História De novo a vida está nos unindo - O destino deve estar nos olhando...

Suspiro aliviado admirando a mistura de cores do por do sol, sentindo uma paz interior que a muito tempo não sentia. 
Aquele lugar continuava lindo, apesar de tantos anos terem se passado, a sensação ainda era a mesma.
- Bem que a gente podia ficar aqui por mais alguns dias!?. -Juliano fala enquanto engata a segunda marcha da caminhonete , me trazendo a realidade.        
- É mano... até que não seria má ideia. - Me ajeito no banco do passageiro.- Já te falei para levar ela de vez com você. 
- Não é tão fácil assim. As coisas do casamento ainda precisam ser organizadas. E ela faz questão que seja aqui na fazenda. - Ele me encara. -...aonde ela nasceu...cresceu... aonde nos conhecemos!
-Nossa. - O encaro com um riso debochado. -.. quanta boiolíce!. - Falo, enquanto reviro os olhos.
- Sabe o que eu acho?. - Juliano me encara, com um riso nos lábios. 
- ´ã.. - Pergunto soltando um riso. - O que você acha, Romeu?.
- Que um dia.... - Ele ergue o dedo. -... um dia, você ainda vai encontrar uma mulher que vai te fazer pagar essa linguona que você tem. - Ele fala, me fazendo soltar uma gargalhada alta. - Cê vai ficar de quatro por ela... vai aprender a virar gente.
- Sabe quando isso vai acontecer, meu filho?. 
- Espero que logo!. 
- Nunca!. - Fala, dando enfase ás palavras que saiam de minha boca.
- veremos.
- Sabe do que precisava?.
- Hã..do que?.
- De matar essa fome que eu estou sentindo!
- Como pode ser tão guloso?. você acabou de comer, Henrique!. - Juliano fala num tom de indignação. 
- Ué...e o que é que tem?. Eu quero comer mais! - Falo, esfregando as mãos. -..aquele pãozinho caseiro da vó Roxa, huuum.

                                                               ~~♡♡♡~~

- Nossa.. quanta demora. - Falo ajeitando atrás da orelha alguns fios de cabelo teimosos que insistiam em cair sob meu rosto. - esse seu noivo é sempre enrolado assim?. - Pergunto, jogando minha cabeça sob a almofada.
- Quando ele me ligou, eles já estavam a caminho. - Ela fala dando um gole em sua taça de vinho tinto, olhando para o relógio de madeira, que marcava 19:00.
- E quem seria essa outra pessoa?. - Pergunto, notando sua expressão mudar.
- O irmão dele. - Ela fala, arranhando a garganta.
- E para que todo esse mistério?. - Pergunto rindo, pegando a taça de vinho em cima da mesinha de centro. - Todo esse mistério, para me falar que ele vira com o irmão jantar conosco. - Falo, me virando bruscamente, batendo o cotovelo sob o braço do sofá, derrubando o liquído avermelhado sob minha roupa. - Mas que droga... - Falo, dando um salto do sofá. 
- Eeee desastre.. estava demorando. - Antônia fala rindo. 
- Eu vou ter que tomar um banho...droga.
- Só troca a roupa poxa, eles estão quase para chegar. 
-É rapidinho gostosa!... - Falo seguindo com pressa até a escada. -... ah. - Estaco no primeiro degrau, olhando-a de canto de olho. -...me esperem para jantar, heim!
- Não enrola....

                                                        ~~♡♡♡~~

Desço da caminhonete, ouvindo o cantar dos grilos, sentindo o cheiro de mato molhado que vinha da cachoeira... me fazendo recordar de ainda mais cedo, quando  aquela maluca havia me derrubado na aguá gelada. 
- Vamos... - Juliano fala, me trazendo a realidade.
- Bora... que os pãezinhos não podem esperar!. - Falo animado, seguindo-o até a porta do casarão.

Entro na casa sentindo o  delicíoso perfume da comida, fazendo com que meu estômago roncasse. Mas havia outro perfume no ar... Respiro fundo, sentindo uma onda de prazer percorrer por meu corpo, causando-me um forte calafrio logo em seguida.
- Bom... vocês estão com fome né. - Antônia fala animada, com um sorriso estampado em seu rosto.
- Sim. - Respondo rapidamente.
- Não... imagina. - Juliano me interrompe, lançando-me um olhar de repreenda.
- Só mais um minutinho, porque a madrinha do casamento esta fazendo o papel da noiva hoje!. - Ela fala, apontando para o segundo andar.
- Finalmente iremos conhecer essa madrinha... - Falo animado, sentando-me na poltrona, pegando uma das revistas em cima da mesinha espelhada.
A madrinha que não poderia faltar, melhor amiga de infância e blá blá blá... toda quela conversinha que eu ouvia há muito tempo.

- Prontinho... eu demorei mas estou pronta. - Ouço a voz feminina dizer, enquanto me dirijo para encara-lá.