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História De Repente aconteceu - A parte em que Rukia volta para Karakura


Escrita por: Mara-Kuchiki

Capítulo 3 - A parte em que Rukia volta para Karakura


Fanfic / Fanfiction De Repente aconteceu - A parte em que Rukia volta para Karakura

Capítulo 3

No capítulo anterior:

Enquanto seguia para a faculdade, um pensamento veio em minha cabeça. Como será que Rukia está? Depois daquele dia na casa de Ishida ela voltou para Soul Society e não tive mais notícias suas. Acho que as coisas entre nós ficaram como sempre estiveram, o que não é ruim. Quando acordei naquela manhã e a vi nua ao meu lado eu pensei por um instante que nossa amizade tinha terminado ali, mas entre mortos e feridos salvaram-se todos, como dizem por ai.

Às vezes ainda vêm em minha cabeça algumas lembranças daquela noite, porém nada concreto, apenas flashs de beijos, carícias. Acho que nunca vou conseguir lembrar completamente o que aconteceu. Pergunto-me se Rukia conseguiu se recordar. Espero que não.

 

A parte em que Rukia volta para Karakura

 

— Some no Mai, Tsukishiro ("Primeira Dança, Lua Branca") — grita Rukia prendendo em um circulo de gelo o hollow que estava em nossa frente. Em apenas alguns segundos o gelo se quebra o resumindo a cinzas. — Esse foi o último. — disse ela embainhando sua Zanpakutou.

— E você não deixou nenhum para mim. — resmunguei. Essa exibida acabou com os três hollows que apareceram e me deixou ficar com nenhum.

— Ninguém manda você ser lento. — odeio quando ela fala com esse tom autoritário como se eu fosse um idiota. Minha vontade foi de gritar com ela, mas decidi mudar de assunto, já sei bem que sempre no fim de nossas discursões eu é que saio na pior com Rukia me batendo. Aff.

— Então vai ficar no lugar daquele tiozinho? Como é mesmo o nome dele? — sempre me esqueço de como se chama o shinigami responsável pela cidade de Karakura.

— O nome? — ela fez cara de pensativa. — Ah, deixa isso pra lá, não tem importância. — Cruza os braços e desvia o olhar dos meus. Até parece que essa baixinha me engana, ela se esqueceu também. — Vou ficar aqui até ele se recuperar. — completa.

— Se recuperar?

— É, ele ta doente.

— Não sabia que shinigamis ficavam doentes.

— O que você pensa que somos? Uma espécie de alienígenas? Mutantes? Shinigamis ficam doentes assim como vocês, idiota! — preciso dizer que ela gritou comigo?

— Não foi isso que quis dizer, sua grossa... ... Ei Rukia. — enquanto eu ainda falava vi quando ela ficou com o rosto mais pálido que o de costume e só não foi ao chão porque eu a amparei. — Rukia? — chamei por seu nome e ela foi abrindo os olhos lentamente.

— O que aconteceu? — parecia confusa, como se nem soubesse onde estava.

— Não sei, do nada você caiu feito uma fruta podre do pé... Ai... — Ela chutou minha canela.

— Fruta podre é você, Idiota.

— Pelo visto já melhorou, né? Já que tem energia para me bater. — Vi quando Rukia colocou a mão na testa, parecia que não estava totalmente bem. Seu rosto não tinha coloração alguma. — Tudo bem?

— Não. Acho que comi algo que não me fez bem. Tô enjoada, Ichigo.

— Não vai vomitar em mim, hein. — dei alguns passos para trás. Não queria vômito na minha roupa. Claro que ela fez uma cara feia para mim, não seria Rukia se não o fizesse.

— Vamos para casa, tô com fome. — ela sai andando e eu a sigo.

— Para casa? Onde?

— Como assim? A sua. Onde mais seria? — não sei por que ainda pergunto.

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— Minha terceira filha voltou para o aconchego de seu lar. Estou tão feliz! — Quem está fazendo esse escândalo? Sério mesmo que não percebeu? O idiota do meu pai. Não sei o que ele tem na cabeça, na realidade acho que ele tem é nada, esse é o problema. — Fiquei magoado com você quando soube que teve na cidade e não veio me ver. — ele se referia ao dia da festa de Ishida.

Rukia na mesma hora olhou para mim. Aquele assunto era algo que eu e, ao jugar pela expressão de Rukia, ela também estava evitando se lembrar. Ainda me pergunto se Rukia não recordou nada que aconteceu com a gente na casa do Ishida.

— Eu sinto muito. Minha intensão era de ficar alguns dias, mas aconteceram umas coisas... — novamente seu olhar pesou sobre mim. Então ela foi embora naquele dia para evitar ficar ao meu lado. Não me surpreendo, eu no lugar dela teria feito a mesma coisa.

— Isso não importa mais, o que interessa é que vai ficar conosco por vários dias, né? — Meu pai na maioria das vezes é uma pessoa muito chata e inconveniente, mas devo admitir que ele acertou em cheio quando abriu a boca e quebrou aquele clima estranho que estava no ar.

— Eu vou ficar alguns dias sim. Espero não incomodar. — fala Rukia com aquela vozinha de “boa menina” que me irrita. Não entendo como meu pai pode cair nessa.

— Que linda! — os olhos dele brilharam e o pirado correu para o pôster velho de minha mãe que ainda ficava pendurado na parede. Qualquer dia desses eu o arranco de lá. — Querida esposa, nossa terceira filha voltou para casa.

— Estamos felizes por recebê-la aqui em casa, Kuchiki-san. — fala Yuzu toda sorridente.

— Seja bem vinda, Kuchiki-san. — Karin também a cumprimentou, só que de forma mais fria. É o jeito dela.

— Eu vou arrumar sua cama em nosso quarto. — Yuzu correu subindo as escadas, ela estava mesmo empolgada.

— Ficará com as meninas por pouco tempo, Rukia-chan. Logo Ichigo vai sair de casa e você poderá ficar com o quarto dele. — diz o idiota do meu pai bajulando essa baixinha irritante. Aff, até parece que ele está louco para me ver fora daqui.

— Sério? Tomara que ele não demore muito, vai ser ótimo ficar com a cama do Ichigo toda para mim. — diz toda empolgada. Ao que parece meu pai não é o único que quer me ver pelas costas.

— Pode tirando seu cavalinho da chuva, viu! Eu ainda preciso juntar mais dinheiro para comprar meu apartamento. — tenho que impor respeito, aquele quarto é meu enquanto eu viver nessa casa.

Rukia e meu pai continuaram fazendo planos. Parecia que nem tinham escutado o que falei. Decido tomar um banho e ir para meu quarto. Ainda tenho algum tempo até a hora do jantar.

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A sensação de ter a pele de Rukia nua colada ao meu corpo era tão boa. O cheiro dela invadia minhas narinas, um aroma refrescante. As mãos deslizavam em minhas costas e sua boca beijava meu ombro, subia para o pescoço até alcançar meus lábios os beijando. Um beijo que descrevia com precisão o desejo que sentíamos naquele momento.

Ela estava sentada em meu colo e eu ajudava seu quadril a mover-se calmante, não tinha pressa, era tão prazeroso estar dentro dela, ouvi-la gemer meu nome, saber que não era apenas eu que a desejava. Ela também queria fazer amor comigo.

Eu estava feliz, tinha absolutamente certeza disso.

Ah! Como fiquei maluco quando ela disse ao meu ouvido que queria mais forte, se podia se mover mais rápido com seu quadril. Senti a língua quente e úmida de Rukia lamber o lóbulo da minha orelha e logo em seguida ela gemeu. “Por favor, Ichigo...” eu fui à loura e a deitei na cama, se ela queria forte e rápido, faria sua vontade.

Enquanto mais me movia dentro dela, mais Rukia gemia. Eu conseguia sentir suas unhas arranharem minhas costas e adorava isso. Não sei dizer o que mais me dava prazer, ouvi-la gritar e pedir para eu não parar e ir mais forte ou saber que estava fazendo amor com Rukia.

— Você ta gostando, Rukia? — eu sabia que sim, mais o desejo de ouvi-la dizer com seus lábios era tão excitante.

Ela já estava abrindo a boca para me responder quando...

... Escuto minha irmã me chamar

 

— Onii-chan... não vai jantar?

Fui despertado de mais um sonho erótico com Rukia por Yuzu, que gritava na porta de meu quarto.

— Já vou. — disse sentando-me na cama. Ela não disse nada, apenas ouvi seus passos descendo as escadas.

Coloco a mão na cabeça e fico pensativo sobre o sonho que tive.  Já tinha sonhado essa mesma coisa algumas vezes e não sabia se era mesmo um sonho ou lembrança daquela noite. As coisas estão confusas em minha mente. Que loucura cara, eu e Rukia fizemos sexo e não me lembro de quase nada.  

Algumas vezes quando penso sobre aquela noite fico perdido em minhas lembranças e sempre me pergunto: Como foi que chegamos tão longe se nunca houve nada entre nós além de amizade? Nunca olhei Rukia como mulher, apesar de acha-la linda. Ou será que já tinha notado só que preferi ignorar?

Como gostaria de saber quem tomou a iniciativa. Quando demos o primeiro beijo. Será que eu fui o primeiro a beijá-la e a fazer amor com ela? São tantas coisas que passam em minha cabeça. Sei que o ideal seria esquecer, mas eu não consigo e a presença de Rukia em minha casa não ajuda muito.

— Onii-chan, já vamos jantar! — Escutei Yuzu gritar assim que abri a porta de meu quarto. E lá vou eu para mais uma refeição em família.

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Rukia parecia parte da família sentada à mesa comigo, minhas irmãs e meu pai. Ela sorria das palhaçadas que o velho falava e isso o estimulava a fazer ainda mais. Yuzu também se divertia muito e Karin, apesar de tentar disfarça, tinha um meio sorriso em seus lábios. Era bom tê-la em casa, eu me sentia bem e todos em minha casa gostam muito de Rukia.

Olhar para ela em minha frente e não me lembrar de que fizemos amor é impossível, principalmente quando acabei de sonhar com aquela noite. Por que será que não consigo seguir em frente como Rukia fez?  A verdade é que não quero esquecer. Pelo contrário, se pudesse me lembrar talvez não ficaria tão incomodado assim. Talvez seja isso que acontece comigo, só tô nessa fissura porque não consigo me lembrar.

Sei que isso é loucura e com toda certeza Rukia nunca ficara sabendo desses meus pensamentos, eu seria um homem morto. Acho que terei de me conformar em só ter a certeza de que fizemos amor, pois até as poucas lembranças que tenho em minha mente vão se apagar com o passar dos dias.

— A comida estava deliciosa, Yuzu. — ele elogiou minha irmã que já recolhia a louca para lavar.

— Arigatou, Kuchiki-san.

— Eu vou ajudá-la com a louça... — Rukia se levantou com alguns pratos nas mãos e os deixou cair no chão. Ela se apoiou no encosto da cadeira para não ter o mesmo destino da louça. A vi apertar os olhos, ela voltou a ficar pálida como mais cedo.

— Rukia, o que houve? — perguntei preocupado. Nunca tinha a visto ter esses tipos de indisposição.

— Não é nada, só senti uma tontura. Desculpe pelos pratos, deixa que vou limpar. — tentou se abaixar para recolher os cacos e quase foi ao chão se meu pai não a tivesse segurado.

— Você não me parece nada bem, Rukia-chan. — ele colocou as costas das mãos na testa dela. — Está muito gelada. O que sente exatamente?

— Eu... — Ela fez um careta e colocou a mão na boca.

— O que foi? — indagou meu velho com uma expressão bem seria, que por sinal não era nada típico nele.

Rukia nada disse, apenas subiu as escadas correndo ainda com a mão na boca. Na mesma hora meu pai me olhou com a cara ainda mais séria.

— Com que frequência você e Rukia-chan têm se visto?

— Como? Eu a vejo sempre que vem para arrumar a bagunça daquele shinigami que não faz nada direito. Por que? O que isso tem a ver com a indisposição dela? — o velho ficou me encarando. Parecia que queria me perguntar algo, mas a voz doce de Yuzu o fez desviar sua atenção de mim.

— Eu vou limpar essa bagunça, acho que a Kuchiki não ta nada bem.

— Ao julgar pela cara que ela fez, com certeza. — diz Karin.

— Vou ver o que aconteceu. — subo as escadas atrás de Rukia e meu pai me acompanha.

— Rukia-chan, tudo bem ai? —papai dá algumas batidas na porta do banheiro. Escutamos o barulho da descarga e logo em seguida ela abre a porta com o rosto mais pálido que de um zumbi.

— Eu tô melhor... — com certeza ela mentiu, não parecia nada bem.

— Nossa... você tá com a cara péssima. — senti o olhar assassino dela sobre mim.

— Eu queria examiná-la para ter certeza que está mesmo bem. — meu pai parecia tão preocupado. Sem motivos, Rukia era uma pessoa forte e só estava passando mal porque comia tudo que via pela frente. Essa gulosa.  

— Não precisa, eu já tô melhor. Vou deitar e amanhã tenho certeza que estarei bem melhor. — ela deu um sorriso amarelo para meu pai e foi para o quarto das meninas sem deixa-lo reivindicar.

— Já que ta tudo resolvido, vou dormir. — quando já tinha passado pelo velho o escuto me chamar.

— Ichigo?

— Que foi? — me viro para fitá-lo.

— Faz ideia do que Rukia-chan tem? — novamente ele fala sério.

— Ela deve ter comido alguma besteira na rua. — dito isso sigo para meu quarto, porém fiquei intrigado com a preocupação excessiva do meu pai com Rukia. Espero que amanhã ela amanheça mesmo melhor.

 

Continua...

 

 

 

 

 


Notas Finais


Olá amores!

Eu tinha falado que o dia de postar essa fic era na sexata? Se Não agora já saber né. rs

Espero que tenham gostado. Comentem ta, quero muito saber suas opiniões.

Muito obrigada por ler e a todos que tem deixado seus reviews!

Beijos!


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