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História Das Schwert - Capitulo Unico


Escrita por: Bunny788

Capítulo 1 - Capitulo Unico


Das Schwert

Capitulo 1- Fichas

 
 

NO REINO LINY- Víbora Morta.  

Por onde Kyria passava olhares surpresos e inconformados se formavam. Seus passos firmes faziam um barulho irritante ao seu ver, o motivo desse barulho era porque sua bota extremamente pesada como sua armadura, estava encharcada de sangue. Ouvia-se sussurros e fofocas sobre a mesma, as mulheres a olhavam com reprovação como se ela fosse uma Amany, uma selvagem. A escarlate parou de andar e um dedo foi em direção a sua testa, formando uma expressão de dor. Se ela fosse um homem ninguém a olharia como se ela fosse uma selvagem. Sentiu seus ombros arderem, aquela mochila estava pesada demais e ela nem estava na metade do caminho. Após andar muito, chegou em frente a um local especifico que adorava ir. Olhou para a porta de madeira bem velha e sorriu, gostava desse local. A porta fez um barulho estridente ao ser aberta, anunciando sua chegada. Foi até uma mulher que possuía uma pele pálida, e um rosto longo e fino. Seu cabelo era escorregadio e extenso, e de certa forma era extremamente sedoso e limpo, apesar disso ela sempre prendia seu cabelo em rabo-de-cavalo, o que era um grande desperdício. Aparentava ser madura e séria, apesar de ter apenas 15 anos. Seu cabelo era da mesma cor de seus olhos, um castanho profundo e intenso. Seu nome era Eclair, mas Kyria sempre a chamou de "Filha da escama", e Eclair nunca entendeu e nunca perguntou o porquê desse apelido, e não fazia questão de perguntar. 

— Você sabe. A cabeça. — Resmungou sem paciência. Antes de Kyria chegar foi obrigada a aguentar um cavaleiro iniciante, que antes mesmo de encostar a agulha já gemia de dor. Ele não era um cavaleiro, um cavaleiro não era tão marica assim. 

Kyria sorriu e jogou a mochila no chão, arqueando a sombrancelha.

— Então depois de tudo, ainda assim não consegue confiar em mim?

Algo saiu da mochila rolando rapidamente, até chegar nos pés nus de Eclair. A morena olhou amargamente para a cabeça de dragão com nojo, teria que lavar seus pés muito bem hoje. 
 

 

NO REINO ERY- Palácio Real. 

Uma mulher segurava um gato avantajado, com um corte em seu rosto. A mulher possuía uma pele branca e alva, seu rosto era um pouco cheio, e de certa forma isso não diminuía sua beleza. Seu cabelo era um roxo escuro, que destacava seus lindos olhos verdes.

— Me perdoe, meu lorde, me perdoe. Me desculpe por esse gato estupido! 

A mulher que segurava o gato, Kinana, estava sentada em um grande trono escarlate. Kinana olhou para o homem ajoelhado que perdia por perdão e sorriu, largando o gato com delicadeza.

 — Tudo bem, só me responda: De quem é esse gato? — Perguntou em um tom áspero, enquanto passava a mão sobre o corte que tinha em sua bochecha. 

— Esse gato é meu... — Respondeu com uma voz tremula, já sabendo o seu destino. 

— Mate-o. — Falou a rainha olhando para os guardas na mesma hora com uma voz fria.  

Um dos guardas pegou o homem pelo cabelo e o acorrentou, o outro pegou o gato que miava de medo da forma mais gentil possível. 

— De quem queres a cabeça? O gato ou o homem? — Perguntou o guarda que segurava o gato.

— Ambos. — Respondeu Kinana, como se fizesse isso todos os dias.

— Oh meu lorde! Me desculpe! Por favor, poupe minha vida! — Gritou o homem, desesperado, sentindo as lágrimas logo virem à tona. Não podia morrer assim, por causa de um simples arranhão. Seria tão vergonhoso para sua esposa e seus filhos. Além disso, o que seus netos iriam saber sobre seu avô? Que bem, ele era um homem bom, morto pelo motivo mais idiota possível.

— O gato uma morte rápida, sem dor e o homem... — Olhou para o mesmo que pedia por misericórdia e suspirou — Joguem-no nas quimeras, assim que ele morrer mate a quimera também. Eu quero beber seu sangue em uma taça de vinho.  

 

 

NO REINO YORY- Pandora Indesejada. 

Um garoto forjava armas com seu pai, ambos pareciam cansados e suados, suas peles estavam sujas por conta do procedimento ao criar uma arma. O garoto larga o que estava fazendo e vira para seu pai, com uma expressão nada boa, como se sua esposa tivesse o traído e ele pedisse por explicações. 

O garoto possuía uma pele branca, mas não pálida. Seu rosto era longo e lembrava vagamente o do pai, apesar que este tipo de rosto caia bem melhor em seu filho. Seu cabelo era um pouco eriçado e estava atrapalhado. A cor de seu cabelo era um azul escuro, que ao bater o olho rapidamente podia ser confundido com preto. Seu olhar frio como gelo fitava seu pai com raiva, fazendo o cinza de seus olhos brilharem intensamente. Seu nome era Niihar, mas seu pai insistia chama-lo de "Rhijor". O motivo desse "apelido", é porque gelo na língua dos selvagens é "Rhijor", e seu pai vive dizendo que ele parece com o gelo, de tão frio e persistente. 

— Pai, isso cansa. Essa vida cansa. Hoje é o aniversário dela, e estamos forjando armas?  

 — Meu filho, o que podemos fazer? Deixar de trabalhar, beber até cair, ir para a floresta matar eles? Iriamos morrer imediatamente!   

— Mas, pai... — O azulado tentou retrucar, mas não teve tempo. Sempre que tocava no assunto da morte de sua mãe seu pai agia diferente e não o deixava falar. 

— Filho, ela morreu, porem a nossa vida segue.  

— Eu não entendo.  

— E não precisa, só faça seu trabalho. Forje armas.  

— Eu estou cansado, não pode terminar isso sozinho?  

— S... — Antes que Silver, seu pai, respondesse ele saiu.

O azulado estava indignado. Era o aniversário da morte de sua mãe, da esposa de seu pai, e ele está forjando armas para caras imbecis? Ok, ele não queria beber até cair ou ir a floresta para matar eles, porem agir normalmente como se hoje fosse qualquer dia não era aceitável em seu ponto de vista. No final das contas, não tinha nada para fazer a respeito disso. Parou de andar e suspirou, olhou em volta e notou que não fazia mínima ideia de onde estava.  

De repente ouviu um grande estrondo, fazendo todo mundo do local se calar. Mais um estrondo foi ouvido e de repente várias pessoas começaram a correr, ele estava curioso sobre o que estava acontecendo e por isso foi em frente. Chegou em um lugar especifico e viu homens com roupas diferentes do comum matando várias mulheres, homens e crianças. Olhou para trás e viu um dos homens com um machado preste a finca-lo em sua cabeça, porem ele desviou e saiu correndo mais rápido que podia. Foi correndo desesperado, a cidade estava sendo atacada. Por onde passava via e ouvia gritos e sangue, não sabia como o ataque já havia chegado até ali. Homens com espadas que pingavam sangue e horror. Desesperou-se, seu pai. Precisava ver seu pai. Foi correndo mais rápido ainda e então chegou no lugar onde seu pai forjava armas, o ataque já havia chegado no local. Infelizmente. 

— P- Pai? Pai? — O garoto correu para onde estava seu pai caído no chão, com a boca aberta sangrando. Seus olhos estavam abertos, mas não transmitiam nada. Seu peito não se mexia e ele não respirava. Ele não precisava mais respirar. Olhou para a espada fincada na barriga de Silver e desesperou-se. 

— Filho... — O pai falou embolado enquanto se engasgava com o seu sangue. —Fogo. Rhijor. — E então ele se calou.

— Pai?  

O garoto olhou para o corpo de seu pai, e lagrimas saíram. Olhou em volta desesperando e não crendo no que acontecia no momento. Levantou-se com a visão embaçada por conta das lagrimas e pegou uma espada que seu pai acabava de criar, tinha que admitir, aquela havia sido a melhor espada que seu pai havia criado. A espada estava com a bainha escrita " Fogo ", esse era o nome da espada? Fogo? Que nome esquisito que seu pai deu a uma espada. Ficou em pé sem saber o que fazer, sentia uma necessidade extrema de ficar junto ao seu pai, o único problema é que se fizesse isso seu destino seria igual ao de seu velho. Apesar de tudo, ainda valorizava sua vida. Saiu correndo para a floresta ao norte, os aliados do reino Yory morava por lá, se ele andasse muito provavelmente acharia um dos mercadores que morava no reino aliado.  

Foi até sua casa correndo e torcendo para não chamar atenção, procurou dinheiro. Seu pai tinha um cofre e não deixava ele tocar de maneira alguma, talvez tenha algum dinheiro lá. Foi até o cofre e o abriu, tudo o que tinha lá era um colar de sua mãe. Teria que se contentar com o pouco dinheiro que possuía. Estava no segundo andar da casa, mas podia escutar claramente o barulho da porta sendo arrombada. Foi para o canto das escadas escuras rezando para ninguém o percebe ali e viu um selvagem segurando uma mulher pelos cabelos. Ela tinha uma pele clara e alva, seu rosto era fino e delicado, parecia ser frágil. Seu cabelo era liso, mas nas pontas chegava a ser um pouco cacheado. A cor de seu cabelo era um azul vibrante e extremamente chamativo. Seu olhar era penetrante e Niihar sentia-se perdido em seus olhos celestes. Seu corpo era extremamente bom, seios fartos e cochas grossas. Apesar disso, tinha braços fortes, musculosos. Ela era diferente.

O homem pegou a garota e a jogou no sofá, então pegou a espada em sua cintura e cortou o vestido da garota.

 

— Por favor, não...  — Suplicou a menina com lagrimas nos olhos. Ela tremia de frio e medo. Olhou em volta e viu uma faca perto de si, era pequena, mas seria útil,

— Cala boca vadia. E se você reagir de alguma forma eu te mato, escutou? — Pegou sua espada e fez um corte raso em suas costas.

A menina começou a chorar e o homem a colocou de quatro, enquanto ela tentava resistir. Niihar sentiu uma raiva inexplicável o consumir.... Então começou. O homem - que aparentava ter uns trinta e cinco anos -, montava na azulada enquanto admirava sua feição de dor. A azulada sentia uma dor terrível, sentia nojo e medo. Sentia-se suja. Sempre guardou sua virgindade para o seu homem ideal e no final das contas acabou sendo estuprada por um... Selvagem .

O azulado cogitou a ideia de ajudar a menina, mas não era um herói. Com certeza não era um herói e não poderia fazer nada. Se escondeu e parou de ver aquela cena horrível, fechou seus olhos e abaixou sua cabeça só ouvindo os gritos da mulher.  

Não podia sair de casa até ele terminar... aquilo.  Não sabia quantas horas aguardaria até aquela tortura parar.

Alguns minutos depois tudo ficou silencioso, não escutava mais os gritos de dor, ou o barulho do choro da garota que estava sendo estuprada.

— Fique quieta aí.

Ouviu os passos do homem um pouco abafado, ele estava indo para a cozinha provavelmente. Desceu as escadas devagar e viu a mulher de cabelos azuis jogada no chão. Assim que o viu concertou sua postura e pegou um pedaço de pano do vestido para tentar se cobrir. O menino foi andando até a porta, porem quando chegou lá um dos homens já estava no local, e com certeza já havia o notado. O "selvagem" olhou para o jovem e correu para mata-lo enquanto gritava, parecia um bárbaro. Niihar pegou sua espada e bloqueou o ataque do homem, na mesma hora a garota pegou a faca e acertou-lhe no peito. O selvagem caiu para frente obrigando o moreno a desviar de tal corpo, e então viu uma faca nas costas do homem. Olhou para frente e viu a azulada observando o sangue saindo do homem deitado no chão. 

— Por que me ajudou?  

— Você não me ajudou, por que acha que te ajudaria? Eu me ajudei. São canibais, eles nunca me deixariam viva, eles normalmente estupram e depois comem as carnes das mulheres. Qual é o seu nome, senhor não ajuda ninguém? — O moreno se surpreendeu do como ela era fria, nem parecia ser a mesma garota frágil que pedia por socorro. Pensou em dar um desconto pelo fato dela ter sido estuprada.

— Meu nome e Niihar. Você foi bem rápida nisso tudo. E onde arrumou essa faca?

— Ela estava em cima daquela mesa. — Apontou para a mesma, após um suspiro fraco. — Se eu tivesse uma espada, poderia muito bem ter lidado com ele.

— Como tem tanta certeza?

— Eu fui treinada. E bem, isso não é problema seu. — Respondeu irritada, tampando seu corpo com apenas um pedaço de pano rasgado. — Meu nome é Oppale, e você poderia me arrumar alguma roupa? Eu salvei sua vida.

 
 

NO REINO LINY- Na Casa Kaligaris. 

— Filha, o que é isso?  

A loira olha para sua armadura que estava pintada pelo sangue e arqueia a sobrancelha.  

— Sangue, pai. Você viu isso mil vezes e-  

— Eu já te disse filha...  

— Pai, isso é sangue de dragão.  

— Isso não muda o fato de você estar encharcada de sangue.   

— Nossa família é conhecida por isso. Apesar de ser uma mulher eu estou honrando o nome da família. Aposto que está bem orgulhoso de mim. — Falou batendo a mão em seu peito, com a cabeça erguida e um sorriso sarcástico no rosto. 

O pai olha para a filha e suspira cansado. Não importa o quanto fale ou retruque com ela, ela não parecia ouvi-lo.  

— Vá tomar banho.  

— Você fica assim e porque eu mato mais dragões que meus irmãos. Isso sim.  

— Cale a boca e só tome um banho. O cheiro disso é horrível.

A mesma revira os olhos e se vira, estava cansada e suas costas doía um pouco, não valia apena discutir. Quando estava passando para o outro local de sua "casa", o pai gritou:

— E as escamas? 

— Já resolvi!

E então ela continuou a andar. Foi para seu quarto e tirou sua armadura cheia de sangue, logo colando um vestido fino prateado. Pegou sua roupa que iria vestir e se dirigiu ao banheiro mais próximo. Odiava essa casa, era muito grande e só para ir ao banheiro tinha que andar muito. Sem necessidade. Queria morar em uma casa simples e confortável, não em um palácio. Ok, o nome da sua família e muito conhecido e respeitado, mas morar em uma casa confortável e simples não iria interferir no nome da família... Ou sim?  

Sabia que seu pai iria brigar com ela por ter deixado sua armadura cheia de sangue em cima de sua cama, porém não queria passar o risco de encontrar com sua mãe trajando uma armadura. Ela era muito rígida com isso, achava que sua filha parecia um homem quando trajava tal armadura e não iria admitir isso. Ela era uma dama, ela tinha que ser uma dama. Assim que chegou ao banheiro, suspirou aliviada. Para falar verdade preferia nem encontrar sua mãe.   

A banheira estava cheia, colocou a mão na água para conferir se estava quente e graças a deus, estava. Seu vestido deslizou pelos seus braços e curvas até chegar ao chão, revelando suas costas cheia de escamas vermelhas, começando pela bunda e passando pela as costas, parando em sua nuca pálida. 

 

Na família Kaligaris, cada vez que um indivíduo da família mata um dragão, ele e obrigado a fazer a tatuagem de uma escama em alguma parte do seu corpo. E uma tradição antiga. Cada escama representa cada dragão que matou. Essa tradição e chamada de: Klímaka Drákos. 

 
 

Assim que entrou totalmente na banheira, sentiu um suspiro sair de sua boca automaticamente, não conseguia parar de pensar no casamento. Seu pai a colocaria para casar e depois disso não seria mais "livre". Sua mãe começaria a pegar ainda mais no seu pé para se tornar uma "perfeita dama". Achava isso idiotice. Tomou seu banho rápido e logo colocou um vestido avermelhado que realçava seu cabelo. 

Assim que saiu do banho subiu as escadas, logo indo para a sacada. Começou a admirar o céu, quando de repente viu uma figura negra voando entre as nuvens. Se assustou na hora, porém não saiu do seu lugar. Aquilo era um dragão, o maior dragão que já havia visto em sua vida. Ele fazia uma sombra gigante na cidade, obrigando os cidadãos a percebe-lo e olha-lo. Em um piscar de olhos o dragão já estava pousado no meio da cidade. Ele era muito grande, e quando pousou na cidade destruiu diversas casas. A loira estava paralisada, havia matado diversos dragões mais nenhum era igual a esse. Ele exalava algo diferente dos outros.

                                                                             



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