História Dê-me Amor! - Fofocas - Parte 2

Riku pedala silencioso. Ele reduz a velocidade e diz: – Sora, você quer que o nosso negócio seja sério?

Ele não obteve respostas. Mas depois de 4 segundos, como Riku costumava contar, ele respondeu.

– Não sei Riku. Eu só sei que eu não conseguiria beijar você se o visse beijando outra. Isso você fazia antes de estuprar  a minha  boca virgem...

— Ah!!! Ta explicado porquê você desmaiou e tava tão tenso... Awn, Sora! – Riku parou de pedalar, saiu da bike olhando Sora sentado, que bocejou.

– Então se eu tirei seu bv... O mais justo seria namorarmos! – eu tinha certeza disso. Fiz carinho nos cabelos dele, ele tem algo que me cativa tanto...

– Riku... Ta ficando tarde. Me leva, to quase desmaiando!

Sora dizia meio que fazendo força pra não cair, não fechar os olhos azuis, que eram como o céu. Então dei um selinho em seus lábios pequenos, montei na bike e senti a cabeça dele se aconchegar em minhas costas. Será que estou amando o Sora? Sinto uma liberdade que me faz sentir capaz de tudo, que me deixa a explodir de vontade de beijar, abraçar e tocar apenas ele! ... Será que é atração? Nunca estive tão confuso! Meu coração... Estou sentindo algo inexplicável...

Riku estava quase chegando na casa de Sora, o sorriso fino nos lábio dele se desfazia como o vento que cessava ao ir freiando. A mãe de Sora estava na porta, provavelmente esperando. Ela não tinha uma expressão alegre. Sora se retirava da garupa, sonolento, estava caindo de sono. – Então você entrou pro mesmo time do Riku, né filho!? Tão inesperado! – Sora se aproximou da mãe, que lhe surpreendeu com um tapa no rosto. Riku se assustou, a mãe do Sora não era nada gentil agora, Sora ficou com o rosto vermelho e logo tinha expressão triste e confusa – O que foi mãe?! – Ele perguntou quase chorando. Então ela pegou nos cabelos dele e empurrou ele para dentro de casa – Então você e o Riku estão se pegando por aí! É isso mesmo?! Você vai aprender a ser macho garoto!!! – Ela gritou e ele em silêncio foi empurrado só a tapas fortes. Até ele cair no chão. Ela veio em minha direção e eu estava assustado com aquilo – E você Riku, te quero longe do meu filho! Vai embora antes que eu ensine a você o que seu pai e a sua mãe não te ensinaram!!! Vai garoto!  

— Tia, não faz isso... 

— Cala a boca menino! Você quer apanhar também!?

— Tia, seja lá o que te disseram, é uma grande mentira! Colocaram um video de eu abraçando o Sora, supostamente gravado pela janela do meu quarto, mas foi só um abraço de amigos. Eu pedi desculpas pelo que eu tinha feito antes de ir pra Radiant Garden, tia. Foi só isso, Sora e eu somos amigos! – Na hora eu fiquei nervoso e menti sobre a gente. 

— Riku, você sempre foi como um filho pra mim, estou decepcionada. Espero que esteja falando a verdade...

— E é tia. Estão zoando a gente de gays, mas é tudo fofoca pra nos fazer brigar! Não bate no Sora por isso.

– Olhei o Sora jogado no chão chorando . As perninhas finas dele logo ficaram com marcas vermelhas. Senti pena... Um aperto no peito.

— Deixa que com o meu filho eu resolvo! Vá!

— Tia... Por favor, nã

— Vá! 

Eu dei meia volta e fui embora sem olhar pra trás..

A mãe de Sora não estava convencida. Ela entrou, fechou a porta. Tirou os sapatos do filho jogado no chão, e guardou. Tirou a mochila e pendurou no cabideiro. – Acha que eu caio nessa farsa!?

Ela berrou para Sora que se sentou. Puxou o cabelo dele e se aproximou do rosto dele, olhos azuis contra olhos azuis – Sei tudo sobre o que você faz na escola. Você acha que não? – ela deu outro tapa na face do filho e foi puxando-o pelos cabelos, o fez sentar no sofá. Estava se segurando ao máximo pra não abrir a boca a chorar, só lhe escapavam lágrimas silenciosas. – Não irei permitir que você se torne uma dessas criaturas podres! – Ela pegou a almofada e começou a bater no garoto, que caiu no sofá sendo esbofeteado cabeça à pés. A mãe chorando gritava: – POR QUE VOCÊ NÃO DIZ NADA!? POR QUE NÃO DIZ NADA!? –

Inesperadamente o menino responde — EU NÃO TENHO NADA PRA FALAR!!!

Sora gritou tirando a almofada da mão da mãe, jogando a peça no sofá. Ele olhou para mãe que bateu uma ultima vez em seu peitoral, chorando e ele subiu chorando e respirando pesado. Parou ao ouvir – Eu te odeio, Sora!

Ele não ficou surpreso. Subiu e se trancou no quarto. Se jogou na cama chorando, sua mãe nunca o tratou bem e ouvir isso pela milésima vez, fez dele um adolescente infeliz e sem a mínima noção do que era "carinho" aqueles momentos. A mãe dele na verdade nem se importou quando ele sumiu por um tempo...

 Ele então pegou o celular do bolso, seu corpo dolorido despertou e não tinha mais sono. Ele logo viu uma mensagem de Riku. Não quis ver. O spirit Nick, veio lhe fazendo carinhos e dando lambidinhas em seu rosto. Sora sorriu agradecendo o ser fofinho e fazendo carícias a Nick – Pelo menos... Sempre pude contar com o carinho do Nick e do Riku. E as boas palavras da Kairi. Talvez fosse por isso que ele nunca quis que seu amigo ficasse longe. Também fosse por nunca ter tido carinho da mãe, nem nunca ter ouvido conselhos sobre coisas que ele não sabia, e que a mãe o ignorava, que ele foi à procura de um lugar no coração de Riku e o teve como íntimo. Também, Kairi era a amiga que ele não tinha em casa! Que sempre esclarecia seus pensamentos sobre aceitar perder e seguir em frente, amor e esperança. E tinha Roxas, o amigo que sempre esclarecia suas curiosidades sobre si próprio. – Ainda bem que nunca estive sozinho...

Ele resolveu ver a mensagem de Riku. Pelo visto, o mais velho ignorou as mensagens anteriores.

Chatup Now - "Riku" está Online!

Riku: Você está bem? :(

Sora: Sim.

Riku: Ela não te bateu? Bateu?

Sora: Não... :") Estou bem. Vou pra sua casa. Posso?

Riku: Ela deixa?

Sora: Posso?

Riku: Não sei Sora, ela deixou? 

Sora: É claro! >^<

Riku: Então vem bb (>°^°)>

Sora: To indo! Deixa a porta encostada.

Riku: Sim, todas as janelas estão cobertas, okay? ^^

Sora: Hahaha :>

Chatup ~ Close

Sora pegou uma peça de roupa de dormir, e vestiu uma regata azul escura com uns detalhes branco e vermelho e uma bermuda preta. Colocou a roupa de dormir e uniforme tudo na mochila, alimentou Nick, se despediu com lágrimas e fugiu pela janela, fechando-a para Nick não  escapar. Ele foi até à casa vizinha correndo, chorando de tristeza. Desejava ver Riku mais uma vez e ser confortado em seus braços fortes e ternos...