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História De Repente aconteceu - A parte em que finalmente escuto Rukia


Escrita por: Mara-Kuchiki

Capítulo 24 - A parte em que finalmente escuto Rukia


Fanfic / Fanfiction De Repente aconteceu - A parte em que finalmente escuto Rukia

No capítulo anterior:

Não resisti e alcancei o ponto alto do meu prazer. Foi tão gostoso que não consegui manter o peso de meu corpo e de Rukia sobre minhas pernas. Sentei no chão com ela ainda em meu colo.

Minha adorada e deliciosa esposa ainda estava aninhada sobre meu corpo e meu queixo apoiado no topo de sua cabeça.

Foi muito bom aqueles momentos de prazer, mas agora que tudo acabou me sentia vazia. Não era sexo que queira fazer com Rukia e sim amor. Queria poder ama-la e ser amado também.

Mas o que acabou de rolar entre nos foi como uma fogueira de palha que quando se inicia o foto faz aquele chama alta, mas logo se acaba porque não tem combustível suficiente para mantê-la acesa e eu confesso que quero muito mais que isso.

A parte em que finalmente escuto Rukia

 

 

Rukia ainda estava com a cabeça na curvatura de meu pescoço. Eu sentia a mão dela acariciar meu ombro e a sensação era tão boa. Dei um beijo em sua cabeça e a abracei bem apertado, confesso que tinha medo de que quando aquele momento terminasse minha vida com Rukia voltasse à mesmice de antes.

Porém ela estava quase me convencendo de que aquele ato não foi apenas sexo. Rukia acariciava meu corpo, onde sua mão conseguia alcançar, beijava próximo do local que sua cabeça estava recostada. Eu mal acreditava que ela estava sendo tão carinhosa.

- Ichigo... – a voz baixa e ainda ofegante dela chamou por meu nome.

- Hm? – fechei meus olhos ao afundar meu rosto em seus cabelos, o cheiro de Rukia era incrível e mexia tanto comigo.

- Não quero que fale mais com aquela garota, se possível nem fique no mesmo ambiente que ela. – apesar de sua voz soar baixa, era bem autoritária.

- Seu pedido é bem confuso para mim, não consigo entender por que ela te incomoda tanto. – Rukia queria me enlouquecer só pode. O que deu nela?

Ela levanta a cabeça me fitando. – Por que não incomodaria? Não foi legal ver outra mulher grudada em você, Ichigo.

- Eu... eu não entendo, Rukia. Pensei que nosso casamento fosse apenas porque teve um filho meu. Esse tempo todo foi o que sempre passou para mim. Nunca imaginei que me ver com outra mulher, mesmo que fosse apenas um mal entendido, te incomodasse tanto. – minha cabeça chegava doer tamanha era a confusão.

Amo essa baixinha irritante, mas ela não sabe o que quer da vida e eu não sou seu brinquedinho, tenho sentimentos. E sei, deveria falar isso para ela, né? Mas quem disse que consigo? Sempre que estou perto de Rukia me sinto como um menino bobo.

- Você não entende nada, esse tempo tudo, nunca entendeu. – meu coração aperta no peito ao ouvi-la fala triste e abaixar a cabeça.

Seguro em seu queixo a obrigando a olhar para mim. – Então me fala, eu quero entender.

- Nem eu mesma sei explicar, Ichigo. Depois daquela noite. Aquela em que nós voltamos a fazer...

- Amor? – completo ao notar que ela estava envergonhada.

- Isso. É tudo tão confuso. Nunca conversamos sobre como seria nossa vida depois do casamento, apenas a deixamos seguir. Não vou negar que fiquei confusa sobre o que sentia, como deveria agir, que postura tomar em relação a você. Mas depois daquela noite eu tivesse certeza do que sentia e queria, ai você mudou comigo e eu não sabia como lidar e nem tampouco como te perguntar o que eu tinha feito de errado. – ela desvia os olhos dos meus, mas eu consegui notar como esse assunto a deixava cabisbaixa.

- Você disse que só fez amor comigo porque as meninas falaram que era o que acontecia entre um casal e eu não queria isso de você, Rukia. Se não é algo legal para você, não vai ser para mim também. Como acha que me senti ao ouvir você dizer aquelas coisas?

- Eu... – ela volta a abaixar a cabeça. – Elas disseram sim, mas... eu fiquei feliz em saber porque... – Volta a me fitar. – Eu queria ser sua esposa de verdade. Eu... Eu gosto de você, Ichigo. E não estou falando como amigo, eu realmente gosto.

- Ta falando serio? – Por um instante cheguei a achar que Rukia estava de brincadeira, esse tempo todo eu achando que ela nem ligava para mim e Rukia sempre quis o mesmo que eu. Ainda estou bem confuso.

- Já disse que sim, seu idiota. – fala zangada em sequencia abaixa a cabeça, seu rosto estava corado. Consigo imaginar que para Rukia não deve ser nada agradável falar de sentimentos, para mim também não é. – E então? – ela murmura ao volta a se aconchegar em meu peito.

- Então o que? – a abraço.

- Não vai mais sair com sua “amiguinha” de trabalho, né? – confesso que sorri. Ela estava mesmo com ciúmes de mim. Bom, quero dizer, ela está.

- Não saio com ela, Rukia. Já te falei isso...

- Ichigo... – ela levanta a cabeça e olha em meus olhos. – Só diz que não vai mais ficar perto dela. Dá uma coisa tão estranha de te imaginar ao lado daquela coisa horrorosa. – Kaori pode ser tudo meu amor, menos horrorosa. Mas você é bem mais linda e te amo tanto que não consigo me sentir atraído por outra pessoa.

Era isso que deveria falar com ela, né? Quem sabe um dia eu evolua a tal ponto.

- Eu não vou, prometo. – dei um sorriso, era de satisfação por constatar que Rukia realmente gosta de mim e, como ela mesma disse, não é como amigo. Selei meus lábios ao dela. Beijava calmante, sem a excitação de antes. Era penas pelo prazer de sentir seu sabor em minha boca.

- Quero você só pra mim, Ichigo. – murmurou entre o beijo.

- Eu sou, Rukia. Sempre fui só teu. – tenho absoluta certeza de que fiquei com maior cara de bobo quando Rukia sorriu lindamente para mim assim que ouviu minhas palavras. Se ela soubesse o poder que exerce sobre minha pessoa não teria nem um pingo de ciúmes, pois essa linda morena, minha esposa, é a única mulher que desejo e amo.

Fizemos amor novamente ali mesmo no chão, foi incrível. Rukia estava tão carinhosa, ela tocava e beijava varias partes do meu corpo e me levou ao mais puro êxtase.

Acredita mesmo nisso? Bem, seria perfeito, né, e talvez tivéssemos mesmo feito tudo isso, mas somos pais e todo o barulho de minutos atrás acordou Ichiro.

Eu passei um bom tempo ao lado de Rukia a vendo cuidar de nosso filho. Ao julgar por seus olhos arregalados, ele parecia que não estava com a menor vontade de dormir, mas infelizmente o cansaço me venceu e eu acabei pegando no sono. Sim, Rukia ficou sozinha com ele.

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Acordei sentindo meu braço dormente. Abri os olhos lentamente, devido a claridade que invadia o quarto, e me deparei com o rostinho lindo de Rukia quase colado ao meu. A dormência é devido a ela estar com a cabeça em meu braço. Apesar de incomodar um pouco, não fiz a menor questão em afastá-la. É tão gosto ver seu rosto tranquilo quando dorme.

Enquanto olhava para ela, imagens da noite passada vieram em minha cabeça. Minha boca e mãos percorreram cada pedacinho de seu corpo e nos amamos com tanta intensidade, se Ichiro não tivesse acordado teríamos feito amor de novo, de novo e de novo, até que nossos corpos se cansassem.  

Se antes tinha dúvidas de meus sentimentos por Rukia, agora realmente não resta uma sombra que seja. Eu a amo e agora sei que ela me ama também, apesar de só ter dito que gosta de mim. Rukia demostrou seus reais sentimentos com suas caricias, não fora preciso muitas palavras para entender o que ela sentia, pois nossos corpos falaram por si só. Sinto-me um perfeito idiota por não ter percebido isso na primeira vez que fizemos amor.

Vi quando os olhos dela se mexeram e Rukia os abriu. Fiz um carinho em seu rosto e lhe dei um selinho.

- Ichiro ainda não acordou? – ela sussurrou, parecia muito sonolenta.

- Não.

- Então posso dormir mais um pouquinho. – me abraçou e voltou a fechar os olhos. Minha mão acariciava seus cabelos.

- Rukia... – a chamei. Tinha uma coisa que me incomodava muito e queria saber.

- Hum... – murmurou ainda de olhos fechados.

- Como vão ficar as coisas entre nós agora?

- Se você não chegar mais perto daquela cretina do seu trabalho, vai ficar tudo bem. – fala de forma preguiçosa.

- Não é disso que tô falando, Rukia. – que coisa, ainda não esqueceu Kaori.

Ela abriu os olhos e me fitou. – Tá falando de que então?

- Sobre nós, nosso relacionamento.

- Eu sou sua mulher desde a noite em que você me fez sua, se não fosse tão idiota teria percebido isso antes. – diz de mal humor. – Aliás, não sei se lembra disso, mas... você foi o primeiro.

 A última frase dela foi quase um sussurro, mas eu ouvi e sorri na mesmo hora. Eu sempre tive essa duvida, mas nunca perguntaria algo tão pessoal assim.

O que foi? Eu estava bêbado, não acha que me lembro destes pequenos detalhes né.

- Então eu fui o primeiro? – droga, escapuliu. Não queria ter falado isso, fiquei com o rosto queimando de vergonha.

- Lógico que sim, Idiota. Acha que fico fazendo aquelas coisas com outras pessoas? – Zanga. – Nunca tinha estado com outro homem de forma tão íntima. Eu me lembro a primeira vez que me beijou na festa do Ishida, nem sabia o que fazer e você me perguntou se já tinha sido beijada antes. – agora a voz dela era tão doce.

- Isso não lembrava. – Que coisa, não me recordo mesmo disso. – E o que disse?

- Disse que não. – ela desvia o olhar. Era óbvio que aquela conversa era bem constrangedora. Como não pude notar que Rukia me desejava tanto quando eu? Agora isso é bem claro para mim.

- Achei que se arrependia daquela noite. – disse baixo.

- Não entendo porque achou isso, Ichigo.

- Ouvi você falar com Inoue e Renji que gostaria que as coisas entre nós voltassem a ser como antes. – falei com a voz meio triste, não tinha como não ficar ao me lembrar.

- Então quer dizer que você fica ouvindo minhas conversar atrás da porta? – que droga, eu mesmo acabei me entregando.

- Quem, eu? Lógico que não, foi apenas uma coincidência. Estava passado e acabei ouvindo. – digo na tentativa de desfazer a besteira que falei.

- Sei. - Lógico que ela não acreditou. – As duas vezes que falei isso foi porque sentia que estávamos cada vez mais distantes e a relação que tinha com você era uma das coisas que mais gostava. Não queria que nada mudasse entre nós, mas... – Ela deu um suspiro. – Acho que já tinha mudado há muito tempo e não queria enxergar a verdade.

Entendi bem o que Rukia queria dizer, ela falava dos sentimentos. Acredito que os dela também já não eram mais de amizade para comigo igualmente como os meus.

Às vezes me pergunto em que momento me apaixonei por Rukia, mas quer saber de uma coisa? Isso não importa. Amor ou amizade são dois sentimentos fortes que sempre me uniu a Rukia.

- Acho que se tivéssemos conversado, teríamos evitado esses desencontros de informações. – sou um idiota mesmo, esse tempo todo sofrendo por conta de um mal entendido.

- Poder ser. – ela me dá um beijo e fica com sua testa encostada a minha.

- Eu te amo. – o momento era tão fofo que quando dei por mim já tinha falado, mas não me arrependo porque logo em seguido me deparei com duas bolas em um tom de azul violeta me olhando tão lindas e brilhantes. Em seus olhos tinha um misto de surpresa e emoção. Eu falaria que a amava quantas vezes fosse necessário só para voltar a ver aquele brilho nos olhos de Rukia.

- Ichigo... – ela parecia não conseguir coordenar suas palavras devido o impacto que minha declaração lhe causou.

- Não quero me afastar de você, Rukia. Nunca mais. Agora somos uma família.

- Sim, somos. – ela me presenteou com seu mais lindo sorriso.

Ficamos em silêncio olhando um para o outro. Eu esperava que ela dissesse que me amava também ou algo parecido, mas Rukia não dizia nada, apenas me fitava parecendo esperar eu me pronunciar. O que mais falaria? Já tinha dito tudo, agora era a vez dela.

- Não vai falar nada? – tive que perguntar, a situação já tinha passado do nível de constrangedor, se é que existe.

- O que devo dizer? Que te amo também? – não sei dizer se ela me fez essa pergunta ou se estava sendo irônica.

- Não quero que diga nada sem ter certeza. – lógico que seria o máximo ouvi-la dizer que me amava, mas ontem quando ela disse que gostava de mim eu entendi bem que se referia a amor. Então se não disser, tá tudo bem.

- Lógico que te amo, seu idiota. – ela falou com a voz bem irritada, me deu um cascudo na cabeça e em seguida me beijou. – Eu te amo muito, Ichigo. – sussurrou com seus lábios ainda sobre o meu.

Eu não tenho como descrever com palavras o que senti naquele momento, fora um misto de emoção que fez meu coração acelerar. Um frio percorreu minha espinha, um calor aqueceu minha alma. É, eu sei, é bem confuso, por isso disse que não saberia definir o que senti, entretanto uma coisa sei dizer com 100% de certeza: Rukia me fez o homem mais feliz do mundo ao pronunciar aquelas três palavrinhas. 

Eu já estava todo animadinho para fazer amor com minha esposa, a mulher que amo e me ama também. Tirei minha blusa que estava em seu corpo e tive a visão de seus seios nus, tão lindos. Não perdi tempo e os pus na boca, a sensação era incrível e me deixava ainda mais excitado quando escutava Rukia gemer. Ah, como ela me enlouquece.

Me livrei de sua peça intima e das minhas roupas também e já estava me posicionado entre suas pernas. Mas como isso não é um conto de falas, meu filho acordou. E ao julgar pela forma como chorava, não estava disposto a esperar eu e a mãe dele nos amar.

- Isso é hora desse garoto acordar? – resmungo insatisfeito.

- Ichigo, tem que agradecer, normalmente ele acorda bem mais cedo.

- Tem razão, e ele dormiu praticamente a noite toda, né. Deve ta com muita fome.

- Sim, mas vai ter que esperar um pouco. Vou tomar um banho primeiro antes de amamentá-lo.

- Nem pensar, Rukia. Sabe como Ichiro fica irritado quando ta com  fome.

- Não vai dar para amamentar meu filho com o peito que você acabou de colocar na boca. – Rukia me deixou envergonhado com a forma natural com que falou isso. Em alguns assuntos, principalmente os íntimos, Rukia é bem sem noção.

- Dá o outro.

– Você pôs o outro na boca também, esqueceu?

Que droga, vou ter que aturar Ichiro chorando até Rukia tomar um banho.

- Ichigo... – escuto sua voz em um tom bem acanhado.

- Que foi?

- Se vira para o lado da janela pra eu colocar uma roupa.

Como é que é? Para falar coisa do tipo “seu seios em minha boca” você não tem vergonha, mas para ficar nua na minha frente tem? Quem entende isso, Rukia?

-  Eu te vi nua hoje e ontem e consigo detalhar cada pedacinho do seu corpo com precisão se me pedir. – ela ficou corada.

- Vira logo, seu idiota. – Rukia acertou o travesseiro em minha cara. Só fiz o que ela pediu porque quanto mais tempo ficar enrolando, mais meu filho vai ficar nervoso querendo seu mama. Só por isso.

- Não demora. – resmungo já com Ichiro em meu colo.

- Troca a fralda dele, Ichigo. – ela disse antes de deixar o quarto. Que baixinha mais mandona, irritante e incrivelmente linda.

 

Continua...

 


Notas Finais


Lembrando que estava fic só tem 30 capítulos, ela já está se encaminhando para o final.

O que acharam? Deixem nos comentários, por favor. Não leia sem comentar, ok, isso é importante para mim.

Queridos amanhã eu posto o capítulo de Enquanto você dormia, ele ta bem legal.

Muito obrigada e beijos!


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