História De Repente aconteceu - A parte em que descubro o que sinto por Rukia

No capítulo anterior:

Sussurrava em seu ouvido o quanto ela era gostosa e como estava bom tê—la nua em meus braços. Eu gemi ao sentir as unhas de Rukia riscar minhas costas. Aquela mulher estava me enlouquecendo.

Senti a respiração de Rukia ficar cada vez mais ofegante, o som de seus gemidos e múrmuros cada vez mais carregados de desejos. Seu corpo suava ao ritmo que eu investia contra sua intimidade. Confesso que delirava ao sentir a intimidade dela contrair a minha. Estar dentro de Rukia era de um prazer absoluto, não consigo expressar com palavras. 

Entre um ir e ir constante e cheio de desejo que escutei os últimos gemidos da mulher que eu estava dando prazer. Foi tão excitante vê—la alcançar o orgasmo que também me derramei dentro dela chegando ao ápice de aquele ato.

Depois de gemidos, múrmuros e suspiros agora a única coisa que se  conseguia ouvir em meu quarto era nossas respiração ofegantes.

A parte em que descubro o que sinto por Rukia

Meu corpo não se lembrava de já ter experimentado tamanho prazer, minha mente por sua vez recordava o quanto foi bom fazer amor com Rukia pela primeira vez e agora foi mil vezes melhor. Ainda sinto a adrenalina pulsar nas veias, minha pele chega queimar mesmo depois de já ter alcançado meu deleite. Isso foi simplesmente incrível.

Eu poderia te dizer que o que acabou de acontecer nesse quarto foi porque Rukia é minha mulher e isso é muito natural. Falar que foi o desejo o culpado por me fez sentir tantas sensações que só provei nos braços de Rukia. Mas... não posso mentir, não quero mais me enganar... Eu amo Rukia. Amo essa mulher que ainda tem seu corpo debaixo do meu e me olha com um sorriso lindo no rosto, me mostrando que ela gostou de fazer amor comigo tanto quanto eu com ela.

Ah Rukia, Rukia... minha Rukia. Como eu pude ser tão idiota e não perceber meus sentimentos por você há mais tempo? Ele sempre esteve aqui em meu coração, eu era orgulhoso demais para admitir sua existência. Agora quero gritar e dizer que te amo, mas... você vai gostar de ouvir isso? Rukia... você sente o mesmo por mim? Fala alguma coisa, por favor, senão vou enlouquecer.

Fechei meus olhos ao sentir a mão dela em meu rosto fazendo um carinho tão gostoso. Os compassos de meu coração que estavam acelerados foram se acalmando ao ritmo que ela tocava minha pele.

Quando voltei a abrir os olhos me deparei com aqueles violetas ainda sobre mim. Ela segurou em minha nuca fazendo com que nossas bocas se encontrassem.

Que beijo gostoso. Os lábios dela ainda estavam trêmulos, acredito que seja por consequência do orgasmo. Rukia foi ao céu assim como eu e essa constatação me deixou tão feliz.

Quando nossos lábios se separam, eu queria lhe dizer como me sentia. Precisava mesmo falar com ela, colocar tudo para fora antes que ficasse maluco, mas...

— Vamos dormir antes que Ichiro acorde? – ela disse baixo, calma, ainda com a mão em meu rosto.

O que eu ia fazer? Rukia queria descansar um pouco, acho que nossa conversa vai ficar para amanhã.

— Aham – foi tudo que consegui dizer.

Saí de cima dela e me deitei ao seu lado. Rukia repousou sua cabeça em meu braço e se aninhou em meu peito enquanto a envolvi em um abraço. Ela ficou tão junto a mim que conseguia sentir seu coração batendo.

A mão dela fazia um carinho em meu braço. Que coisa gostosa as caricias de Rukia, me senti tão bem. Não conhecia esse lado carinhoso dela.

Não demorou muito para pegarmos no sono e, por muita sorte, Ichiro não acordou naquela noite. Esse é meu garoto!

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Escutava meu filho chorar bem ao longe, mas o sono estava tão gostoso que me recusava abrir os olhos. Tateei a mão pela cama em busca do corpo de Rukia. Era tão gostoso dormir com ela juntinho a mim, confesso que já me acostumei, porém não a encontrei.

Infelizmente tive que levantar, Ichiro não parava de chorar. Sentei-me na cama, olhei a minha volta e Rukia não estava no quarto. Fui até o berço e fiquei olhando para meu garotão. Quando Ichiro me viu calou a boca na hora e sorriu para mim.

— Que coisa mais linda! Já conhece o papai, né amor? – Ele sorria ainda mais. – Pera que papai vai colocar uma roupa. – fiquei corado ao notar minha nudez. Vesti uma causa e o tempo que fiquei longe de Ichiro ele voltou a chorar.

Quando cheguei ao berço novamente, ele deu uma risada tão gostosa quando me viu. Como amo esse garoto. Não é por ser meu filho, mas Ichiro tem ficado cada dia mais lindo e fofo.

— Vem com papai, meu amor. – O segurei em meus braços. De inicio ele ficou sorrindo, mas começou a chupar as mãozinhas, com certeza estava com fome. – Onde está sua mãe, hein? Eu não tenho como te amamentar.

Ichiro voltou a resmungar quando percebeu que de seus dedos não sairia leite e, para minha sorte, Rukia passou pela porta.

— Ele já acordou? – ela secava os cabelos com uma toalha. – Aproveite que Ichiro estava dormindo para tomar um banho. – seu cheiro invadiu minhas narinas e tive vontade de abraçá-la e beijá-la.

— Sim... – me senti um idiota por não conseguir formular uma frase direito, mas meu coração estava tão acelerado, as minhas mãos suavam e as pernas se encontravam trêmulas. O que estava acontecendo? Desde quando fico tão abalado só com a presença de Rukia em minha frente?

— Tadinho, tá com fome? Vem com a mamãe, meu amor. – ela pegou Ichiro de meu colo e o danadinho foi todo animado para ela. Interesseiro, só porque sabe que com a mãe tem mama para ele.

Rukia sentou-se na cama e começou a amamentá-lo. Eu fiquei olhando aquela cena por algum tempo. Nunca me canso de vê-la alimentar nosso filho, é algo lindo que ainda me emociona. Sei que deve está me achando um bobo, e talvez eu seja mesmo, mas sou um bobo que ama minha família.

Ama? Eu disse a palavra ama? Uma sirene soou em minha cabeça. Para ser sincero ela já vinha soando há algum tempo, mas era mais confortável para mim, fingir que não a escutava. Nunca foi amizade o que sinto por Rukia, talvez tenha sido de inicio, mas no fundo sempre soube que eu a amava.

Sim, entendeu muito bem. Eu amo Kuchiki Rukia, quero dizer, Kurosaki Rukia. A amo e essa noite só fez acender ainda mais esse sentimento em meu coração. Agora a pergunta que não quer calar: o que ela sente por mim? Eu preciso saber senão vou ficar maluco.

Ainda hoje converso com Rukia e vou falar com ela como me sinto e perguntar o que ela sente por mim. Quero viver esse casamento de verdade, sem meias palavras ou encenação.

— Ichigo... o que foi? – voltei minha atenção para ela ao escutar sua voz.

— Nada... por quê? – que droga. Ainda tenho coragem de perguntar? Era óbvio que Rukia só fez essa pergunta porque eu estava parado no meio do quarto olhando para ela feito um idiota.

— Esquece. Pode pegar um lencinho para limpar a boca do Ichiro? – lhe dei o que ela pediu e fui tomar um banho. Ainda tinha um dia bem longo pela frente, mas quando chegar em casa eu conservar com Rukia.

•••

E assim as horas se passaram...

Finalmente o dia chegou ao fim. Estudar e trabalhar não é nada fácil. Nesse momento, estou tomando um suco com Ishida. Quase sempre fazemos isso, eu gosto porque com ele posso conversar abertamente sobre Rukia. Sem falar que apesar de Ishida ser um idiota, me dá bons conselhos.

— Então você e a Kuchiki-san se acertaram? – Ishida sempre me perguntava isso quando saíamos juntos.

— Nem sei.

— Como assim não sabe?

— É complicado. Preciso arrumar um jeito de conversar com Rukia, mas nunca encontro o melhor momento.

— Vocês têm um filho recém-nascido, nunca vai encontrar um momento legal. Precisa chamá-la para conversar. Estão nessa enrolação vai fazer um ano. – o pior de tudo era que ele tinha mesmo razão. Precisava me acertar com Rukia.

— Não sou bom com palavras, mas confesso que...

— Você gosta dela, né? – Eu tenho certeza que minha cara estava de espanto, não esperava que Ishida fosse ser tão direto. Mas ele tinha sim razão e eu estava feliz por finalmente ter alguém para falar sobre o que sentia.

— Bastante. — abaixo minha cabeça. — Mas não sei se sou correspondido. – ah cara, eu devo tá muito mal para falar sobre algo tão íntimo assim com Ishida. Mas eu tenho me sentido perdido sem saber como lidar com Rukia e o que estou sentido.

— Você é bem idiota mesmo, Kurosaki. Ou cego. Todo mundo sabe o que rola entre você e a Kuchiki-san. Parece que vocês são os únicos que não descobriram ainda.

— Tá querendo dizer que a Rukia gosta de mim também? – eu confesso que minha empolgação foi tanta que até esqueci que Ishida me chamou de idiota e cego. 

— De todas as garotas que estavam dando em cima de você no dia do meu aniversário, você não ligava para nenhuma delas. Sua única preocupação era Rukia que se divertia com Keigo. Você parecia não se importar com ninguém além dela. E com Kuchiki-san não era diferente, percebi como ela te olhava. Pensa um pouco, Kurosaki. Tanto você quanto Kuchiki-san sempre se gostaram e não tô falando de amizade. Ichiro tá aí para provar isso.

Tudo o que ele disse fazia muito sentido para mim. Confesso que fui para casa bem mais confiante em conversar com Rukia e finalmente me acertar com ela.

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Cheguei em casa a tempo de jantar. Meu pai ficou enchendo minha paciência com suas besteiras, mas eu não dei muita ideia. Estava ansioso para ficar sozinho com Rukia em nosso quarto para conversarmos.

Rukia agia naturalmente, parecia que na noite passada não tinha acontecido nada entre nós. Antes de ir para a faculdade hoje cedo, lhe dei um selinho e ela retribuiu, até sorriu para mim, mas ainda assim fiquei me sentindo estranho. Não queria ignorar o que aconteceu entre nós, foi tão bom que se dependesse de mim faríamos amor todos os dias.

Mas agora Rukia parecia uma esfinge, eu não tinha a menor noção se o que aconteceu entre nós foi importante para ela ou apenas sexo. Quando fizemos amor, Rukia parecia tão apaixonada. Cara, pode escrever isso ai: essa mulher ainda vai me deixar maluco.

Nesse exato momento, estou com Ichiro em meu quarto. Rukia pediu para eu tomar conta dele enquanto ela toma um banho. Apesar do meu garotinho já ter dormido, eu ainda o tenho em meus braços. Amo tanto esse pedacinho de gente. Que Rukia não me escute, porque já reclamei com ela muitas vezes por isso, mas minha vontade é ficar o tempo todo com ele no colo.

Minha atenção se voltou para Rukia quando entrou no quarto. Ela estava linda, mesmo com aquela camisola com estampa de coelhinhos tão infantil, eu a achei sexy. Minha esposa se parece uma garotinha e eu amo isso nela.

Que droga, estou agindo feito um bobo apaixonado. Tsc.

— Ele já dormiu, Ichigo – despertei de meus pensamentos eróticos quando a escutei falar.

— Nem percebi. – Menti. Logico, não quero ouvi-la reclamando em meu ouvido “Depois fica falando de mim”.

O deitei no berço. Rukia guardava umas roupas de Ichiro no armário e eu fiquei rondeando, tentando achar uma brecha para falar com ela. Mas as palavras estavam engasgadas em minha garganta e eu não conseguia dizer nada.

— Ichigo? O que foi? – fiquei sem graça quando ela se voltou para mim e percebeu que eu a olhava.

Vai Ichigo, essa é a chance que você esperava. Fala logo com essa mulher que você gosta dela e quer fazer amor nesse exato momento. Mostra quem é o macho dessa relação. Diz que ontem não foi apenas por prazer e sim porque... porque você ama essa baixinha irritante.

— Eu... não é nada. – que droga! Por que não consigo conversar com ela e me expressar como uma pessoa normal?

— Se não é nada então não fica me olhando com essa cara de Idiota. – falou e foi em direção à cama, a arrumando para dormir, e eu fiquei com um aperto no coração. Não podia deixar a conversa com Rukia para outro dia, senão ficaria surtado. Teria de ser hoje e agora.

— Na verdade eu quero...— Travei quando ela voltou sua atenção para mim.

— O que você quer, Ichigo? – ela estava confusa com a forma desastrosa com que eu a abordava, mas eu... eu estava apavorado e com o coração tão acelerado que tinha medo dela escutar e perceber meu desespero.

Esse é meu momento e não vou desperdiçar. Falarei com Rukia tudo que está engasgado em minha garganta há um bom tempo e não vai passar de hoje.

Continua...