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História Darling, how could you be so blind? - Chapter 4


Escrita por: NameInvalid

Capítulo 5 - Chapter 4


1 hora e 4 minutos, Apartamento do Mako 

- Asami... Ei... – Sussurrou, Mako. Ele, com uma cautela administrada chacoalhava o ombro da morena ao seu lado, que repousava. Os dois dividiam uma cama de casal não muito extensa, apenas podia se dizer que conseguiam se acomodar sem que seus membros ficassem se resvalando sempre. Embora era do consentimento de ambos, ficarem mais unidos naquele espaço.

- Hm...

- Acoooorda...

- Hm... Q.. Que foi, Mako?

- Dá pra me explicar?

- O... O que?

- A Korra.

A morena sobressaltou e a pela primeira vez desde que despertada, abriu os olhos. Encarou o homem a sua frente e sorriu. Aproveitou que estavam próximos para ficar próximo do ouvido do moreno; assim não corria risco algum de Korra ouvi-los. Isto é, se por acaso a garota da tribo da água estivesse àquela a espreita na porta do quarto do rapaz.

- Ela mentiu... Eu só não sei em qual ponto, mas mentiu. – A mão dela repousou sobre o ombro de Mako, acariciando-o. – Eu quero meu pingente e ela disse que ajudaria. – Asami pareceu procurar as palavras, uma vez que, ainda não tinha pensado muito como seria sua rotina agora que tinha uma dobradora de água em  sua cola. – Ah, e, não se preocupe, ela não sabe de nada... Só seja discreto, nos olhos dela somos um casal normal.

- Esse pingente é mesmo tão importante? – A voz ríspida, naturalmente preocupada do rapaz fez Asami desfazer qualquer toque que ambos mantinham. Ela virou-se de costas, não dando opção a qualquer contato visual. – Eu... Me desculpe, mas acho arriscado coloca-la aqui. – Completou sua fala e acomodou-se na cama, desta vez, próximo da mulher. A mão dele buscou a dela e, os dedos foram entrelaçados. – Eu estou com você, sempre.

- Eu sei, Mako. Eu sei que é imprudência, mas Korra é inocente e... Eu tenho o controle da situação. – Respondeu-o de forma seca, buscando não dar parâmetros para aquela conversa continuar.

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6 horas e 33 minutos, casa da Lin Beifong

 

Quando acordou, logo pela manhã e já com o predisposto mal humor, a primogênita de Toph caminhou até a cozinha. Dentro de sua casa, a mulher costumava a andar descalço e as roupas relaxadas indicavam o total oposto do que ela era ao decorrer do dia no Departamento de Polícia. Lin gostava do aroma forte do café, despertava qualquer resquício de comodismo em seu corpo. E, para o seu trabalho, aquilo era fundamental.

A caneca estava em mãos quando se espreitou para capturar o jornal localizado abaixo da porta de entrada. De antemão percebeu que havia um envelope incomum; isto é, não eram cobranças ou panfletos, sequer alguma carta de sua irmã. Ignorou o informativo matinal e desfez o lacre do papel. O olhar desconfiado estava presente enquanto a Beifong analisava os dizeres daquela folha. Parecia incrédula e com certeza, havia acabado de encontrar meios para se fazer justiça em Cidade República. Apenas precisava checar se a informação contida ali era realmente legal. Esqueceu-se da primeira alimentação do dia, ou, melhor, ignorou-a e se prontificou a estar o quanto antes na delegacia.

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8 horas  - MANHÃ

Mako's Apartament

Korra já estava acordada, mas sentiu que seria indelicado se levantar e preparar algo na cozinha de Mako. Além disso, não sabia sequer como usar um fogão. Aquilo soava confuso até mesmo para ela; pois fazia-se se lembrar que desde que chegara a Cidade República, a maior parte de sua vida estava em branco. Se recordava de poucas coisas; rostos familiares, seu nome e o de seu cão e que estava em um navio. Tais devaneios lhe alimentaram até que o casal surgiu no corredor.

- Korra... Já acordada? – Asami indagou, aproximando-se.

- Ah, bom dia, Asami... E Mako. E, sim, a luz entrou pela janela e me despertou. – Forçou um sorriso, buscando quebrar o desanimo em sua fala.

- Bom dia. – Os dois disseram, mas a animação na voz estava presente só nos dizeres da mulher.

A morena caminhou até o sofá, buscoa e, num jeito sapeca, bagunçou as madeixas da dominadora de água.  – Sem desanimo, Korra! Vamos fazer compras hoje e... Ir no cabelereiro. – Um olhar pensativo pairou sobre Asami. – E, iremos tomar café em outro lugar, Mako cozinha tão bem quanto penteia o cabelo. – As costas da mão pousou sobre o lábio e um riso fraco escapou dos lábios da mulher. Korra gargalhou, num tom também discreto.

- Epa. – Respondeu de imediato o rapaz quando teve aquela ofensa deferida contra a audição. – Eu penteio meu cabelo muito bem.

- Uhum. – A morena caçoou, mas voltou a atenção para a jovem a sua frente. – Vamos? 

- O-O que? Agora? – Se assustou e num rompante, ajeitou a postura. – Sério...?

- Sim, vamos. – Afirmou, já caminhando para o saída.

Ei, eu vou também e ainda nem me arrumei, Asami. – Interferiu Mako.

- Ahn.. Alguém precisa alimentar a Naga... E, bom, o seu  trabalho é em direção oposta ao shopping. – A mulher buscou a mão de Korra, puxando-a em direção a saída. Está estava sem interferir no diálogo dos dois, apenas analisava-os e acabava por constatar que Asami mandava no relacionamento. Elas saíram do apartamento um tanto apressada, afinal os passos rápidos da morena as levaram até rua e, tão logo estavam no carro. A ignição fora dada e partiram rumo ao shopping.

- É que se não fossemos rápidas, ele me convenceria de leva-lo e, esse é um programa só de garotas. – Explicou Asami, com um sorriso sapeca no final da fala. Korra retribuiu a feição. – Então, eu sei muito pouco de você... É estranho porque eu te abriguei na casa do meu namorado sem nem ter certeza de que você é uma assassina em série, ou sei lá. – A morena comentou de um jeito distraído, como se, apesar das palavras terem sido escolhidas, não fosse tão importante aquela interrogação.

- Ah... Bom... Eu não sei muito bem, quer dizer... Desde que estou aqui, minha memória tem sido um dos motivos pelo qual ainda moro nas ruas. Asami, eu não lembro de nada. – Um olhar recaído sobre os palmos delimitava um pouco de sua decepção em responde-la.

- Nossa... Eu.. Não sei o que dizer, Korra. – Apertou os lábios. – Sinto muito... – Engoliu em seco, tentando esconder a frustração que sentiu ao ter aquela resposta.

A conversa ali logo fora desviada para assuntos mais leves, elas falaram de garotos e roupas. Embora a vida das duas fosse o oposto, aqueles eram quesitos que podiam discutir. Embora, a mais jovem ficasse sem muitas palavras devido ao aparente “mestrado” que Asami tinha nestas questões. Era engraçado, Korra sentia-se como uma aprendiz àquelas futilidades. A morena, parecia gostar de passar a sua sabedoria superficial para ela. Mesmo que não costumasse misturar os parâmetros profissionais e pessoais de seu “serviço”, Asami sentia-se mais leve quando fingia ser alguém normal para a jovem.  

 



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