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História De Ponta-Cabeça - Garoto Inconsequente


Escrita por: TatyNamikaze

Notas do Autor


Olá! Tudo bem?
Desculpem a demora pra postar, mas o bloqueio de criatividade não me deixou escrever sobre essa fanfic, mas agora tô aqui com o capítulo 3.
Espero que gostem.
Boa leitura!

Capítulo 3 - Garoto Inconsequente


Fanfic / Fanfiction De Ponta-Cabeça - Garoto Inconsequente

De Ponta-Cabeça

Capítulo três - Garoto Inconsequente



Ela ocupou o segundo lugar na fila da parede, de onde pôde ver perfeitamente o quadro e escutar as explicações do professor. Sakura ainda sentia os olhares curiosos sobre si, talvez pelo atraso logo no primeiro dia na escola nova ou pelos seus cabelos cor-de-rosa.

De fato, os fios coloridos sempre chamaram atenção, e ela sempre gostou disso, porém, ali, onde não conhecia absolutamente ninguém — exceto o tal Uchiha —, era estranho ser o centro das atenções.

— Bom, como estava explicando antes de ser interrompido… — o professor Yamato dirigiu um olhar irritado para o garoto no fundo da sala, que deu de ombros ao sentir a indireta. Ele não se importava nenhum pouco com tudo aquilo. — Vocês responderão um questionário em dupla sobre a matéria. — pegou um monte de folhas sobre a sua mesa e olhou para toda a turma. — Podem escolher…

Ele mal terminou de falar, e a turma virou uma bagunça. Alunos perguntando para seus colegas se queriam fazer dupla com eles — a maioria já se conhecia do ano anterior —, mesas sendo arrastadas.

Yamato suspirou cansado com todo aquele barulho e esperou que a turma se organizasse para explicar o que deviam fazer.

Sasuke olhou para os lados, vendo a maioria em duplas e voltou a fitar sua mesa. Ele, por mais que estudasse lá há mais tempo que qualquer outro de sua turma — ou mesmo da escola —, não possuía muitos amigos, já que tinha uma personalidade difícil de se lidar, além de ser um pouco encrenqueiro e arrogante. Ele só tinha amizade com Naruto, Suigetsu e Juugo e, vez ou outra, trocava uma palavra com Neji Hyuuga ou Kiba Inuzuka, mas nada que caracterizasse uma amizade, porém nenhum deles estava em sua turma.

Naquele ano, diferentemente dos anteriores, Jiraya decidiu abrir duas turmas para o segundo ano do ensino médio, a 2A e a 2B, e, para o azar de Sasuke, todos os seus amigos e alguns conhecidos ficaram na outra turma, a 2A.

O Uchiha respirou fundo. Quem precisava de dupla em um questionário? Ele era bom para fazer sozinho, não precisava de ajuda de um colega.

Do outro lado da turma, Sakura observava todos os colegas montarem as duplas e não sabia o que fazer. Não os conhecia e não era muito boa em fazer amizades, além de possuir um pouco de vergonha de puxar conversa com desconhecidos.

A Haruno já estava quase desistindo do questionário em dupla e realizando-o individualmente quando viu o garoto que a havia ajudado mais cedo, o qual estava sentado na última carteira da fileira, isolado do resto da turma.

Sasuke, assim como ela, parecia não ser bom em fazer amigos, Sakura notava isso, mas, diferente dela, ele parecia não se importar com isso ou disfarçava muito bem.

O professor já parecia impaciente na frente da turma com toda aquela demora para organizarem as duplas, a Haruno notava isso. Ela não possuía tempo e nem muitas escolhas para fazer aquela atividade, então, sem mais hesitar, dirigiu-se ao fundo da sala.

Sakura parou ao lado do garoto que havia lhe ajudado, o tal Uchiha, que logo ergueu o olhar.

— O que foi? — ele perguntou, apesar de já saber do que se tratava.

— Todo mundo já tem dupla… — começou a falar, sem graça.

— Hm. — Sasuke olhou ao redor, constatando que, realmente, todo mundo já possuía duplas. — Pegue uma carteira. — falou, e Sakura sorriu em resposta.

Imediatamente, a Haruno pegou uma carteira vaga ao lado do Uchiha e arredou para mais perto dele. Enquanto esperavam o professor terminar de explicar sobre o que era o questionário de biologia — uma revisão sobre células —, os dois ficaram em silêncio.

Vez ou outra, Sakura observava seu parceiro de soslaio e, em seguida, observava ao redor. Sasuke era o único sem uniforme — calça preta, camisa branca de mangas e a gravata azulada — no primeiro dia de aula e era diferente dos outros alunos. De fato, ela notava que havia algo nele que o tornava único — talvez, a personalidade ou aparência —, ela só não sabia dizer o quê.

Yamato entregou um questionário para cada dupla, avisou que quem terminasse poderia sair de sala, e, imediatamente, todos começaram a fazer. Sakura ia pegar a folha para dar uma olhada, porém Sasuke foi mais rápido, colocando-a em frente à si.

A garota estranhou, mas deixou para lá, ia apenas observar. Ela leu as questões enquanto ele fazia calmamente e sem dificuldade alguma e admirou-se por ele não pedir ajuda um instante sequer, pelo contrário.

Em menos de quinze minutos, todas as 30 perguntas estavam respondidas — algumas de múltipla escolha, outras abertas —, e Sasuke entregou para a garota dar uma olhada.

Sakura analisou cada questão rapidamente e chegou à conclusão de que estava tudo certo — algumas ela não tinha certeza absoluta, mas ele parecia inteligente, então, iria confiar.

— Posso entregar? — perguntou para a garota.

— Pode, deixa eu só anotar os nossos nomes. — ela disse e escreveu o nome dela na folha. Em seguida, olhou para o parceiro. — Qual o seu primeiro nome?

— Sasuke, Sasuke Uchiha. — respondeu apenas isso, e Sakura escreveu com sua letra impecável o nome do garoto.

— Pronto. — entregou-lhe a folha.

No mesmo instante, Sasuke levantou-se e caminhou até o professor enquanto a Haruno ajeitava a carteira que pegou no lugar e retornava à sua para ajeitar os materiais. Viu Yamato encarar Sasuke por alguns instantes, assim como alguns alunos — provavelmente, surpresos pela rapidez na entrega do questionário — e, em seguida, ele caminhar para o lado de fora da sala com as mãos nos bolsos.

De fato, ele era diferente dos outros alunos, ela ainda só não sabia direito como e por quê.


. . .

Era o último horário de aula naquele dia, o que, para Sakura, era o pior deles.

Educação física.

A turma toda seguiu para o ginásio, onde, imediatamente, os garotos invadiram a quadra, pegando as bolas de basquete no canto dela. Sasuke, um pouco mais isolado, quicava a bola algumas vezes no chão cimentado sob os olhares de algumas alunas da sala, que, querendo ou não, eram atraídas pela beleza dele.

Ele, sem prestar atenção ao seu redor, chegou ao meio da quadra em passos lentos, ainda quicando a bola no chão. Quando chegou no meio do círculo no centro da quadra, no marco que determinava o campo de cada time nos jogos, mirou a cesta e, com uma mão, lançou a pesada bola.

Os olhos de alguns alunos desviaram-se para a trajetória da bola, que foi diretamente à cesta.

O Uchiha sorriu de canto, virando as costas ao ver o professor Gai chegando na quadra. Imediatamente, o homem pegou o apito pendurado no pescoço e soprou, chamando a atenção de todos os alunos no ginásio. Os garotos largaram as bolas de basquete e seguiram até o professor enquanto as meninas saíam da arquibancada e caminhavam até o meio do ginásio.

— Vamos jogar futsal, uma partida mista. Separem cinco times de sete jogadores, vamos dar uma adaptada pela quantidade de alunos na turma.

Imediatamente, os times foram separados, e Sakura ficou meio perdida naquele meio. Por fim, ela ficou em um time que possuía quatro garotos que ela não havia reparado na sala de aula e mais duas meninas que pareciam extremamente desinteressadas.

Ela suspirou, já imaginando a merda que seria essa partida, pois ela não fazia ideia de como se jogava.

Sem muita animação, a garota permaneceu na quadra com seu time e o adversário para a primeira partida, que não demorou a ter início. Logo nos primeiros três minutos, ela já estava exausta, afinal, não estava acostumada a fazer muitos exercícios físicos, era um pouco sedentária, pode-se dizer.

Ao fim do jogo — o que ela agradeceu, já que mal conseguia correr atrás da bola —, a partida ficou empatada em um a um. Se fosse vôlei ou handebol, talvez, ela tivesse se saído melhor, mas futsal não era um esporte que ela costumava jogar em seu antigo colégio.

Gai chamou outros dois times, e iniciou a segunda partida. O time de Sakura e seus adversários sentaram na arquibancada — inclusive ela — para assistirem a partida.

Mal passou três minutos, e Sasuke já havia marcado um gol, que, a propósito, foi bem no ângulo da trave. Alguns dos alunos na arquibancada cochicharam sobre Sasuke, algo sobre ser esperado do capitão do time de futebol da escola.

Quando o sinal tocou, indicando o fim da aula, o time de Sasuke teve a vitória de três a um contra o quinto time restante e todos dirigiram-se à saída da quadra.

Não demorou muito para que Sakura saísse da escola com a mochila nas costas, suspirando de cansaço enquanto procurava, com os olhos, o carro de seu pai e não demorou para avistar o Mustang preto estacionado a alguns metros da porta da escola.

Enquanto Sakura adentrava o carro chique e caro e sumia na esquina, os olhos de Sasuke a observavam.

Sem entender ao certo o por quê de ter ficado observando o carro se distanciar, Sasuke deu de ombros e começou a caminhar pelas ruas, até as casas mais nobres começarem a dar lugar às construções mais simples.

Logo, ele parou de frente uma oficina simples, um galpão improvisado cheio de carros batidos ou com o capô aberto em frente e adentrou o local. Não demorou para que o dono do lugar, Zabuza Momochi, notasse a presença do garoto e sorrisse de canto.

— Fala aí, Sasuke! — bateu na mão do garoto em cumprimento, sem importar se o sujaria ou não de graxa. — Veio ver se a moto está bem cuidada?

— Na verdade, eu vim pagar pelo conserto. — o garoto respondeu, sério, mostrando as notas que tirou da mochila.

— Assaltou um banco, foi? — o cara perguntou, pegando o dinheiro da mão do garoto.

— Não seja bobo, não sou ladrão. — disse, encarando o mecânico. — Peguei emprestado. Em quanto tempo consegue deixar minha moto novinha?

— Depois de amanhã, já pode pegar.

— Excelente. — o garoto deu as costas, colocando as mãos nos bolsos e começando a caminhar para fora do lugar.

Pronto, sua moto ficaria novinha em folha depois do acidente que ele sofreu no fim do verão — que só lhe causou alguns arranhões, mas um grande estrago na moto —, agora, só precisaria de um emprego para pagar o que ele devia.

Ou não.


. . .


O segundo dia de aula começou muito diferente do primeiro, afinal, a Haruno conseguiu chegar na hora, porém ainda se sentia deslocada naquela sala onde não falava com ninguém.

Vez ou outra, ela desviava seu olhar para a carteira que Sasuke ocupou no dia anterior, mas ele não havia chegado na hora — tanto que ela fez a atividade em dupla sozinha — e nem no último horário antes do intervalo, o que ela estranhou.

Sakura caminhou pelo grande refeitório lotado com uma bandeja nas mãos, procurando por um lugar onde se sentar, mas não havia uma mesa disponível, todas já estavam ocupadas.

— Ei, novata. — escutou uma voz feminina chamar e pensou que não era com ela, mas, quando viu uma garota de longos cabelos loiros acenar para ela, caminhou lentamente até a mesa onde a loira estava sentada ao lado de um garoto. — Senta aí. — apontou para a cadeira, e Sakura sentou-se.

— Oi, meu nome é Sakura. — apresentou-se sorrindo.

— A gente sabe, somos da mesma sala. — o garoto disse, sorrindo fraco, e Sakura sorriu sem graça por não ter se dado conta. — Sou Sai e essa é a Ino.

— Prazer. — a Haruno sorriu.

— É seu primeiro ano aqui na OHS, não é? Não lembro de você. — Ino comentou, e a rosada assentiu. — Imaginei. — sorriu. — Olha, nós não te conhecemos, então não temos direito de nos meter em sua vida, mas podemos te dar um conselho?

A Haruno, sem entender nada, assentiu.

— Não ande com o Sasuke não, ele sempre está metido em problemas. É para o seu próprio bem. — a loira disse, fazendo a rosada olhá-la confusa.

— Sério, Sakura, ele não é flor que se cheire. — Sai completou e, nesse instante, Sakura ficou perdida em pensamentos.

Sasuke era tão ruim assim? Não, ele não parecia ser.

Não mesmo.


Notas Finais


E então? Gostaram?
Vish... Será que a Sakura vai ouvir o conselho da Ino?
Beijinhos e até o próximo.


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