Edinson Cavani
- Me sinto como se estivesse ligada na tomada. – Amélie quase sussurra.
Está parada em minha frente, os olhos acesos e a respiração meio ofegante de ter beijado o caminho todo até meu apartamento. Suas bochechas estão rosadas e isso me faz sorrir. Tudo faz.
- Quando eu estava prestes a entrar numa igreja lotada de gente que eu não conhecia... e eu me dei conta que não era... Não era você lá pra me trazer paz... Me bateu um desespero. – ela aperta os olhos. - Eu tentei pensar num futuro sem você. Não me veio nada. Você estava lá em cada futuro perfeito e feliz. E aí eu banquei a louca e fui...
- Você foi! – eu sorri dando um passo em sua direção.
- Eu fui. – ela ri. – Eu tô aqui. E você... Você está bem aqui. – seus dedos tocaram meu rosto e eu não consegui parar de sorrir.
- Estou. – eu seguro seu rosto. – Estou bem aqui. – nossas testas estavam coladas e eu podia sentir seu hálito frio em meus lábios. – Eu sou provavelmente o cara mais feliz do mundo hoje. – eu sussurro e ela ri. Ri alto franzindo o nariz daquele jeito dela, antes de me puxar e me beijar.
Seus lábios avançam nos meus, firmes, mas lentos. Um beijo demorado e cheio de vontade e desejo reprimido há tanto tempo. Puxo seu corpo pra perto do meu e sinto suas mãos pequenas escorregarem por dentro da minha camisa. Suas unhas encontram minha pele e eu solto um suspiro sentindo a êxtase do seu toque. Então ela segura a barra da minha camisa e a puxa pra cima, e eu levanto os braços pra ajuda-la a tirar.
Ela toca meu peito e beija no mesmo lugar. E eu quero gritar de felicidade, mas fico meio parado, chocado com o que seu toque me provoca.
Minhas mãos se estreitam em sua cintura e sinto a textura da renda do vestido. E quero tirá-lo. Quero tanto... Meus dedos encontram a fileira de botões pequenos em suas costas e então ela se afasta só um pouco. E por um segundo acho que ela vai me mandar parar e correr dali, como um sonho bom em que a gente acorda. Mas então ela vira de costas e coloca os cabelos de lado, como se me desse permissão pra abrir cada botão. E eu abro. Um por um. Até suas costas estarem à mostra implorando por um toque, por um beijo...
Afasto o vestido e o passo pelos ombros deixando o tecido escorregar por seu corpo até formar uma poça ao redor dos seus pés. Ela se vira de volta pra mim e sai da “poça” de tecido branca. E eu observo seu corpo seminu à minha frente, meu coração começando a acelerar. Eu posso jurar que suas bochechas coraram mais e sacudo um pouco a cabeça antes de voltar a tocá-la.
Primeiro a nuca, e então os ombros, e a cintura... Suas mãos alcançam meu pescoço e eu a puxo de vez, voltando a beijá-la. E eu a quero tanto que preciso controlar o impulso de ficar ali mesmo na sala Aos tropeços seguimos pro meu quarto e rimos quando ela puxa o cós da minha calça pra desabotoar no meio do corredor. E minha calça fica ali.
- Edi... – um gemido escapa de seus lábios quando eu a levanto no colo pra coloca-la deitada em minha cama, me ajoelho entre suas pernas.
E então ela está ali, bem no meio dos meus lençóis, cachos loiros por toda parte e olhos grandes me encarando...
- Você é tão linda... – eu sussurro e ela se ajoelha na cama também.
- Você é lindo... Por fora... – ela beija minha bochecha e meu nariz. – E por dentro. – beija meu queixo e sobe pra minha orelha. E enquanto suas mãos se embrenham em meus cabelos me causando arrepios, as minhas encontram o fecho do sutiã branco. Brinco com a renda antes de desatar e jogar a peça em qualquer lugar do quarto.
Eu não sei o que acontece quando nossos corpos se tocam, sem nada entre a gente. É como se entrássemos em combustão e tudo que precisamos é queimar mais. E mais. E muito mais.
Suas pernas se fecham ao redor do meu quadril, aumentando nosso contato e eu travo os dentes pra não gritar. Seu cheiro está em toda parte e não tem um centímetro do meu corpo que não esteja em contato com o seu, e ainda assim eu quero mais. É como se eu nunca pudesse ter o suficiente dela. E essa dança nos conduz pra algo maior que a gente nunca pôde experimentar...
E meu Deus, como eu amo essa mulher!
Amo cada pedacinho dela. Cada pedacinho novo que descubro em cada beijo. Cada pedacinho antigo que redescubro em cada suspiro.
- Edi... – cada vez que meu nome escapa de seus lábios um arrepio ataca minha espinha e me faz querer gritar. – Edi, eu te amo. – ela diz num quase grito e é como se isso causasse a explosão. Meu corpo pulsa num prazer desenfreado conectado ao pulsar do seu.
- Amélie...
E é tudo. Ela é tudo. Ela sou eu e eu sou ela. Sou dela. E é como se sempre tivesse sido.
Nossas respirações ofegantes se confundem e eu a abraço, como se precisasse dela pra respirar melhor. Ela me abraça de corpo inteiro e beija meu peito, e eu sinto seu sorriso em minha pele.
- Eu amo você. – eu sussurro e a vejo levantar os olhos pra mim.
- Eu também... – ela sussurra de volta e eu sorrio como um bobo apaixonado. Que é o que eu sou mesmo.
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