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História Darkest Day - CApítulo 1


Escrita por: Nabrumartili

Notas do Autor


1° Fanfiction por aqui, comentem e favorite caso gostem. Obrigada!

Capítulo 1 - CApítulo 1


Fanfic / Fanfiction Darkest Day - CApítulo 1

Steve não estava feliz.

As coisas jamais tinham sido fáceis para ele, ainda antes de ficar por quase 70 anos congelado, e o mundo não parecia ter melhorado, mesmo nesse novo século, as batalhas ficavam cada dia mais difíceis e quase, quase impossível de serem ganhas.

A invasão de alienígenas em Nova York, sobre o comando de Loki, a queda da Shield, e então Ultron…

Não ajudava que ele tinha travado uma guerra com Tony, seu amigo…ele também era seu amigo… por ironia do destino, para salvar seu outro amigo, que fora durante toda sua vida como um irmão, e agora Bucky estava congelado, a equipe de vingadores estava dividida, uma metade (inclusive ele) eram considerados foragidos da lei. Capitão América, o herói patriota, foragido da lei, que contraditório.

 Então ele não estava feliz. Mas não era por isso apenas. 

 

Desde então, um ano havia se passado, agora Steve estava liderando a nova equipe de vingadores, formada por ele, em uma base secreta, eles estavam fazendo um bom trabalho, uma vez que eles tinham toda a tecnologia fornecida por T'Challa, o agora rei de Wakanda. A mesma tecnologia que eles tinham antes com Stark.

E mesmo que agora as coisas estivessem correndo tudo bem para a sua nova equipe, era como se algo, alguém na verdade, estivesse faltando.

Natasha.

-Ei, Steve! – Sam o chamou, estralando os dedos em sua frente, tentando tira-lo do devaneio que ele havia estado por considerados minutos, e parecia não querer mais sair. Sam já havia chamado ele algumas outras vezes e nada.

Eles estavam ao redor da mesa, jantando o que Clint havia preparado. Raro as vezes que isso acontecia, geralmente sempre estavam envolvidos com as estratégias de suas próximas missões e pediam comida pronta.

Como de costume, eles estavam discutindo como fora a última missão que estiveram, e Sam, havia perguntado alguma coisa que Steve com certeza não ouviu.

-Desculpa, o que estava dizendo? –Todos ao redor da mesa olharam para ele, da forma com que ele parecia estar desconectado do mundo. Wanda e Clint riram um pouco do jeito que ele voltou atordoado, sem saber de nada do que estavam conversando.  

-Eu perguntei se vamos ter uma reunião hoje. –Sam explicou mais uma vez. - Precisamos saber qual será o próximo passo.

Eles estavam investigando uma base da Hydra que parecia novamente estar trabalhando com experimentos em humanos. Mais uma vez a Hydra em seu caminho, quando que eles iriam se livrar de vez desse mal? 

 

-Hã… Não. Todos vocês estão liberados por hoje. Descansem um pouco –Steve parecia não estar em condições, ele estava mentalmente exausto para pensar em estratégias e tudo mais com alguma coerência. Sam percebeu isso.

–Licença. –Steve disse se retirando depressa da mesa. Ele não tinha nem mesmo tocado em sua comida, Clint fez uma careta para aquilo, sua comida não era ruim, Steve havia elogiado (e devorado sua comida por várias vezes). Mas então ele percebeu que aquele seu pensamento fora besteira, ele sabia o que estava atormentando a mente de seu capitão e suspirou com pesar, a mesma coisa que também vinha atormentado ele. 

 

A tristeza de Steve parecia estar enraizada em seu peito e não havia nada que ele pudesse fazer para mudar aquilo. Havia sido assim durante algum tempo. Era uma droga aquilo tudo ter acontecido, uma droga ele ter se apegado tanto a Natasha. Mas o que ele poderia fazer? Natasha foi quem o ajudou a se adaptar nesse novo século, ela quem mostrou exatamente tudo para ele, ao seu lado, ele conseguiu não se sentir tão deslocado, finalmente se sentindo em casa, perto dela, junto da sua companhia.

Mas agora Natasha se fora e tinha levado tudo com ela.

Erskine estaria revirando em seu tumulo se soubesse, que agora, mais do que nunca, Steve sentia que era uma droga ele ser o capitão américa, ter sido privilegiado com soro do super soldado, talvez outro faria um trabalho melhor do que o dele. Deus, ele estava se sentindo miserável. 

 

Steve estava com tanta pressa em ficar sozinho, que não tinha percebido que Sam tinha ido atrás dele, quando ele entrou em seu quarto.

-Ei, Steve. –Sam tocou em seu ombro. –Cara, está tudo bem?

Steve virou para encara-lo, um pouco surpreso por não notar que Sam havia seguido ele, desde quando ele havia se tornando tão distraído?

-Estou. –Steve deu de ombros como se não fosse nada, mesmo assim, denunciando que não estava nada bem, ele nunca soube mentir. Natasha sempre tinha falado para ele.  Você mente muito mal Rogers. A voz dela ecoava em sua mente.

-Não mente para mim, conheço você, anda me conta? –Sam se sentou na poltrona do quarto de Steve. Ele não iria sair dali até que ele lhe dissesse tudo o que estava acontecendo. Não havia sido a primeira vez que Sam pegou Steve daquela forma, triste, cabisbaixo e ansioso, e mesmo quando as coisas se acalmaram um pouco e eles se estabeleceram com a nova equipe, parecia que faltava algo para Steve, ele jamais foi o mesmo desde seu combate com Tony. Tudo bem, nenhum deles eram, cada um deles tinham perdido algo naquele dia. Mas Steve precisava estar bem, ou pelo menos parecer, ele era o capitão de todos.

Steve suspirou, sentou em sua cama de frente para Sam, não havia motivos para ele esconder nada dele, eles eram amigos afinal de conta.

-Sinto falta da Nat. –Steve disse e Sam fez uma careta para aquilo. Ele não esperava que ela fosse o motivo dele estar agindo daquela forma. -Nat? Espera, de que forma você sente a falta dela Steve? –Sam sabia que eles haviam se tornado amigos, ou melhores amigos, seja lá o nível de amizade que tinham a forma que ele tinha falado, tão amoroso e reverente soou como se houvesse algo a mais entre os dois.

-Sinto falta dela nos meus braços Sam. –Steve confessou, ainda que fosse difícil para ele confessar algo como aquilo, ele nunca fora de falar de coisas assim para alguém, uma vez que ele nunca foi muito bom com mulheres, ele mesmo não conseguia acreditar que Natasha Romanoff, que fora treinada sua vida toda para bloquear qualquer tipo de emoção, esteve em um relacionamento amoroso com ele. (Ou não) ele se negava a pensar que tudo o que tinham tido fora apenas uma atração sexual. Se bem que não seria tão improvável, mas não! Natasha não brincaria com ele dessa forma...

Ninguém sabia (porque Natasha quis assim) que eles tinham um relacionamento, apenas Barton (ela não se sentia capaz de esconder alguma coisa dele, ele era o seu amigo e também porque ele era um espião como ela, era difícil esconder alguma coisa dele).

Natasha e Steve se sentiram atraídos (mesmo depois que Natasha pediu para que ele ligasse para Sharon) um pelo outro quando precisaram enfrentar a Hydra e depois de Ultron, quando passaram a morar juntos na torre, Steve e Natasha se pegaram dividindo a mesma cama quase todas as noites.

-Vocês namoravam… –Sam disse incrédulo. Capitão américa e viúva negra eram como…eram totalmente opostos um do outro, como isso? Inacreditável!

-Nat preferia dizer que tínhamos uma amizade colorida. –Steve sorriu um pouco, com tristeza, Natasha sempre teve dificuldades de lidar com sentimentos e relacionamentos sérios…pensar nela...Senhor! Como ele sentia a sua falta. Ele ainda lembrava de seu cheiro, ainda podia sentir seus lábios fantasmas no seus quando fechava os olhos, antes de tudo aquilo acontecer, ele tinha passado os dias mais significantes da sua vida ao lado dela, mesmo com toda turbulência que enfrentavam por serem dois vingadores. 

-Como nunca desconfiamos? –Sam estava tentando puxar em sua mente algum momento em que eles tinham deixado escapar alguma coisa. Nada. Tudo que ele já tinha presenciado dos dois eram como eles trabalhavam bem juntos, toda a sincronia que tinham durante os combates e depois, jamais tinha visto eles sendo amorosos entre si.  Caramba eles eram bons. Sam pensou. 

-Esqueceu que Natasha é uma espiã? Você apenas sabe as coisas que ela quer que você saiba… –O rosto de Steve se fraturou de dor. Falar nela...ele não queria mais estar tendo aquela conversa, ele não sabia que estava tão apaixonado por ela, até ficarem separados por todo esse tempo e ele nem sabia se ela se sentia da mesma forma. Ele realmente estava em apuros.

 

-Cara, eu sinto muito…já tentou procurá-la?

 

-Fora o que Steve tinha feito incansavelmente com ajuda de Barton, ele também estava preocupado com ela, desaparecida todo esse tempo. Eles sabiam que ela poderia se cuidar, eles sabiam o quanto ela era forte e inteligente, principalmente independente, ela nunca havia precisado de ninguém para protegê-la, ela sempre deixou isso bem claro, ela poderia lidar com o perigo sozinha, mas ela não precisava. Steve e Barton não via a hora de encontrá-la.

 

Natasha não estava trabalhando com a equipe de Tony, da última vez que tinham verificado, e também não estava fazendo nenhum trabalho secreto para a nova Shield. Hill ainda era uma aliada deles, apesar de tudo. Ela teria falado para eles se soubesse onde a Viúva estava.

-Sim, Barton e eu, não fazemos ideia de onde ela está. –Steve suspirou com tristeza.

 

 

Um ano antes.

 

-Eu sinto muito Steve. –Natasha abraçou ele o mais apertado que pode, tentando conforta-lo. Peggy tinha falecido e ela sabia o quanto ela tinha significado para ele.

Steve não se importou quando ele começou a chorar desesperadamente em seu ombro, se agarrando a ela, se desfazendo em seus braços. Colocando para fora toda sua dor e angústia, havia muito tempo que ele não tinha se permitido chorar daquela forma.

-Ela se foi Nat. –Ele soluçou. –Peggy morreu. -Ele gemeu, ela ficou em silencio em quanto ele chorava, oscilando e estremecendo, respirando ofegante, a versão mais frágil que ela já tinha visto dele.

Natasha se conteve para não cair em lágrimas também, era muito difícil vê-lo assim. Ele estava sangrando e tudo que ela podia fazer era abraça-lo, era uma das poucas vezes que ela se sentia impotente diante de alguma situação, se sentindo desarmada. 

Ela não tinha conhecido muito bem Peggy, mas ela havia se tornado quase tão importante para ela como fora para Steve, através dele, ela soube o quão forte e empoderada Peggy havia sido, uma referência para todos da Shield, todos sempre haviam respeitado muito a sua reputação.

Depois de alguns minutos Steve conseguiu se conter, depois que já não havia nenhuma lágrima que pudesse escorrer. Exausto por se sentir tão fraco e incapaz com isso, mesmo sentimento quando achou que tinha perdido Bucky.

-Desculpa por isso. –Ele disse com a voz rouca, seus olhos vermelhos e inchados. Um pouco envergonhado por estar tão vulnerável.

Natasha sorriu compreensiva para ele, varrendo a mão pelo seu rosto e em seguida colocando seus lábios nos deles, beijando-o gentilmente.

Uma vez que se sentia tão conectada a ele, como jamais se sentiu com outro alguém, a dor de Steve era sua também, nunca imaginou que pudesse sentir tanta empatia por alguém, ela estava sofrendo com ele. 

-Peggy não iria gostar de vê-lo assim –Ela disse em seus lábios, escovando a mão pelos seus cabelos.

Steve sabia disso, Peggy havia dito a ele por várias vezes quando ele ia visitá-la, que ela queria vê-lo feliz, porque ela tinha sido, mesmo quando ela pensou que ele estivesse morto, ela tinha sido feliz, tinha vivido sua vida. Ela queria que ele também fosse feliz, que não lamentasse por nada.

Mas era difícil.

Steve fitou os olhos de Natasha bem próximos aos dele. De repente com medo. –Não me deixa Nat… por favor. –Ele segurou o seu rosto com as duas mãos, pedindo, mas do que isso, implorando.

Ele tinha acabado de perder Peggy e não queria que ela se fosse também, mesmo que não fosse do mesmo modo. Eles dois sabiam o que viria pela frente, mas não sabiam se poderiam se manter juntos depois de tudo.

Steve precisou pedir, mesmo que seu pedido ecoasse como egoísmo de sua parte, ele não queria força-lá a nada, tudo que ele queria era tê-la ao seu lado, como sempre havia sido.  Eles tinham opiniões diferentes sobre o acordo de sokovia. Um respeitava e entendia a decisão do outro, mas talvez aquilo significava que teriam que interferir tão precocemente no que tinham, algo que fazia tão bem aos dois, ele não queria isso.

Natasha não poderia prometer nada para ele, ela engoliu o nó que havia se formado em sua garganta e ao invés de dizer alguma coisa, ela o beijou novamente, com mais urgência. Pelo menos por mais uma noite, ela ficaria ali, com ele em seu quarto, não queria que ele ficasse só, ela o consolaria e iria protege-lo de pesadelos ruins. Mas amanhã seria outro dia e ela não sabia o que poderia acontecer.

 Natasha não acreditava ou confiava muito nos céus, mas pediria para que ficasse tudo bem.  Eles ficariam bem.


Notas Finais


E então? gostaram?


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