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História Dark Wings - Adaptar-se a nova vida


Escrita por: _full2moon e cameliabranca

Notas do Autor


Oi gente!
Espero que gostem deste capítulo!

Capítulo 12 - Adaptar-se a nova vida


Fanfic / Fanfiction Dark Wings - Adaptar-se a nova vida

*POV ISABELA*

 

                No avião, Vitória preferiu se sentar do meu lado. Pensei em tirar várias dúvidas sobre esse negócio de vida eterna, mas ela ficou lendo um livro bem grosso e cheio de símbolos. Um deles era o que estava escrito em minha nuca. Ela percebeu que eu espiava e começou a conversar comigo.

                -Está bem escondido?

                -Sim, está em baixo da gola do casaco.

                -Muito bom.

                -O que está lendo?

                -Algumas informações sobre a marca. Em quem surgiu pela primeira vez, por quanto tempo durou… esse tipo de coisa.

                -E o que você achou?

                -Ela surgiu logo depois da Queda. Um Guardião para cada anjo que ainda não havia escolhido. Por 30 anos, a maioria deles foi encontrada morta, já que os anjos queriam ter vida própria. O mais conhecido foi um que apareceu em Veneza, no meio da rua, após ter sido jogado de um prédio. O anjo foi preso e condenado à morte, mas como você sabe, anjos não morrem sem o uso da seta. Mas, uma coisa que eu ainda não te disse é que os seres humanos não estão preparados para ver a glória de um anjo. Então, eles morrem ao ver essa luz toda. Esse anjo se aproveitou disso e matou quase todos que estavam na rua. Eu lembro disso. Todos fomos alertados a escolher logo um lado, para que os assassinatos não se repitam. Alguns, como Theo, não escolheram, e logo os Guardiões voltaram após vários e vários outros assassinatos, mas voltaram mais fortes, como você. Agora vocês são criaturas divinas, como nós, só que não têm asas.

                -Você teve algum Guardião?

                -Eu tive, mas não soube até que ele foi morto em uma tentativa de assalto. Nem me preocupei em descobrir se eu tive outro ou não, não queria mais ninguém morto por minha causa.

                -Ele tinha a marca?

                -Tinha.

                -Como era o nome dele? – Percebi que seus olhos se encheram de lágrimas.

                -Jay. Era meu melhor amigo depois da Queda.

 

                A viagem foi muito longa. Vi o tempo passar voando enquanto eu conversava, mas depois eu fiquei bem entediada. Então, eu peguei no sono e dormi pelo resto da viagem. Apenas acordei quando a aeromoça nos trouxe uma taça de champanhe bradando:

                -Feliz Natal! Feliz Natal!

                Já era Natal. Esse ano passou muito rápido, e os acontecimentos do final dele o fizeram aumentar mais a sua velocidade. Olhei a taça de champanhe em minha mão. Eu era menor de idade, mas, quem liga? Agora eu seria menor de idade pelo resto dos meus dias. Tomei-o, saboreando cada gole. Até que recebi um cutucão no ombro.          

                -Olha a nossa nova casa.

                Olhei. Era lindo, cheio de neve, tão frio quanto a Sword and Cross. Enfim algo que me era nostálgico. O piloto anunciava o final da viagem, que o pouso estava próximo. Me segurei em minha cadeira e nós descemos. Saindo do avião, me deparei com um homem falando uma língua muito distinta.

                -Vi? Onde estamos?

                -Moscou, na Rússia.

                RÚSSIA? Eu não havia aprendido nem espanhol direito! Como assim eu iria morar na Rússia?

                -Nós já temos uma casa?

                -Na verdade, até encontrarmos uma, ficaremos na casa de uma amiga minha que mora aqui.

                -Aquela sua amiga do Céu? – Jared interrompeu.

                -Sim, ela mesma. Ela é um amor. – Disse, apontando para mim. – Olha ela ali!

                Ela estava ali, acenando. Vi aquela moça magra de longe. Não era muito alta, nem muito baixa e tinha o cabelo claro. Vi correu para cumprimenta-la, enquanto eu tentava lidar com as minhas malas. Quando nos aproximamos, percebi que seus cabelos loiros eram levemente ondulados e curtos. Tinha um rosto angelical, porém parecia-me muito firme e correta.

                -Obrigada por nos deixar ficar em sua casa Priscila. Foi muito gentil.

                -Nossa! Está perdendo as penas dessas asas negras?

                -Não, mas as asas não impedem a gratidão. Estamos marcados e você se metendo nessa acaba se marcando também. – A face preocupada voltara.

                -Então, esta é a Guardiã? – Disse, virando-se para mim. – Priscila, muito prazer.

                No estacionamento do aeroporto, encontramos um Audi Q7 nos esperando. De fato, os anjos sabem escolher carros. Fomos passando por locais maravilhosos até que chegamos a uma casinha modesta, porém muito bem-arrumada.

                Fui direto para o quarto. Precisava de um banho. Priscila me trouxe toalhas e sabonetes perfumados, além de pedir para que eu a chamasse de Pri. Durante o banho ouvi Vitória entrando no quarto e abrindo uma fresta da porta.

                -Com quem quer dividir o quarto?

                -Como?

                -Só tem dois quartos de hóspedes, não quatro. – E eu achando a casa modesta.

                -Você quer dividir comigo ou com Jared? – Peguei-a com esta pergunta. Ela suspirou.

                -Não sei. Mas se quiser ficar com Theo, eu faço esse esforço.

                -Por mim pode ser.

                -OK. Juízo.

                -Vocês também.

 

                Depois do jantar, já no quarto, eu lia os livros que Vitória havia me emprestado. Falavam sobre a Queda, as escolhas, os Guardiões… e uma maldição lançada sobre um casal. Vi se sentou do meu lado, e jogava alguma coisa no celular. Priscila, ou melhor, Pri, estava sentada no banco da penteadeira, lendo outro livro.

                -Posso te fazer uma pergunta? – Disse, e Vi pausou o jogo.

                -Diga.

                -Por que vocês anjos não usam os outros nomes de Lúcifer? – Elas se olharam, e Pri respondeu:

                -Nós o conhecíamos antes da Queda. É assim que o conhecemos. Como Lúcifer. – Ela fez uma pausa. – Vi ainda o conheceu melhor do que eu.

                -Como assim? – Vi olhou para o teto.

                -Nós éramos amigos. E eu sempre ficava do lado dele em conversas, defendendo-o. Até achei que eu gostava dele e ele gostava de mim. Nós não conhecíamos sentimentos. Como poderíamos saber se era amor? Até chegamos a nos beijar em baixo de uma árvore. Mas acabou não tendo nenhum sentimento. Depois ele acabou me contando que gostava de uma outra.

                -E na Queda? Como foi?

                -Nem tive a oportunidade de falar com ele. Mas eu já tinha certeza. Quer dizer… tinha certeza até cair. Eu ainda demorei para fazer a decisão final.

                -Você ainda fala com ele? – Percebi que Pri também tinha os olhos curiosos.

                -Sim, falo. De vez em quando ele me pede para fazer algumas coisas.

                -Tipo…?

                -Infernizar a vida de uma ruivinha aí, uma tal de Lilith. Parece que nessa vida dela ele está tomando as rédeas, então não chamou ninguém.

                Gritos interromperam a conversa.

                -O que dizem?

                -Saia daqui.

                Todas levantamos e fomos ver o que havia acontecido. Uma mulher jogava um homem para fora.

 

*POV VITÓRIA*

               

                Quando o homem saiu, pude ver seus cabelos e sua pele pálida.

                -Phil… - Como ele sabia que estávamos aqui?

                -Os Párias estão aqui na casa da frente. – Theo entra bradando.

                -Já descobrimos. Vamos nos esconder. Isabela e Theo, entrem no armário. Não se mexam até eu voltar. Não façam barulho, os Párias desenvolveram muito bem os seus outros sentidos quando perderam a visão. Não deem um pio.

                Quando eles entraram, olhei em volta: as malas. Com a ajuda de Pri, coloquei todas em baixo da cama enquanto eles iam na casa ao lado. Escondi as toalhas, as escovas, tudo o que poderia indicar que estamos aqui. Voltei para a sala e chamei Jared. Fizemos o mesmo em nosso quarto e quando a primeira batida na porta soou pela casa, entramos no armário e nos abraçamos. Se der errado, nós todos morreríamos. Do nosso quarto, podíamos ouvir o que estavam falando. Apenas prestei atenção:

                -Bom dia senhorita.

                -Bom dia, gostariam de entrar?

                -Sim, se não for incômodo.

                -Imagine. Entre. – Falsidade correndo solta por aqui. A porta bateu. – O que quer Phil?

                -Três anjos e uma Guardiã. Fomos informados de que eles estavam na Rússia.

                -Quem informou? – Pri sabia fazer as coisas.

                -Um demônio que trabalha no aeroporto daqui. Ele viu você abraçando um deles.

                -Apenas a cumprimentei porque a conheço. Ela não veio para cá.

                -Se importa se eu olhar? – Um frio percorreu a minha espinha.

                -Pode olhar.

                Ouvi seus passos pela casa. A porta abriu. Passos, passos, passos, até que ele para. Fecho meus olhos e aperto mais meu rosto contra o ombro de Jared, que apertou mais as minhas costas. Phil começa a andar de novo. Banheiro.

                -Tem uma decoração bonita na casa. Você que projetou?

                -Sim, fui eu. Fiz decoração na época da Segunda Guerra.

                Ouvi-os saindo do quarto e abri os olhos. Passaram pelo nosso. Ouvi as batidas dos pés nos degraus da escada. Agora era a vez deles. Nós não poderíamos ajudar. O silêncio dominou o quarto e eu me afastei de Jared. Quando ele foi articular uma palavra eu tapei sua boca. Provavelmente alguém nos espionava. Ele entendeu. O silêncio durou mais alguns minutos antes dos gritos:

                -ONDE ELES ESTÃO?

                -TIRE ESSA SETA DA MINHA CARA PHIL, EU NÃO SEI!

                -Acho que vou ter que mata-la para descobrir.

                O espírito Guardião. Ouvi a porta do armário se abrir acima de mim e saí correndo. Como pensei, havia um Pária no quarto e, enquanto Jared o segurava, eu peguei uma seta estelar e enfiei em seu peito. Corremos pelas escadas até o quarto. Phil segurava a seta na frente do rosto de Pri, enquanto ela se debatia para tirá-la. Isa e Theo batiam nos outros, mas não havia como mata-los. Eu, com a seta, fui matando todos que apareciam em minha frente, até que senti uma dor em minha perna. Sangue. Caí no chão com um grito, mas ainda consegui golpear o Pária no peito, matando-o de uma vez. Quando percebi, Phil havia ido embora sozinho, e Pri estava bem.

                -Droga, eles me acertaram. – A dor era horrível. – Precisamos sair daqui.


Notas Finais


Espero que tenham gostado!
Looks da fic: http://uma-salvatore.polyvore.com/
Até semana que vem!


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