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História De Ponta-Cabeça - Choque de Realidade


Escrita por: TatyNamikaze

Notas do Autor


Olá! Voltando com mais um capítulo, desculpem a demora e espero que gostem.
Boa leitura!

Capítulo 20 - Choque de Realidade


Fanfic / Fanfiction De Ponta-Cabeça - Choque de Realidade

De Ponta-Cabeça

Capítulo Vinte - Choque de Realidade



Duas semanas se passaram desde a entrada de Nagato na escola e, por mais incrível que parecia, o garoto não arrumou problemas para Sasuke, embora já tivessem um longo histórico de desentendimentos no passado, mas o mesmo não valeu para os outros estudantes.

Nagato tinha um gênio forte, além de que sempre gostava de se sentir superior aos outros e de aprontar. Alguns alunos foram alvos de suas brincadeiras idiotas, no entanto, apenas um conseguiu provocar sua raiva. O único que bateu de frente com ele.

Gaara No Sabaku.  

O ruivo não recuava e, assim como o novato, também tinha um gênio forte, o que rendeu umas boas discussões pelos corredores, algumas tendo até que ser separadas pela inspetora. Só não pararam na diretoria porque Nagato sabia bem como convencer as pessoas.

Só havia um problema com isso tudo, e Sasuke, pela primeira vez, ficou um pouco preocupado com Gaara, pois ele não sabia com quem estava se metendo. Ele não fazia ideia de com quem aquele novato tinha ligação, já que o ruivo não morava no bairro do Uchiha, pelo contrário, morava em um lugar mais nobre da cidade, com uma realidade bem diferente.

Nagato não era como Sasuke, com quem Gaara podia brigar o quanto quisesse que não daria nada além de alguma advertência na escola ou falta nos treinos de futsal; Nagato era cem vezes pior, já que estava metido com gente perigosa. Gente que o Sabaku nunca sequer chegou perto.

— Que cara é essa? — Sakura perguntou assim que sentou-se ao lado de Sasuke no banco e desviou os olhos para a direção que o namorado encarava, encontrando uma cabeleira ruiva familiar.

Era Nagato, ele caminhava despreocupadamente pelo pátio enquanto segurava uma das alças de sua mochila pendurada em um dos ombros. Sakura assumiu uma feição séria.

— Você está me escondendo alguma coisa, não está? — ela indagou. — Quem é ele, Sasuke? De verdade.

O Uchiha desviou os olhos de Nagato — que acabara de esbarrar seu ombro ao de Gaara, provocando assim uma breve discussão — para a namorada, a qual lhe fitava com evidente curiosidade e, até mesmo, preocupação.

— Ele é sinônimo de problema. — limitou-se a dizer apenas isso, e Sakura não perguntou mais nada, pois sabia que ele não responderia detalhadamente.

Sasuke nunca foi de dar muitos detalhes mesmo.

Mas ela, cada vez mais, tinha certeza de que aquilo ainda traria confusão para suas vidas. O jeito que o namorado falava no tal aluno novo fazia seu corpo se arrepiar.

— Vamos para a sala, já vai bater o sinal. — Sasuke falou, enlaçando sua mão à de Sakura, que assentiu brevemente antes dos dois começarem a caminhar.

No entanto, antes que eles pudessem chegar ao prédio de aulas, Nagato cruzou o caminho dos dois e, ao vê-los, parou.

— E aí, Sasuke! — o ruivo sorriu cínico para o moreno e, em seguida, desviou os olhos para a garota junto a ele. — E sua namorada… — estreitou os olhos. — Acho que já te vi em algum lugar, qual o seu nome mesmo?

A rosada o encarou por alguns segundos antes de responder:

— Sakura, Sakura Haruno.

— Sakura Haruno… — Nagato repetiu, pensativo, enquanto Sakura apenas o fitava sem muito entender, e Sasuke semicerrava os olhos, não conseguindo não achar aquela pergunta suspeita. — Esse nome não me é estranho.

— É um nome bem comum. — Sasuke desconversou, estava começando a se preocupar com aquela questão, ainda mais depois de seu problema com a Akatsuki, então quanto menos informação Nagato tivesse melhor. — Agora, se nos dá licença, temos mais o que fazer.

Saiu puxando a namorada, deixando o ruivo para trás com uma expressão desconfiada.

— Haruno… — ele sussurrou para si mesmo, curvando os lábios em um sorriso maldoso. — Pain vai gostar de saber disso.


. . .


A moto parou em frente ao Parque das Cerejeiras, a quadras da residência Haruno e dois jovens desceram dela. Sakura tirou o capacete e entregou-o nas mãos de Sasuke, que também retirou o seu.

Ela sorriu para o namorado, olhou para os lados a fim de conferir se ninguém os observava e pousou as mãos em cada lado do rosto dele, trazendo-o para mais perto e beijando-lhe os lábios.

Era sábado à tarde, os dois haviam passado o dia dando uma volta pela cidade e, depois, assistiram um filme no cinema. Como, durante a semana, ambos tinham a escola, e Sasuke, ainda o trabalho no dōjō de Itachi, os finais de semana eram os melhores dias para os encontros deles.

O Uchiha sorriu após o beijo e desviou os olhos para a grande mansão pertencente à namorada. Ele nunca havia sequer chegado mais perto da residência, no entanto, não era aquilo que o incomodara de repente, e sim o fato de que, apesar dos meses de namoro, ele ainda não conhecia seus sogros.

Sakura sempre dizia que o pai era rigoroso e talvez não aprovasse o namoro pela filha ter apenas dezesseis anos, mas era, realmente, apenas isso?

Repentinamente, aquilo começou a lhe incomodar.

— Você ainda não falou com seu pai? — o Uchiha perguntou, atraindo os olhos confusos dela para si. — Digo, sobre a gente.

A Haruno o encarou por alguns instantes, calada e, em seguida, sem conseguir mais olhá-lo nos olhos, desviou o olhar para o chão. E isso foi uma resposta para Sasuke.

— Eu entendo que esteja insegura por ser seu primeiro namoro e ser nova aos olhos do seu pai, eu também estou, até porque nunca pensei em como seria no dia que eu conhecesse meus sogros. Essa palavra até soa estranha para mim. — Sasuke soltou uma risada curta enquanto a menina só sentia a tensão nos músculos aumentar. Se ele soubesse que não era só insegurança… — Mas acho que não podemos adiar isso para sempre, sabe? Eles precisam saber.

— Eu sei… — Sakura ergueu o olhar para ele, onde o mesmo podia ver a hesitação e dúvida estampadas. — Mas eu ainda preciso de um pouco mais de tempo. Preparar-me psicologicamente para isso, entende?

Sasuke fitou-a por alguns segundos e soltou o ar pela boca com certa lentidão.

— Se eu não te conhecesse, diria que está com vergonha de mim.

Sakura arregalou os olhos com a conclusão inusitada a qual ele chegou.

— O quê? Por quê?

— Somos muito diferentes, você sabe. Nossas realidades são completamente opostas, Sakura. — deu de ombros, apesar de sentir claramente o peso das palavras que saíram de sua própria boca.

— Mas isso não diz nada, Sasuke. — Sakura falou, firme. — Ser rico ou pobre, isso não muda nada. O importante é o que temos aqui dentro. — pousou a mão sobre o peito dele, indicando o coração.

O Uchiha curvou os lábios em um sorriso.

— Eu sei disso e que, para você, não importa que eu não tenha dinheiro, não se preocupe. — ele colocou uma mecha do cabelo dela atrás da orelha carinhosamente em um toque reconfortante e acolhedor. — Quando estiver pronta, nós falamos para o seu pai, não quero te pressionar.

— Obrigada por isso. — a garota sorriu de leve, embora o interior se encontrasse um tanto quanto turbulento.

Ela não sabia o que fazer. Não era vergonha de Sasuke, de forma alguma, Sakura só tinha medo. Medo da ambição e do instinto protetor do pai falarem mais alto. Medo que Kizashi tirasse conclusões errôneas sobre o Sasuke e quisesse afastá-lo.

E tudo que Sakura menos queria era ficar longe do Uchiha.

Mas ela também não podia mais mentir, estava se enrolando muito e, em um momento, seria descoberta certamente. E, quanto mais tarde, pior seria.

A Haruno respirou fundo e mordeu o canto dos lábios.

— Tenho que ir, nos vemos na segunda-feira.

— Até. — Sasuke aproximou-se rapidamente e roubou-lhe um selinho, provocando um sorriso nos lábios dela.

Em seguida, a menina se afastou e começou a caminhar em direção a sua casa. Quando estava para abrir o portão, acenou para o garoto ainda no parque e entrou. Do lado de dentro da propriedade Haruno, ela caminhou pela rua de paralelepípedos até a entrada da mansão, onde abriu a porta sem cerimônias e foi logo adentrando com o pensamento em subir para o quarto e tomar um longo banho.

No entanto, para sua surpresa e estragando seus planos, seus pais estavam na sala de estar, ambos sentados com os braços cruzados e feições nada boas.

Ela engoliu em seco, temendo o que estava por vir.

— Sakura Haruno. — ouviu seu nome completo sair dos lábios de seu pai e paralisou no lugar. Isso, definitivamente, não era um bom sinal. — Quem é esse garoto da moto?

O homem levantou-se, seguido pela esposa e ficou de frente para a menina. Sakura arregalou os olhos.

Seu pai sabia. Sua mãe sabia.

Mas como?

— Somos amigos. — tentou mentir, entretanto, a face severa que seu pai lhe destinou deixou claro que aquilo não colaria.

— Você está namorando, Sakura? — Mebuki perguntou, embora o tom evidenciasse certa certeza.

A garota ficou calada por alguns instantes sob os olhares desaprovadores dos pais e, em seguida, desviou o olhar para o chão enquanto soltava um longo suspiro.

— Quando pretendia contar? — Kizashi perguntou, sério. — E o que você tinha na cabeça para aceitar namorar aquele garoto?

Ela levantou a cabeça ao ouvir aquilo e fechou a cara no mesmo instante.

— O que quer dizer com aquele garoto? Você não o conhece, pai, por que está falando dessa forma? Como se estivesse julgando-o?

— Eu sei o suficiente, principalmente, que Sasuke Uchiha não serve para você.

— O quê? — Sakura abriu a boca, mas apenas duas palavras saíram dela por tamanha sua indignação.

Ela não estava acreditando nisso. Por vezes, pensou que era apenas paranóia de sua cabeça todo aquele medo, que seu pai compreenderia. No entanto, não era aquilo que estava acontecendo.

— Como pode falar assim? — ela indagou. — Você não o conhece como eu conheço, pai. — bufou, irritada. — E como soube do nosso namoro?

— Por isso. — ele inclinou-se sobre a mesinha de centro, pegando um envelope e a entregou.

Sakura abriu o envelope sem compreender direito, todavia, quando deparou-se com o conteúdo dele, ela entendeu.

Eram fotos. Dela e de Sasuke. Todas tiradas nessa última semana e em diversos lugares.

— Como pôde, Sakura? — o homem indagou, indignado. — Primeiro, você mentiu para mim, o que já é um absurdo, mas namorar alguém como ele… Sakura, ele não serve para você.

— E quem serve? Alguém com mais dinheiro? Da nossa classe social? — ela praticamente gritou, seu tom de voz estava alterado. — Dinheiro é um mero detalhe. O que realmente importa é o amor, carinho, compreensão, felicidade. O que importa é o que guardamos no coração. E o Sasuke é a melhor pessoa que eu já conheci, é um pouco mal compreendido, mas tem um grande coração.

— Ele é um delinquente, Sakura.

— Não, ele não é. — ela afirmou.

— Não é o que a polícia diz, sem contar que ele não tem nada a lhe oferecer. — Kizashi continuou, sério. — Eu não entendo o que viu nesse garoto, sendo que o Sasori claramente gosta de você.

— Desde o início, você quis me empurrar para o Sasori caso eu desejasse um namorado, mas eu sei que só diz isso porque a gente ganharia com esse relacionamento, porque ele é rico e herdeiro de uma das redes de joalherias mais famosas do estado, porém o dinheiro não é tudo. Dinheiro não compra felicidade, e eu só serei feliz ao lado do Sasuke!

Kizashi encarou a filha.

— Pois saiba que eu não aprovo esse namoro.

— Pois bem, não aprove. — Sakura disse com certa irritação.

Pela primeira vez, ela estava indo contra seu pai. Respirou fundo, tentando acalmar-se.

— Eu tenho um grande respeito por você, pai e eu sempre fiz o que você pediu, sempre. Nunca desobedeci ou impus minha vontade para realizar alguma atividade caso você não gostasse, mas, dessa vez, eu não vou fazer isso. Eu não vou me separar do Sasuke só porque você quer que eu fique com alguém que tem dinheiro. Eu não vou me privar de viver algo que me faz feliz só porque você não gosta. Desculpe, mas eu não vou fazer mais sua vontade.

— Então é isso? Você vai continuar com esse namoro ridículo? — ele perguntou, nervoso. — Pois bem, Sakura, veremos até quando isso vai durar. Duvido que aguentará por muito tempo sem suas regalias.

— O que quer dizer? — a menina perguntou.

— Que não terá um centavo do meu dinheiro para nada até que você desista dessa loucura.

— Kizashi, você não está sendo muito rigoroso…?

— Mebuki, ela não vai mudar de ideia se eu não fizer isso. — Kizashi argumentou.

— Mas…

— Está tudo bem, mãe. — Sakura a interrompeu. — Se é esse o castigo, tudo bem, eu não me importo.

Ela olhou uma última vez para o pai e afastou-se. Entretanto, antes de subir a escada, ela parou e voltou a olhar para os dois adultos na sala.

— Dinheiro nenhum vai fazer eu me afastar do Sasuke.

E subiu os degraus em um rompante, sentindo as lágrimas ameaçarem a cair de seus olhos e suas pernas vacilarem.

Sakura não queria enfrentar ou desrespeitar seu pai de forma alguma, no entanto, não poderia aceitar aquilo. Não podia viver sempre pelas vontades de Kizashi Haruno.

Ele vivia a vida dele, já conquistou seus objetivos e realizou seus sonhos, era a vez da filha viver a própria. Seu pai teria que aceitar as suas escolhas e não exigir que ela vivesse conforme ele planejou para ela.


Notas Finais


E então? Gostaram? Alguém imaginava que o momento seria assim?
Meio tenso, né? Kizashi tá precisando aprender mais sobre a vida...

Beijinhos e até o próximo capítulo.


P.S. banner feito pelo blog MDK Editions.
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