História De Goldstein à Scamander - Desculpe-me senhorita, não a v...

Era uma manhã nublada em Paris, o sol se escondia atrás das nuvens, os pássaros não cantavam, mas mesmo assim a cidade luz não perdia seu charme.

Quando Newt acordou estava só na cama, não havia ninguém no banheiro, "Onde Tina está?" pensava ele. Os sons de panelas batendo ressoavam por toda a casa, quando Newt desceu para a cozinha viu uma cena interessante, sua esposa cozinhava enquanto Fleamont estava sentado na mesa contando à moça todos os detalhes de sua infância, e ela recebia cada informação com a maior atenção possível, era como de Newt estivesse revivendo os animados cafés da manhã da família Scamander, só que dessa vez do ponto de vista do pai.

- Bom dia querido... - disse Tina o despertando de seus pensamentos - fiz panquecas...

- Bom dia querida... - disse Newt dando um selinho na esposa e por fim sentando na mesa junto à Fleamont.

Os três tomaram seu café da manhã e foram se arrumar para sair, eles tinham uma longa jornada pela frente. Fleamont os guiou na aparatação até um beco do que parecia ser um centro comercial parisiense.

- Bom, vamos ver meu primo primeiro, porque acho que vai chover... - disse o garoto tentando ser o mais eficiente possível - Ele tem um pequeno hotel bruxo disfarçado de galpão abandonado... - explicou.

O casal foi conduzido até um galpão abandonado, porém ao cruzarem a porta se transformou em um hotel modesto,mas muito aconchegante e charmoso. Eles foram recepcionados por um moreno alto muito semelhante à Fleamont, exceto pelos cabelos impecáveis.

- Olá Norman - disse Fleamont dando um abraço no primo - Trouxe visitas... - disse indicando o casal.

- Fleamont, eu iria brigar contigo por não vir mais vezes me visitar... Mas não vou mais, já que trouxe visitas tão ilustres... - disse Norman se referindo à Newt e Tina.

- Que isso, imagina nem somos tão importantes assim... - disse Tina envergonhada.

- Por favor não seja modesta, vocês dois prenderam Grindewald... - disse o homem de cabelos impecáveis.

- Norman precisamos falar em particular, seria possível? - disse Fleamont discretamente.

- Ah claro, vamos para o meu escritório... - disse guiando-os à uma sala, cuja entrada era atrás do balcão de recepções.

- Primo, serei bem direto, uma vez que não estamos em condições de perder tempo, quais são os rumores com relação à Grindewald? - perguntou Fleamont seriamente.

- Então, com ralação ao próprio Grindewald nada, mas tem um grande fluxo de novas famílias bruxas em Paris, que sabemos que são da laia dele, alguns dos sagrados 28: os Yaxley, Bulstrode, Black, Carrow, Parkinson, Malfoy e os, mais estranhos na minha opinião, Lestrange. Só isso eu acho...  Ah não tem mais uma coisa sei que depois da fuga de Grindewald ele deixou um rastro de sangue no Brasil... Fatídico episódio - disse Norman com tristeza.

- Nos fale mais sobre esse rastro no Brasil - indagou Tina curiosa.

- Ele assassinou uma família toda, ou pelo menos era o que ele pensava, uma garota sobreviveu ao ataque, ela conseguiu fugir... - disse com um nó na garganta.

- Mas como sabe disso? - indagou Newt.

- Sei disso porque ela está hospedada aqui... - respondeu Norman - Ela é uma guerreira, mas mesmo depois de sofrer tanto ela ainda consegue ser doce com todos ao sei redor, não sei se eu teria a mesma força... - contou-lhes comovido.

- Newt, Tina, queiram me dar licença por favor... Primo vou ao banheiro e volto em instantes... - despediu-se Fleamont saindo da sala, assim deixando o interrogatório com o casal. Fleamont estava voltando do banheiro quando esbarrou em uma garota sem querer - Desculpe-me senhorita, não a v... - a fala do garoto foi interrompida quando ele notou que a garota com quem ele acabara de esbarrar era linda de mais, ela tinha os cabelos castanho escuros e  ondulados que iam até sua cintura, sua pele era bronzeada, seus olhos eram grandes e escuros como duas pérolas negras e sua boca era perfeitamente desenhada.

- Não há do que se desculpar... - disse a garota timidamente - Sou eu quem devo pedir-lhe desculpas, ando por aí sem prestar atenção...

- Imagina, foi um acidente... - disse Potter tentando pensar em uma maneira de puxar assunto, ele não queria se afastar dela, então perguntou - Qual é a sua graça?

- Euphemia de Ávila... - disse a garota.

- Muito prazer em conhecê-la Euphemia, me chamo Fleamont Potter - disse beijando a mão da moça.

- O prazer é todo meu Fleamont... - disse a cortês menina.

- Você é daqui de Paris mesmo? - indagou o garoto curioso para saber mais sobre a bela garota.

- Não, sou brasileira, mudei-me para cá há algumas semanas... - respondeu com a voz embargada.

- Ah Euphemia, estávamos falando de você agora mesmo... - disse Norman ao abrir a porta - Vejo que conheceu meu primo Fleamont, vamos entrem aqui... - convidou o dono do hotel.