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História Dê-me Amor! - Arrependimento


Escrita por: RoxasBevhee

Capítulo 7 - Arrependimento


Riku sentia a respiração pesada de Sora, pelo que percebeu, ele estava cansado. Riku queria mais. "Sora é tão apertado, quente e flexível... Ah, cara... Isso é novo pra mim." Só que ele levou em consideração que aquela era a primeira vez de Sora. O menino de cabelos castanho claro já dormia cansado. Olhando para ele dormindo, Riku admirava a pele levemente corada do mais novo e achava-o extremamente fofo. "Foi tudo tão fora dos meus planos. Mas apenas aconteceu... Estou surpreso até agora. Talvez se eu fizesse as coisas do meu jeito... Não teria sido perfeito." Riku ficou abraçado por mais um tempo, ele enrolava o dedo em uma mecha dos cabelos de  Sora, que tinha seu rosto no peitoral de Riku. De repente, o celular de Riku tocava em algum lugar pelo quarto. Ele estava com preguiça de levantar, mas tinha que fazer isso. Beijou o rosto de Sora e se levantou para pegar o celular no bolso da causa escolar atendendo de imediato.

– Alô?

Era um número desconhecido.

 – Riku? Cadê o meu filho?! Onde vocês estão?

Era Keylice e estava extremamente preocupada.

– Tia ele ta aqui... 

– Não importa! Estou esperando já faz duas hora que cheguei, já são quase onze horas, Riku! Onde vocês estão?! – Ela falava preocupada, mas ao mesmo tempo irritada.

– Okay, tia. Tô levando ele.

Desligou.

"Merda! Que porra, nem percebi quanto tempo ficamos aqui." 

Riku chegou perto de Sora, e o sacudiu – Sora! Sora! Acorda! – Sora acordava devagar, murmurando. – Sora! Sua mãe ligou preocupada com você! Acorda! Sora abria os olhos devagar, e logo se sentou na cama, não via nada direito, estava um pouco escuro. – O que Riku? ... Ascende a Luz. 

– Afff! Que saco! – Riku falou um pouco irritado. Ascendeu a luz e Sora sem graça se cobriu. Ficou corado, Riku estava pelo menos de cueca, mas ele estava nú. – P-por que você não me colocou ao menos uma roupa???

Sora falou indignado morrendo de vergonha.

– Ah! Agora vai reclamar porque eu to de cueca? – Ele pegou as roupas de Sora que estavam no chão e começou a ajudar o menor a se vestir, mas ele estava fazendo com certa pressa. Sora não gostou daquilo – Sai! Deixa que eu faço isso sozinho! Não pedi a sua ajuda!!! – Sora empurrou Riku, que se levantou e colocou a calça e a blusa. Sora se levantou puxando a calça e colocando a camisa que usava. Riku saiu do quarto descendo as escada com pressa, não deu nem pra ver que expressão tinha. Sora se sentiu péssimo com a atitude de Riku e pra variar, ele não conseguia andar sem sentir um incômodo, se sentia molhado e dolorido. Ele andava devagar quase chorando. Desceu as escadas e viu Riku parado no ultimo degrau, olhando para a sala. Quando Sora chegou até ele, olhou para a sala também, ele ficou surpreso. Mas continou indo para a porta. Riku o seguiu ignorando o pai que estava assistindo Tv. Os dois saíram de casa quietos. Sora olhava triste para Riku que estava sério. – Riku... 

Sora o chamou baixinho. Seus olhos estavam vermelhos e prestes a transbordar. Riku não respondeu e nem olhou, engoliu seco. Estava frio, e ventava muito. Eles logo chegariam na casa de Sora. "O que eu vou falar para a mãe dele? O que eu vou falar pro meu pai? Sera que ele estava lá antes? Será que ele ouviu tudo?" – Riku... Fala comigo... Estamos chegando. 

Riku não conseguia falar. Estava se sentindo sob pressão. Se ele falasse iria gritar com Sora e fazer ele chorar. Eles chegaram na casa de Sora. Sora olhou nos olhos de Riku, que parecia com raiva. Ele só ignorou e abriu a porta segurando as lágrimas. Keylice estava vindo em direção a ele. Ela lhe deu um abraço e olhou no rosto dele curiosa, olhou nos de Riku que fechou os olhos olhando pro lado. Ela olhou novamente para o filho e teve compaixão... Sentiu uma tristeza profunda, pois com certeza, Sora pensava que ia apanhar. Ela lembrou do dinheiro que o menino deixou na mesinha de centro na sala, eram 1000 dinheiros conseguidos provavelmente com muito esforço. Os dois meninos teriam provavelmente trabalhado muito... – Meu filho... Deve estar muito cansado. E você também, Riku. Entre, está frio! 

Riku abriu os olhos surpreso. Viu Sora derramar lagrimas e abraçar mais a mãe. Sora era muito sensível. 

Eu percebi na mãe de Sora, o calor de vários sentimentos em seus olhos, o que ela tinha perdido quando Sora estava começando a crescer... Então eu entrei, ela me deu meu sobretudo, e eu o coloquei em Sora. Ela me olhou sorrindo e perguntou curiosa – Por que você é tão super-protetor com o Sora? Vocês são como irmãos, sabiam?

Eu olhei para Sora que ainda estava com o rosto molhado de lagrimas. – É porque Sora e eu, crescemos juntos.

– Isso é verdade.

Nos sentamos nas cadeiras da mesa. Keylice preparou chocolate quente para Sora e eu. Mas Sora estranhou ela não ter lhe dado chá e perguntou – Mãe... Eu queria aquele chá, acabou? – Ele fez beicinho.

A mãe fez uma expressão de decepção e disse: – Ah... É que... Você não pode beber a noite. Vai te deixar com insônia. – Ela virou o rosto escondendo a expressão que tinha de medo. 

Riku estava pelo menos aliviado que Keylice não estava chateada e não estava com cara de que mal trataria Sora. Ele iria embora. Agora teria que encarar o pai. – Sora... Tenho que ir. Tia Keylice, meu pai chegou hoje então eu não posso demorar. 

– Tudo bem, Riku... Que bom que seu pai chegou! – Ela se virou surpresa com os olhos brilhantes. Não entendia porque ela estava com aquela cara de surpresa inesperada... Olhei para Sora, dei um abraço nele, um beijo na testa. Ele abaixou a cabeça na mesa, escondendo as bochechas vermelhas e fui abraçar Keylice. Depois disso, ela me levou ate a porta e ficou me olhando ir embora... "O que direi ao meu pai?" 

Riku caminhava ate eu não poder o ver. Ainda bem que Ansem chegou! Preciso de um antídoto! Eu não quero que meu filho morra. Eu percebi o quão errada eu... Somente eu, estava o tempo todo. Hoje eu visitei uma psiquiatra, ela me disse que o que eu tenho é um trauma, e matar meu filho só vai piorar o meu transtorno. Eu não posso fazer isso com o meu único filho, minha única família! ... Eu preciso salvar o meu filho! Posso ter dado apena uma dose, que parece não ter lhe feito mal, mas quem sabe ele durma e não acorde bem amanhã??? Eu preciso salvar o meu filho! 

Sora chegou perto de Keylice e a abraçou. – Mãe, está frio. O Riku vai ficar bem...

Ele olhou para o rosto dela que encontrou nos dele, ela derramou lagrimas em seu rosto, ele colocou a mão na lagrima... – Mãe... ? Você está bem? 

– S-sim meu filho... É apenas o vento! Vamos, suba! Vai já pra cama!

Ela se separou dele fechando a porta. Ele apenas fez o que ela mandou desejando uma boa noite... 

No quarto, Sora tirou o sobretudo e se deitou na cama. Sentindo o que Riku tinha deixado dentro dele, lembrando de cada detalhe... Ele estava com sono e por isso, dormiu rápido.

Keylice esperou Sora dormir. Ela entrou no quarto para ter certeza disso e comprovou que ele dormia. Ela saiu coberta com os mesmos trajes do dia em que comprara o veneno e levou-o em uma bolsa. Era meio noite, ela foi ate a casa de Riku, antes de bater na porta, ela ouviu uma discussão entre os dois e ficou curiosa: 

– Riku, você está errado de fazer isso! 

– Pai, é o que eu quero!

– Mas não é o que a mãe dele quer para ele! Eu posso aceitar isso numa boa, mas você não sabe o que está acontecendo! Quer ser o responsável pela morte dele? – Pai... O que o senhor quis dizer com isso? ...

"Estranho, sobre o que eles discutem?'

– Filho... Suba. Já está muito tarde. Você fez isso aqui em casa, sem nenhum respeito por mim. Suba, e durma...

 

Keylice queria saber o que Riku tinha feito ali, queria saber quem iria morrer pot culpa dele... Ela começava a crer que realmente Riku não era boa companhia. 

Ela esperou até ter certeza que Riku tinha ido para seu quarto, e bateu de leve na porta. Esperou 7 segundos e ele abriu. Ele viu que era a mãe de Sora. Ela achava que ele não sabia disso, mas ele conhecia toda a história do menino, isso através de Riku. – A senhora outra vez... É um prazer vê-la. 

– Senhor Ansem! ... Por favor! ... (chorando) Eu preciso do antídoto! – Ele se ajoelhou segurando nas vestes do sábio.

– Mas já se arrependeu?

– Bastou apenas... Um abraço, um sorriso... Daquela criança alegre, mas no fundo triste... Me fez ver o quanto eu sempre fui egoísta... Com a minha dor!

Ela chorava amargamente. 

Riku tinha esquecido o celular na sala, ele abriu a porta do quarto, ia descer as escadas, mas parou e ficou espiando o pai que atendia uma pessoa estranha que chorava em sua porta. 

O sábio ria.

– Ansem?

– Minha senhora... Volte para a casa. Não tenho antídoto algum.

– Mas o meu filho vai morrer, doutor!!! – Chorando amargamente ela estava arrependida. 

 

Riku ouviu a voz, era de Keylice. Ela dizia que o filho ia morrer, no caso, Sora. O coração dele disparou. Ele logo sentiu seus olhos encherem de lágrimas. Ele começava a cair na real das palavras do pai... " Ele pode morrer por sua culpa! ... Você não sabe o que está acontecendo!" Agora tudo fazia sentido. – Senhorita... Vá tranquila. Porque o que você estava dando ao seu filho, era apenas um realçador de humor, um chá energético bom para a saúde.

– S-senhor... Ansem... – Ela olhou para seu rosto ainda de joelhos. Levantou o olhando com lágrimas, mas agora um sorriso nos lábios. Ela o abraçou.

– Senhor Ansem... Muito obrigada... O senhor... Ah! Muito obrigada!!!

Riku via tudo, ele não acreditou no susto que a mulher tomou, ele também ficou aliviado. Ficou surpreso com o pai. Ele quase chora...



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