Sword and Cross. Foi bem fácil. Como era aprovado por Sophia, nós apenas saímos pela porta da frente. Colocamos as malas num Audi Q7 preto maravilhoso. Perguntava-me como um professor de reformatório conseguiria comprar um carro desses. Então me lembrei que ele tinha milhares de anos.

                -Vão atrás. – Jared disse para mim e para Theo. Lançou um olhar para Vi, que sentou no banco da frente com ele.

                A viagem foi silenciosa, com poucos olhares e um rádio ligado. Músicas calmas embalaram a despedida, a dolorosa despedida. Fiquei olhando o caminho, iluminado pelas luzes de Natal e a neve caindo tímida… senti-me um pouco triste e algumas lágrimas rolaram. Paramos em um semáforo e ao longe, pude ver o aeroporto e quando baixei os olhos, vi Jared pegando a mão de Vitória e a apertando forte, como se fosse para protege-la. Theo tinha a mão pousada em minha coxa há algum tempo, e trocou um olhar longo comigo.

                Paramos o carro no estacionamento, para nunca mais vê-lo. Pegamos as malas e ouvi Vi dizer para Jared:

                -Tem certeza que quer fazer isso?

                -Tenho. Não vou te deixar sozinha para fazer isso.

                -Você sabe que não tem volta né?

                -Eu já estou marcado. Não me importo mais. O que está me confortando é que você está bem. – Um suspiro.

 

                Já dentro do aeroporto, esperamos sentados olhando os aviões aterrissando e decolando. A frase que Vitória disse ficou ecoando na minha mente: “Não tem volta.”

                Aí que a ficha caiu. Era época de Natal, uma época tão feliz, tão encantadora e eu estava ali, sentada em um aeroporto sem nem saber para onde eu vou com três anjos fugindo de um grupo de rejeitados cegos. Além disso, eu era possuída por um espírito guardião que fazia com que eu me tornasse uma exímia lutadora quando o meu anjo era ameaçado. E para completar: eu era eterna. Enquanto eu vivesse, eu nunca perderia este rosto por causa de uma marca na minha nuca. A única coisa que poderia me matar estava na bolsa de mão da minha melhor amiga. De fato, “não tem volta”.


Notas Finais


Espero que tenham gostado!
Looks da fic: http://uma-salvatore.polyvore.com/
Até semana que vem!


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