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História De Paris, com amor - Cavani - Em paz.


Escrita por: CookieHanz

Notas do Autor


Prepara aí que vem chuva de capítulos! Vamo dar uma guinada aqui!

Capítulo 3 - Cavani - Em paz.


Fanfic / Fanfiction De Paris, com amor - Cavani - Em paz.

 

Edinson Cavani

 

Meu carro faz um som estranho e eu lembro que é a terceira vez na semana. Tento fazer uma nota mental de mandá-lo pra oficina.

Estou tentando sair do estacionamento do Hotel, mas um aglomerado de pessoas fecha a saída causando tumulto entre os carros dos outros jogadores. Eu abaixo o vidro da janela e sorrio pra algumas selfies. Aceno e cumprimento alguns fãs que não conseguiram entrar no hotel. Não demora dez minutos para os seguranças conseguirem dissipar o aglomerado, e eu saio com o carro depois de buzinar em despedida.

Eu gosto disso tudo. Quase sempre. Gosto de todas essas pessoas me dando apoio e dizendo estar felizes com meu trabalho. Gosto do carinho e da força que me dão.  Mas às vezes eu só quero sair por aí sem sentir que tem alguém me seguindo ou tirando fotos minhas. Às vezes eu só quero falar qualquer porcaria sem pensar no quanto vão distorcer o que eu disser. Mas é como minha mãe sempre disse, a gente paga alguns preços pra fazer o que a gente gosta. E se esse é o meu preço, tudo bem. Eu aceito. Porque o futebol é quase tudo de mim.

Meu celular toca e eu sacudo a cabeça afastando todos os pensamentos. Atendo e o som ecoa pelo carro.

- Hey, Ed! – a voz soa esganiçada e eu rio.

- Oi. 

- Nossa, qual é o seu problema? – ela fala ainda mais alto e eu rio.

- HEY EMILY! – tento soar com entusiasmo e ela bufa.

- Cala a boca. – quase posso ver seus olhos revirando.

- O que você quer, Sanders? – eu pergunto entrando na minha rua.

Não preciso que ela responda por que a vejo em frente a minha casa sacudindo uma sacola na mão. Solto uma risada alta e sacudo a cabeça.

- Qual é o seu problema? Eu tenho exames do time pra fazer amanhã. – eu digo sabendo que tem alguma bebida alcoólica em sua sacola.

- Não são pra você. – ela diz e eu rio e desligo o carro.

- Adivinha quem vai desfilar no Paris Fashion Week? – ela pergunta no mesmo instante em que eu desço do carro.

- Zlatan Ibrahimovic? - sugiro me fazendo de desentendido e ela revira os olhos.

- Claro! No desfile da Victoria Secrets ainda. – ela diz e eu rio mais, mesmo sem entender do que ela tá falando. – Euzinha, Ed! Euzinha! – ela pula e joga a sacola pra mim. Eu me desequilibro pra tentar pegar e o ouço o tilintar das garrafas.

- Parabéns, maluca. – eu sorrio e a puxo para um abraço. – Meu Deus! Essa carreira de modelo tem que valer a pena mesmo, porque eu posso dar duas voltas com meus braços em você. – eu debocho sentindo-a magra demais em meus braços.  

- Cala a boca e valeu mesmo assim! – ela sorri e nós entramos em minha casa.

Emily é uma aspirante à modelo. Pra mim ela já é modelo. Desfilou várias vezes, e vive fazendo fotos pra revistas famosas e propagandas. Mas ela diz que essas coisas são só uns “bicos”. Ela quer mesmo é “aparecer nas capas das revistas, Ed! Nas capas! Quero andar numa passarela com aquelas asinhas da Victoria Secrets! Quero que me chamem de it girl e digam que eu sou um ícone da moda! Eu só aceito perder pras Kadarshians porque né, são as Kadarshians!”. Ela sempre fazia aquele discurso e eu ouvia e ria e dizia que ela ia ser uma bendita Kadarshian um dia, e então ela revirava os olhos e me chamava de idiota.

Emily é minha melhor amiga. Eu sei que é meio estranho que minha melhor amiga seja uma modelo de 22 anos que quer andar com asinhas. Mas ela é. Emily é uma maluca que adora festas e se mete em um monte de encrencas, mas também é muito madura e focada no que quer. É uma amiga incrível e está sempre lá pra mim. E eu pra ela. 

- E então, ouvi no rádio que você estava numa coletiva de imprensa. – ela diz dando a volta na bancada da minha cozinha.

- Você ouve a estação do PSG? – eu franzo o cenho e ela ri.

- Devo ser a única em Paris.

- Tenho certeza. – assinto e pego uma garrafa de energético que ela joga pra mim. – Estava. – eu respondo e a vejo abrir sua garrafa de cerveja na bancada de mármore enquanto encara o celular.

- E essa garotinha? – ela sorri mostrando o visor. – Está em todo o lugar.

Olho a foto da garotinha de cabelos cacheados com uma coroa de princesa torta na cabeça e sorrio. 

- Camille. Um amor de menina. – eu digo pegando o celular de sua mão. Rolo a tela vendo as fotos da pequena comigo. – Ela correu e passou por debaixo da fita de proteção e agarrou minha perna. – eu rio contando. - Você tinha que ver ela me falando que “pincesas também podem gostar de futebol, Vani!” – imito a vozinha e Emily ri já jogada no sofá.

- Que fofa!

- É por causa dessas coisinhas que eu adoro o que eu faço, sabe? – eu sorrio devolvendo o celular pra ela e ela assente.

- E essa loira aqui? – ela pergunta encarando o visor com um sorriso. – A legenda diz que é a mãe da menina. - eu rodeio o sofá e paro do lado dela pra olhar o celular de novo. Vejo a mãe de Camille com as mãos estendidas pra pegá-la do meu colo. – Ela é bonita. – Emily estende uma sobrancelha e eu observo os cabelos loiros cacheados tomando conta da foto. Ela é bonita.

Eu rio sacudindo a cabeça.

- Não me olhe com essa cara.

- Já tá na hora de você arranjar alguém pra você, Ed. – ela diz e eu saio de perto dela bebendo um gole do energético. – Olha só pra ela! É bonita, olha o sorriso! – ela aponta pro visor e eu reviro os olhos.

- Díos! Você nem a conhece! Nem eu! – eu rio e sento no sofá em sua frente. - Não quero ninguém, Emy. Depois do inferno com Soledad, não quero ficar com ninguém tão cedo.

- Já faz mais de sete meses. – Emily diz e eu assinto.

- Mas Soledad faz parecer que foi ontem. Que é hoje! Que vai ser pra sempre! Não suporto mais. Só quero que fique tudo em paz. – murmuro e ela meneia a cabeça.

- Vai ficar.

- Sinto falta do Bauti. – quase sussurro. – Não o vejo pessoalmente há cinco meses. Cinco meses sem abraçar, beijar o meu filho. – sacudo a cabeça. – Essa garotinha, Camille, fez a saudade aumentar ainda mais. – eu sorrio sem graça.

- Ele vai estar aqui em uma semana. Você vai poder abraçá-lo e beijá-lo o quanto quiser. – ela me encoraja e eu sorrio um pouco mais.

Mas logo fecho a cara de novo. Soledad vai estar em Paris em uma semana.

- Eu sei o que está pensando e não! Não vai deixar essa mulher tirar a alegria que é estar com seu filho. Pode colocar o sorrisão de novo! – ela bebe a cerveja e eu rio. – E voltando ao assunto. Qual o nome da cachinhos dourados? – ela pergunta e eu franzo o cenho. Ela vira o celular pra mim e eu rio.  

- Cachinhos dourados?

- Você nem tentou descobrir o nome dela? Meu Deus, Edinson! Você já foi melhor! – ela bufa. – Ela tem cara de Lou.

- Não tem não.

- E então, quando vai chamar a Lou pra sair? – ela arqueia uma sobrancelha e eu mostro o dedo do meio pra ela. – Que elegante, Edinson. Sempre um cavalheiro.

- Cala a boca, Kadarshian!

- Bem que eu queria. – ela ri e continua a me fazer rir com a ideia fixa de me arranjar uma namorada.

Mas eu definitivamente não estou interessado. Depois do divórcio e da confusão com Soledad e a mídia, eu só quero paz. E arranjar uma namorada quando Soledad está vindo morar em Paris não é a coisa mais inteligente a se fazer quando se quer paz. Emily diz que sou um imbecil sem amor próprio, mas eu sei o que estou fazendo. Tenho um filho, e quando se tem um filho você não pensa mais em você, só nele. E eu não vou enfiar o Bauti em mais uma briga com Soledad. Vamos todos ficar em paz. Eu espero. 


Notas Finais


Comenta aí, meu povo! ;)


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