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História Darkness in Myself - The Battle


Escrita por: Robber

Capítulo 27 - The Battle


Fanfic / Fanfiction Darkness in Myself - The Battle

Jake apertava o maxilar, fazendo com que até seu queixo se movesse lentamente. A preocupação o cercava, tomando conta de sua alma negra. Ao contrário dele, Lúcifer estava sentado enquanto observava o fogo que queimava na lareira em sua frente, exalando tranquilidade[PB1] .

- Lúcifer... – iniciou Jake, um pouco hesitante. – É isso? Nós vamos apenas ficarmos parados aqui?

O esbelto homem apenas virou a cabeça lentamente, balançando a taça de vinho que tinha em mãos e a fitando.

- O que sugere que façamos? – indagou calmamente.

O demônio loiro respirou profundamente.

- Não está preocupado? – ele fitava seu rei. – Ou intrigado?

- Estou curioso apenas.

Aquela simples resposta o irritou.

- Desde que Aurora era um bebê você ordenou para que eu cuidasse dela, o que obviamente era uma ‘’missão’’ para aquelas misérias almas que se dizem demônios. Eu era um anjo! E me rebaixou a uma tarefa de vigiar sua filha por anos. – Jake o fitou duramente. – E hoje, o único dia em que ela realmente corre perigo você espera que eu fique parado?

Lúcifer se manteve quieto por alguns instantes, como se focasse na calma que tinha dentro de si. Brutalmente ele se levantou da cadeira e se pôs em frente ao seu subalterno.

- O que pensa que está fazendo? – disse firmemente.

Azazel se aproximou, mantendo contato visual. Não estava com medo.

- Ela é minha criaç...

- Filha! – interrompeu Azazel. – Sua filha! Não me diga que se esqueceu de sentir pelo menos algo por sua filha?

- Você deveria abaixar seu tom, Azazel.

- Eu conheço você. – rebateu ao invés de se calar. – Eu sei os motivos que te fizeram cair, eu conheço o verdadeiro Lúcifer!

Os olhos de Lúcifer queimaram em vermelho, possuído pela irá.

- E mesmo assim ousa me desafiar? – sua voz saia grave, inumana. – Diga-me, minha ‘’filha’’ despertou algo em você além da burrice e humanidade?

- Eu não me importo com ela. – disse friamente. – Mas você deveria.

- E por que? – a voz demoníaca saia cada vez mais grossa e ameaçadora.

- Pois deveria saber o quão ruim é um pai dar as costas ao seu próprio filho.

 A expressão de Lúcifer mudou, parecendo se tornar mais pacífica e humana.

- Não me diga o que sentir. – disse por fim.

- Se ela precisar, eu estarei lá para salvá-la. Você sabe disso. – os olhos amarelos de Azazel começavam a brilhar.

- Se fizer isso, estará desacatando uma ordem minha.

Azazel o encarou, sem nem um pingo de hesitação.

- Eu aceito as consequências.

                                                              . . . . . .

O familiar cheiro da morte chegava novamente as suas narinas, misturado com o odor de sangue fresco. O quarto estava gelado, escuro, como seu coração no momento. Na cabeça de Aurora, tudo o que se passava eram lembranças de um tempo que parecia ter sido a eternidade. O toque de Alex, o sorriso misterioso de quando se conheceram, o beijo quente dele. Ela ainda acreditava que, quando tudo aquilo acabasse, ele seria seu final feliz.

Sentiu uma lâmina rasgar sua pele, em suas costas. Não reagiu. Não gritou. Outro corte, desta vez no braço direito. Novamente não houve reação.

Alex havia sido arrancado dela de maneira brutal e desumana.

- Você deveria ter aprendido. – aquela voz macabra soou na escuridão. – Amor é fraqueza.

E então, seus olhos não precisavam mais de luz, pois via tudo perfeitamente na escuridão. A escuridão a acolhia.

- Eu vou fazer você pagar. – disse enquanto uma lagrima rolava de seu olho.

A criatura se preparou para golpeá-la novamente, mas a faca que desferiu não acertou o alvo.

Aurora não estava mais no chão, ao invés disso, seu corpo estava suspenso no ar de maneira assustadora. Sem perder tempo, a criatura agarrou seu tornozelo e a puxou para o chão, colocando suas duas mãos no rosto da mulher. Finalmente, a bruxa teve visão do monstro que a caçava. Visualizou um rosto esquelético, podre e quase impossível de ser olhado de maneira não desprezível. Sentiu repulsa.

- Eu só preciso da sua alma. – disse a criatura.

Aurora sentia suas forças sendo drenadas, como da primeira vez. Sua energia queria sair do seu corpo, mas ela lutava fortemente. Porém desta vez, a criatura parecia estar mais forte. A mulher sentia suas veias queimarem pelo esforço que vazia para não se entregar a aquela coisa horrenda.

- Não. – falou a bruxa com uma voz desumana. – Eu preciso da sua alma.

Sentiu seus olhos ficarem pretos e logo ela colocou as mãos sobre o rosto da criatura, tirando seu capuz. Aurora concentrou seus poderes somente nele, em toda raiva que sentia naquele momento. O quarto foi invadido com um frio sobrenatural, juntamente com ventos que ameaçavam abrir a porta e janelas.

A bruxa sentiu uma dor excruciante em seu ombro, onde a criatura havia cravado suas unhas.  

- Não resista! – ordenou o monstro.

Veias negras surgiram no rosto da mulher, a medida que ela mesma se tornava mais pálida.

- Você está acabado.

A criatura gritou quando Aurora apertou seu crânio fortemente, e quando sua boca se a abriu, alguma coisa passou por ela, indo na direção da boca da bruxa. Em um último esforço, a criatura acertou um soco pesado na barriga da bruxa, tentando fazer com que ela o soltasse.

E então, a bruxa levantou a mão e o corpo do monstro levitou, se contorcendo em dor e soltando gritos horripilantes, até finalmente se explodir e uma chuva de sangue cair sobre o quarto.

Aurora permaneceu ali por alguns segundos, em silêncio na escuridão. Até que foi forçada a voltar a realidade, quando a porta se abriu e por ela passasse Victor. A loira se levantou indo em sua direção, se aproximando da porta. Antes que ela dissesse alguma coisa, ele quebrou o silencio.

- Me desculpa. – disse o homem.

E rapidamente sentiu uma faca entrando em sua barriga, rasgando sua pele. A mulher fitou a faca e logo levantou o olhar, caindo sobre o olhar furioso e satisfeito de Joseph.

- Como é bom nos reencontramos. – disse enquanto segurava a cintura dela e cravava a faca ainda mais fundo em sua barriga. Seus corpos estavam colados. – Eu preciso que olhe sob o meu ombro.

A mulher obedeceu e seus olhos caíram sobre uma adolescente loira, parada e um pouco assustada com a situação.

- Aquela ali é a sua irmãzinha. – disse Joseph com os lábios colados no ouvido da mulher. - Eu quero que morra sabendo que eu farei atrocidades com ela, pois através de mim ela saberá o que é dor. E ninguém a salvara.

- Você acha... – a voz de Aurora saia fraca. – Que uma simples faca me matara?

Joseph sorriu.

- Essa faca foi feita pela sua mamãezinha, especialmente para lidar com vocês, demônios.

- E-E... – sangue saia da boca de Aurora.

- É tão bom ouvir você se engasgado. – o bruxo sorriu. – Eu matei cada hospede desse lugar, ó para que você e essa criatura ficassem sozinhos. Só para que te matasse logo após.

E então, ele retirou a faca da barriga da mulher e se afastou, fazendo com que ela caísse no chão. Joseph se virou para ir embora, e acenou para que Vitor o seguisse.

Victor deu dois passos, antes de hesitar e parar de caminhar.

- Eu não posso deixá-la. – disse para a própria surpresa.

Joseph virou e o fitou incrédulo.

- Você o que? – indagou.

- Eu não vou deixá-la. Eu não posso. – Victor olhou para a mulher estendida sob o chão. – Eu não quero ela morta.

 

 

 



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