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História De Ponta-Cabeça - Jeito Engraçado


Escrita por: TatyNamikaze

Notas do Autor


Olá! Passando para deixar o capítulo 5 de DPC, espero que gostem.
Boa leitura!

Capítulo 5 - Jeito Engraçado


Fanfic / Fanfiction De Ponta-Cabeça - Jeito Engraçado

De Ponta-Cabeça

Capítulo Cinco - Jeito Engraçado



— Sua casa é muito longe daqui? — Sakura perguntou, já fazia quase quinze minutos que andavam, já haviam, até mesmo, saído do bairro da escola, Otsutsuki Hamura e adentrado um que ela desconhecia.

A paisagem já não era mais tão familiar para a Haruno, as casas eram mais simples do que ela estava acostumada a ver por onde andava. Era um bairro mais pobre, notava-se.

— Não, só mais alguns minutos. — Sasuke respondeu, caminhando lado a lado com ela pelas calçadas do bairro Shimura Danzou.

A rua pela qual andavam estava deserta, exceto por um grupo de garotos na esquina, o que fez o corpo de Sakura se arrepiar.

— Fica perto. — Sasuke disse, fazendo com que o medo dela aumentasse e confirmando as suspeitas da menina sobre aquelas pessoas.

Ela, então, colocou-se mais ao lado dele à medida que os garotos se colocavam espalhados pelo passeio, bloqueando o caminho dos dois.

— Olha se não é Sasuke Uchiha! — um deles, um garoto alguns centímetros mais alto que Sasuke, com os cabelos castanhos mais compridos e pele clara, disse, colocando-se na frente de Sasuke. — E acompanhado… — olhou para Sakura, que engoliu em seco. — Quem é essa? Sua namoradinha?

Sakura, nesse instante, ficaria com as bochechas avermelhadas de vergonha se não estivesse assustada.

— Uma colega de escola, agora, se me dão licença... — Sasuke respondeu apenas isso e de forma fria enquanto os fitava seriamente, colocando as mãos nos bolsos, despreocupado.

— Sempre frio. — o garoto disse, sério, porém, para surpresa de Sakura, ele apenas saiu do caminho, permitindo que passassem.

Assim que Sasuke começou a se movimentar, Sakura fez o mesmo, mantendo-se na cola dele. Sem olhar para trás, eles seguiram caminho pela calçada, até virarem a esquina e não mais conseguirem vem o grupo de garotos.

— Quem eram aqueles caras? — ela perguntou, soltando o ar que nem sabia que prendia no peito.

Sasuke deixou que um sorrisinho de canto surgisse nos lábios, achando graça da atitude assustada dela.

— Os “valentões” do bairro. — Sasuke fez aspas no meio da frase e deu de ombros.

— Valentões? Então por que, simplesmente, te deixaram passar? — ela perguntou, suas sobrancelhas estavam arqueadas em curiosidade.

— Digamos que eles não são tão valentões assim. — Sasuke disse, sorrindo de canto para ela e, em seguida, voltou a encarar a calçada. — Normalmente, eles não entram no meu caminho, mas, como você estava comigo e é nova por aqui, eles me pararam. — deu de ombros.

— Hm. — ela voltou a olhar para frente, pensando a respeito, mas a voz de Sasuke interrompeu seus pensamentos.

— Chegamos. — apontou para uma casa de dois andares.

Não era tão grande ou chique quanto a de Sakura, mas, comparada com as casas que ela viu ali naquele bairro, a dele era a mais ajeitada e aparentemente aconchegante.

A fachada era bem simples, era pintada no tom bege e as janelas e portas eram de madeira antiga e bem escuras. Na frente da casa, uma pequena cerca branca se fazia presente e um caminho de pedras entre o gramado levava até os dois degraus da entrada.

Sem esperar que ela dissesse algo, Sasuke seguiu pelo caminho de pedras, abrindo o pequeno portão na cerca de madeira e esperou que ela passasse. Assim que o fechou, seguiram juntos até a porta da entrada, que ele logo abriu e deu passagem para Sakura entrar.

— Voltei! — falou em alto e bom som e logo escutou passos vindos da cozinha.

— Que bom, filho, o almoço já está na mesa. — Mikoto disse, porém parou surpresa ao ver que seu filho não estava sozinho. — Oh, não sabia que tínhamos visita. — sorriu sem graça, pois era a primeira vez que Sasuke levava uma garota lá. — Sou Mikoto, mãe do Sasuke, e você é…

— Sakura Haruno. — apresentou-se sorrindo sem graça também.

— E vocês são… — a mulher estava um pouco desconcertada, Sasuke notou.

— Colegas de classe. — adiantou para que sua mãe não pensasse besteiras, e a mulher sorriu.

— Ah, claro… Está com fome, querida? O almoço já está pronto, só preciso colocar mais um lugar à mesa.

— Não precisa se incomodar. — Sakura disse rapidamente, sentindo-se envergonhada.

— Não é incômodo algum, querida. Pode ficar à vontade, logo lhes chamo para o almoço. — a mulher não deu tempo para que Sakura respondesse, apenas seguiu para a cozinha, deixando os jovens na sala.

Sakura correu os olhos pelo lugar. Era simples, de fato, mas não menos aconchegante. Havia dois sofás pretos em volta de uma mesa de centro com superfície de vidro. Na parede em frente, uma televisão grande acoplada, alguns centímetros acima de um pequeno móvel com alguns porta retratos sobre e um vídeo game.

— Venha, vamos colocar nossa mochila lá em cima. — Sasuke disse, seguindo para as escadas, e ela o acompanhou.

No andar de cima, havia um corredor e quatro portas nele. Sasuke entrou na última porta de madeira escura e, assim que Sakura adentrou o cômodo depois dele, percebeu que era o quarto do garoto, que não era muito grande.

Havia uma cama de solteiro no canto, logo abaixo da janela coberta por cortinas e ao lado de um criado mudo, no outro canto, um guarda-roupa de quatro portas e uma escrivaninha cheia de cadernos, ambos os móveis no mesmo tom escuro, em contraste com as paredes claras.

O quarto era bem organizado, talvez tanto quanto o dela, Sakura notou.

Ela, assim como ele, deixaram as mochilas sobre a cama e desceram novamente, encontrando Mikoto terminando de arrumar a mesa na sala de jantar, que era dividida com a cozinha por meio de um balcão de granito.

A mulher sorriu, indicando dois dos quatro lugares arrumados naquela mesa de seis cadeiras.

— Já vou servir a comida, pode ficar a vontade, Sakura.

— Obrigada, dona Mikoto. — a menina sorriu, ocupando um lugar ao lado de Sasuke.

— Fiz Sukiyaki, espero que goste desse prato. — a mãe comentou, insegura.

— É um dos meus preferidos. — sorriu com a resposta da menina e, logo, colocou a tigela com o ensopado sobre a mesa.

— Pode comer a vontade então. — disse, ocupando o lugar em uma das pontas.

Imediatamente, eles começaram a comer. Sakura estava com um pouco de vergonha, então, colocou apenas um pouco do ensopado no prato, porém arrependeu-se assim que comeu um pouco, saboreando o sabor maravilhoso daquela comida e desejando ter colocado bem mais.

Era até melhor que o de sua cozinheira.

— Que cheiro bom... — uma voz mais grossa que a de Sasuke chamou atenção na entrada da cozinha, e os olhos de todos seguiram para lá.

Itachi caminhava tranquilamente em direção à mesa, sentindo o aroma do Sukiyaki de sua mãe, até que endireitou-se ao ver que não havia só sua família ali.

— Ah, oi. — disse, depois, desviou os olhos para seu irmão, sem entender nada.

— Sakura, esse é meu irmão, Itachi. — apontou para o mais velho, que sorriu para a rosada.

— Olá. — cumprimentou sem graça.

— Ela é minha colega de classe, viemos terminar um trabalho. — o Uchiha completou sem olhar para o irmão e voltou a comer, mas Sasuke sabia que tanto Itachi quanto sua mãe não haviam acreditado cem por cento nisso.

O que lhe renderia uns bons minutos de zoação e perguntas mais tarde.

Já imaginando o quanto iria ouvir, ele suspirou cansado, focando-se no Sukiyaki em seu prato.


. . .


— Pronto, essa foi a última. — Sakura lhe entregou a folha, e Sasuke grampeou tudo após colocar o nome dos dois.

Estavam exaustos. Aquele trabalho havia sido grande demais para ser feito de um dia para o outro, ainda mais quando envolviam perguntas difíceis como aquelas, que eles precisaram pesquisar na internet para conseguirem responder.

Já era quase seis da tarde quando os dois saíram do quarto de Sasuke e desceram as escadas, encontrando Itachi na sala, em frente ao notebook dele, provavelmente, fazendo um trabalho da sua faculdade, já Mikoto assistia a uma novela que passava, porém a atenção dos dois foi tomada pelos garotos que adentravam a sala sem fazer muito barulho.

— Tchau, dona Mikoto, Itachi, foi um prazer conhecer vocês. — a garota disse, sorrindo simpática, e Itachi apenas acenou e sorriu em resposta.

— O prazer foi nosso, Sakura. E pode vir quando quiser, será sempre bem-vinda.

— Obrigada, dona Mikoto. — sorriu para a mulher e seguiu Sasuke até a porta.

— Vou levar a Sakura em casa. — disse, abrindo a porta.

— De moto? Sabe que está de castigo e não pode usá-la, não é? — Sakura escutou a mulher perguntar, mas viu que Sasuke não deu a mínima, apenas fechou a porta e seguiu para o lado de fora, onde a moto estava estacionada no canto da garagem.

— Castigo? — Sakura perguntou e viu o garoto dar de ombros.

— Não é nada. — lhe entregou o capacete, e ela ficou sem reação, pois nunca havia andado de moto.

— Não quero lhe causar problemas. — “e nem andar de moto”, quis completar em pensamentos ao vê-lo subir no veículo.

— Mais do que eu já causei? Impossível. — ele deu uma risada curta, indicando o lugar vago para que ela se sentasse.

Sakura respirou fundo, tentando criar coragem, colocou o capacete e subiu na moto, segurando timidamente em volta do corpo dele.

— Você não está nem aí, não é? — ela perguntou e riu ao vê-lo dar de ombros. — Você é maluco.

Sasuke achou graça do jeito despreocupado que ela pronunciou apesar de sentir seus braços tremendo um pouco ao redor de seu corpo, denunciando o medo que sentia por estar em cima de uma moto e sorriu de canto.

Era engraçado o jeito daquela garota.

— Possivelmente. — comentou antes de ligar a moto e dar partida, não se preocupando em fechar o portão, já que não demoraria a voltar. — Onde mora?

— No Terumi Mei, perto do parque das Cerejeiras.

Sasuke ergueu as sobrancelhas, era o bairro mais rico de Konoha, mas deu de ombros, seguindo o percurso.

Sakura estava assustada nos primeiros quilômetros percorridos, vendo a paisagem passar rápido de ambos os lados e só quando a paisagem mudou para uma familiar, já após dez minutos andando de moto em uma velocidade relativamente devagar para Sasuke, ela conseguiu se acalmar um pouco, acostumando-se à situação.

Não demorou para que o parque das Cerejeiras entrasse no campo de visão deles, e ela avistasse, de longe, a sua casa.

— Ali na frente. — falou, e Sasuke assentiu, parando em frente à mansão da Haruno.

Ele encarou a propriedade, surpreso. Ele nunca havia visto uma casa tão grande como aquela.

— Obrigada. — Sakura sorriu ao descer da moto e lhe entregar o capacete. — Nos vemos amanhã e não esqueça o trabalho. — sorriu novamente, acenando em despedida.

— Não vou esquecer. — o Uchiha disse antes de Sakura abrir o grande portão e entrar.

Em seguida, ele ligou a moto novamente, saindo em disparada para o seu bairro, que era totalmente diferente daquele, onde só havia casas enormes e chiques.

Ao chegar no Shimura Danzou, ele não seguiu diretamente para casa, ele conduziu sua moto para a praça, onde a pista de skate ficava localizada. Imediatamente, ao estacionar, viu três figuras na praça, Suigetsu, Juugo e Naruto, ambos conversando animadamente, mas pararam e acenaram para o amigo assim que o viram.

— E aí, Sasuke! — o loiro aproximou-se, cumprimentando o amigo com um toque que faziam, que consistia em um bater de mãos seguido de um soco fraco.

— Demorou hoje. — Suigetsu fez o mesmo toque ao se aproximar do Uchiha, e Juugo limitou-se a apenas acenar.

— Trabalho de escola. — Sasuke respondeu, dando de ombros.

— Você fazendo trabalho de escola até esse horário? Quem é você e o que fez com Sasuke Uchiha? — analisou o amigo de cima a baixo.

— Deixa de ser idiota! — Sasuke reclamou, estalando a língua.

Os amigos começaram a rir, porém isso não durou muito tempo, pois logo Naruto mudou de assunto. Os garotos conversaram por alguns minutos, o sol já havia se escondido há muito tempo, dando lugar à lua cheia.

Até uma ligação mudar totalmente o rumo da conversa.

O celular de Sasuke começou a tocar. Sem muita animação, o Uchiha retirou o aparelho do bolso, mas, ao ver o nome estampado na tela, ele ignorou a ligação.

— Não vai atender? — Juugo perguntou, e Sasuke apenas deu de ombros.

— Não é importante.

Voltaram a conversar, porém o celular do Uchiha começou a tocar novamente, e ele, outra vez, não atendeu, apenas deixou tocar.

Suigetsu ergueu as sobrancelhas e pegou o celular da mão do amigo, encarando-o logo após que viu o nome no visor do aparelho.

— Não acredito, Sasuke. — o semblante do Hozuki estava sério enquanto ele mostrava a tela para o dono do celular. Naruto e Juugo inclinaram-se em direção ao amigo para enxergar melhor. — Você disse que não se meteria mais com a Akatsuki.

Jogou o aparelho de volta para o amigo, ainda indignado, principalmente, pela falta de importância que Sasuke exibia.

Como ele conseguia ficar tranquilo?

Suigetsu, Naruto e Juugo o encararam.

— Tem noção do quanto Pain é perigoso? — Naruto estava ainda mais indignado. — No que se meteu dessa vez?

Sasuke apenas encarou os amigos de volta, odiava quando eles se metiam nos seus assuntos. Ele sabia o que fazia e pouco lhe importava o perigo.

Que se foda Pain, Akatsuki e as ameaças que lhe fazia. Sasuke Uchiha não tinha medo de nada.

— Está explicado como arrumou dinheiro para arrumar a moto. — Juugo concluiu, negando com a cabeça pela indignação. — Você ficou maluco, Sasuke?

— Não é da conta de vocês! — Sasuke disse, sua voz estava séria, evidenciando sua irritação. — Quer saber, eu vou para casa, vocês já estão me enchendo.

Deu meia volta e subiu na moto, dando partida imediatamente e seguindo pelas ruas silenciosas para sua casa. Não demorou mais que três minutos para chegar em frente à residência dele, que possuía as luzes da frente acesas.

Sasuke guardou a moto na garagem e seguiu para a entrada de casa. A porta estava destrancada, então, apenas abriu, dando de cara com todos os seus familiares na sala.

Era só o que faltava…

Sasuke respirou fundo, encarando os três olhos atentos em si.

— O que foi? — perguntou, mas ele já imaginava o que era.

— Fala a verdade, quem era aquela garota? Sua namoradinha? — Mikoto perguntou, sorrindo maliciosamente para o filho.

Sasuke suspirou, ainda mais cansado.

— Eu já disse que a Sakura é apenas minha colega de classe.

— Colega de classe, sei. — Itachi deu uma risada curta, o que só serviu para fazer Sasuke fechar os olhos e colocar a mão na testa. — Eu também tinha “colegas de classe” no colegial. — sorriu maliciosamente.

Sasuke bufou.

— Quer saber? Eu vou deitar. Se quiserem pensar no que não existe, vão em frente. Não vou ficar aqui perdendo o meu tempo explicando a mesma coisa pela milésima vez.

Subiu as escadas pisando duro e bateu a porta do quarto, já estava cansado de sermões e insinuações sem fundamento.

Mas, afinal, por que sua família estava pensando em tal coisa? Era um absurdo. Ele e Sakura?

Não que ela não fosse bonita, não, de forma alguma. Sakura era bem bonita e parecia bem legal também, não que ele ficasse reparando muito nisso, mas os dois não tinham nada a ver. Nada. Jogou-se na cama, bufando irritado.

Aquele dia estava muito louco.

Enquanto Sasuke tentava dormir de uma vez, sua família conversava no andar de baixo sobre Sakura. Itachi e Mikoto elogiando-a e dizendo o quanto seria perfeita para Sasuke, ambos com esperança dela conseguir mudá-lo, pelo menos, um pouco, enquanto Fugaku apenas escutava, afinal, ele não fazia ideia de quem ela era, entretanto, uma coisa lhe intrigava naquilo tudo.

O sobrenome Haruno.


Notas Finais


E então? Gostaram?
Beijinhos e até o próximo.


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