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História De Paris, com amor - Amélie - Esqueceram de mim.


Escrita por: CookieHanz

Notas do Autor


Oi chuchulinhas do meu coração.
Volteeeei, porque não sei ficar longe dessa fic lienda. Esperam que cês estejam curtindo :)

obs pra galera que lê minhas duas outras fics: segura aí, que vou postar lá ainda essa semana, tá? bjs bjs

Capítulo 12 - Amélie - Esqueceram de mim.


Fanfic / Fanfiction De Paris, com amor - Amélie - Esqueceram de mim.

Amélie Bouvier

 

- Tá, vou te falar, mas não fica toda animada. – Elena faz uma careta enquanto entramos na minha minivan. Estamos saindo do trabalho pra buscar Cami na escolinha.

- O quê? – pergunto confusa e ela dá de ombros colocando o cinto de segurança.

- Vou sair com o David hoje à noite. – ela diz de uma vez e eu finjo uma cara de espanto.

- O quê?! – tento dar o meu melhor na atuação.

Eu já sabia que eles iam sair juntos. Sabia que Elena (ELENA!) tinha pedido desculpas pelo tapa. Já sabia que estavam conversando há umas duas semanas, desde o dia que ela tinha desabafado de noite em minha casa. Sabia de tudo. Tudo porque David não sabia guardar segredo como Elena. Então David tinha contado pra Cavani que tinha contado pra mim.

- AI MEU DEUS, EL!

- Por favor não fique tão animada. – ela diz com um gemido e eu rio.

- Não ficarei. Não ficarei, não ficarei, não ficarei! – eu praticamente pulo do banco do carro e ela ri. – Pra onde vocês vão? – perguntei com um sorrisinho nos lábios. Isso eu ainda não sabia.

- Ainda não sei. Ele disse que vai fazer uma surpresa. – ela tenta reprimir uma risadinha e eu começo a buzinar feito louca. – Odeio surpresas.

- EL VAI DESENCALHAAAAAAAAAAR!! – cantarolo e ela dá um tapa em meu braço rindo também.

- Sua louca! Não devia ter contado. Não é um encontro. É só uma saída amistosa pra reparar meu tapa naquele dia. – ela revira os olhos ainda rindo, quando eu paro em frente à escolinha. Mostro a língua pra e digo pra ela parar de se enganar, enquanto desço do carro.

Já estava quase quarenta minutos atrasada. Cami devia estar sozinha com as professoras. Tinha me atrasado com os pedidos loucos de Vince no restaurante.

Corro um pouco até a entrada e abro um sorriso pro porteiro.

- Senhorita Amélie. – ele sorri e eu o abraço.

- Olá Kam. Me atrasei hoje, minha pequena deve estar sozinha. – digo e ele sorri.

- O garotinho do jogador também está aí ainda.

- O Bauti? – ele assente e eu franzo o cenho entrando na escola. Vejo Bauti e Cami rindo no balanço do parquinho e ando até eles.

- Mamãe! Você demorou! – Cami diz e eu beijo sua testa.

- Perdão, meu amor, me atrasei no trabalho. – sorrio e olho pra Bauti. – E você Bauti?

- Acho que a mamãe me esqueceu. – ele diz tirando o cabelinho loiro dos olhos. – É o dia dela me buscar hoje.

- Acho que ela deve ter se atrasado também.

- A professora ligou pra ela, mas ela não atende.

- Vou ligar pro seu pai, tá? – eu digo e puxo o celular do meu bolso. Ligo várias vezes, mas cai na caixa postal todas elas.

Vejo a professora de Cami vir até nós.

- Não consigo falar com a mãe dele. – ela diz e eu assinto.

- Tô tentando ligar pro Edi. – digo. Ela sabia que eu quem tinha indicado a escola pro Edi.

Mais algumas tentativas e nada. Olho pro Bauti que tenta ajeitar as alças da mochila nos ombros.

- Posso levá-lo pra casa? – pergunto num ímpeto e Claire meneia a cabeça.

- Na verdade não. Mas... Eu conheço você e sei que o Sr Edinson conhece também. Nas atuais circunstâncias, acho que tudo bem. Mas continuarei ligando pra mãe dele. E você, por favor, me mantenha informada.

- Sem problemas. – sorrio e me viro pros dois. – Bauti, o que acha de ir pra minha casa brincar um pouco com a Cami e seu pai vai te buscar lá? – pergunto e ele abre um sorriso. – Tudo bem pra você?

- Sim. – ele assente e eu estendo minha mão pra ele. Saio com Bauti e Cami, e me despeço de Kam.

- O que aconteceu? – Elena coloca a cabeça pra fora do carro.

Abro a porta traseira e coloco Cami na cadeirinha. Depois coloco Bauti na poltrona e aperto o cinto dele. Entro no carro.

- Quem tá pronto pro melhor dia de tooooooodos???? – pergunto num berro e vejo Cami e Bauti levantarem as mãos e gritarem em resposta. Elena ri enquanto liga o rádio. Gesticulo com os lábios um “a mãe não veio buscar, e não consigo falar com o Edi. Não podia deixá-lo lá”. Elena assente e depois começa a cantar alguma música com os dois que riem. Deixo uma mensagem pra Edi antes de arrastar o carro.

Eu: Acho que Soledad esqueceu Bauti na escola. Ele está comigo agora.

Eu: Estou levando lá pra casa. Me liga. Bjs.

Anexei uma selfie de todos fazendo careta no carro e enviei.

                                                                                      ****

Elena se arrumou em minha casa, e saiu de táxi às sete. Antes disso Bauti e Cami brincaram com ela no quintal de tudo que se podia imaginar. Ela devia estar morta indo sair com David. Fiz a comida e jantamos juntos na mesa do quintal, depois de fazer Cami e Bauti tomarem banho.

Achei um short de Pietro, sobrinho de Sue, que tinha ficado lá em casa em um final de semana, e vesti em Bauti, junto com uma das camisas do PSG de Cami.

Eram quase oito da noite agora e eu estava lavando os pratos quando ouvi meu celular tocar.

- Desculpa, desculpa, desculpa... – a voz de Edi ecoou em meu ouvido e eu sorri de lado.

- Oi Edi.

- Desculpa...

- Tudo bem, Edi. – eu sorri mais, encaixando o celular entre minha bochecha e ombro.

- O Bauti tá bem? – ele pergunta.

- Sim, tá assistindo O Mágico de Oz com a Cami agora. – eu digo e o ouço soltar a respiração.

- Tô na rua da sua casa. – ele diz e sei que está um pouco bravo.

- Tudo bem, estou esperando. – desligo e enxugo as mãos antes de ir abrir a porta. Vejo Edi estacionar o carro e passar pelo portão. Os cabelos meio molhados estão penteados pra trás e o suéter está meio torto em seu corpo, como se ele tivesse se vestido rápido. Parece tenso.

- Desculpa... – ele pede de novo com o rosto contorcido numa expressão de súplica.

- Tá tudo bem, Edi. Sério. Foi ótimo passar o restinho da tarde com o Bauti. A Cami vai querer que ele more aqui agora. – eu sorrio e ele sacode a cabeça com um sorriso fraco enquanto eu estico a mão involuntariamente pra arrumar seu suéter. – Vem, entra! – dou passagem e ele entra. – Eles estão na sala de televisão. – eu digo andando em direção à sala e ele me segue.

Encosto na porta e ele observa Bauti e Cami dormindo no meio de um monte de almofadas enquanto o filme roda na TV.

– Brincaram a tarde toda. – eu sorrio e olho pra ele, que tem um sorriso terno no rosto, que some muito rapidamente.

- Obrigado por cuidar dele... E me perdoa mesmo...

- Ei... Tá tudo bem. Sabe do que você precisa? – eu digo tentando soar divertida e ele me olha ainda muito sério. – Vinho. – eu digo e seguro sua mão pra puxá-lo pra cozinha.

Era no mínimo engraçado ver Edinson Cavani sentado à mesa da minha cozinha pequena. Enquanto me movo pra pegar as taças e o vinho, sinto seu olhar em mim e isso de alguma forma me faz tremer um pouco.

- E então... Quer dizer o que aconteceu pra te deixar com essa carranca? – pergunto colocando as taças na mesa. Coloco vinho na sua taça e depois na minha. Não muito, porque ele ainda ia dirigir.

- Era o dia dela buscar o Bauti na escola. Ela sabia que eu estaria no meio de uma bateria de exames hoje a tarde toda. Não cheguei nem perto do celular hoje. Só consegui ver as mensagens e as ligações agora. – ele diz e sua voz soa frustrada.

- Mas o que aconteceu com ela? – pergunto e ele sacode a cabeça bravo.

- Liguei agora e ela disse que esteve ocupada o dia todo e que era o meu dia de pegar já que ela tinha ido levar... Ela é louca, Amélie. – ele diz irritado e eu bebo um gole do vinho.

- Você precisam conversar, Edi. Eu imagino que seja uma droga se separar assim, mas... Vocês vão ter que encontrar um equilíbrio pelo Bauti.

- Ela não pensa nele. Ela só quer me atingir. – ele diz e eu sacudo a cabeça em negação.

- Conversa com ela. Sem hostilidade. Uma conversa entre pai e mãe. Eu sei que ela quer o melhor pro Bauti. Toda mãe quer o melhor pro seu filho. Seja franco e firme. E eu sei que vai dar tudo certo. – digo levando minha mão pra sua automaticamente. Edi encara nossas mãos unidas e solta um sorriso movendo o polegar de um jeito carinhoso sobre o meu. – Agora para de ficar bravo, porque a tarde foi muito legal hoje. Você devia tê-los visto, Edi. – eu sorrio e vejo ele sorrir também.

- Ele não te deu muito trabalho? – pergunta levantando a sobrancelha só um pouco. Um vislumbre do Edi relaxado de sempre perpassa por sua expressão e eu sorrio.

- Que nada! Brincaram a tarde toda com a El, depois tomaram banho e nós jantamos.

- Conseguiu fazê-lo comer?

- Claro! Verduras, legumes, carne, arroz... Tudo certinho. – Cavani arregala os olhos e eu rio.

- Soledad e eu morremos tentando fazê-lo comer verduras.

- Ele disse que queria ser como você quando crescer e eu disse que pra isso ele teria que comer muita verdura. Limpou o prato.

- Eu queria ter visto. – Edi sorri visivelmente mais relaxado.

- A propósito... Seu filho convenceu a minha filha a querer ser como você também. Cami agora quer ser jogadora de futebol. – eu reviro os olhos e ele gargalha.

- Qual o problema nisso?

- Queria minha filha bailando num teatro municipal, Cavani!

- Quanto machismo!

- Cala essa boca! – ele ri e estica a outra mão pra pegar a taça e beber um gole do vinho. Só então me dou conta que nossos dedos ainda estão se tocando. Meu polegar agora em cima do seu fazendo movimentos delicados sobre sua pele quase morena. Eu rio sentindo meu pescoço aquecer de repente e tiro minha mão de perto da dele pra pegar a taça. A seguro com as duas mãos e bebo um longo gole, sentindo o álcool descer de um jeito que aquece minha pele, eriçando os pelos do meu pescoço.

Sacudo a cabeça tentando afastar as sensações estranhas que de repente me acometem.

– Tô morrendo de curiosidade sobre a El e o David. – eu confesso e Edi assente, totalmente alheio a minha voz um tanto esganiçada.

- Nós fomos bons como cupidos.

- Medianos. – eu digo e ele ri. – Espero que dê certo. El merece alguém como David.

- David também merece alguém legal com a Elena. Teve um término meio desgastante com a ex.

- Vocês garotos vivem encrencados em seus relacionamentos.

- É que a gente custa a achar a pessoa certa e quando acha às vezes já é...

- Papai? – um Bauti sonolento interrompe Edi que morde o próprio lábio antes de estender os braços pro filho.

- Oi campeão! – ele diz e aninha Bauti em seu peito. – Me perdoa por ter demorado.

- Tudo bem, pai. Foi legal hoje com a tia Mel. – ele diz e eu abro um sorriso junto com Cavani que pisca pra mim.

- O que acha de irmos dormir juntinhos em casa? – Edi pergunta e Bauti assente já fechando os olhos novamente. – Vou levá-lo. – Edi diz e eu assinto, me levantando.

- Vou pegar algum casaco pra ele. Está frio lá fora e o casaco dele está cheio de lama das brincadeiras com a Cami. – eu rio e corro pro meu quarto. Pego um suéter grosso meu e volto pra sala. Visto em Bauti e Cavani me agradece com um sorriso.

- Obrigado por cuidar dele pra mim. – ele diz e eu assinto.

- Foi um prazer.

O acompanho até o portão e abro a porta do carro pra que ele coloque Bauti na cadeirinha. Depois Edi fecha a porta traseira e me puxa pra um abraço repentino. Eu não sabia exatamente o que significava, mas parecia um abraço de quem precisava de um pouco de conforto depois de um dia tão difícil, e eu dei. Acaricio seu ombro e o aperto em meus braços sentindo seu cheiro invadir minhas narinas. Seus braços rodeiam minha cintura e eu ouço seu suspiro longo. Quando nos afastamos dou um passo longo pra trás por reflexo, ficando meio atordoada de repente.

- Boa noite, Mel.

- Boa noite, Edi. – eu murmuro de volta, quase sem voz.

Cavani arrasta com o carro e eu fico olhando a rua vazia por um tempo, sem saber o que aquela sensação estranha significava. 


Notas Finais


Gnt, não queria dizer nada né, mas o cheiro de climinha chegou aí? hahaha
Deixa um comentáriozinho cheiroso me contando qq cês tão achando, tá?!
Cheirin <3


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