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História De fato héteros... ou nem tanto (Niam Horayne) - Curiosidade


Escrita por: Wulfric

Notas do Autor


Olá, amores! Não demorei tanto dessa vez, não é? Fiquei animada pela apresentação do Niall na premiação e acabei me empolgando na escrita rsrs'
Boa leitura!

Capítulo 5 - Curiosidade


Fanfic / Fanfiction De fato héteros... ou nem tanto (Niam Horayne) - Curiosidade

– Bom dia, alunos. – O professor de educação física entrou na sala. – Hoje vamos falar sobre um assunto extremamente agradável para todos vocês. – Ele ligou a TV e o tema “educação sexual” brilhou na tela, fazendo toda a sala explodir em comentários e reclamações. – Eu sei que vocês não gostam de falar sobre isso com os adultos e que julgam já saber tudo sobre o assunto. Mas o fato dos números de gravidez na adolescência e de doenças sexualmente transmissíveis só terem aumentado durante os últimos anos é motivo suficiente para vocês prestarem atenção. Nós vamos falar e, caros senhores engraçadinhos, teremos maturidade ao abordar o assunto. – Ele se dirigiu a um grupo de garotos à nossa frente e eu revirei os olhos ao saber de quem se tratava.

– Oh meu Deus. – Um dos garotos do time disse com a voz afetada. – Será que o Harryzinho está grávido. – Ele debochou, arrancando gargalhadas de seus amigos.

– Ou talvez o Louis possa estar. – Seu amigo disse. – Ele tem cara de ser o passivo.

Meu sangue ferveu, senti Liam cerrar os punhos ao meu lado, pronto para rebater, provavelmente tão irritado quanto eu. Mas antes que algum de nós pudesse responder, Louis o fez.

– Vocês dois parecem muito interessados em saber como funciona esse negócio de ser gay. – Louis disse calmo, como se não tivesse sido afetado pelas palavras. – Não se preocupem, é normal passar por esse período de negação e curiosidade, eu também já tive.

– Mas fiquem tranquilos. – Harry completou a frase do namorado. – Se precisarem de ajuda com essa coisa da descoberta, eu e Louis estamos aqui para ajudar.

O silêncio na sala durou por alguns minutos. Os garotos olhavam incrédulo para os dois. O professor dava um sorriso contido. E eu e Liam trocamos um sorriso vitorioso. Mas não pareceu durar muito tempo, já que Johnny resolveu abrir a boca, disposto a não sair por baixo.

– Como se algum de nós fosse querer ir para o inferno com dois fornicadores sodomitas. – Ele provocou. – Desculpe, professor, mas meus amigos têm razão. Harry e Louis não deveriam participar dessa aula. Eles podem tentar convencer alguém de que ser gay é normal. E se o senhor vai falar sobre gravidez, eles não precisam escutar, já que nenhum dos dois pode engravidar. – Seu sorriso maldoso ia aumentando conforme ele falava. – E sobre as doenças, o senhor pode falar com eles em particular, já que AIDS é o câncer gay, é o castigo que Deus deu a essa raça imunda.

Liam levantou de abrupto, pronto para socar a cara do garoto e eu não estava nenhum pouco disposto a para-lo. Por mim a surra seria grande e eu o ajudaria a bater. Mas Louis se levantou, parando à frente do amigo, impedindo sua passagem até o garoto.

– Você não entendeu nada mesmo do que foi dito, não é? – A voz de Louis não era mais tão calma, mas ele parecia decidido. – É por pensamentos idiotas como o seu que doenças tão sérias como o HIV tem se proliferado pelo mundo. DST não é exclusividade dos gays e nunca foi. E quanto a sua fé, achei que fazia parte dos mandamentos da sua religião não julgar as pessoas. Mas você parece gostar de brincar de ser Deus, inclusive fala em seu nome. Portanto, como tanto você como eu somos pecadores, nos vemos no inferno. Vai ser legal ver você ao lado de todos os fornicadores sodomitas. – Louis lançou uma piscada ao garoto e estendeu a mão para Harry, que a segurou. – Vamos ao cinema? – Ele se dirigiu a mim e ao Liam.

Eu assenti, e sai empurrando Liam da sala, seguindo os passos de Harry e Louis, que caminhavam de mãos dadas. A última coisa que ouvi foi o professor dizendo que iria acompanhar os idiotas até a diretoria e, embora eu achasse pouco, isso diminuiu um pouco a minha raiva.

– Vocês estão bem? – Eu arrisquei após um tempo caminhando em silêncio.

–Não é como se não soubéssemos que ia acontecer. Eu e Louis decidimos que vamos combater isso da forma mais pacífica possível de agora em diante. Não podemos combater o ódio com o ódio. Vamos apenas espalhar amor. – Harry abriu um sorriso fofo e Louis beijou sua mão, que estava enlaçada com a sua própria.

– Que bom que vocês conseguem, porque eu já iria socar a cara do idiota. – Liam respondeu e eu sorri, porque sabia que ele iria mesmo fazer isso.

– Eu sei, você é um bom amigo, bro. – Louis deu um soco no braço de Liam e eu julguei que era um ato carinhoso, já que os dois riram.

– Minha bolsa está pesada. Tenho que lembrar de tirar alguns livros quando chegar em casa. – Eu reclamei fazendo uma careta após mais um tempo de caminhada.

– Deixa que eu levo pra você. – Liam nem me deu tempo de raciocinar, já que pegou minha mochila e colocou em um de seus ombros, sem nenhum esforço. Minhas bochechas coraram e Harry me lançou um olhar engraçado com um sorriso malicioso, que eu fiz questão de ignorar.

Para minha surpresa, Louis amava comédias românticas, o que fez ele e Harry escolherem um desses filmes para assistir. Liam não se opôs e não seria eu que reclamaria. Acabou sendo um ótimo filme.

Louis e Harry ficaram o tempo todo agarrados, o que era fofo. Eu e Liam dividimos um balde de pipoca e nossas mãos se tocaram vez ou outra, o que me fazia sentir envergonhado, porque ele sempre olhava para mim e sorria. Quando o filme acabou, nos sentamos na praça de alimentação.

– Então... – Liam começou e o casal a nossa frente voltou sua atenção a ele. – Como é essa coisa de sexo gay? – Cuspi todo o suco que estava em minha boca, fazendo-os rir e Liam pegou um de seus guardanapos de papel para limpar um pouco do suco que escorria de minha boca, deixando-me ainda mais envergonhado.

– Liam, você não pode simplesmente chegar em alguém e perguntar como ela faz sexo? – Eu disse ainda indignado quando ele terminou de limpar meu rosto.

– Por que não? Eu tenho dúvidas e aposto que você também tem. – Ele disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

– Vocês estão tentando? – Harry inquiriu com a sobrancelha erguida.

– O que? Não! Nós somos héteros. – Eu neguei rapidamente. – Eu nem sei porque o Liam perguntou isso.

 – Eu só sou curioso, porque, sei lá. – Ele deu de ombros. – É diferente, né? – Louis gargalhou e Harry sorriu compreensivo.

– É normal, Liam. – O cacheado disse. – Você sente prazer como em qualquer outra relação.

– Mas tem como sentir prazer sendo passivo? – O garoto a meu lado continuou com as perguntas.

– Claro que sim, os homens sentem muito mais prazer do que as mulheres quando fazem sexo anal, nós temos próstata. – Harry continuou, mas minha expressão denunciava minha confusão.

– É como um botãozinho do prazer e toda vez que você é tocado lá, é como se encontrasse o céu. – Louis comentou de forma mais didática e eu senti minhas bochechas enrubescerem.

– É tão bom assim? – Eu perguntei tímido.

– É muito bom, Niall. Mas só experimentando para saber. – Louis completou piscando para mim e eu olhei involuntariamente para Liam.

– E dói? – Eu não sei porque estava tão interessado no assunto, quando eu vi já havia perguntado e não havia muito o que fazer.

– Um pouco. – Harry disse receoso. – Mas vale a pena, principalmente quando você está com quem gosta. – Ele abriu um sorriso apaixonado. – Eu acho que tudo fica melhor quando se está amando, porque têm uma relação de confiança, entende? – Eu assenti. 

– Como vocês definem quem é o ativo e quem é o passivo? – Liam continuou o interrogatório.

– Não tem uma regra, você não é ativo ou passivo cem por cento do tempo, é mais como um revezamento, embora o Harry prefira ficar por baixo.

– Olha que eu ainda tenho em minha mente as imagens de você rebolando no meu pau ontem à noite. – Harry o provocou e Louis riu, beijando-o logo em seguida.

– Ok, agora acho que foi informação demais. – Liam fez um sinal com a mão para que eles parassem.

– Nós levamos a sério isso de sermos sexólogos de vocês dois. – Louis disse divertido. – Vocês só têm que prometerem que quando fizerem vão nos contar. E não esqueçam a camisinha e o lubrificante, isso é bem importante.

– Nós não vamos fazer isso, Louis. – Eu insisti.

– Eu só estava curioso, eu e Niall somos amigos e héteros. – Liam finalizou, dando ênfase na palavra, embora eu ainda sentisse seu braço em minhas costas, nos fazendo manter contato.

No fim da tarde, nós dois estávamos em meu quarto, com a porta trancada, embora não tivesse ninguém ali. Mas acho que a porta trancada nos dava uma segurança a mais, como se o que acontecia ali ficasse só entre nós dois. Trocávamos beijos intensos e cheios de desejo. Liam estava sobre mim, deixando beijos molhados em todo local que conseguia alcançar.

– Fôlego. Fôlego. – Disse ofegante e Liam riu, afastando-se um pouco e se jogando ao meu lado na cama.

Ficamos olhando para o teto por um longo tempo, esperando que nossas respirações se regularizassem para iniciarmos os beijos novamente.

– Acha que é mesmo possível? – Ele quebrou o silêncio e eu o olhei confuso, sem saber do que ele falava. – Sentir prazer . – E então eu sabia do que ele estava falando e corei.

– Acho que sim. – Disse baixinho, como se fosse um segredo. – Se não fosse eles não fariam, não é? – Liam não respondeu a minha pergunta e o silêncio voltou a reinar. – Você quer tentar? – Eu tomei coragem para perguntar.

– O quê? – Ele se sentou na cama e me olhou. – Fazer sexo? Com você? Não, seria errado, não é? Quer dizer, nós somos amigos e héteros. E, eu não sei...

– Calma. Foi só uma ideia. – Eu me sentei também. – E eu não estava falando sobre sexo, estava falando sobre tentar sentir prazer .

– E como vamos fazer isso?

– Bom, quando ficamos com uma garota, usamos os dedos. Acho que é o mesmo princípio. – Eu tentei explicar. – Só que cada um faz em si mesmo. – Eu mordi o lábio em expectativa.

– Acho que seria meio constrangedor fazer isso na sua frente. – Ele estava corado.

– Que tal assim, você vai para casa e eu te ligo, aí nós fazemos isso pelo telefone. Você na sua casa e eu na minha. Assim nós só vamos nos ouvir.

– Parece bom. Mas como eu vou saber o que fazer?

– Acho que é só colocar lubrificante no dedo e sabe... colocar.

– Eu não tenho lubrificante em casa.

– Sério? – Disse surpreso. – E como você se masturba?

– Normal. – Ele deu de ombros.

– Você nunca experimentou se masturbar com lubrificante? – Ele negou. – É muito melhor. – Eu fui em direção a minha gaveta e tirei um tubo, entregando para ele. – Leve esse, eu tenho outro no banheiro.

– Você é bem saidinho pra um n... – Ele iniciou a fala, mas parou ao perceber o que diria a seguir.

– Para um nerd, é eu sei.

Liam foi embora logo depois. E assim que ele foi, eu me senti nervoso. Tomei um banho, estendi uma toalha sobre a cama e me despi, esperando o momento de ligar para Liam, mas meu telefone tocou antes.

Nós vamos mesmo fazer isso. – Ele falou assim que eu atendi.

– Você que estava curioso, não é?

É, tem razão. – Ficou um silêncio, enquanto ouvíamos apenas nossas respirações. – Eu já estou deitado na cama.

– Eu acho que é melhor ficar de joelhos. – Eu comentei, me posicionando sobre a cama.

Abri o tubo de lubrificante e espalhei sobre meus dedos.

Tem uma consistência engraçada. – Ele comentou meio rindo.

– O que? – Minha pergunta saiu quase como um grito.

O lubrificante. – Ele respondeu rindo e ajudou a relaxar um pouco o clima.

– Ah, é. – Eu ri um pouco e me ajeitei mais sobre a cama. – Eu vou começar.

Levei o dedo médio até minha entrada, acariciando levemente a região. Senti um arrepio percorrer meu corpo, junto a uma boa sensação, que fez meu pau dar sinal de vida. Continuei a massagear o local e soltei um gemido baixo.

Eu não sei se deveria, mas seus gemidos me excitam. – Liam comentou do outro lado.

– Tudo bem. – Minha voz saiu ofegante. – Tente acariciar a região. – Eu o incentivei. – É estranhamente bom.

Liam pareceu seguir meu conselho, pois ouvi um som de surpresa por parte dele. Comecei a introduzir um dedo, sentindo um desconforto enorme no início e abafando qualquer som de descontentamento, afim de não desestimular Liam. Harry tinha assegurado que era bom, então tinha que ser. Portanto, iniciei movimentos de penetração com o dedo.

Como está? – Liam perguntou ansioso.

– Normal. – Eu continuava com os movimentos e nesse momento atingi um ponto específico dentro de mim, que me fez gemer surpreso e cheio de prazer. – Bom! – Eu disse de repente. – Muito bom! Muito bom mesmo!

Aumentei o ritmo, atingindo o local novamente, aumentando meus gemidos. Introduzi outro dedo e gemi ainda mais alto. Aos poucos os gemidos de Liam também puderam ser ouvidos e isso deixava tudo muito melhor.

Cacete. – Liam xingou do outro lado. – A masturbação fica muito melhor assim.

Eu nem consegui responder, me chocava contra meus próprios dedos, rebolando para aumentar a sensação de prazer. Os gemidos que saiam do celular pareciam me estimular ainda mais. Parecia certo.

Não precisei nem ao menos tocar meu membro para gozar. Fui atingido por uma sensação totalmente diferente das outras, fazendo minhas pernas tremerem e cederem, o que me fez cair sobre o colchão. Eu estava uma confusão de sensações, escutando Liam que gemia cada vez mais rápido do outro lado, até que finalmente pudesse atingir seu orgasmo.

Niall... – Ele gemeu arrastado no final.

Liam gemeu meu nome enquanto gozava. E diferente do que deveria acontecer, eu sorri. 


Notas Finais


Foi bem bad esse início, mas é necessário entender as dificuldades pela qual os gays passam aqui na fic. Vai dar para entender melhor no futuro ;)
E então, o que acharam desse final e dessa curiosidade toda de Liam e Niall? É de se estranhar, né? Mas é só uma amizade muito forte, todos sabemos u.u
Espero que tenham gostado
XO


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