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História De Ponta-Cabeça - Como Ajudá-lo


Escrita por: TatyNamikaze

Notas do Autor


Olá! Tudo bem? Desculpem a demora, pessoas, os jogos da copa me distraíram um pouco e acabei não escrevendo 😅
Bom, primeiramente, estou triste pelo hexa não ter vindo (mas 2022 logo tá aí e o hexa vai ser realidade!)
Segundo, eu fiquei chateada com a derrota da Croácia, estava super torcendo pra ela, mas também não foi dessa vez 💔
Mas a França mereceu a taça, foi um super jogo, né não? 😍 Simplesmente incrível!
E, por último, quero dizer que o capítulo de hoje está demais na minha opinião e espero que gostem também!
Eu tô super animada com ele, oh my God.
Boa leitura!

Capítulo 14 - Como Ajudá-lo


Fanfic / Fanfiction De Ponta-Cabeça - Como Ajudá-lo

De Ponta-Cabeça

Capítulo Quatorze - Como Ajudá-lo



A mente dele estava uma completa bagunça. Sasuke não fazia ideia do que fazer.

Ele foi para a escola, porém não entrou na sala de aula, apenas seguiu para um canto mais isolado no gramado da Otsutsuki High School, atrás da cantina, onde ninguém o encontraria, e por ali ficou.

Pensando.

Estava quase no fim da aula quando viu os amigos surgirem ali perto, apenas eles sabiam que o Uchiha costumava matar aula por lá.

— Está tudo bem, Sasuke? — Suigetsu perguntou, vendo apenas o perfil do Uchiha.

— Não. — Sasuke respondeu, sentado no gramado e com as costas apoiadas na parede enquanto pensava no perigo que Sakura poderia estar correndo por sua culpa.

Ele não devia ter se aproximado dela, não podia ter deixado as coisas irem longe demais entre eles, pois ele era o garoto problema e, mesmo que mudasse de agora em diante, não alteraria o fato de que havia se metido com quem não devia no passado.

Droga! Já era tarde para se arrepender, já havia metido a garota no meio do problema, se afastar não mudaria nada.

O que ele faria? Estava perdido.

— O que houve, Sasuke? Tem a ver com a Sakura? Parece preocupado… — Naruto comentou.

Ele estava ao lado de Suigetsu e Juugo, os três de pé enquanto observavam o amigo no chão.

— Me meti em um grande problema. — virou o rosto para a direção dos amigos e permitiu que eles vissem o hematoma arroxeado no canto da boca, mancha essa que ele não deixou ninguém ver além deles.

Havia, até mesmo, se trancado no quarto e saído depois do café da manhã para que seus familiares não vissem.

E esse hematoma foi suficiente para fazer os amigos entenderem o que estava acontecendo.

— Foi a Akatsuki, não é? — Juugo perguntou, e Sasuke apenas assentiu com a cabeça.

— Eles me pegaram ontem na rua, me ameaçaram, pediram o dinheiro e…

— Vocês brigaram. — concluiu Suigetsu.

— Sim. — Sasuke confirmou, voltando a ficar de perfil para o trio.

— A gente avisou, Sasuke. Não devia ter se metido com a Akatsuki. — o loiro disse, suspirando cansado.

— Não adianta dizer “eu te avisei” agora, idiota, não vai consertar a merda. — Sasuke bufou, irritado. Tudo que menos precisava era de pessoas falando o óbvio. — Mas não estou assim por isso especificamente, estou assim pela ameaça que fizeram.

Respirou fundo. Como era difícil pensar em uma solução.

— Que ameaça? — Suigetsu perguntou, fazendo Sasuke olhar para ele com a feição em um misto de nervosismo, preocupação, desespero, medo e raiva, tudo isso junto e misturado, o que foi suficiente para fazer o garoto de cabelos acinzentados entender. — Sakura? — ele perguntou só para conferir, e Sasuke apenas desviou o olhar para o chão e balançou a cabeça para cima e para baixo. — Agora complicou… — o Hozuki comentou, sem saber o que dizer.

— Você precisa fazer algo, Sasuke. Ela não tem nada a ver com isso. — Juugo disse, sério, atraindo a atenção do Uchiha.

— E você acha que eu não sei? — perguntou, irritado. — Eu estou desesperado aqui, pensando no que fazer! — admitiu.

E foi nesse instante que eles perceberam a intensidade do problema, Sasuke nunca transparecia desespero e, muito menos, o admitia.

As coisas eram sérias mesmo.

— Tenta falar com Itachi, pedir trabalho lá no dōjō para pagar a dívida. — Naruto sugeriu, atraindo a atenção do amigo de cabelos negros.

Sasuke estreitou os olhos pela sugestão de Naruto.

Pela primeira vez, o loiro lhe deu uma boa ideia.

— Você tem razão. — ele disse, levantando-se imediatamente, visto que o sinal de término da aula acabara de tocar. — Eu vou resolver isso agora. — pegou a mochila jogada no chão, colocou-a sobre o ombro direito e saiu com o aparelho celular na mão, onde digitava uma curta e direta mensagem para Sakura.


“Preciso resolver umas coisas, não vai dar para estudar hoje. Depois, conversamos.”

. . .


Sakura estranhou não ter visto Sasuke a manhã toda e até pensou em ligar para ele na saída, mas não foi preciso, pois ele lhe mandou uma mensagem.

Frustrada, visto que queria passar mais tempo com ele, principalmente, depois dos beijos beijos que trocaram nos últimos dias, ela avisou ao motorista para ir buscá-la.

Aproveitando que não tinha nada para fazer, Sakura assistiu um filme depois do almoço e pensou até em dormir um pouco, porém batidas na porta de seu quarto lhe impediram.

— Entre. — falou baixo e ficou surpresa ao ver Sasori ali.

— Oi, Sakura, está ocupada? — ele perguntou ao entrar, deixando a porta aberta.

— Ah, oi, Sasori. — ela sorriu, ajeitando-se na cama enquanto escorava as costas na cabeceira. — O que faz aqui?

— Vim te ver. — comentou, sorridente. — Mas, se eu estiver atrapalhando, posso ir embora.

— Não está não, pode ficar. — ela disse para ele, então, o ruivo sentou-se na beirada da cama.

— Seu quarto é bonito. — elogiou.

— Obrigada.

Os dois ficaram olhando para o tempo. Ela não sabia bem o que falar, não tinha muito assunto com Sasori e, para falar a verdade, estava achando estranho essa aproximação do nada, porém logo tirou esses pensamentos da cabeça. O ruivo estava só querendo arrumar um amigo, afinal, era novo na cidade, não era isso?

Não, não era, não.

Ele queria ser mais que um amigo para ela, apenas Sakura não percebia isso.

— Como vai a vida por aqui? — ela perguntou, puxando assunto.

— Um pouco diferente lá de Suna, mas estou me adaptando. — ele sorriu.

— Bom…

— E você? Está estudando em uma escola pública, não é? — Sakura assentiu com a cabeça. — Está se adaptando bem?

— Estou, não é muito diferente da minha antiga escola.

— Isso é bom. — ele comentou e correu os olhos pelos cantos. No criado mudo dela, o notebook estava aberto em um site de filmes. — Estava assistindo algo? — perguntou para a menina, que assentiu com a cabeça. — Entendo… Quer ver outra coisa? Tenho ótimas sugestões de filmes.

— Pode ser. — ela deu de ombros. — Não sendo terror está ótimo. — brincou, fazendo-o rir.

— Certo, vamos à ficção científica então. — ele comentou, rindo.

Sakura pegou o aparelho ao seu lado e colocou-o no colo enquanto o ruivo seguia para seu lado na cama. Imediatamente, Sasori digitou o nome do filme no site e deu início a ele.

E o resto da tarde passou-se assim. Os dois ali vendo o filme e, depois, descendo para lanchar, onde trocaram algumas palavras com os pais da menina.

Uma tarde agradável, pode-se dizer, mas o que Sakura queria mesmo era ter passado aquela segunda-feira com o Sasuke.


. . .


Ele estava perdido e só conseguia pensar em uma pessoa para ajudá-lo.

Sasuke parou em frente à placa escrita Dōjō Amaterasu e respirou fundo. Não podia pedir ajuda ao pai, não, ele lhe encheria de sermões sobre como a Akatsuki era perigosa. Itachi também o faria, o garoto sabia, mas, entre o sermão do pai e o do irmão, preferia o último.

Passou pela porta de vidro, acionando uma campainha e caminhou para o interior do estabelecimento. Na entrada, ficava uma pequena recepção, de onde ele podia ver Itachi ensinando crianças a quebrar tábuas e aguardou por ali, sabia que faltava pouco para elas serem liberadas.

Dez minutos depois, o irmão despediu-se da turma com sete alunos e olhou para o garoto no batente do vão que separava a recepção do salão das aulas. O semblante do caçula não estava tranquilo, Itachi via e sabia que viria problema.

E o hematoma no canto da boca dizia tudo, isso explicava porque seu irmão não apareceu à mesa nas refeições.

Queria esconder que havia aprontado depois de dias sossegado.

Sasuke aproximou-se de Itachi depois que as crianças foram embora, as mãos estavam escondidas nos bolsos da jaqueta e os passos eram um pouco hesitantes.

Estava ferrado…

— O que faz aqui? — Itachi perguntou, surpreso ao ver o irmão ali e preocupado por tal coisa. — Você não vem aqui desde… Sei lá, os doze anos de idade?

— Treze, quando ganhei a faixa preta. — Sasuke sorriu minimamente, lembrando-se do tempo em que seu irmão lhe ensinava karatê.

— Bastante tempo… — Itachi sorriu de leve, mas logo voltou a ficar mais sério. — No que se meteu dessa vez? — foi direto ao ponto.

— Por que acha que me meti em alguma coisa?

— O hematoma no seu rosto diz tudo.

Sasuke virou o corpo para o lado, com as mãos ainda nos bolsos.

— É, me esqueci desse detalhe. — deu de ombros e voltou a olhar para o seu irmão, respirando fundo. — Estou com um problema. Um grande problema na verdade.

Itachi suspirou cansado e fechou os olhos por um instante, se preparando mentalmente para a bomba. Sabia que tinha algo de muito errado.

— Vai, fala… O que aconteceu?

— Você vai querer me matar… — ele disse, já estava até se preparando mentalmente para as palavras de Itachi.

Pensando bem, talvez fosse melhor ter falado com Fugaku mesmo.

Itachi olhou para Sasuke nesse instante, entendendo o que ele queria dizer. O mais velho passou as mãos no rosto, já nervoso.

— Se meteu com a Akatsuki de novo, não foi?

Sasuke assentiu balançando a cabeça, e Itachi soltou um longo suspiro cansado.

— Você não aprende a lição nunca, não é? Você sabe o que é a Akatsuki, sabe que eles te ferraram uma vez, Sasuke, por que se meteu com eles de novo?

— Eu precisava de dinheiro para consertar minha moto, Itachi.

— Pedisse ao nosso pai, a mim ou fosse trabalhar, tudo menos a Akatsuki. Você sabe que eles são perigosos, Sasuke. São bandidos.

— Eu sei, Itachi, eu errei, tá legal? Eu não sabia o que fazer na hora e não achava que tivesse problema.

Itachi olhou para o irmão, indignado.

— Não achava que tivesse problema? Eles colocaram droga na sua mochila e você foi para o reformatório por isso, tudo porque não aceitou vender drogas para eles, e agora achou que não teria problema? O Shisui morreu por causa de uma armadilha deles, e você achou que não teria problema? Não seja idiota, Sasuke! A Akatsuki é sinônimo de problema, nós, melhor do que todos, sabemos que eles são da pesada.

— Eu sei, Itachi, não precisa ficar me lembrando, eu só pensei que…

— Que o Kisame ia te ajudar? Que ele ia impedir que a Akatsuki fizesse algo contra você? Se toca, Sasuke! O Kisame já não é mais o mesmo há muito tempo, você sabe muito bem.

— Eu não ia dizer isso, Itachi, eu ia dizer que pensei que não tinha nada a perder, que nada me importava.

— E agora importa?

Sasuke ficou calado, Itachi podia ver o nervosismo na face do irmão, então resolveu acalmar-se, ficar nervoso não ia aliviar a barra do garoto.

— Quanto você deve a eles?

— Oitenta mil ienes.

Itachi arregalou os olhos.

— O quê? — perguntou, incrédulo.

— Era quarenta, mas eles cobraram juros.

Itachi suspirou.

Era só o que faltava.

— Já procurou emprego? — perguntou para o caçula, que negou com a cabeça. — E por que não procurou ainda? Nosso pai não vai querer pagar isso e muito menos eu.

— Eu estou aqui para isso, para te pedir para trabalhar aqui com você.

Itachi olhou com os olhos semicerrados para o irmão.

— Trabalhar aqui no dōjō? Não sei se daria conta, é muita responsabilidade, sabia?

— Lógico que eu sei, Itachi, e lutar é a única coisa que eu sei fazer também. — disse, já estava ficando irritado com aquela situação. — Por favor, Itachi, eu preciso da sua ajuda.

— Não sei não…

— Então me empresta o dinheiro, depois, eu dou um jeito de te pagar, eu só... Preciso muito.

Pela primeira vez, Itachi via seu irmão desesperado. Sasuke não era do tipo que implorava pelas coisas e, muito menos, que se sentia intimidado por algo.

— Nossa, eles te botaram medo mesmo… — passou as mãos pelos cabelos longos, agitado.

Embora seu irmão tenha sido extremamente irresponsável, não podia deixá-lo na mão daqueles bandidos. Itachi não suportaria ver Sasuke machucado ou com a vida de pernas para o ar por causa daqueles bandidos, como da última vez…

Não, ele não suportaria.

— Certo, eu vou pagar essa dívida para você, mas te quero todos os dias aqui no dōjō depois da escola, pretendo abrir uma turma nova e vou precisar de ajuda.

Sasuke sorriu de leve com a atitude do irmão. Mesmo que eles não fossem tão unidos ou se dessem tão bem, Itachi sempre estava ali para ajudá-lo quando precisava e para consertar suas burradas.

— Obrigado. — agradeceu do fundo do coração, e Itachi apenas sorriu de canto, levando a mão até a altura do rosto do irmão e tocando sua testa com dois dedos, ato que não fazia há anos.

— Sou seu irmão mais velho, tenho que te proteger. — ele disse e, em seguida, bagunçou os cabelos de Sasuke. — Agora, me diga… — seu semblante assumiu uma feição mais séria. — Com o que eles te ameaçaram? Você não é do tipo que se intimida fácil.

Sasuke também fechou o semblante, virando-se de lado para o irmão, para, assim, não olhar nos olhos dele.

Ele não gostava de parecer fraco, não gostava que o vissem fraquejando, porém era inevitável naquele instante.

— Ameaçaram a Sakura. — disse sem olhar para o irmão, e Itachi entendeu.

Sasuke só queria protegê-la, não estava se importando com ele próprio, apenas com ela.

Itachi deu um sorriso leve ao ter a completa certeza de que seu irmãozinho estava realmente apaixonado.

— Vai ficar tudo bem, Sasuke. Não se preocupe, eles não vão machucá-la. — o mais velho disse, na intenção de acalmar o mais novo e pousou uma mão sobre o ombro dele.

Sasuke olhou para Itachi e sorriu de leve antes de voltar a olhar para a parede, assumindo um semblante mais sério.

— Eu espero… — sussurrou.


Notas Finais


E então? Gostaram?
Tadinho do Sasuke, tá dando uma aflição essa situação, né? Mas o Itachi, melhor pessoa do mundo, tá ali pra ajudá-lo.
AAAAA, COMO AMO O ITACHI! 😍😍😍
Espero que tenham gostado, beijinhos e até breve ❤😘


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