História De fato héteros... ou nem tanto (Niam Horayne) - Quero ir para onde você for

Todas as cartas das universidades que eu recebi estavam abertas sobre a cama. O prazo estava acabando e eu olhava para todas como se fosse um enigma. Eu não tinha a mínima idéia do que fazer. Pela primeira vez na vida, eu não sabia qual era o próximo passo.

Absolutamente perdido e sozinho, eu peguei o telefone, ligando para a única pessoa que eu julguei que me atenderia.

– Oi, Ni. – A voz amigável de Harry soou.

– Harry, você precisa me ajudar. – Me joguei na cama, amassando algumas das cartas pelo caminho.

– Sim, o Liam está em casa. – Ele respondeu feliz. – Inclusive, acho que está sozinho há essa hora. Eles vieram do treino agora e...

– Eu não quero saber do Liam, Harry. – Ele se calou. – Quer dizer, eu quero, mas... Nossa, que droga! – Harry riu do outro lado e eu suspirei. – Eu queria saber se ele recebeu carta de alguma faculdade e se ele já decidiu para qual vai.

– Por quê? O que houve com a sua faculdade perfeita nos Estados Unidos? Você está pensando em mudar de idéia e ir atrás do Liam?

– Eu não sei. – Fui sincero. – Eu não sei de mais nada. Eu só queria ir para um lugar em que eu conhecesse alguém. Eu estou cansado de me sentir sozinho. Para onde você e Louis vão? É o mesmo lugar?

– Eu não posso te contar.

– Como não? Por que não? – Começava a ficar irritado com tudo isso.

– Só vou dizer que sim, ele recebeu uma carta da faculdade e está todo feliz por isso. Ele até disse que queria te agradecer por toda a ajuda que você deu a ele, porque a média dele subiu muito e isso que ajudou ele a entrar, mas eu não deixei ele ir até você. Então sim, nós três vamos para a mesma faculdade.

– Por que não deixou que ele viesse até mim? Achei que torcesse por nós dois.

– E eu torço. Muito mesmo! Mas é você quem deve ir até ele. Você deve desculpas a ele. – Suspirei derrotado. – Eu sei que está esperando qualquer desculpa para voltar a falar com ele e sei que ele aceitaria, porque ele gosta mesmo de você, Ni. Mas é você quem deve dar o primeiro passo. Você tem que ir até lá e dizer para ele o que está sentindo.

– Você sabe que isso não é fácil. Seria melhor encontrar ele na faculdade, longe de todos os babacas do colégio e de nossas famílias. Colabore, Harry...

– Vocês terão que enfrentar isso mais cedo ou mais tarde. Acredite, Niall, não dizer para você para onde nós vamos e te incentivar a perguntar isso diretamente ao Liam é a maior colaboração que eu poderia te dar. Me agradeça depois, quando estiverem juntos e felizes.

Ele desligou o telefone antes que eu pudesse protestar e eu joguei o aparelho na cama, completamente irritado com tudo. Senti meus olhos marejarem e me virei na cama, afundando em meio aos travesseiros, o que me fez lembrar de todas as tardes em que Liam ocupava essa cama comigo.

Todos os beijos quentes que trocamos e todas as experiências indecentes e incrivelmente prazerosas. Meu corpo começou a esquentar e eu senti uma fisgada em meu membro. Droga de tesão incontrolável. Isso sim deveria ser considerado uma abstinência terrível. Uma abstinência de Liam Payne.

– Quer saber? – Me sentei na cama, dizendo tudo isso para mim mesmo. – Foda-se o que os outros vão pensar, o que eu sou ou qualquer outra coisa. Eu preciso do Liam e preciso agora!

Me levantei rápido, calçando os tênis e descendo as escadas correndo, com medo de que se não fizesse isso tomado por esse impulso, nunca mais faria. Caminhei rápido até a casa dele e quando estava ali, fechei os olhos e toquei a campainha três vezes rápido. Se eu não pensasse, eu conseguiria.

Mas quando a porta abriu e Liam apareceu ali, sem camisa com uma expressão surpresa no rosto, eu perdi o foco, concentrado apenas em seu rosto e seu peito nu. Me joguei contra seu corpo, passando as mãos em sua nuca e o puxando para um beijo faminto, cheio de desejo.

– Niall... – Liam sussurrou, ainda com os olhos fechados e recebendo meus beijos. – Nós não podemos resolver as coisas assim. – Ele levou as mãos para junto das minhas, em seu pescoço, mas não as tirou dali.

– Podemos sim. – Eu murmurei de volta, com nossas testas coladas. – Vamos esquecer tudo isso.

– E voltarmos a ficar escondidos? Nos agarrando no escuro ou em um quarto trancado? – Ele finalmente se afastou. – Eu não quero isso, me desculpe.

– Eu também não. – Ele me olhou. – Não mais. Eu quero ficar com você. – Enlacei meus dedos nos seus. – Quero ir para onde você for. – Abri um sorriso. – Literalmente, porque eu quero ir para a faculdade com você e com meus amigos.    

– Achei que ia para os Estados Unidos...

– Eu também. Eu achei tanta coisa. – Fui sincero. – Achei que ia para os Estados Unidos, achei que ia ter uma namorada lá, achei que ia casar com uma médica, achei que teria sempre os meus pais juntos. E achei que podia ficar longe de você, mas agora tenho certeza que não posso. Me desculpe. – Passei a mão em seu rosto, sentindo cócegas em minha pele por sua barba por fazer, uma sensação que eu jamais imaginei amar. – Me beija. – Eu murmurei após um tempo de silêncio, desesperado por uma resposta por parte dele.

– Por que você quer dar um nó no meu cérebro, Niall Horan? – Eu ri e ele colocou a mão em minha cintura atacando meus lábios.

Ele me deu um pouco de impulso e eu pulei em seu colo, enlaçando minhas pernas em sua cintura sem quebrar a conexão de nosso beijo. Ele nos levou até a escada, mas me prensou contra a parede para beijar meu pescoço avidamente, o que me fez gemer alto e agarrar seus cabelos com força com uma das mãos enquanto a outra apertava e arranhava suas costas.

– Que saudade. – Ele me olhou com os olhos intensos e selvagens, e passou o dedo sobre meus lábios inchados. Aproveitei para morder seu dedo, chupando-o pervertidamente em seguida.  

Ele tomou meus lábios novamente, nos levando até seu quarto, deixando minha camiseta pelo caminho. Assim que chegamos, eu desci de seu colo, me ajoelhando automaticamente no chão, encarando seu rosto e vendo seus olhos faiscarem em antecipação.

Alisei seu membro já ereto com a palma da mão antes de descer sua calça e cueca até o meio de suas coxas e tomar seu pau em minha boca. Nós dois gememos juntos assim que eu chupei sua glande, a respiração dele ficou pesada e seus olhos se fecharam por um breve instante antes dele levar a mão até meus cabelos.

Ele ajudava nos movimentos, empurrando minha cabeça em direção a seu pau, me fazendo engasgar algumas vezes. Quando chegou a seu limite, gozou em minha boca, me fazendo engolir todo o seu líquido e me puxou novamente para seu colo.

– Eu amo a sua boca. – Ele disse fascinado, me fazendo abrir um sorriso malicioso.

– Eu amo o seu gosto. – Provoquei e voltamos a nos beijar fervorosamente.

Ele me deitou em sua cama, e desceu os beijos por meu corpo, lambendo meus mamilos demoradamente, o que me fazia gemer arrastado. Deixou uma mordida em minha barriga e me fez perder o fôlego pela boa sensação que me fazia sentir ao contornar o cós de minha calça com a ponta de sua língua.

Todo o meu corpo estava arrepiado e sua mão gelada descendo minha calça e cueca lentamente por minhas pernas só ajudavam a agravar isso. Liam lambeu todo o comprimento de meu pau e eu gemi arrastado sentindo uma fisgada ali.

Ele me chupou lentamente, me enchendo de prazer com o auxílio de suas mãos. Soltei um gemido esganiçado em antecipação quando ele colocou minhas pernas em seus ombros e levantou meu corpo levemente, me deixando totalmente exposto para ele.

Suas mãos continuaram a masturbar meu pau, mas sua boca desceu até a minha entrada, deixando um beijo estalado ali, que me fez contrair o corpo inteiro. Foi impossível conter os gemidos quando sua língua me invadiu e eu involuntariamente me agarrei a seus cabelos, desesperado por algo que me trouxesse alívio. Gemi descontroladamente e gozei em suas mãos pouco tempo depois.   

– Onde você aprendeu essas coisas? – Eu disse ofegante.

– Eu também tenho alguns truques. – Ele sorriu malicioso e selou meus lábios. – Também tenho aprendido coisas novas.

– Não quero que aprenda coisas novas com outras pessoas. – Eu fiz biquinho e ele sorriu.

– Só com você. – Ele finalizou me beijando novamente.

Nossos beijos voltaram a ficar intensos, cheios de carícias, gemidos e sussurros sobre o quanto nós gostávamos um do outro. Nossos paus já estavam duros novamente e se chocavam, causando uma sensação incrível.

– Eu quero você. – Sussurrei enquanto mordia sua orelha. – Quero você dentro de mim.

– Você tem certeza? – Ele se afastou um pouco, acariciando meu rosto.

– Eu venho desejando isso a muito mais tempo do que imagina. 

Mordi o lábio um pouco envergonhado e ele sorriu um pouco indo até seu criado-mudo e tirando uma camisinha e o lubrificante que eu havia lhe dado há um tempo. Acompanhei seus movimentos, vendo-o deslizar a camisinha por seu membro e despejar uma boa quantidade de lubrificante.

Abri um pouco mais as minhas pernas para recebê-lo e ele colocou mais lubrificante em sua mão, levando até minha entrada e massageando ali. Introduziu um dedo e eu suspirei, aproveitando os movimentos. Outro dedo e eu contrai, sentindo o desconforto em suas tesouradas.

Puxei o corpo dele para cima do meu, sinalizando que já estava pronto. Ele retirou os dedos de mim e alinhou seu pau em minha entrada.

– Você vai me dizer se eu fizer algo errado ou estiver machucando, não é? – Eu assenti. – Niall, fale comigo, vou me sentir mais tranquilo se falar.

– Desculpa. – Eu ri baixinho. – Estou um pouco nervoso. Você é grande...

– Sinto muito? – Ele me perguntou confuso.

– Não, não sinta, seu pau é maravilhoso. – Ele riu baixinho e eu o beijei.

Liam se forçou para dentro de mim lentamente, ele deixava beijos por todo o meu pescoço, tentando me acalmar. Prendi a respiração durante todo o seu primeiro movimento, mas suspirei aliviado quando ele finalmente estava totalmente dentro de mim.

– Caralho! Tão apertado. – Ele xingou involuntariamente, fechando os olhos, me sentindo totalmente em seu pau. – Tudo bem? – Ele sussurrou para mim após um tempo, olhando em meus olhos.

– Eu acho que eu te amo. – Disse sem pensar muito, atônito com todas as sensações que tinha nesse momento.

– Eu tenho certeza que te amo. – Ele devolveu com um sorriso lindo, saindo de meu interior para se enterrar em mim novamente, o que me fez gemer alto.

Seus movimentos eram lentos e eu agarrava suas coxas, querendo puxá-lo ainda mais para mim, queria senti-lo ainda mais fundo em mim. Gemi alto quando ele tocou aquele lugar especial dentro de mim e implorei para que fizesse de novo e cada vez mais rápido.

Ele levou uma mão até meu pau e começou a masturbá-lo rápido. Espalmei uma mão em seu peito e agarrei seus cabelos com a outra, gemendo seu nome enquanto gozava intensamente. Ele estocou mais algumas vezes, prolongando meu orgasmo e gozando logo em seguida.

Eu resmunguei baixinho quando ele saiu de dentro de mim, chateado por não tê-lo mais conectado a mim, mas ele voltou rápido assim que jogou a camisinha fora, e se deitou ao meu lado, me puxando para junto de si.  

– E então, para onde nós vamos? – Eu disse após um tempo e ele me olhou confuso. – Para qual faculdade nós vamos?

– Vamos para Oxford.

– Jura? – Eu olhei para ele impressionado.

– Eu e Louis ganhamos uma carta de recomendação do técnico e como nossa média subiu esse ano, conseguimos entrar. Harry é tão inteligente quanto você, pra ele foi fácil.

– Eu fui aceito também.  

– Óbvio que foi. – Ele riu.

– Vamos todos juntos então, vou mandar minha resposta para lá amanhã. – Beijei seus lábios ele sorriu.

– Vamos como namorados, então?

– Depende. – Dei de ombros de forma presunçosa. – Você quer namorar comigo?

– Muito. Muito mesmo. – Eu sorri e ele voltou a me beijar, antes de me aconchegar em seu peito.

– Eu estava pensado. – Disse após um tempo em que estávamos curtindo um ao outro. – Acho que nós nunca fomos de fato héteros...

– Você se importa com isso? – Ele ergueu uma sobrancelha para mim.

– Nem um pouco. – Sorri genuinamente.