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História De fato héteros... ou nem tanto (Niam Horayne) - A desculpa da bebida


Escrita por: Wulfric

Notas do Autor


Olá, amores! Preparadas para curtirem (ou não) uma festa? ;)
Boa leitura!
XO

Capítulo 7 - A desculpa da bebida


Fanfic / Fanfiction De fato héteros... ou nem tanto (Niam Horayne) - A desculpa da bebida

Eu fiz uma careta assim que paramos em frente à casa da garota. A música eletrônica soava alta e eu odiava ficar em lugares muito barulhentos, além do fato de odiar música eletrônica.

Dentro da casa estava ainda pior, o que me fez arrepender totalmente de ter vindo. A pista de dança estava cheia, ocupando toda a sala, algumas pessoas já estavam bêbadas e as outras estavam se beijando pelos cantos, ou talvez fazendo até mais coisas.

Liam segurou a minha mão, o que me fez olhar estranho para a união de nossas mãos, mas logo eu percebi que era para que passássemos pela aglomeração de pessoas que estava ali, indo em direção à cozinha, que estava mais clara e arejada.

– Liam! – Uma voz feminina o chamou assim que chegamos.

Sophia coincidentemente estava na cozinha e parecia super animada por ver Liam ali, mas sua expressão caiu e seu sorriso desapareceu quando seus olhos encontraram minha mão unida a de Liam, o que me fez soltá-lo rapidamente, envergonhado com a possível conclusão que ela chegou ao ver essa cena.

– Oi, Sophia. – O garoto respondeu sem muita animação, indo até as bebidas que estavam ali e me entregando uma cerveja.          

– Então, Li. – Ela o chamou pelo apelido e eu me segurei para não revirar os olhos. – Vem dançar comigo. – Ela segurou a mão dele, enlaçando seus dedos e o puxando.

– Eu não quero. Eu insisti pro Niall vir, não vou deixa-lo sozinho.

Eu já estava pronto para responder, dizendo que tudo bem ele dançar com ela, porque eu sabia que ele ainda sofria por ela e pelo relacionamento que não deu certo, quando Harry e Louis entraram na cozinha, de mãos dadas.

– Olha só, o amigo dele chegou. – Sophia tratou de dizer, puxando mais ainda o garoto em direção à sala. – Ele não vai mais ficar sozinho.

Liam me lançou um olhar estranho, até triste e eu fiz um movimento com as mãos, incentivando-o a ir com ela.

– Você não vai fazer nada? – Harry me olhou incrédulo e eu o encarei confuso. – Vai deixar que ela leve ele assim?

– O que você queria que eu fizesse?

– Ele estava te implorando para que não deixasse ele ir, você viu o jeito que ele olhou. – Ele disse totalmente indignado.

– O Liam é bem grandinho, Harry. Se ele não queria ir, era só não ter ido, eu não tenho que dizer a ele o que fazer. – Dei de ombros. – Ainda mais porque é muito óbvio que ele ainda gosta dela. Talvez eles se acertem...

– Pra alguém tão inteligente, você é bem burro. – Louis comentou e eu revirei os olhos.

– Eu vou fazer a única coisa decente que dá pra fazer nessa festa: beber. – Bebi o restante da minha garrafa de cerveja e fui até o balcão, virando uma dose de tequila que estava ali e pegando outra garrafa.

– Oi, Louis. – Eleanor apareceu, visivelmente bêbada, ignorando o fato de que Harry estava ao lado do namorado. – Eu não tinha visto você, fico feliz que tenha vindo. – Ela abriu um sorriso e Harry correu para se grudar ao namorado, abraçando-o pelo pescoço.

– E não veio sozinho. – O garoto comentou, selando os lábios do namorado.

– Eu não me importo, eu só queria que ele estivesse aqui. Quer conhecer o meu quarto, Lou? – Até eu fiquei surpreso com a ousadia da garota.

– Qual é o seu problema? – Harry a encarou e Louis segurou seu braço, tentando contê-lo.

– Você é o meu problema, porque você não vê que não é bom o suficiente para ele? – Ela desafiou. – Ele precisa de uma mulher. Uma mulher de verdade!

– Parem vocês dois. – Louis interveio.

– Vocês dois? – Harry o encarou irritado. – Ela está descaradamente dando em cima de você e eu tenho que parar?

– Ela está bêbada. – Louis tentou justificar.

– Quer saber? Você tem razão, eu vou parar e você fique à vontade para fazer o que quiser com ela, inclusive conhecer seu quarto. – Harry explodiu raivoso. – Mas saiba que nunca mais chegará perto do meu. – O garoto de cachos virou as costas e saiu andando.

– Vamos, Lou? – A garota estendeu a mão pra ele, convidando-o.

– Coloque uma coisa na sua cabeça, Eleanor. Eu sou gay e não quero nada com nenhuma mulher. E eu amo o Harry, ele é meu namorado e sempre será. Pare de se humilhar desse jeito. Pare de passar vergonha. – E saiu pela casa atrás de Harry.

Eleanor ficou parada no meio do cômodo, seus olhos encheram de lágrimas e uma de suas amigas apareceu para consola-la, abraçando-a e dizendo que ela merecia algo melhor. Eu ignorei as garotas, já que não tinha a mínima paciência para falsos sofrimentos amorosos, bebi outra dose de tequila e abri outra garrafa de cerveja, prestando atenção agora na pista de dança.  

Liam estava no meio de uma roda com os garotos do time, cantando uma música que eu não conhecia. Sophia estava a sua frente e puxava as mãos dele para seu corpo, alisando-se nele. Senti um nó se formar em minha garganta, junto a uma inquietação em meu estômago e desviei o olhar, encontrando a amiga de Eleanor, me encarando.

– Eu nunca te vi em uma festa. – Ela comentou.

– Eu não gosto de festas. – Bebi outra dose antes de abrir mais uma garrafa.

– Você é bem bonitinho. – Ela comentou e eu a olhei esquisito. – Eu sou Melissa. – Ela caminhou para perto de mim, praticamente me prendendo contra a parede.

– Eu sou Ni... – Eu nem terminei de dizer meu nome e ela já estava me beijando.

No início pensei que a melhor coisa a fazer seria empurra-la e sair dali. Mas se Liam estava se divertindo com Sophia, por que eu não poderia fazer o mesmo? O objetivo de vir à festa não era exatamente para ficar com uma garota e acabar com nossas crises de abstinência?

Se eu ficasse com Melissa, poderia acabar com o desejo acumulado que tinha e me fazia ficar excitado todas as vezes que Liam me beijava. Poderia até parar de beijar Liam. E isso era uma coisa boa, não era?

Não, não era. Mas eu precisava parar de pensar assim com relação a um amigo.

– Você quer ir lá pra cima? – A garota sussurrou bem próxima a minha orelha, mordendo-a logo depois.

– Quero.

Ela sorriu maliciosa e agarrou meu braço, me puxando para fora do cômodo em direção às escadas. Eu estava nos últimos degraus quando olhei para baixo e vi que Liam havia parado de dançar e olhava em minha direção, mas não deu tempo de responder ou dizer nada.

Ela me puxou para um dos quartos e trancou a porta. Eu sentei sobre a cama e a encarei enquanto ela tirava o vestido, sentando em meu colo apenas de lingerie. Voltamos a nos beijar avidamente e minhas mãos começaram a alisar seu corpo.

Mas diferente do que acontecia há um tempo quando eu beijava o Liam, meu corpo não estava reagindo muito bem. Aliás, não havia reação alguma.

– Melissa. – Eu chamei, afastando-a. – Eu tenho que ir.

– O quê? – Ela me olhou estranho. – Por quê? Tá bom aqui. Eu não vou contar pra ninguém. – Eu a olhei confuso e ela continuou. – Eu sei que você é super tímido e não quer que ninguém saiba. E se você for virgem, tudo bem também, eu ajudo.

– Não, não é isso. – Eu procurava as palavras em minha mente. – Eu ficaria feliz se você não contasse que a gente ficou, mas não é esse o motivo, é que eu tenho uma namorada. – Inventei a primeira desculpa que me veio à cabeça. – Eu não posso fazer isso com ela. Me desculpa.

– Meu antigo namorado me traiu e eu fiquei arrasada, então fico feliz que você não queira fazer isso com a sua namorada. – Ela abriu um sorriso e se levantou, pegando seu vestido. – Gatinho e fofo, você é perfeito. – Ela selou meus lábios. – Se algum dia ficar solteiro, me procura, ok? – Ela me deu outro beijo e saiu do quarto.

Me joguei sobre a cama de novo, tentando colocar meus pensamentos em ordem. Eu simplesmente não conseguia entender o que havia acontecido comigo. Eu nunca tive problemas para ficar com uma garota.

Minha antiga namorada nunca reclamou de algo relacionado a sexo e as coisas sempre funcionaram muito bem. E eu era muito novo para ter problemas como não ficar duro o suficiente e eu sabia que não era isso, já que havia tido uma ereção excelente à tarde.

Eu estava um pouco bêbado, isso era fato. Então essa era a única justificativa. Sempre me disseram que é mais difícil quando se está bêbado, mas eu nunca havia comprovado isso, pelo menos até hoje.

Então era isso, eu vim até aqui para ficar com uma garota e falhei miseravelmente porque decidi troca-la por álcool. Eu realmente era muito burro.

Me olhei no espelho, ajeitando meu cabelo e minhas roupas antes de sair do quarto. Liam não estava mais na pista de dança e Sophia estava com as amigas, o que me fez imaginar que a noite dele não havia sido muito melhor do que a minha.

– Foi meio rápido. – Ele surgiu atrás de mim e eu dei um pulo pelo susto.

– Eu ia te dar uma resposta mal educada, mas eu lembrei que eu gozei primeiro hoje à tarde, então não ia funcionar. – Abri um sorriso para ele, mas não fui retribuído.

– Mas mesmo hoje à tarde você demorou mais. – Ele me olhava estranho, sério e curioso ao mesmo tempo. – O desejo era tanto que nem conseguiu se segurar?

– Você quer mesmo falar sobre isso? Porque tudo o que eu quero fazer é ficar bêbado. – Desviei o assunto.

Ele assentiu e eu o puxei em direção à cozinha, que agora já estava cheia de gente. Viramos uma dose de tequila cada um e ele pegou duas garrafas de cerveja, nos encaminhando até o canto.

Eu me sentei sobre o balcão e ele ficou em pé ao meu lado. Eu lhe contei o que aconteceu com Harry e Louis e ele ficou preocupado com a possibilidade dos dois enfrentarem problemas, mas eu o tranquilizei, afinal não seria uma briga tão simples que acabaria com o relacionamento dos dois.

– Atenção. – Johnny gritou de cima do sofá. – Vamos deixar as coisas mais interessantes por aqui. – Seu sorriso sacana apareceu. – Vamos fazer um sete minutos no céu coletivo. – Gritos de incentivo foram ouvidos por toda a casa, mas eu troquei um olhar com Liam. – As luzes de toda a casa ficarão apagadas pelo tempo que eu julgar necessário. Aproveitem.

Ele nem terminou de dizer e a escuridão tomou conta do local, assim como os gritos das pessoas. Minha mão que estava pousada ao lado da mão de Liam, agarrou a dele.

– Fique aqui perto. Não quero ficar com ninguém. – Eu lhe expliquei. – Ainda mais com um desconhecido e no escuro.

– Eu também não quero.

Então ele mudou de lugar, sua mão deixou a minha, mas logo senti que ele estava a minha frente e que suas duas mãos estavam em minha cintura, então eu agarrei a barra de sua camiseta.

O barulho a nossa volta estava muito alto, mas eu não prestava muita atenção. Estava mais concentrado nos carinhos que ele fazia na pele exposta entre minha calça e minha camiseta e sua respiração quente e pesada batendo contra meu rosto. Ele estava perto, bem perto.

– Eu não consegui. – Tomei coragem para falar. – Não consegui ficar com a garota.

– Eu também não fiquei com a Sophia. Eu nem teria ido dançar com ela, na verdade.

– Pelo menos você não foi porque quis. Eu não consegui. Eu não fiquei excitado o suficiente. – Confessei em um sussurro. – Acho que estou bêbado demais. – Ri baixinho.

– Provavelmente. – Ele estava tão próximo que eu podia sentir seus lábios tocando minha pele.

Mandei o resto de sanidade que eu tinha para o inferno e o beijei. Levando as duas mãos a seu pescoço, puxando seu corpo para mim com vontade. Ele aumentou a pressão de seus dedos sobre minha cintura e eu abafei um gemido em meio ao beijo.

Quando nos separamos, ele desceu o beijo para meu pescoço, raspando sua barba rala em meu pescoço, o que me fez arrepiar. Tudo o que Melissa não conseguia me proporcionar, Liam fazia com apenas um beijo.

Enlacei minhas pernas em sua cintura e me esfreguei nele, sentindo que nossos membros estavam semi eretos. Agarrei seus cabelos e o beijei novamente, totalmente obcecado por aplacar o desejo crescente em mim.

– Eu sabia! – Apesar dos olhos fechados, percebi o clarão e ouvi a voz de Harry. Automaticamente me separei de Liam, que deu um pulo e foi para meu lado. – Eu disse que eles estavam se pegando, Louis! – Harry dava tapas animados no braço do namorado que tinha um sorriso sacana no rosto.

Não havia mais ninguém na cozinha e eu estava agradecendo a todos os deuses que conhecia por isso. Podia ver que a sala estava cheia de gente, um em cima do outro, trocando beijos ou rindo pelo que havia acontecido durante o tempo em que tudo ficou escuro.

– Não sei do que está falando, Harry. – Tentei justificar, saindo de cima do balcão e desviando o olhar dos dois.

– Niall, você e Liam estavam quase fazendo sexo aí em cima desse balcão, não aja como se não fosse nada. – Louis disse o óbvio.

– Nós não estávamos quase fazendo sexo, era só um beijo. – Liam justificou dando de ombros e eu lhe lancei um olhar de repressão.

– Se isso era só um beijo, eu nem quero ver o sexo. – Harry brincou, apontando para o volume em nossas calças.

– Nós estamos bêbados. – Justifiquei e os outros dois começaram a rir. – E estava escuro. – Continuei, mas só os fez rir mais.

– Não acho que seja porque estamos bêbados, você disse que não funcionou com Melissa exatamente porque estava bêbado. – O fuzilei com os olhos.

– O que exatamente está querendo dizer, Liam? – O desafiei, sem conseguir entender o que ele queria.

– Provar que você me deseja tanto quanto eu te desejo.


Notas Finais


E agora, Niall? Para onde foram as suas desculpas? Não dá mais para se enganar e dizer que é a abstinência, a falta de garotas, o desejo acumulado ou o álcool. O que lhe resta? Palpites para o que vem agora?
Eu estou planejando levar a fic até o décimo capítulo, então está quase acabando. O que me deixa triste, porque eu me apeguei muito à ela. Mas não há muito o que fazer quanto a isso e eu tenho mais três fics para atualizar. Vida dura </3
No mais, me contem o que acham que irá acontecer de agora em diante, ok?
Espero que tenham gostado.
XO


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