História Filha da Maldade - Viagem para Tatooine

No mesmo dia, às sete da noite, Ava foi ver se Darth estava mesmo dormindo, depois foi até seu quarto, retirou seu delineador, retocou seu rímel, colocou um vestido laranja, fez uma trança embutida no cabelo, colocou uma capa marrom e colocou seu sabre de luz no bolso da capa. Feito isso, Ava foi até o quarto de Kayla, que estava usando uma roupa diferente de seu uniforme, e perguntou:

- Você está pronta, Kay?

- Sim, e você? – Perguntou Kayla.

- Estou. – Respondeu Ava, rindo. Ava e Kayla foram juntas e correndo do jeito mais discreto possível até o setor de naves da Estrela da Morte. A duas viram que haviam seis Stormtroopers lá, então passaram por trás deles até que chegaram em uma nave cinza e pontuda, que elas pretendiam usar. Kayla abriu a nave e disse:

- Entre e sente no banco de passageiros, Ava. Eu entro depois. - Ava entendeu a informação e sentou no banco de passageiros. Logo depois, Kayla sentou no banco do piloto, fechou a nave, deu partida e começou a seguir seu curso para Tatooine.

- Vai demorar muito para chegarmos até Tatooine? – Perguntou Ava.

- Não se formos até lá na velocidade da luz. – Respondeu Kayla, rindo e já ativando o botão que fazia a nave ir na velocidade da luz. Percebendo que Kayla fez isso, Ava fechou os olhos e se segurou em sua cadeira.

Poucos minutos depois, Ava e Kayla finalmente chegaram em Tatooine.

- Já chegamos. Vou pousar agora. – Disse Kayla, já preparando a nave para pousar no chão. Poucos segundos depois que Kayla disse isso, a nave pousou no arenoso chão de Tatooine com segurança. “Até que para uma pessoa que aprendeu a pilotar com o ex-namorado anos atrás a Kay está bem.”, pensou Ava, impressionada. Kayla abriu a porta da nave, saiu de lá com Ava e depois fechou a porta.

- Então, já estamos em Tatooine, para onde você quer ir agora? – Perguntou Kayla.

- Estou sentindo a presença do Obi Wan, da M.R.K aqui e dos outros dois Jedis que falaram comigo. Eles não estão longe, eu vou procurá-los porque preciso falar com eles. Venha comigo. – Disse Ava.

- Tudo bem. – Disse Kayla, dando de ombros.

Ava e Kayla então começaram a andar pela área onde estavam. Ava notou que lá tinham várias pessoas andando aglomeradas e que haviam várias casas em volta da área que pareciam iglus feitos de areia. Ava olhou em volta e viu que tudo não estava iluminado por várias luzes artificiais como na Estrela da Morte e sim uma luz natural, amarela, agradável e bonita que vinha diretamente do céu. “Nunca tinha visto uma luz natural e agradável como essa. Essa luz deve vir daquele tal sol que a Kayla me falou sobre. ”, pensou Ava.

No meio do caminho, Kayla empacou no meio da multidão. Percebeu que não podia mais prosseguir por aquele caminho e disse para Ava:

- Pode continuar seu caminho. Vou voltar para a nave. Mais tarde nos encontramos. – Ava franziu a testa e disse, inconformada:

- O que você está fazendo, Kay? Que maluquice é essa? Volte aqui! – Kayla continuou andando. Antes que Ava seguisse em frente, um menino que tinha dezoito anos, cabelos curtos e castanho-escuros, olhos da mesma cor, barba serrada e que usava uma camiseta branca, uma calça cinza e botas marrons trombou com ela. Ava caiu com tudo no chão.

- Seu idiota! Sujei minha capa por sua culpa! Você não é cego, é? Então olha por onde anda! – Disse Ava, furiosa. O menino arrumou seu cabelo, riu e disse:

- Calma, minha querida! Foi um acidente! Quer ajuda para se levantar? – Dito isso, o menino estendeu a mão. Ava pegou na mão dele, ele a puxou e ela disse:

- Obrigada pela ajuda. E eu não sou sua querida!

- Calma! Me desculpe! Você está muito nervosa! Aliás, o meu nome é Nathan Solo, prazer em conhecê-la. – Disse Nathan, sorrindo e apertando a mão de Ava, que estava tentando pensar em um nome falso para que ele não soubesse que ela era filha de Darth Vader.

- Prazer em conhecê-lo também, Nathan, o meu nome é.... Aimee. Aimee Drust. Me desculpe por ter sido grossa com você. – Disse Ava.

- Está tudo bem. Gostaria de dar um passeio? Eu gostaria te conhecer melhor. – Disse Nathan. Ava deu de ombros e disse:

- Pode ser. – Nathan tentou segurar a mão de Ava, mas ela afastou a mão. Os dois então começaram a andar juntos pela vila.

- Me conte um pouco sobre você, Aimee. Onde você nasceu? – Perguntou Nathan.

- Bom, eu... Nasci aqui mesmo. Minha família era de fazendeiros e bem pequena. Infelizmente todos os membros dela morreram, então eu passei a morar sozinha desde então. E você? – Perguntou Ava.

- Sinto muito pela sua família. Também nasci aqui. Tenho uma irmã gêmea chamada Rosemary e moro com ela e com o meu pai há algumas casas daqui. Ele deve estar no bar agora conversando com os amigos dele como de costume e a Rose não deve estar muito longe. – Disse Nathan, rindo.

- E quanto a sua mãe? – Perguntou Ava, curiosa.

- Bom, ela abandonou meu pai, eu e a Rose algumas semanas depois que eu e a Rose nascemos. Meu pai criou nós dois sozinhos desde então. -Contou Nathan, triste.

- Sinto muito. Melhor falarmos de coisas menos tristes. Me conte quem são seus melhores amigos. – Disse Ava, curiosa.

- Tenho quatro: o Harat, o Daniel, a Bryanna e a minha irmã. Nós somos inseparáveis desde sempre. – Disse Nathan, feliz ao se lembrar de seus amigos.

- Entendi. Eu nunca tive melhores amigos. Na verdade, a minha melhor amiga sempre foi a minha tia, Paloma, mas ela se mudou daqui, então eu só ando com os meus amigos que não são melhores amigos. – Contou Ava, rindo forçado. “Estou ficando mesmo boa nesse negócio de inventar mentiras. ”, pensou Ava.

- Entendi. Aliás, como os membros da sua família morreram? Desculpe pela pergunta, mas eu queria muito saber. – Disse Nathan.

- Eu saí para comprar algumas sementes e quando voltei minha casa estava em chamas. Procurei por sobreviventes, mas não achei nenhum. O meu pai, a minha mãe e o meu irmão estavam mortos. – Contou Ava.

- Eu não sabia que você tinha um irmão... Como ele se chamava? – Perguntou Nathan.

- Ele se chamava... Luke. – Respondeu Ava. “Luke? De onde fui tirar esse nome? Bom, tudo bem, foi o primeiro nome que me veio em mente...”, pensou Ava.

- Entendi. O que os seus pais plantavam na fazenda deles? – Perguntou Nathan, curioso.

- Acho que eles plantavam milho e também cevada. E quanto ao seu pai? O que ele faz da vida? – Perguntou Ava.

- Ele é um piloto. Aliás, um piloto muito mercenário. – Contou Nathan, rindo.

- Sério? Mas isso é errado. – Disse Ava, rindo também.

- Claro que é, mas o meu pai não se importa muito com isso. Mas mesmo sendo mercenário ele é um dos pilotos mais bem pagos e habilidosos da galáxia. – Contou Nathan.

- Que legal! Qual é o nome dele? – Perguntou Ava.

- O nome dele é Han. Além dele ser um ótimo profissional, o copiloto dele também é. O nome dele é Chewbacca e ele é um Wookie. – Respondeu Nathan.

- Um Wookie? Eu não sabia que Wookies poderiam ajudar alguém a pilotar uma nave... – Comentou Ava, rindo.

- Nada é impossível. – Disse Nathan, também rindo.

- Há quanto tempo o seu pai trabalha com ele? – Perguntou Ava.

- Acho que há uns doze anos. A Rose e eu aprendemos o básico de pilotagem com o nosso pai quando tínhamos treze anos e eu não gostei muito de pilotar, mas a Rose gostou tanto que ela pediu para o nosso pai ensinar tudo a ela sobre pilotagem. Ele está fazendo isso aos poucos e hoje em dia a Rose está tão avançada nisso que está pilotando quase melhor que o meu pai... – Contou Nathan, rindo ao se lembrar.

- Sério? Que legal! – Disse Ava, impressionada.

- Pois é. Claro que ainda falta muitas coisas para a Rose aprender sobre pilotagem, como eu já disse, o nosso pai está a ensinando aos poucos, mas ela já sabe bastante e sempre participa das corridas de naves para praticar. Ela participa das corridas desde os catorze anos e já terminou uma vez em terceiro lugar, duas vezes em segundo e uma vez em primeiro. – Contou Nathan, feliz ao se lembrar.

- Que incrível! O seu pai também participa dessas corridas de naves? – Perguntou Ava.

- Não. Embora ele seja muito habilidoso em pilotagem, ele não liga nem um pouco para as competições. – Disse Nathan. No mesmo momento, uma menina da idade de Nathan, que tinha cabelos castanho-escuros lisos, bonitos olhos tão escuros quanto os cabelos e que usava um vestido lilás e sandálias pretas apareceu e disse:

- Oi, Nat! Tudo bem? Fez uma nova amiga? Qual é o nome dela?

- Oi, Rose! Esta é Aimee Drust, eu a conheci agora há pouco. – Disse Nathan, sorrindo.

- Prazer em conhece-la, Aimee, o meu nome é Rosemary Solo. Aliás, você é muito bonita. – Disse Rosemary, apertando a mão de Ava e sorrindo.

- Obrigada, você também é. O prazer é meu, Rosemary. O Nathan me contou que você é a irmã gêmea dele e que você adora pilotar. – Disse Ava.

- Sim. Na verdade, eu sou dois minutos mais velha que ele porque nasci primeiro. – Contou Rosemary, rindo. Ava riu também.

- É verdade. Tinha me esquecido disso. – Comentou Nathan, também rindo.

- Quanto a pilotar, eu só digo uma coisa: eu amo pilotar naves tanto quanto eu amo a minha própria vida. É o que eu mais gosto de fazer. – Afirmou Rosemary, sorrindo e suspirando.  

- Entendi. – Disse Ava, sorrindo de volta.

- Se você quiser, posso te ensinar a pilotar um dia. Eu gosto bastante de ensinar as pessoas a fazer coisas que gosto. – Disse Rosemary, feliz.

- Que legal! Um dia desses vou querer aprender sim! – Disse Ava, também feliz.

- Aliás, você é nova aqui, Aimee? Eu não lembro de ter te visto por aqui... – Disse Rosemary.

- Na verdade, moro aqui faz um tempo, há algumas casas daqui. – Respondeu Ava.

- Legal! Como você não mora longe, fica mais fácil para nós nos encontrarmos de novo um dia desses. Eu gostaria muito de conversar com você e te conhecer melhor. – Disse Rosemary, sorrindo.

- Eu também gostaria. Podemos nos encontrar novamente sim. – Disse Ava, sorrindo de volta. “Que menina simpática. ”, pensou Ava, impressionada.

- Me desculpe por ter interrompido vocês dois, é que eu preciso do Nathan agora, temos que comprar e dar o presente de aniversário do nosso pai antes que seja onze horas, porque ele tem compromisso. – Disse Rosemary.

- Tudo bem. Podem ir. Aliás, foi um prazer conhecer vocês dois. – Disse Ava, sorrindo.

- Igualmente, Aimee. Até mais! – Disse Rosemary, sorrindo de volta.

- Foi um prazer te conhecer também. Pode passar lá em casa quando quiser, Aimee. Esse é o endereço. – Disse Nathan, piscando para Ava e dando um papel com o endereço de sua casa escrito nele. “Gostei muito desses dois. ”, pensou Ava, rindo.

- Bom, é melhor eu continuar meu caminho. Sinto que conforme eu ando, fico cada vez mais próxima do Obi Wan, da M.R.K e dos outros dois que estavam junto com eles naquele dia. – Disse Ava, para si mesma.