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História Daughter of darkness - Twisted women


Escrita por: BRBean

Capítulo 11 - Twisted women


Fanfic / Fanfiction Daughter of darkness - Twisted women

Ciel's PoV:

Meu mordomo nunca esteve tão estranho. Parecia atordoado, frustrado e muito possesso. Pensei em perguntar no que ele pensava ou o que o perseguia, porém sentia que não deveria me intrometer nesse assunto, não importa o quanto esteja curioso. Sabia que era relacionado à garota da funerária, todavia ela confundiu meus pensamentos uma vez e não posso deixar acontecer de novo. Manterei distância desse assunto.

  Na carruagem, comecei a revisar os fatos da minha missão: Iniciamos com a carta da rainha sobre os indícios de mulheres desaparecidas. Pesquisamos um pouco e notamos que a maior concentração de casos eram na east end e nas partes mais afastadas da cidade. A maioria das vítimas eram mulheres da vida e algumas tinham relatos de serem “informais demais”. Essas informações não eram suficientes então, para nos aproximarmos melhor do caso, tive a brilhante ideia de vestir meu mordomo como uma mulher. Esperaríamos á noite num lugar sem movimentação e veríamos o que poderia acontecer. Não demorou muito para que ele fosse abordado. Fiquei atrás de algumas caixas, observando toda a cena: Um homem se aproximou e começou a puxar assunto, dizendo que Sebastian era muito “bonita” e que não conseguia entender o que uma moça como aquela estava fazendo sozinha naquele lugar. Enquanto este primeiro jogava conversa fora, outro homem surgiu nas sombras com um lenço nas mãos — Que após a análise de Sebastian, foi molhado com clorofórmio. Um líquido que contém formol, usado para empalhar animais. Seria usado para fazê-lo desmaiar —. Infelizmente, tivemos que usar a força para conseguir algumas informações.  

Estes dois cidadãos de origem duvidosa trabalhavam para uma gangue que se autodenominava “XY” (Um o sistema de determinação de sexo existente nos humanos. Neste sistema, as fêmeas possuem dois cromossomos sexuais do mesmo tipo ‘XX’ e os machos possuem cromossomos sexuais diferentes ‘XY’). Como qualquer um deduziria, todos os integrantes eram homens e repudiavam os atos das “mulheres modernas”. Na concepção deles, o sexo feminino era inferior e não merecia sequer uma cama decente para dormir, todas deveriam viver à serventia do “macho alfa”. Em resumo: Machistas radicais.

 A mesma gangue se encontra de quinze em quinze dias num prédio no leste de Londres, vulgo onde estamos neste momento. A reunião é à tarde, logo não tínhamos tempo para perder. O plano era: Invadir o local como penetras e encontrar o chefe. Deveríamos ser ágeis e manter nossas identidades sobre vigilância... Devo me preocupar com Sebastian? Acho que não.

 Olhei para ele que, assim como eu, distraía-se olhando pela janela. Outrora não me interessasse pelo seu passado, agora estava intrigado e curioso. Ele tem ligações com outros seres sobrenaturais? Como foram seus contratos passados? Será que ele se lembra de tudo depois que é contratado por outra pessoa? São perguntas que eu prefiro guardar para mim, pois não era do meu feitio interessar-me sobre a vida de um demônio. Deixei os questionamentos de lado, saí dos meus devaneios e percebi que estávamos perto do local. Preparei-me psicologicamente para agir.

 O prédio fica no centro de um pequeno vilarejo cujo a gangue aparentemente influencia muito, pois cada rua que virávamos surgia um terror diferente: Mulheres sendo espancadas publicamente por homens de aparência suja e ignorante, algumas com bolas de chumbo nos pés, varrendo a calçada como se vissem a sua vida naquele monte de poeira. A maioria com olhos roxos e feridas nas mãos e braços. Situações deploráveis.

Desembarcamos bem na frente do ponto de encontro. Analisei a estrutura do local: Sujo, fedido e ao olho nu, inóspito. Estava no próprio fim do mundo. Fiz um esgar e dei alguns passos em direção à porta. Sebastian e Snake estavam logo atrás, aparentemente preparados para qualquer coisa que viesse. Minutos depois que a carruagem saiu, fomos recepcionados por um homem de baixa estatura, barba feita e olhos negros. Ele caminhava como se carregasse — Com dificuldade — O peso de sua própria barriga.

 — Ah, senhores! — Ele exclamou abrindo os braços, seu sorriso era claramente forçado, — O que desejam aqui?

 — Este é o conde Hunglinton III. — Esta foi a primeira coisa que meu mordomo disse desde que entramos na carruagem. — Estamos aqui para ver o local.

— Pretendem comprar o local? Ele está abandonado há muitos anos. Vão encontrar apenas móveis estragados e muita poeira. — Ele deu uma risada forçada e puxou o ar logo em seguida, deixando sua última frase sair junto com um suspiro. — Não os aconselharia a compra.

 — Será mesmo? Não dissemos nada sobre comprar — Sorri de canto. Concluí que ironia o faria chegar ao assunto da gangue.

 — Bem, não... Na verdade foi um engano meu, sinto muito. Estão procurando por outra coisa?— Ele sorriu maliciosamente, dando abertura para iniciarmos o assunto principal.

— Com certeza, meu caro. Somos machos alfas, procuramos pela diversão. — Nunca achei tão estranho dizer tal coisa, mas era preciso. — Viemos ver o que vocês têm.

 — Ah, claro! — Ele pareceu animado por sabermos o código. Tirou uma chave dourada do bolso e destrancou a grande porta de madeira. — Prazer, meu nome é Charles.

 Pedi para Snake aguardar do lado de fora, ficando de ronda com suas cobras e dei passe livre para atacar qualquer um que tentasse alguma coisa. O homem nos guiou até o subsolo do prédio, que ironicamente, era melhor que todo o resto do lugar. Descemos as escadas e na porta de entrada, um homem estava de vigia. Charles disse algo para ele, no entanto foi baixo demais para que eu conseguisse entender. A porta se abriu. Meu coração acelerou. Que tipo de monstruosidades nós acharíamos naquele lugar?


Notas Finais


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