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História De Paris, com amor - Amélie - Casa comigo?


Escrita por: CookieHanz

Notas do Autor


Hey Hey Hey Chuchuuuus!
Antes de mais nada quero dizer que cês que comentam são uns amô e me deixam muito felizinha. E cês que não comentam, mas lêem sempre também saõ uns amô e eu adoro tdos. Continuem por aqui e espero que estejam curtindo.
Aí vai um capítulo mó grande, que vai ser seguido de outro capítulo grande cheio de emoção porque sou dessas.
<3

Capítulo 21 - Amélie - Casa comigo?


Fanfic / Fanfiction De Paris, com amor - Amélie - Casa comigo?

Amélie Bouvier

Camille está deitada em sua caminha, rodeada pelos vários brinquedos e pelo mini altar do Cavani. Eu estou sentada na poltrona em frente a sua cama observando seu sono tranquilo.

Meu pai foi embora há uma hora, depois de perguntar milhares de vezes se eu não queria que ele dormisse por ali. Eu não quis. Precisava lidar com tudo aquilo sozinha. E nós tínhamos tido uma discussão por ele achar que eu estava sendo dura demais. Que talvez devêssemos dar uma chance de Julie conhecer Cami.

Eu não ia dar nenhuma chance a ela. Eu não conseguia ver nada de bom nela.

Eu só queria ficar um pouco sozinha com minha filha e pensar no que fazer.

O som da campainha ecoa de repente pela casa e eu demoro a me levantar. Fecho a porta do quarto de Cami e ando pra sala passando as mãos nos cabelos pra enrolar os fios soltos novamente no coque.

E então eu preciso respirar fundo depois de abrir a porta. A imagem de Julie em minha frente me faz apertar mais a maçaneta e eu quase fecho a porta em sua cara, mas ela me impede.

- Por favor, Amélie. Vamos só conversar. – ela diz e eu engulo em seco dando passos à frente pra sair pra varanda. Fecho a porta atrás de mim e a encaro. – Aqui fora?

- Não vai entrar na minha casa.

- Camille está aí, não é?

- Ela é minha filha! Claro que está. – digo aumentando involuntariamente o tom da minha voz e ela aperta os olhos, segurando a bolsa colorida no ombro.

- Eu não achei que você iria reagir assim à minha presença. – ela quase murmura e eu dou uma risada em escárnio.

- Ah, achou que eu faria chá e te convidaria para um lanche em família, certo? – quase não consigo reconhecer a ironia em minha voz, mas sinto que posso me acostumar com esse tom se ela continuar por ali.

- Você costumava ser... Muito... Paciente, calma...

- Adequada. – a palavra escapole da minha boca e eu me dou conta do quanto odeio ela agora. Julie franze o cenho sem entender e eu sacudo a cabeça. – Você chegou na minha casa ameaçando tirar minha filha. Como esperava que eu reagisse?

- Ela é minha filha, Amélie... – ela diz devagar e eu sinto o sangue ferver.

- Não. Ela é minha filha. O seu maldito DNA nas veias da minha filha, não faz de você mãe dela. – Julie abre a boca pra falar, mas eu continuo. - Você não sabe nada sobre a Cami. Não estava aqui quando ela ficou doente, ou precisou mamar, ou quando disse as primeiras palavras e deu os primeiros passos. Você não sabe se ela tem alergia a alguma coisa, nem sabe onde ela estuda ou de qual desenho gosta. Você nunca cuidou dela, nem mesmo nas primeiras semanas de vida! Então não, você não é a mãe da Cami!

- Você sabe o quanto tudo foi traumático pra mim... Eu perdi o Adrien.

- Eu também o perdi! Perdi meu irmão e minha mãe de uma vez. E perdi meu pai pra depressão no processo. Fiquei sozinha e fui mulher o suficiente pra cuidar de um bebê. Não me venha falar sobre trauma. Você foi embora porque nunca quis ficar de verdade. Nem quando o Adrien estava vivo!

- Não fale o que não sabe!

- Eu sei exatamente do que tô falando, Sra Hippie!

- Eu só não queria me render a uma vida mixa de dona de casa trancafiada numa casa!

- Seus princípios hippies estavam muito deturpados, não é? Nunca foi sobre desapego ou caçar o sol. Foi sobre conveniência. Não tinha onde cair morta e achou meu irmão, que te deu casa, comida e conforto! Mas quando a coisa ficou séria demais você foi embora! Então porque não tenta me dizer a verdade agora?! Porque está aqui? Porque voltou?

- Eu voltei pela minha filha! Porque estou pronta agora.

- Cami não é uma boneca que você deixa de lado quando cansa da vida de mãe. Ela é uma criança! Não vou deixar você brincar de entrar e sair da vida dela.

- Eu não vou entrar e sair. Eu vim pra ficar!

- Não veio não!

- Se vai fazer esse jogo duro, quero que saiba que vou levar isso pra justiça, Amélie! – ela diz e eu sei que estou com uma expressão assustadora.

- Vá. Vá e tente tirar a Cami de mim. Vamos ver quem está pronta pra ser mãe de verdade lá no tribunal. – foi tudo que disse antes de ver sua expressão de surpresa e me virar pra entrar em casa.

Minha respiração estava muito pesada. Eu me sentei no chão sentindo todo o cansaço de novo. Meu celular começou a vibrar em meu bolso e eu o puxei rápido. O nome no visor me fez soltar um suspiro e atender ainda mais rápido.

- Edi. - eu arfei.

- Oi, Mel. Como você está? – sua voz preocupada fez meus olhos encherem.

- Julie acabou de sair daqui. Disse que vai levar à justiça.

- Amélie...

- Meu pai acha que estou sendo dura demais, e que eu devia dar uma chance a ela, mas... Eu não consigo, Edi. – eu digo tudo muito rápido. – Quando conversávamos sobre Soledad e depois que a conheci eu vi a mãe preocupada e amorosa que podia existir nela. Vi que por baixo de todas as brigas por sua atenção, ela se preocupava e amava ainda mais o Bauti. Mas com Julie... Não consigo ver isso. Só vejo a mesma garota de quatro anos atrás. Como se ela quisesse alguma coisa que não fosse só o bem da minha Cami... Eu não sei... Talvez eu esteja maluca com todas essas coisas me acontecendo, mas...

- Amélie... Me escuta. – Edi me faz parar de falar que nem louca. Eu puxo o ar com força e o solto devagar. – Se você sente que ela não é uma pessoa confiável e que não veio por amor à Cami, então você não está sendo dura com ela. Está protegendo sua filha. E eu faria o mesmo pelo Bauti se sentisse isso sobre Soledad. – sua voz é suave e eu sinto a calma me alcançar. – Nós vamos descobrir o que fazer. Você acha que ela quer mais do que tá dizendo, então vamos descobrir o que ela quer de verdade. Vamos pegá-la.

O fato de ele estar dizendo “vamos” e não “vai” só fazia eu me sentir melhor. Como se eu pudesse mesmo contar com alguém.

- Eu vou te ajudar nisso, tá? Você não tá sozinha.

- Obrigada. Obrigada, Edi. Obrigada, obrigada, obrigada...

- Shhh... Vai ficar tudo bem...

- Eu cancelei o casamento. – Não sei porque digo isso, mas de repente sinto que tenho que dizer.

- Você o quê?

- Cancelei o casamento.

- Você... Ah... Puxa...Você tá bem?

- Não sei direito... Mas eu precisava fazer isso.

Há um silêncio, mas pela primeira vez nas últimas horas me sinto mais leve.

- Ah, o Bauti perguntou pela Cami. Disse que ela não foi à escola hoje. Já está cheio de saudades. – Edi ri mudando de assunto pra me deixar confortável e então eu rio também.

E eu não sei por quanto tempo ficamos conversando, mas foi tempo o suficiente pra eu voltar pra poltrona no quarto de Cami e ficar ouvindo ele me fazer rir até eu pegar no sono com o celular no ouvido.

Naquela noite eu sonhei com os olhos dele. Um sonho curto e estranho. Como se tudo estivesse escuro e a única coisa que eu podia ver de verdade eram seus olhos encolhidos por sua risada. E o som de sua risada preenchia o vazio e eu me sentia, depois de tanto tempo, tranquila e segura.

 

                                                                                                             ******

 

- Acha mesmo que ela vai cair nessa?

- Acha mesmo que ela tem algum outro interesse além do desejo de ver a Cami? - Edi arqueou uma sobrancelha pra mim e eu assenti. – Então sim. Ela vai cair nessa.

Nós estávamos na minha minivan, e ele era primeira pessoa que entrava ali e não reclamava ou fazia piada.

A última semana tinha sido estranha. Eu não tinha visto August nenhuma vez, e tinha ignorado suas ligações. Quase não tinha visto Elena também, por causa da mudança temporária na nossa escala de trabalho, e ao contrário de August ela não tinha me mandado nenhuma mensagem.

Eu tinha tido mais dois encontros com Julie que insistia em falar da guarda da Cami, mas que muito estranhamente não tinha pedido uma só vez pra ver a menina. Minhas suspeitas sobre ela só aumentavam. E ficou pior quando descobri que ela estava dormindo de favor na casa de um maluco que se entupia de drogas e conhecia o Chase, meu amigo do Hangar.

Eu teria ficado maluca com tanta coisa pra pensar, mas uma luz apareceu e deixou minha semana ainda mais leve.

Edinson Cavani esteve comigo todos os dias. Nós conversamos e pensamos juntos sobre tudo. Ele me fez clarear as ideias e me acalmou. Levou Bauti pra brincar com Cami, enquanto nós tomávamos vinho e os observávamos no quintal. E nem uma só vez ficou estranho. Não ficou estranho quando Bauti e Cami dormiram antes do jantar e nós tivemos que comer sozinhos. Também não ficou estranho quando parecia que não tinha mais nada pra falar, mas a gente ainda ficava se olhando enquanto comia. Não ficou estranho nem quando ele me ajudou a lavar a louça. Nem quando sentamos no sofá com nossas xícaras de café e ele pegou uma das minhas mãos e ficou fazendo carinho. Ou quando eu deitei minha cabeça em seu peito e fiquei ouvindo seu coração ao som do disco de Sinatra do meu pai, e as lembranças da noite em que ficamos tão incrivelmente perto um do outro lá em sua casa invadiram minha mente... Ainda assim não ficou estranho nem um só segundo.

Eu sabia que precisava pensar sobre aquilo. Era claro que eu sabia.

Cada segundo com Edi era tão bom e tão gostoso como... Como deveria ser com August. Sem preocupações, ou medos, ou inseguranças, ou desconfianças...

Eu não sabia se era justo admitir, e eu me reprimi pra tentar não pensar nisso, mas quando eu estava com Edi eu nem me lembrava do August. Ou de toda a questão com Elena. Eu só ficava ali com ele e me sentia bem e feliz. Como eu sentia que devia ser.

Mas eu também sabia o quanto estava apavorada e fragilizada com tudo. Precisava pensar com clareza Não podia meter os pés pelas mãos por carência e acabar perdendo um amigo e... ainda tinha August. Por mais que eu estivesse brava com ele, ele ainda era o cara com quem eu queria me casar algumas semanas atrás. Nós tínhamos uma história e não dava pra esquecer disso em uma semana.

Ainda assim eu tinha decidido dar um tempo de todos os meus sentimentos confusos enquanto me concentrava em descobrir o que Julie queria de verdade. E era por isso que eu e Edi estávamos na minha minivan indo encontrar com ela. Eu tinha ligado e combinado um café.

- Você não pode me deixar voar no pescoço dela, tá? – digo pra Edi quando nós descemos do carro. Ele ri, vem pro meu lado e entrelaça sua mão na minha. Sinto meu pescoço aquecer e minha mão formigar debaixo da luva de lã que uso por causa do frio absurdo.

- Tô aqui.

Antes de passar pela porta de vidro já percebo Julie sentada numa mesa do café. Aperto mais meus dedos nos de Edi, entrando no personagem e o puxo pra mesa.

- Julie. – eu digo quando paro em sua frente.

- Amy. – ela abre um sorrisinho. - Esse é seu namorado? – ela pergunta e eu assinto.

- Edinson Cavani. – digo e me sento vendo Edi estender uma mão pra cumprimenta-la.

- Que nome familiar... – ela sibila.

- Se você assiste a jogos de futebol... – Edi diz simpático e Julie franze o cenho. – Sou jogador do Paris Saint Germain. – ele diz e então eu vejo o brilho que se acende nos olhos dela.

Eu sabia.

- O time que o Sr Claude é fã, certo Amy? – ela pergunta sem tirar os olhos de Edi.

- É. – finjo desinteresse e ela sorri voltando a me olhar.

- Parece que você se deu bem, hein garota. – Julie pisca pra mim com um sorriso enorme e eu rio sem humor.

- Vamos direto ao assunto, Julie. O que você quer? – pergunto e ela me encara.

- Você sabe... Eu quero falar sobre a guarda da Cami.

- Ah, claro. Você quer a guarda da Cami. – eu digo e ela assente muito devagar. – E se eu de repente disser que sim. – eu suponho e vejo a surpresa em seus olhos. – Onde pretende morar com minha filha, se está agora morando de favor na casa de um drogado? – minha voz soa tão calma que eu mesma me assusto.

- E-Eu posso re-resolver isso.

- Não, não pode. – eu digo e ela me olha. – Vamos acabar com isso logo. O que você quer de verdade.

Julie demora de responder e sei que não esperava por essa.

- Vamos, Julie. Não vamos bancar a boa moça. Só diga. – minha voz não oscila e eu sustento o tom firme. Julie engole em seco e olha pela janela só por um momento antes de se virar pra mim.

- Me dê uma boa quantia em dinheiro e eu não te dou dor de cabeça com a justiça. – quando ela enfim fala eu sinto um alívio misturado a raiva invadir meu corpo. – Só preciso do suficiente pra voltar pros Estados Unidos e arranjar um lugar pra ficar de vez lá.

- Onde você esteve todo esse tempo?

- Eu... Eu estava com um cara. Ele estava me bancando, mas... Ele se envolveu numas coisas erradas e eu tive que sumir de perto dele. Acabei ficando sem grana de novo... Caramba, Amélie. Eu só preciso de ajuda. Eu não queria ter mentido ou feito tudo isso, mas... Você não me escutaria se eu só pedisse o dinheiro. Você nunca foi com a minha cara. – ela fala tudo muito rápido e eu vejo Cavani me olhar de lado. – E agora aqui está você, bem melhor que eu, com um namorado puta rico... Alguns euros não vão te fazer falta.

- Você é nojenta, Julie. – eu digo muito devagar. – Você estava contando com meu desespero. Esperava que eu ficasse tão aturdida e desesperada que não ia nem pensar duas vezes em te dar o dinheiro com medo de que você me tirasse a Cami. Mas eu não sou idiota. Juiz nenhum no mundo vai sequer ouvir uma mulher que anda com drogados, não tem casa, nem família, nem nenhuma estabilidade emocional e que sinceramente nem quer cuidar de nenhuma criança. Principalmente agora, que eu tenho sua maldita confissão. – eu digo antes de ver Edi mostrar seu celular que estava gravando nossa conversa. Julie arregala um pouco os olhos e vejo a raiva tomar conta dela em um segundo.

- Você não pode... Não... Eu preciso ir embora... Eu... Eu também me envolvi em problemas. Não posso ficar aqui... Na França.

- Dê seu próprio jeito de conseguir ir embora. 

- Eu vou querer ver a Camille se você não me ajudar!

- Não vai não.

- Eu vou ficar na porta da sua maldita casa até vê-la e dizer pra ela quem é a mãe de verdade. – ela quase gritou e eu ri de lado, assombrada por dentro com minha capacidade de manter a calma.

- Se você chegar a um raio de 1 km da minha casa ou da escola da Cami ou de qualquer lugar em que minha família esteja, eu vou pedir uma medida judicial de proteção contra você. E vou usar esse áudio como prova.

- Sua vadia egoísta. – ela estava rindo de puro desespero.

- Você é uma vadia egoísta. Se você tivesse o mínimo de interesse na Camille e quisesse conhece-la de verdade eu deixaria, Julie. Deixaria você devagarzinho entrar na vida dela. Mas você não quer ter uma filha. Então não vai chegar perto dela. Muito menos com problemas com traficantes ou com a polícia ou sei lá com quem. Você vai ficar bem longe dela. – o olhar de Julie em cima de mim era ameaçador e ao mesmo tempo surpreso.

- Quando ficou tão...

- Corajosa? Forte? – eu sorrio de lado. – Experimente ter uma filha e vê-la ser ameaçada por uma qualquer. Você vira uma leoa na hora. – eu digo e empurro a cadeira pra trás pra me levantar. Edi tira uma nota do bolso e deixa em cima da mesa, mesmo sem a gente ter pedido nada. – Nossa conversa acabou. E eu espero que pra sempre.

Quando dou as costas e sinto a mão de Edi segurar a minha de novo nos guiando para fora eu solto todo o ar com força. Nós entramos no carro e ele acelera pra longe dali.

- Você está bem? – ele pergunta e eu assinto com um sorriso.

- Eu sabia. – eu digo e ele sorri também. – Eu estava certa.

- Claro que estava. Você é a mãe dela. As mães sempre estão certas. – ele pisca pra e aumenta o som do carro, e então nós gritamos a música bem alto enquanto ele dirige pra minha casa.

E eu estou feliz. Porque minha filha está segura. Está salva.

Eu saltito pra fora do carro quando ele para na frente da minha porta. Vejo Edi dar a volta em seu carro e parar em minha frente. Quase consigo igualar nossas alturas porque subo no meio-fio enquanto ele fica embaixo com um sorriso.

Suas mãos encontram as minhas e eu abro um sorriso, começando a me acostumar com isso.

- Obrigada por tudo. – eu digo e minha voz soa baixa. – Obrigada por me ajudar a clarear as coisas. Eu... Estava tão maluca que acabaria dando um jeito de arrumar o dinheiro e dar a ela se não fosse por você me mantendo calma. – eu rio e aperto suas mãos entre as minhas.

- Não foi nada. – ele sorri e olha nossas mãos unidas. – Eu gosto de ficar perto de você.

Os olhos de Edi voltam pra mim e eu não consigo desviar. Não sinto aquelas coisas malucas, só uma paz. Uma sensação de querer e carinho impossivelmente forte. Seus olhos se prendem em mim e eu me assusto com o fato de não querer que se desviem. Um arrepio em minha nuca me faz engolir em seco quando Edi diminui o espaço entre nós e toca minha cintura.

- Mel, eu...

- Amélie?! – a voz muito familiar me faz virar o rosto rápido só pra ver August saindo do carro. Olho pra Edi e ele meneia a cabeça com um sorriso distante.

- Vou fazer uma viagem amanhã. Vamos passar uns dias em Dubai a trabalho, mas... Pode me ligar quando precisar. – ele diz e beija minha bochecha. Eu assinto quase automaticamente. – Nos vemos depois. – ele diz antes de sair.

Suas mãos somem de mim e eu o vejo entrar no seu carro que estava em minha porta e ir embora. Não consigo deixar de acompanha-lo com o olhar, desejando que ele volte pra gente conversar mais.

- Amélie. – August me chama de novo e dessa vez eu me viro totalmente pra ele.

- August. – eu digo já cansada pela bateria de perguntas que sei que ele vai fazer. Ele olha pro final da rua onde Cavani foi e então olha pra mim, e repete isso algumas vezes antes de parar em mim definitivamente.

- Eu soube sobre a Julie. – ele diz e eu o encaro. – Vou encontrar o melhor advogado de Paris pra você. Ela não vai ter nem chance no tribunal. Cami é sua filha, ela não vai tirá-la de você. Eu não vou deixar. – ele diz isso de um jeito tão forte que eu prendo o ar.

Era injusto ver só Cavani na minha vida, quando sei que August também teria se preocupado se eu tivesse contado a ele antes. Eu não podia ignorar a existência e a importância dele, mesmo sentindo todas essas coisas estranhas ultimamente.

- Vem. – eu chamo e dou passos vagarosos pra dentro de casa, sentindo ele em meu encalço. Tiro o casaco e as luvas e jogo no sofá. – O lance com a Julie já tá resolvido. Não precisa mais se preocupar. – eu digo e ele franze o cenho, mas eu dou de ombros não querendo mais falar.

- Eu sinto muito por todas essas coisas que aconteceram. Sinto muito por ter escondido sobre a Elena. Sinto muito. Sinto mesmo. – ele diz de repente tudo de uma vez. – Eu te amo, Amélie. E você sabe disso.

Eu sabia.

- Não desiste da gente. – seus olhos azuis capturam minha atenção e eu franzo o cenho quando vejo ele se ajoelhar diante de mim. August puxa uma caixinha do bolso e a abre revelando um anel delicado. Tem uma pedra de safira azul rodeada de pequenas pedras brancas e brilhantes. Era um anel fino e delicado, muito menor que o anel de família que ele tinha me dado de noivado. - Você nunca gostou do outro anel, então... – ele dá de ombros e sorri. – Volta a ser minha noiva, Mel. Casa comigo?


Notas Finais


Eitaaaaaaaaaaaaa! #AceitaMel ou #TchauAugust?
Comenteeeeem
<3


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