Era uma noite romântica, Theodore e Camila, estavam comemorando aniversário de namoro: 03 anos juntos. A data era importante para ambos e decidiram comemorar na magnifica praia da cidade, o horário era ótimo: não havia ninguém ali, apenas a gigantesca lua cheia para testemunhar os amantes. Sentados na areia, úmida e fofa, ele não parava de admirar o rosto delicado da acompanhante, em um movimento rápido suas mãos foram para o cabelo loiro dela, acariciando-os. Ela que observava o mar, quase que hipnotizada, virou-se para o namorado e sorriu. Mãos bobas, beijos quentes, a areia grudando nos corpos dos adolescentes excitados.
- Vamos para o mar? – ele sugeriu
- Ah Theo, a água deve tá congelando.
Theodore olhou feito um cachorrinho pidão e a garota não conseguiu dizer não.
- Vai na frente, só vou tirar minha roupa.
- Posso te ajudar com isso.
- Deixa de ser palhaço e vai logo.
Theodore seguiu para o mar, enquanto isso, Camila retirava suas vestes. O breve momento de distração se tornou em longos momentos agoniantes. Theo já não estava mais lá e a última lembrança que ela guardou dele foi seu sorriso, leve e despretensioso.
*-*-*
Essa já era quinta morte só naquele mês, Maya estava cansada do tempo fúnebre que rondava a escola. O garoto que havia falecido estudava com ela. Foi encontrado rasgado e desmembrado. Ela sentiu arrepios ao ver pela manhã no jornal, as fotos de como o garoto fora encontrado. E agora um memorial estava montado próximo ao armário que ele usava.
- Ele era um rapaz bonito e muito simpático. Eu costumava o ajudar nas aulas de literatura. – Luna falou ao chegar próxima da amiga. Ambas encaravam a foto exposta do colega de classe.
- Pelo visto essa cidade está ficando cada dia mais movimentada. – Arabella chegou, completando o trio inseparável.
- Credo Bells, você brinca até quando o assunto é sério. – Luna reclamou com a amiga.
Maya sabia que aquilo estava completamente errado e que causaria um impacto gigantesco na vida das três.
*-*-*
A pele alva agora se revelando enquanto todo o sangue descia pelo ralo junto a água. Esticou o braço e pegou os sais de banho e tranquilamente esfoliava a pele. Os cabelos longos e escuros pingavam. Um sorriso sádico brotava nos lábios. Fechou os olhos, esticou um pouco as pernas e deixou o corpo nu relaxar.
- Você está ficando desleixada. – uma voz arrastada e rouca pronunciou-se no banheiro.
- Só estou me divertindo.
- Não seja egoísta irmã. Até porque, esse não é nosso objetivo.
Sem ainda abrir os olhos, esticou o braço, dessa vez alcançando um copo. Entregou e ao escutar o líquido grosso e avermelhado sendo bebido, abriu os olhos ao ver como a irmã soltava grunhidos prazerosos.
- Elas logo não serão mais nosso problema, se esse é seu medo.
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