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História Day After Day - Yeoseot


Escrita por: Lovren

Notas do Autor


Annyeong!
Agora sim o capítulo certo.

Só estou postando ele hoje porque algumas pessoas na viram então porque adiar?

Seja bozinhos comigo e comentem, o número de comentários está diminuindo. :(


Boa leitura!

Capítulo 6 - Yeoseot


Fanfic / Fanfiction Day After Day - Yeoseot

—  Hoje é dezoito de maio e estou em Seul. Não estou mais em Busan.
Há três anos atrás, eu sofri um acidente em Busan e Hoseok achou melhor que eu fosse para Seul, pois seria melhor para o tratamento. Passei três meses em coma  depois do acidente e, quando acordei, descobri que estava com Síndrome de Goldfield*, um trauma cerebral onde a pessoa tem dificuldade ou incapacidade de se lembrar de eventos recentes, mas consegue se lembrar, quase que perfeitamente, de eventos ocorridos antes do trauma cerebral. Ou seja, amanhã você terá que ouvir esse mesmo áudio.
Jeon, lembre-se de fazer sua corrida matinal, ordens do doutor Kim.
Lembre-se de não falar para o Hope que ele deve encontrar alguém, pois ele está casado com o Kim Taehyung. Não implique com ele, ele é um cara legal e, se você encontrá-los, pergunte pela SunHe. Ela é sua sobrinha. Hope e Tae adotaram-na no fim do ano passado.


Jungkook havia atualizado seu áudio na noite anterior, antes de tomar banho para dormir. Ele não poderia ouvir um áudio antigo.


O moreno foi até o banheiro e fez sua higiene matinal, como todos os dias. Assim que terminou de colocar sua roupa para corrida, ele ouviu um barulho vindo de cima da sua cama. O moreno correu até o local e pegou um celular.

— Jeon? — ouviu a voz de seu Hyung ecoar do outro lado da linha.

— Hoseok!

— Ouviu o áudio? — perguntou.

— Sim, estou saindo de casa. Mais tarde falo com você — o moreno fechou a porta atrás de si.

— Ok, até mais tarde.

Jungkook se sentia um robô seguindo ordem de si mesmo, mas não podia questionar. Afinal, era para o seu próprio bem.

— Jeon — o moreno olhou para trás enquanto corria e viu Nam se aproximar de si. — Hoseok me contou que você foi ao médico. Está tudo bem?

— Tudo normal — deu de ombros, ainda correndo. — Como está a Suze?

— Nós terminamos, Jeon. Faz um ano que terminamos e eu estou namorando com o Jin. Sou gay, ok?

— Cara, você amava ela — Jeon parou de correr. — Jin? Aquele garoto que ficava implicando com a gente?

— Me dá essa sua caneta — Namjoon puxou a caneta do bolso do mais novo e clicou na mesma. — Jeon Jungkook, vê se ouve esse áudio todos os dias. Eu sou gay! Não amo a Suze. Nunca amei e estou namorando com o Jin. Sim, aquele que implicava conosco. Ele é bem legal e eu o amo, ok? — o moreno colocou a caneta sobre a mão de Jeon. — Não sei nem porque ainda te considero meu melhor amigo.

Nam balançou a cabeça em forma de negação e voltou a correr, se afastando de Jeon. O moreno deu de ombros e correu de volta para casa.

— Jeon? —  Jungkook se afastou da porta para ouvir da onde vinha a voz que o chamou.

Ao lado de sua casa, se encontrava um ruivo sorridente. Um vizinho do qual ele não se recordava.

— Oi — o moreno tentou sorrir simpático, e já iria adentrar em casa quando o ruivo o chamou novamente.

— Hoje vai ter uma queima de fogos à noite, em um parque próximo daqui. Você não quer ir? Vai ser legal.

Jungkook observou o ruivo, mais uma vez, e pensou um pouco no que responder. Não seria uma má ideia ir ao parque a noite. Seria bem melhor do que ficar em casa vendo televisão ou dormindo.

— Que horas?

— Sete! Eu passo aqui para te levar, ok?

Jeon iria questionar com o ruivo e dizer que iria em seu próprio carro, que bastava ele lhe informar onde se localizava o parque e ele mesmo poderia ir, mas o garoto já tinha entrado em sua casa.
Jeon fez o mesmo. Caminhou até o banheiro para tirar o suor de seu corpo e tomou um banho relaxante. Assim que saiu do banho, enrolado em uma toalha, o moreno colocou uma calça cinza um pouco mais folgada, e uma camisa branca.
O garoto fez uma xícara de café, enquanto discava o número da pizzaria que ele havia encontrado na porta da geladeira, e se sentou em frente a televisão. Quando não tinha nada para fazer — a maior parte de seu dia —, o moreno passava o dia comendo besteiras e um pouco de coisas saudáveis — ordens do doutor Kim — e assistindo televisão. Quando não tinha nada de interessante na mesma, ele apenas tentava escrever seu livro. Inutilmente, pois há três anos Jeon não tinha escrito nem uma linha sequer em seu livro. Quando nada dava certo ele apenas passava o dia dormindo.
A pizza havia chegado e Jungkook foi atender a porta. Um loiro segurava a mesma em sua mãos. Jeon de o pagamento pela pizza e uma gorjeta para o entregador, fechando a porta e voltando para o sofá.

Jungkook escrevia romances antes do acidente. Todos veneravam seus romances, a forma que ele escrevia, a forma que ele descrevia os personagens,  os atos do mesmo, suas falas... Tudo em seu livro era perfeito.

Os pais de Jeon deveriam estar orgulhosos do filhos que tiveram, onde quer que eles estivessem. Hoseok era renomado um dançarino e coreógrafo conhecido pelo mundo e, Jeon, um escritor. Quem não teria orgulho de ter dois filhos como eles?

Jungkook já havia feito seis livros e todos eles haviam sido um grande sucesso. Mesmo com a falta de criatividade para continuar seu sétimo livro, ele era bem famoso. A agente Lee havia dito para todos, em uma entrevista, que Jeon tinha dado uma pausa, mas que voltaria com tudo ainda melhor do que antes. Mas isso fora três anos atrás. Até hoje a mulher se via preocupada com o moreno. A mídia ainda a cobrava, os fãs de Jungkook ainda a cobravam pelo sumiço do garoto. Porém, nada disso fizera ele perder sua fama. Apesar de tudo era ótimo para empresa, pois esse sumiço repentino — apenas para a mídia, pois apenas os mais próximos do moreno sabia o que estava acontecendo de verdade — de Jeon estava fazendo com que  todos criassem expectativas e suposições do que o moreno estava tramando para sua volta. Uns diziam que isso era apenas marketing para que seus livros ficassem mais famosos, outros falavam que Jungkook estava fazendo apenas um suspense e que voltaria com tudo, que o moreno estava buscando inspirações para melhorar ainda mais seu livro. Eram tantas outras suposições que faziam, mas nenhuma delas estava certa.

Jungkook não estava buscando inspiração,  pois mesmo se ele buscasse por elas, elas não viriam até ele. Há anos ele tentava isso, mas acabou desistindo. Jungkook tinha apenas uma droga de uma doença que o fazia esquecer de tudo que ele fazia no dia e isso estava lhe matando aos poucos.

O moreno se assustou quando seu celular despertou às seis e meia, o alertando de que ele precisava levantar para se arrumar. Jeon não queria se levantar, pois o filme estava em uma parte ótima, onde o garoto iria salvar um cachorro, mas ele odiava chegar atrasado para algo, e odiava mais ainda não cumprir suas promessas.

Promessa... Jungkook havia prometido algo para alguém, mas essa não seria cumprida.

O moreno colocou seu sobretudo marrom por cima de uma camisa branca e passou a mão sobre os cabelos. Pegou suas chaves e desceu, avistando o ruivo de mais cedo estacionar o carro em frente a sua porta. Jeon adentrou o mesmo e sorriu minimamente para o dono do carro.
No caminho para o parque, ele descobriu que o ruivo se chamava Won e que eles sempre se encontravam pela manhã, quando Jeon ia correr. Também descobriu que Won era casado. Ele perguntou o porquê do ruivo tê-lo chamado para ver os fogos, sendo que ele poderia ir com a esposa dele, mas o ruivo apenas sorriu e lhe disse que a esposa estava viajando a trabalho e que,  como Jeon só ficava em casa, ele resolveu convidar seu vizinho para um passeio.

Won havia estacionado o carro um pouco mais afastado de onde os outros carros estavam, pois o estacionamento estava cheio e se ele colocasse lá, correria o risco de não ter como sair mais tarde.
O parque estava bem cheio, muitas pessoas queriam ver a queima de fogos de perto. Algumas estavam ali não só para ver os fogos, mas para trabalhar também.

 

Jeon e Won sentaram-se perto da roda gigante depois que compraram alguns refrigerantes. Won não poderia ingerir bebidas alcoólicas, pois iria dirigir de volta para casa e Jeon,há dois anos e meio, não sabe o que é álcool. Doutor Kim o fez abolir as bebidas alcoólicas de sua vida e, logo nos primeiros meses de aceitação da doença, Jeon se revoltou e bebia toda vez que ouvia sua voz amargurada ecoar por seus ouvidos, mas, como tempo e apoio de Hoseok, ele havia parado de ingerir álcool.

Naquele mesmo parque, do outro lado, estava um alaranjado olhando impaciente para o relógio. Jimin chegou mais cedo que o combinado, por causa de seu nervosismo com não deixar Jeon o esperando. E quem havia o deixado esperando foi o próprio Jungkook. Eram sete e quarenta e nada do Jeon, nenhum sinal dele naquele lugar.

O alaranjado já havia levantado inúmeras vezes para comprar algo para comer, pois como tivera que sair mais cedo, havia deixado a comida em seu prato. Comprou várias garrafinhas de  refrigerantes e nenhum sinal daquela cabeleira negra. Jimin bem que tentou da uma volta no parque, pois achou que o moreno poderia não tê-lo encontrado, mas optou por ficar onde estava, afinal, ele poderia chegar e ele não estaria lá. Mais cedo, Yoongi havia perguntado ao primo se ele não poderia ir com ele, mas Jimin falou que não precisava, que iria encontrar Jungkook lá. Mas o garoto se arrependeu de não ter aceitado a companhia do loiro.


O garoto até cogitou a idéia de que Jeon só deveria ter se atrasado e que o moreno chegaria a qualquer minuto, mas percebeu que estava enganado assim que os fogos começaram a estourar, fazendo todos ali presente gritarem de alegria.
Jimin deu uma última olhada ao redor e uma conferida em seu celular: nove e meia.

— Você é tão idiota, Jimin — o alaranjado se repreendeu e sorriu sem graça para si mesmo. — Achou mesmo que ele iria perde seu tempo vindo até aqui? Ainda mais por você?

Jimin negou com a cabeça, ainda sorrindo sarcástico. Colocou seu celular dentro de seu bolso e começou a caminhar até um ponto de táxi ali perto.



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