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História De Repente aconteceu - A parte em que Ichiro conhece seu novo lar


Escrita por: Mara-Kuchiki

Capítulo 18 - A parte em que Ichiro conhece seu novo lar


Fanfic / Fanfiction De Repente aconteceu - A parte em que Ichiro conhece seu novo lar

No capítulo anterior:

— Sinto algo tão estranho quando penso que você é o pai dele, Ichigo. Não é algo ruim, apesar de surreal. Olha, sei que Ichiro não foi planejado, mas eu não consigo imaginar outro pai para meu filho que não fosse você.

Ah, Rukia, eu quero lhe falar tantas coisas. Dizer que você me deu a maior alegria do mundo com esse filho, que suas palavras encheram meu coração de felicidade e que você é a mulher que teria escolhido para construir uma família, mesmo sendo só minha amiga.

            Por que não escolheria minha melhor amiga para ser mãe de meus filhos? Não vejo problema algum nisso. Sabe por quê? Você é incrível, muito importante para mim e me sinto bem quando estou ao seu lado. Se isso não é motivo suficiente para se casar com alguém, então sei o que seria.

Mas infelizmente, como já falei aqui antes, não sou bom com as palavras.

— Me alegra muito saber disso, Rukia. — dei um sorriso para ela, mostrando o quanto o que ela falou significou para mim.

Tenho certeza que Rukia entendeu, afinal de contas, não precisamos de muitas palavras para nos entender.

A parte em que Ichiro conhece seu novo lar

 

A descoberta de que Rukia estava grávida foi algo tão impactante e logo em seguida veio o casamento e sua gestação, que não foi tão tranquila. Por todos esses motivos, não paramos para pensar que deveríamos fazer o enxoval de Ichiro. Tudo que tínhamos eram algumas roupinhas que Rukia comprou com Inoue e os presentes de nossos amigos, nem berço meu filho tinha.

No que pensamos? Ah não sei, achei que ainda teríamos mais uma semana para arrumar tudo e Rukia compraria o berço ainda por esses dias. Minha vida é bem corrida e por ela não estar saindo sozinha de casa acabamos deixando tudo para cima da hora. Resultado? Quando o médico deu alta para Rukia e nosso filho, eu me lembrei de que o moleque nem teria onde dormir.

Porém quando cheguei em casa, eu e Rukia tivemos uma agradável surpresa.

— Que lindo! Quem fez isso? — fala minha esposa tão espantada quando eu ao abrir a porta do quarto.

— Papai e Yuzu que compraram tudo e arrumaram. — disse Karin.

Dei uma boa olhada pelo cômodo e estava incrível. Eles tinham comprado um berço branco, que agora ocupava o lugar onde ficava a cômoda com minhas coisas. Adeus som, computador, skate, violão. Bem vindo berço e todas essas coisas fofas para bebês.

O cantinho de Ichiro ficou lindo. Todo branco com decoração em azul, nem parecia meu quarto.

— Tá tudo tão arrumadinho, nem parecia que caberia tudo isso em um espaço pequeno. — escuto Rukia falar animada.

— Compramos muitas roupinhas e tudo que o bebê vai precisar. — diz papai. Até que fim ele fez algo que preste.

— Onde estão minhas coisas? — tudo muito lindo, tudo muito maravilhoso, mas o que eles fizeram com meus pertences?

— Papai doou para um abrigo. — quando escutei Karin falar isso, meu sangue esquentou na mesma hora.

— O QUÊ? Com que direito fez isso? — minha vontade era jogar meu pai pela janela.

— Não seja mal agradecido, Ichigo. Seu pai e Yuzu arrumaram tudo para o bebê e você só tá preocupado com aquelas velharias?

Duas coisas que você precisa saber:

1° — Se Rukia não estivesse com Ichiro no colo ela teria me batido, sem sombra de duvidas.

2° — Nunca contem isso para ela, mas Rukia tem razão. O que eu deveria dizer para meu pai era “Muito obrigado, pai, por ter cuidado das coisas do meu filho e ter deixando o cantinho dele lindo”, mas como eu não sou desses...

— Não tô nem aí. Não deveria ter dado minhas coisas sem me comunicar... Aiii... sua louca, quer ficar viúva e com um filho nos braços? — deveria ter calculado que ela estava com as mãos ocupadas, e não os pés. Meu rosto deve estar com a marca do pé dessa baixinha irritante.

— Isso é para você largar de ser ingrato e idiota. — Ela vira-se para meu pai e Yuzu e diz — Muito obrigada, ficou lindo o cantinho do Ichiro. — Rukia é bem melhor com as palavras que eu. Tsc.

— Não precisa agradecer, Rukia-chan. Tô tão feliz com meu netinho. — meu pai parece um bobo.

— Deixa eu segurá-lo? — fala Yuzu.  Rukia o entregou à ela. Confesso que era uma cena gostosa de ver. Minha irmã com meu filho nos braços é algo que nunca passou por minha cabeça.

— Kuchiki-san, acho que Ichiro precisa trocar a fralda. — fala Yuzu com cara de nojo.

— Pode trocar. – ela diz tranquilamente.

— Eu? Não sei trocar fraldas, Kuchiki-san. — tadinha da minha irmã, ficou apavorada.

Rukia deu uma boa olhada em volta procurando alguém para trocar o bebê, mas...

— Eu queria muito ficar, mas tenho que voltar à clinica. — meu pai saiu tão rápido do quarto que passou por mim parecendo um foguete.

— Eu vou preparar a janta. — com Yuzu não foi diferente, ela entregou meu garotinho para a mãe e seguiu papai. Karin foi junto sem falar nada.

— Ichigo... — Disse Rukia levantado os braços com o bebê em minha direção.

— Nem pensar, eu não sei trocar fraldas.

— Mas você disse que ajudou a tomar conta das suas irmãs.

— Eu cuidava delas e não trocava fraldas. Yuzu e Karin são duas meninas.

— Não sei como fazer isso, Ichigo. No hospital quem trocava as fraldas era a enfermeira.

— Não deve ser tão complicado assim. — peguei a embalagem da fralda e comecei a ler as instruções. Rukia deitou Ichiro no trocador e conforme foi desenrolando ele da manta que o aquecia ficamos de boca aberta. Como uma criatura tão pequena conseguiu fazer um estrago daquele? O macacão estava todo sujo e a coisa só piorou quando abrimos a fralda. Rukia chegou ter ânsia de vômito.

— Ichigo, o que é isso?

— É merda, não percebeu ainda?

— Eu sei, Idiota. O que quero dizer é como esse garoto conseguiu fazer tanto cocô assim. — ela falava com som anasalado, pois tinha uma das mãos no nariz.

— Não me diga que vou ter que te explicar como ele faz merda, né? — Ela me olhou com os olhos assassinos que cheguei ficar assustado. Rukia não queria brincadeira, então resolvi mudar de assunto. — Aqui só explica como colocar a fralda, mas não fala nada de como vamos limpar essa cagança toda.

— E agora, Ichigo? — ela estava apavorada. Já tinha aberto o macacão e a fralda vazava uma pastinha meio verdeada muito estranha. Aquilo dava maior nojo.

— Segura as pernas dele para não se sujar que vou pesquisar na internet. — Eu queria dizer para não se sujar mais né, porque ao invés de Rukia segurar o garoto ela tampava o nariz e à medida que ele se mexia já tinha sujado as penas e pés de cocô.

— Tem como se sujar mais que isso? — ela pegou no pé dele com a ponta dos dedos enquanto eu pesquisava em meu telefone. — É bem mais fácil derrotar hollows que cuidar de bebê, Ichigo. — resmunga. Não aguentei e dei uma risada, a situação era complicada e ao mesmo tempo hilária.

Escrevi no Google “Como limpar bumbum cagado de bebê”, apareceu varias opções: usar lenço umedecido, algodão molhado na água e se a situação tiver muito critica dar um banho. Olhei para meu garoto e com toda certeza a situação era critica.

— Vou trazer água para dar banho nele. De todas as opções, essa é a melhor.

— Não demora Ichigo.

Minutos depois...

Tiramos o excesso de caca do bumbum de Ichiro e demos um banho nele. Até que não foi tão difícil como imaginei.  Agora meu filho estava cheirosinho.

— Ichigo, acha que ele vai fazer o número dois quantas vezes por dia? — Rukia parecia cansada e olha que esse era apenas o segundo dia de vida do nosso filho.

— No livro que estava lendo dizia que recém-nascidos fazem cocô muitas vezes ao dia. — vi quando o semblante dela ficou cabisbaixo.

— E quando ele vai aprender a fazer isso sozinho? Não quero ficar trocando fralda cagada por muito tempo. — eu sorri, não pude evitar. Não sabia como dizer para Rukia que ela ainda trocaria muitas fraldas antes que Ichiro aprendesse a usar o vaso.

Eu levei janta para Rukia no quarto, ela estava cansada depois da maratona de trocar fraldas, dar de mamar voltar a trocar fralda e novamente amamentar nosso filho. Aquilo parecia mesmo cansativo.

— Acho que agora ele vai dormir por um bom tempo. Por que não tenta descansar um pouco? — disse para Rukia. Ela tinha acabado de dar de mamar para Ichiro e ele dormia em seu colo.

— Espero que sim, foi um dia bem longo. No hospital quem cuidava dele eram as enfermeiras. — a voz dela mostrava como estava cansada.

— Vou colocá-lo no berço. — faço menção de pegá-lo de seus braços.

— Deixa eu ficar só mais um pouquinho com ele. — ela dá um cheirinho em seu cabelo e beija sua cabecinha.

— Vai deixá-lo manhoso...

— Como é lindo meu bebê. Te amo, filho! — meu coração quase parou quando escutei Rukia falar. Ela não disse para mim, foi apenas um sussurro enquanto beijava Ichiro no rosto, mas confesso que foi emocionante escutar essas palavras.

— Cheguei a pensar que você nunca se acostumaria com ele.

— Não me acostumaria? Por quê?

— Nunca te vi falar sobre casar e ter um filho estarem incluídos em seus sonhos. Sua vida sempre foi diferente de tudo isso e eu tinha medo que não conseguisse se adaptar a sua nova realidade. — ainda não me sinto à vontade em conversar com Rukia abertamente sobre tudo que sinto e nossa relação, mas nos últimos dias nos aproximamos muito e ficaria satisfeito se ao invés dela mudar de assunto ou me ignorar conversasse comigo e falasse como se sente.

Fico feliz em dizer que meu desejo se realizou.

— Estar casada e ter um filho nunca foram meu objetivo de vida. As únicas coisas que aprendi e para que fui treinada fora ser uma shinigami, isso é tudo que sei da vida. Mas... isso não significa que não estou curtindo esse momento. Rukia segura na mãozinha de nosso filho e beija. — Olha que bebê mais lindo. E ele saiu de dentro de mim. Sabe Ichigo... — volta a me fitar. —... De todas as coisas que já fiz na vida Ichiro é a mais linda e nunca vou me arrepender por ter tido ele. Como não me apaixonar por esse garotinho lindo? E em relação à vida que tinha antes, nada impede que eu volte a ter. Hoje eu sou mãe do Ichiro, amanhã ou depois vou poder voltar a ser uma shinigami novamente e ainda assim continuarei sendo mãe e sua esposa. E vê se para de ficar surpreso com minhas atitudes. Achou que eu iria rejeitar meu filho? Você é um idiota! — não preciso dizer que nas duas últimas frases ela gritou comigo né?

— Vou colocá-lo no berço. — preferi mudar de assunto antes que Rukia acertasse algo em minha cara, até porque eu estava satisfeito com sua resposta. Ela me entregou o bebê e eu o pus no bercinho.

Fiquei alguns segundo olhando para meu filho, ele era ainda mais gostoso quando dormia. Acariciei seus cabelinhos ruivo feito o meu e dei um beijo delicado em seu rosto. O pus no berço e sentei-me ao lado de Rukia.

— Agora deita e descansa antes que Ichiro acorde.

— Vai ficar aqui comigo? — ela falou de forma tão natural que pareceu sermos íntimos, coisa que não somos.

— Eu fico sim... — Rukia não esperou eu terminar de falar e selou seus lábios aos meus. Não foi aquele beijasso, apenas sua boca roçou na minha. Mas confesso que foi o suficiente para meu coração ficar acelerado no peito.

— O que foi isso? — que droga, eu deveria ter ficado com a boca fechado, quando fico nervoso só falo besteira.

— Um beijo, seu idiota. Vai dizer que não sabia?

— Lógico que sabia, o que quis dizer é que... — novamente senti os lábios de Rukia nos meus, desta vez não me fiz de rogado e enlacei sua cintura a trazendo para junto de mim. Passei o dedo polegar em seu lábio inferior a obrigando a abrir a boca, introduzi minha língua em seu interior dando mais intensidade para aquele beijo.

Beijar Rukia era bom. Eu disse bom? Não, quis dizer ótimo. Me sentia nas nuvens e meu corpo, músculos, nervos reagiam ao toque dos lábios dela aos meus. O que sinto por Rukia não era apenas desejo, eu... eu não sei dar nome a esse sentimento que invade meu coração e provoca tantas emoções diferentes em mim. A única coisa que posso garantir com certeza é que só me sinto desta forma com Rukia.

Infelizmente a falta de ar me fez interromper o beijo, confesso que eu queria continuar degustando o sabor delicioso dos lábios de Rukia por mais tempo.  

Ela olhou para mim e sorriu. Eu beijei sua testa e achei melhor não falar nada, não queria estragar aquele momento falando alguma besteira.

Deitei-me na cama e Rukia ficou em meus braços. Duas horas depois meu garotão acordou querendo mamar. Naquela noite Ichiro não nos deixou dormir muito, mas o pouco de tempo que tive Rukia em meus braços foi maravilhoso, me senti um homem verdadeiramente casado.

Continua...

 

 

 


Notas Finais


Desculpe a demora pessoal.

O que acharam?

Por favor, não leia sem cometar. Falei o que achou para motivar meu trabalho.

Beijos e muito obrigada!


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