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História Daryl e Jesus - E foi assim que tudo começou - Decisões são tomadas.


Escrita por: Thomys

Capítulo 2 - Decisões são tomadas.


Fanfic / Fanfiction Daryl e Jesus - E foi assim que tudo começou - Decisões são tomadas.

 

Estavam ao lado de uma construção, com enormes janelas de vidro, todas cobertas por tabuas e uma cerca de arame farpado circundava todo local, de onde se encontravam podia-se ver dois guardas armados, um ao longe e quase sempre de costas para eles, mas o outro estava muito perto e Carl já começava a duvidar de que Jesus soubesse o que está fazendo. Parecia que o outro havia lido a mente do garoto, pois virou-se e começou a olhá-lo com aquele sorriso no rosto.

− Então, é o seguinte, tá vendo esse cara, olhe os braços dele.

Carl estreitou os olhos e observou, parecia ao garoto que o capanga estava se recuperando de uma catapora, seus braços tinham várias marcas, além da própria fisionomia do sujeito, que não parecia estar nada bem.

− O que ele tem, está doente?

− Não garoto, ele é um filha da puta viciado, está num dos mais baixos níveis dos salvadores, passa dia e noite ai nesse local e daqui a pouco nos dará a oportunidade perfeita de entrar.

− Como?

− Daqui alguns minutos vai ser a troca de guarda do outro cara, mas ele sempre sai antes que o cara que vai rendê-lo chegue, é quando nosso guarda aproveita pra meter a agulho no braço e curtir na grama por alguns minutos, já o vi fazendo isso milhares de vezes, não tem erro.

....

 

− Viu garoto, eu opero por milagres!

Carl nem acreditava como foi fácil entrar, como Jesus disse, assim que o guarda sumiu de vista, o outro pegou uma seringa e elástico, amarrou o braço e injetou a droga, na mesma hora se jogou na grama e ficou olhando para o alto com um largo sorriso no rosto, Jesus se adiantou para fora da floresta, foi até um ponto do arame farpado e o puxou para cima, acenando para que Carl passasse pela abertura, ele passou e já do outro lado segurou da mesma forma para que Jesus entrasse, enquanto isso o homem continuava na grama como se nada no mundo pudesse perturbar seu momento de contemplação.

Jesus ia à frente de forma confiante, parecia conhecer o local, logo entraram na construção por uma pequena porta de serviço e se encontraram num corredor escuro com várias portas, o lugar parecia silencioso num primeiro momento, até ouvirem ao longe uma música que nada combinava com a paisagem, parecia uma dessas músicas que meninas de doze anos ouviam sem parar.

− Há muito tempo, antes de eles tomarem o local, viviam aqui umas pessoas legais, eu era encarregado de trazer os alimentos que trocávamos, mas os salvadores chegaram e você pode imaginar o resto...

− Sim, posso...

− Se o seu amigo está aqui, esse é o lugar, nessa parte ficam salas bem pequenas que podem ser usadas como celas, lá na frente às salas são bem maiores, provavelmente foram transformados em quartos, vamos seguindo e vendo se o encontramos...

Jesus continuou falando, mas Carl já não prestava atenção, seu único pensamento era ir até onde supostamente seriam os quartos, se estivesse certo, poderia encontrar Negan e enfiar uma bala no meio da sua testa.

− Garoto, ei garoto, você tá surdo? Olhe, encontrei ele.

                                                                                                                  ....                                                                             

 

Já não sentia dor em alguns pontos, pois todo corpo era uma única dor, sua perna provavelmente estava quebrada, bem como alguns dedos da mão e provavelmente uma costela, os lábios rachados por falta de água e mesmo que houvesse luz, dificilmente conseguiria ver alguma coisa, tamanho era o inchaço dos olhos, infelizmente os ouvidos funcionavam perfeitamente bem, tomaram cuidado de não deixa-lo inconsciente, afinal ouvir aquela música fazia parte do pacote e pelo jeito, começara a ter alucinações, pois ouvia que chamavam seu nome.

Luz tomou conta do lugar e a cegueira foi absoluta, sentiu passos se aproximando, braços envolveram seu abdômen e o ergueram, um braço o soltou para jogar um tecido sobre seus ombros, mas ele não tinha forças, então caiu pesadamente no chão, parecia impossível, mas conseguiu sentir ainda mais dor, novamente sentiu o tecido ser colocado em seus ombros e mais uma vez braços envolveram seu corpo, dessa vez mais firmemente, quase o carregando e o forçando a andar com uma perna só sem saber o que estava acontecendo, foi então que ouviu.

− Mas onde foi parar aquele maldito garoto?

....

 

Pra quem estava em uma missão de resgate, o garoto parecia pouco interessado em procurar o amigo, foi Jesus que olhou de sala em sala até se aproximarem de onde vinha aquela música enjoada de criança, a porta era de ferrolho e não se via nenhuma luz pelas fretas, quando a abriu foi tomado por uma mistura de nojo e incredulidade de que alguém ali dentro pudesse estar vivo. O local fedia a urina e fezes, não possuía cama ou um colchão que fosse, o homem que se encontrava ali estava nu, coberto de sangue e hematomas, estirado no chão como se estivesse sem vida, mas se moveu um pouco ao perceber sua aproximação, o rosto estava tão inchado que num primeiro momento não pôde reconhecê-lo, mas o cabelo era inconfundível.

Rapidamente tirou seu sobretudo e ergueu Daryl do chão, mas na tentativa de cobri-lo, segurou apenas com um braço, o que o fez desabar sem nenhuma tentativa de se proteger, ele não perdeu tempo, novamente jogou o sobretudo em seus ombros e o levantou com toda força, o segurando firmemente e puxando para a saída, foi quando já estavam fora da cela que sentiu a falta do garoto.

....

 

Uma distração era tudo o que ele precisava e o momento aconteceu quando Jesus entrou na cela onde Daryl estava, Carl não parou nem por um segundo para olhar o amigo, apenas seguiu pelo corredor até encontrar uma grande porta dupla, passando por ela se viu em uma sala oval com três passagens, escolheu a que seguia na direção frontal do prédio decidido a acabar de vez com Negan.

....

 

Soltar Daryl não estava em seus planos, então seguiu quase o arrastando pelo corredor, chamando Carl o mais alto que se atrevia, o coração se fazia sentir nos ouvidos.

− Carl, essa não é hora pra brincadeiras moleque, se você tá me ouvindo é bom aparecer ou eu vou te encher de pancada.

Mas não se via movimentação ou qualquer barulho além daquela maldita música, ele precisava tomar uma decisão e foi o que fez.

Segurando Daryl com todas as forças, seguiu pelo corredor até estar na mesma grama onde o guarda continuava deitado em absoluta contemplação de sabe-se lá o que. Deitando Daryl no chão, puxou o arame farpado e posicionou-o em suas costas, sentindo quando alguns grampos rasgaram sua pele, pegou Daryl pelos braços e começou a andar de costas puxando-o por baixo das pernas, assim evitando que o outro sofresse mais algum ferimento.

Adentrou a mata com o coração apertado pensando em Carl, mas já entenderá que havia sido escolha do garoto, ele não podia fazer nada além de ajudar quem estava ao seu alcance, então seguiu por um caminho bastante conhecido até um local que até aquele momento, só ele só ele sabia da existência, um bunker.


Notas Finais


Espero que gostem.


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