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História De Repente aconteceu - A parte em que Rukia me leva ao céu, e me precipita ao...


Escrita por: Mara-Kuchiki

Capítulo 13 - A parte em que Rukia me leva ao céu, e me precipita ao...


Fanfic / Fanfiction De Repente aconteceu - A parte em que Rukia me leva ao céu, e me precipita ao...

No capítulo anterior:

Olhei para Rukia e ela balançou a cabeça de forma positiva. Fiz o mesmo gesto para o medico, ele mexeu mais um pouco no aparelho sobre a barriga e disse: É um menino.

É um menino.

É um menino.

É um menino.

Essa frase ficou soando em minha cabeça até que a ficha finalmente caiu.

— É um garotinho! — exclamei em alta voz.

— Sim, olha aqui. — tinha uma setinha apontando para o pintinho do meu bebê. Eu disse pintinho? Eu tô sendo humilde, o garoto é bem dotado! É meu filho, né? Não podia ser diferente. Hahaha!

— Um menino. — Rukia balbuciou e minha atenção se voltou para ela. Fiquei tenso e com medo de não ter gostado. Rukia retribuiu o olhar e sorriu para mim, meu corpo inteiro se relaxou novamente. Que alívio, ela gostou.

Aquele dia foi especial, pois descobrimos que eu e Rukia seríamos pais de um menino.

Continua...

A parte em que Rukia me leva ao céu, e me precipita ao inferno com a mesma proporção

 

— Um menino? Meu netinho é um menino?

— Foi o que eu falei! Tá surdo, é? — sei que deveria ser mais atencioso com meu pai, mas quem disse que eu tenho paciência com ele?

— Ele já tem pé, mão, deu para ver até o formado do rosto. — diz Rukia animada. Ela tinha um sorriso tão feliz no rosto que até acabei me esquecendo de meu pai e me distraí olhando para ela.

— Não acredito que perdi a oportunidade de ver meu netinho. Fala mais, Rukia-chan. Ele se parece comigo? Tem meus olhos?

— O que você tá pensado, pai? Foi só um ultrassom que fizemos e não um álbum de fotos.

— Para quando o medico marcou o próximo exame? — você ainda tem dúvidas que ele me ignorou? Parece que nem me escutou.

— Não sei, nem perguntei. — desde quando Rukia sabe de alguma coisa?

— Só daqui a dois meses agora, pai. E se te interessa, o bebê tá muito bem.

— Ouviu o coração dele? — Eu acho que sou invisível aqui, meu pai nem olha para mim.

— Sim, muito alto. — volto a ficar feliz com a empolgação de Rukia, ela finalmente está aceitando bem a gravidez.

— Quando as meninas chegarem vão morrer por terem perdido isso. — choraminga meu pai. Ele sempre fica todo bobo quando o assunto é seu neto.

Eu estava sentado na cama com minhas costas na cabeceira lendo um livro para esperar Rukia se deitar. Odeio quando estou já dormindo e ela chega acendendo a luz e fazendo bagunça.

Rukia entrou no quarto e eu a fitei. Ela tinha acabado de sair do banho, um aroma agradável de flores ficou impregnando no ambiente. Adoro seu cheiro. Ela usava uma camisola que deixava sua barriga em destaque. Achei tão linda, depois de ontem eu estou olhando para Rukia e a visualizando como gravida, coisa que não acontecia por eu ainda não ter notado o volume em sua barriga.

Ela perguntou se podia apagar a luz, eu deixei o livro na escrivaninha e disse que sim. Em sequência Rukia se deitou ao meu lado. Ela não colocou o travesseiro entre nós, o que me deixou com um sorriso bobo no rosto.

Deitei-me também e Rukia estava de costas para mim. Fiquei por algum tempo olhando para ela. Sentia vontade de tocar em sua pele, abraçá-la. Eu só podia ter enlouquecido, talvez seja a carência, não é nada fácil dormir todos os dias ao lado de uma mulher bonita feito Rukia e não poder tocá-la.

Fechei meus olhos na tentativa de tirar aqueles pensamentos da cabeça, mas não adiantou. A imagem de Rukia nua e nós fazendo amor veio em minha mente e senti minha respiração ficar ofegante. Aquilo não estava acontecendo comigo, não conseguia acreditar.

Não sei dizer o que me deu, quando percebi minha mão já estava tocando os cabelos dela. Segurei em uma mecha, levei até meu nariz e inalei aquele odor tão gosto que me fez suspirar.

— Ichigo, o que foi? — ela disse baixo, sem se virar para mim. Meu coração quase parou tamanho meu susto. Só aí me liguei no que estava fazendo. Não sei explicar se ela estava assustada ou incomodada, talvez as duas coisas.

— Nada de mais, te incomoda? — meu rosto queimava de tanta vergonha e minha vontade era de sair correndo dali, mas a verdade é que... eu queria ficar.

Um silêncio pavoroso se instalou entre nós, foi apenas alguns segundos, mas para mim parecia uma eternidade. Várias coisas passaram em minha cabeça e eu tinha medo de ser rejeitado.

 Sei que é bem maluco. Fico falando que eu e Rukia somos apenas amigos, e somos sim, mas eu nunca neguei que queria ter uma relação verdadeira de casado com ela. Rukia espera um filho meu e eu não pretendo me separar dela, só por este motivo espero que nossa relação dê certo.

— Não. — ela disse tão baixo que só consegui ouvir porque estava com meu corpo quase colado ao dela.

Meu coração acelerou e eu fiquei incrédulo com que escutei, mas o fato de ela não estar incomodada com minhas carícias me fez sentir a vontade para prosseguir. Enlacei sua cintura e Rukia ficou com seu corpo bem junto ao meu. Esperei um pouco para ver se ela ia reclamar, e não houve queixa. Esfreguei meu rosto em seus cabelos, no pescoço, o beijei e senti o corpo de Rukia retrair. Deslizei minha mão por sua cintura e encostei meus lábios em seu rosto.

— Ichigo... o que tá fazendo?

— Quero ficar juntinho de você. — agora minha mão estava em sua barriga.

— Pra que? Já faz algum tempo que dormimos na mesma cama, e você nunca fez isso. — ela parecia confusa. Não posso julgá-la, porque eu também estava. Se você me perguntasse o que estou fazendo, diria que não sei. Talvez agindo por impulso ou só querendo ser mais próximo de Rukia, já que somos marido e mulher. Isso não é uma desculpa tá? Estou agindo como homem. Tsc, só pensam besteira.

— É algo que queria fazer há muito tempo. — Segurei em seu rosto, o virando para mim. Selei meus lábios aos dela não dando tempo de falar nada. Não foi aquele beijão dos quais trocamos na casa de Ishida, apenas um roçar, mas tão gostoso quanto.

— Ichigo... — ela me olhava com os olhos arregalados, tão lindos.  A interrompi, não queria que Rukia estragasse o clima.

— Sua boca é tão macia, exatamente como me lembrava. — falava e dava selinhos nela, sentido um gostinho tão nostálgico.

— Você se lembra?

— De quando nos beijamos?

— Sim. — eu fiquei olhando para ela, se Rukia tivesse ideia das coisas que me lembrava daquela noite ela morreria de vergonha.

Passei a acariciar seu rosto com minha mão. Ela fechou os olhos e abriu, acredito que gostou do carinho. Suguei seu lábio inferior aproveitando que a boca dela estava levemente aberta. Rukia deu um gemido abafado. Que delícia, meu corpo chegou ficar todo arrepiado.

— Eu lembro muito bem de nossos beijos. — Minha boca ainda estava selada a dela.

— E foi bom? — quase nem acredite que Rukia falou isso. Eu conseguia sentir sua respiração levemente descompensada e isso era tão bom.

— Sim, muito. Sentir seus lábios ao meu foi incrível. — lhe dei um selinho. — Você abriu a boca para minha língua a invadir. Ainda consigo me lembrar do sabor que tinha o interior dela. — mordisquei seu lábio inferior e o lambi, Rukia levou a mão em minha nuca e fazia um tímido carinho. Aquilo estava ficando muito bom, não esperava que as coisas fossem avançar de forma tão íntima. Se achei ruim? Logico que não! Tô adorando!

— Eu quero saber que gosto tem já que não me lembro de nada. — ela abriu a boca e eu novamente fiquei incrédulo, aquilo estava mesmo acontecendo? Mas não pensei duas vezes, queria muito sentir novamente o gosto que tinha o interior da boca de Rukia e foi exatamente isso que fiz.  

Minha língua explorava cada cantinho e com as mãos girei o corpo dela para ficar de frente para o meu, assim conseguia acariciar melhor suas costas, nuca e cabelos.

Rukia parecia estar gostando do beijo, ela apertava meu braço com força e sentia seu corpo colar mais ao meu, era muito gostoso. Ela não sabia muito bem o que fazer e eu conduzia todo o ato movendo meus lábios de forma intensa e sugando sua linga gostosa. Que beijo delicioso.

Tivemos que nos separar devido a falta de ar. Eu queria ficar com minha língua dentro de sua boca até o dia amanhecer, e ainda assim seria pouco para aliviar o desejo que sentia naquele momento.

Minha mão acariciava o rosto dela e Rukia não falava nada, apenas me fitava. Tenho certeza que ela tentava entender o que foi aquilo e como chegamos aquele ponto. Para Rukia, até pode ser estranho porque era como se aquele beijo fosse o primeiro que trocamos. Mas para mim não, eu já vinha sonhando e pensado quase que o tempo todo no dia em que fizemos amor. E não vou mentir e dizer que não sinto desejo por ela, eu sinto sim, e muito.

— Foi ruim? — arrisquei falar algo.

— Não. — foi tudo que ela disse. Seus olhos ainda me analisavam e aquilo já estava me incomodando, tinha medo de Rukia conseguir ver dentro de mim e descobrir os pensamentos eróticos que tenho com ela.

— E então?

— Então o que?

— Isso te incomodou?

— Eu só tô tentando entender o que tá acontecendo aqui.

— Eu sinto vontade de ficar junto de você sempre que estamos na mesma cama, mas se tiver incomodando eu paro. — Por que diabos eu falei essa besteira? Rukia estreitou os olhos parecendo não acreditar em minhas palavras, mas confesso que eu queria com todas as minhas foças que Rukia dissesse que eu poderia tocá-la, beijá-la e ficar junto dela o quando eu quisesse.  Estava tão gostoso tê-la juntinho de mim.

— Isso é comum entre casais, né?

— Sim. Agora somos um casal.

Rukia se vira de costas para mim novamente e diz: Só não ronca em meu ouvido senão te jogo para fora da cama. — disse com seu tom autoritário, porém eu fiquei tão feliz. Será que essa era mais uma defesa de Rukia que eu tinha conseguido derrubar?

Dei um beijo em seu rosto e me aconcheguei ainda mais junto dela ficando de conchinha. Dormi com o corpo de Rukia colado ao meu e minha mão em sua barriga sentido meu garotinho, foi uma noite maravilhosa.

•••

 

No dia seguinte...

Eu não sou uma pessoa ciumenta, nem tenho motivos para isso. Se Rukia e eu fôssemos um casal de verdade até teria sim. Apesar da noite anterior, nosso casamento é mais frio que o congelador da minha casa, então me diga: tenho motivos para ter ciúmes? Logico que não, né!

Porém faz horas que Rukia está trancada no quarto com Renji. Ok, exagero dizer que são horas, digamos que tempo suficiente para me deixar irritado. Por quê? Como assim? Ela é minha mulher e isso não pega bem. O que as pessoas vão dizer? Não é ciúmes, apenas meu orgulho de marido ferido. Tsc.

Eu cheguei do trabalho ansioso para conversar com ela, ver como Rukia reagiria depois de termos nos beijado noite passada. Pela manhã quando saí, ela ainda estava dormindo e não quis incomodá-la. Daí chego em casa  louco para ficar a sós com minha mulher e descubro que ela está no quarto com outro homem. Isso me deixou louco.

Entrei no quarto como quem não quer nada, fingindo pegar um livro, e aqueles dois pareceram nem me notar. Estavam conversando sobre alguma coisa da Soul Society. Renji apenas me cumprimentou e voltou sua atenção para Rukia.

Pigarreei, deixei o livro cair, fiz barulho e nada. Saí do quarto com muita raiva, porém quando ia fechar a porta uma luz se acendeu em minha cabeça.

Deixei a porta entreaberta para escutar o que esses dois estão falando. Já sei, isso tá virando um hábito né? Mas a culpa é toda da Rukia! Comigo é só gritos e reclamações e quando Renji vem ela fica toda sorridente? Quero saber o que é tão engraçado.

— Será que nii-sama vai gostar de saber que o bebê é menino?

— Lógico que sim. Já tô até imaginado o que ele vai dizer. “É um menino? Pelo menos para isso Kurosaki Ichigo presta” — aquele idiota do Renji imitou a voz de Byakuya e eles começaram a ri. Eu fiquei com muita raiva. Esses dois estão caçoando da minha cara. Aff.

— Eu gostei de saber que é um menino. — pronto, minha raiva se foi quando a escutei falando isso. Que bonitinha.

— Eu também. Ah, meu taichou mandou perguntar se tá precisando de alguma coisa. — escuto Renji falar. Até parece que vou deixar faltar algo para Rukia e meu filho.

— Eu estou bem. Sinto falta dele. — Rukia fala baixo, ela ainda fica triste por ter que ficar presa no mundo dos vivos e não poder voltar para  Soul Society. Bom, pelo menos até o bebê nascer. Urahara disse que não é seguro para ela e nem nosso filho.

— Ele também sente a sua, por isso me manda vir te ver quase sempre.

— Gostaria que o nii-sama viesse algum dia. Acho que ele ainda guarda mágoa por eu ter ficado grávida. — odeio quando Rukia fica tão cabisbaixa.

— Engano seu. Meu capitão está feliz com o bebê, mas sabe como é o jeitão dele, né. Tenho certeza que quando o pequeno nascer vai se derreter todo.

— Espero que sim. — consegui ver Rukia colocando a mão na barriga e fazendo um carinho.

— E você e Ichigo? — Opa, esse assunto me interessa e muito.

— O que tem?

— Como está a relação de você?

— Eu não sei. É uma situação complicada. — Complicada? Como assim, Rukia? Pensei que estávamos nos entendendo.

— Por quê? Não está feliz?

— Não é esse o caso, o pessoal aqui me trata muito bem. Ele também, mas... eu sinto falta do relacionamento que tínhamos antes. Queria que as coisas voltassem ao normal entre nós. — as palavras de Rukia foram como flechas agudas em meu coração.

Eu pensei que estávamos progredindo. Noite passada ela parecia ter gostado dos meus beijos e carícias. Pensei que agora poderíamos ter uma vida de casal, mas pelo visto estava enganado. Ela ainda é infeliz pela vida que leva ao meu lado.

— As coisas não vão ser mais como eram, Rukia. Vocês agora têm outro tipo de relação, e vai acabar se acostumando com isso. — isso foi a ultima coisa que escutei Renji falar antes de sair dali. Não tinha mais ânimo para escutar algo.

Estava triste e me sentindo um idiota por achar que Rukia estava finalmente me aceitando como seu marido.

 

Continua...

 


Notas Finais


Espero que tenho curtindo e por favor, deixem seus comentários.

Beijos!


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