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História De Repente aconteceu - A parte em que descubro que vou me casar mais cedo que...


Escrita por: Mara-Kuchiki

Capítulo 8 - A parte em que descubro que vou me casar mais cedo que...


Fanfic / Fanfiction De Repente aconteceu - A parte em que descubro que vou me casar mais cedo que...

No capítulo anterior:

— Vamos para onde agora?

— Como assim para onde? Pra casa oras. Perdi minhas aulas hoje outra vez, mas ao trabalho não posso faltar.

— Queria tanto comer alguma coisa, estou com fome. — ela disse frustrada.

— Não serve a comida da Yuzu? — disse implicando. Na mesma hora ela fez uma cara de nojo, cheguei sentir pena, tadinha. — Então vamos almoçar em algum lugar e depois te levo para casa.

Sim, vamos. — agora aquele sorriso era o da Rukia que conhecia. Talvez ela ainda não tenha se recuperado totalmente do choque de saber que aquela noite nos presenteou com um filho, porém tenho certeza que Rukia vai ficar bem. Ela é a pessoa mais forte e destemida que já conheci.

Sorria mais vezes, Rukia. Seu rosto se ilumina e você fica linda!

A parte em que descubro que vou me casar mais cedo que imaginei.

 

Uma semana passou tão rápido desde que descobri que vou ser pai. As coisas agora estão mais tranquilas. Rukia ainda não fala muito a respeito, mas já interage melhor comigo e minha família. Bem, comigo ela não anda tão amistosa assim. Rukia pegou uma birra com minha pessoa, não sei por que, mas ela sempre reclama do meu cheiro, quando falo alguma coisa me manda calar a boca, parece que só o fato de eu respirar próximo a incomoda. Papai disse que isso também é normal, algumas mulheres quando engravidam enjoam de seu parceiro.

Eu tenho que ter paciência, a pior parte dessa gestação fica com ela que tem que sentir enjoos, mal estar e ver seu corpo se transformando. Aturar seu mau humor não é mais que minha obrigação, porém confesso que tem hora que Rukia me deixa louco.

Por exemplo, faz três dias que estou dormindo no sofá desconfortável da sala. Por quê? Rukia estava sentindo dor nas costas de dormir na cama improvisada que meu pai colocou no quarto das meninas. Resultado: eu tive de sair de meu quarto para a princesinha dos Kuchiki dormir em uma cama mais confortável porque a nobreza está acostumada com o luxo. Óbvio que não acreditei em sua versão, aquela baixinha irritante já estava de olho em minha cama há algum tempo. Tsc.

Desde a última vez em que Byakuya esteve aqui em casa ele liga quase todos os dias para Urahara querendo notícias de Rukia. Porém isso a deixa triste porque ele poderia ligar diretamente para ela, mas não o faz. O que significa que está aborrecido por sua gravidez. Byakuya é um idiota, se soubesse como seu ato tem feito mal a Rukia seria mais compreensivo.

Tinha acabado de chegar cansado de mais um dia de estudo e trabalho, cheguei e todos já haviam jantado. Yuzu e Karin tinham se recolhido para seus quartos e Rukia também, o que para mim foi ótimo. Assim poderei aproveitar o silêncio.

Estava me dirigindo às escadas, tinha que ir até meu quarto pegar uma muda de roupa para tomar banho e logo após dormir naquele sofá desconfortável. Porém, ouvi alguém chamar por meu nome.

— Ichigo... Estava te esperando. — era meu pai. O vi sentado na sala. Entrei em casa tão distraído que nem tinha o notado.  

— Algum problema? — agora eu sabia, sempre que meu pai fala serio é porque tinha noticia ruim ou algo grave para me dizer.

Ele se levantou e veio em minha direção. — Byakuya ligou para Urahara e disse que já marcou a data de casamento.

— Mesmo? E é para quando?

— Na semana que vem.

— O QUÊ? — quase me engasguei com meu próprio fôlego. — Como assim semana que vem, Byakuya ficou louco?

— Ele disse que não quer fazer uma cerimonia com a barriga da Rukia-chan grande.

— Esse Byakuya só pensa nele mesmo e nessa maldita família. — eu fiquei revoltado porque ele deveria estar mais preocupado com Rukia que com o que as pessoas diriam.

— Não é bem assim, Ichigo. O capitão Kuchiki se preocupa com a Rukia-chan sim. Ele só está sendo rigoroso como um bom irmão, quanto mais rápido se casarem melhor vai ser para ela e você também. Assim vão poder se dedicar ao máximo ao filho que vai nascer em breve.

Pensei no que meu pai acabara de falar. Talvez ele estivesse certo, ou não, mas uma coisa concordava com ele: casar rápido facilitaria sim as coisas para a gente e eu não precisaria mais dormir nesse sofá desconfortável. Porque se Rukia acha que vai ficar sozinha naquela cama está muito enganada.

— Se tem mesmo que casar, então é melhor que seja logo mesmo. — disse subindo as escadas. Queria aproveitar esse momento de lucidez de meu pai, se ficasse ali lhe dando ideia logo ele começaria a me perturbar.

Sai entrado no meu quarto e Rukia estava sentada na cama. Ela me olhou com uma cara feia parecendo não gostar da minha atitude.

— Não bate mais na porta? E se tivesse trocando de roupas? — fala irritada.

— Agora era só o que faltava eu ter que bater para entrar em meu próprio quarto. E eu não veria nada que já não tivesse visto antes. — falei sem pensar essa última frase. Que bocão eu tenho, na mesma hora meu rosto queimou de vergonha. Rukia arregalou os olhos espantada e isso me deixou ainda mais constrangido.

E o óscar de maior idiota do mundo vai para... Eu, claro.

— Você se lembra? Eu pensei que... — fiquei com remoço de ter dito isso, Rukia também ficou envergonhada.

— Essa parte eu lembro sim. — disse desviando meus olhos dos dela.

— Seu pervertido. — ela acerta um travesseiro em minha cara.

— Eu te falei que me lembrava de algumas coisas. — grito. Também não precisava desse drama todo. Que  chata, tsc.

— Algumas coisas quanto? — Ela estava com muita raiva, eu deveria mesmo ter ficado de boca fechada.

— Uns 20, 30... talvez 40% do que aconteceu naquela noite. — disse baixo e naquele momento torcia para ela não ter escutado. Mas...

— Você disse que não se lembrava de quase nada! — Ela grita. Na verdade to sendo bem ponderado, ela não gritou, berrou.

E outra chuva de travesseiros veio para cima de mim.

— Sua louca, para de ficar me tacando travesseiros! Eu me lembrei de algumas coisas depois, mas não é algo que fique pensando o tempo todo. — menti. Eu penso bem mais do que gostaria.

— O que você veio fazer no meu quarto? Não acha que já está muito tarde para perturbar? — ela muda de assunto, acho que aquele papo a estava incomodando. Eu agradeci mentalmente.

— Pegar roupa para eu tomar banho, uma coberta e travesseiro já que fui expulso do meu quarto.

— Pega rápido suas coisas e um dos travesseiros que estão no chão que eu quero dormir! — que vontade de esganar essa baixinha irritante! Só não faço isso porque ela espera um filho meu, mas assim que ele nascer Rukia me paga.

Optei por não dizer nada. Fui até o armário e peguei tudo o que precisava incluindo um travesseiro limpo. Já ia sair do quarto e parei, voltei minha atenção para Rukia, ela me fitava. Acredito que meu pai não teve ter contado sobre a ligação do Byakuya.  

— O que foi agora? — parecia confusa.

— Byakuya ligou hoje.

— O que ele queria? — Rukia sempre mudava seu semblante quando alguém falava sobre seu irmão. Ela ainda deve ta muito sentida por ele estar esse tempo todo a ignorando.

— Queria avisar que já preparou tudo para nos casarmos na semana que vem.

— Semana que vem já? — acho que ela ficou tão surpresa quanto eu.

— Melhor que seja logo, assim resolvemos isso de uma vez.

— Já disse que não precisa se casar comigo, Ichigo. Ainda acho que ta cometendo um erro.

Quando Rukia e eu conservamos sobre o casamento ela não gostou da ideia, achava que não era certo o irmão estar me obrigando a se casar com ela. Mas eu não vou deixá-la sozinha, por mais que Rukia resmungue esse casamento vai sair.

— E eu já disse que não me importo com a sua opinião.

— Não espere que um dia eu te agradeça por estar se sacrificando desta maneira.

— Eu não espero e não é sacrifício algum. Já disse que vou ficar sempre ao seu lado. — Esse papo acabou ficando meloso demais, acho melhor mudar de assunto. — Ta tudo bem?

— Sim. Por que não estaria?

— Quero dizer, bem com o... bebê. — ainda era estranho falar sobre essas coisas com Rukia.

— Acho que sim, como eu vou saber?— disse arisca.

— Ele está dentro da sua barriga. Acho que se tivesse algo de errado saberia, né? — minha paciência tinha acabado. Se é que já tive alguma.

— A única coisa que sinto vindo da minha barriga é enjoo. — confesso que tive vontade de rir com a cara que ela fez. Deve ser muito ruim mesmo ficar enjoada a todo tempo.

— Enjoada você já é. — saí do quarto antes que Rikia me acertasse outro travesseiro.

Na manhã seguinte...

Quando eu achava que não tinha mais como me surpreender com as maluquices de Rukia percebo que estava redondamente enganado.

— Me desculpe, professor, por não ter vindo esses dias. Eu passei por momentos tão tristes em minha vida. — ela encenava um choro tão falso quanto a empatia que Byakuya sente por mim. 

— O que aconteceu, Kuchiki? Morreu alguém da sua família? — perguntou o pobre homem que acreditava no drama que Rukia fazia.

— Pior. Meu namorado se aproveitou da minha inocência e me engravidou. Depois que descobriu fugiu e agora vou ser mãe solteira. — Eu quase caí da cadeira quando a escutei falar aquele absurdo. Os alunos comentavam:

— Pobrezinha.

— Como alguém pôde fazer algo deste tipo com essa menina tão doce.

— O cara que fez uma atrocidade desta merece ser morto.

Eu tinha vontade de jogar Rukia direto para casa com um pontapé em seu traseiro. O que essa louca tinha na cabeça?

— Não precisa se preocupar, Kuchiki. Pode faltar quantas vezes for preciso e quero que saiba que estamos aqui para ajudá-la no que precisar. — o professor tentava consolá-la. Coitado.

— Muito obrigada, sensei. Você é uma pessoa muito boa. — ela secava as “lágrimas” enquanto acariciava a barriga com a outra mão.  Eu estava de boca aberta com tamanho cinismo.

Rukia sentou-se ao meu lado e olhou para mim como se nada tivesse acontecido. Como essa mulher pode ser tão pirada?

— O que foi aquilo? — nem sei como consegui falar, estava atônico.

— O que foi? Precisava justificar minhas faltas. E não reclama porque eu nem falei o nome do homem que me engravidou. — Rukia murmurou com um sorrisinho tão cínico no rosto, eu fiquei sem palavras.

Resolvi ignorá-la e me concentrar na aula que o sensei iniciou. Já tinha perdido duas aulas e precisava me recuperar e ao contrario de Rukia, não tinha uma desculpa para dar.

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Optei por almoçar na sala mesmo, trouxe um lanche que Yuzu preparou para mim. Rukia foi até a cantina, ela ainda nem aguentava sentir o cheira da comida de minha irmã.

Após comer fiquei lendo um livro, porém tive meu precioso silêncio interrompido por uma colega de classe.

— Ichigo, já almoçou? — ela se chama Saya. Uma garota até que bonita, sempre ta tentando me agradar e me chamando para sair, mas sou do tipo mais caseiro e sem falar que não tenho muito tempo para lazer. E sim, ela me chama pelo primeiro nome, não sei explicar por que, mas também não ligo muito para formalidades.

— Acebei de comer.

— Que pena, ia te convidar para comer comigo na cantina. Hoje tem o prato que você gosta. — ela parecia decepcionada.

— Outro dia, quem sabe. – desconvencei.

— Que tal hoje? Podemos sair mais tarde, fiquei sabendo que abriu um barzinho bem legal aqui perto. — como dizer para uma garota que não to afim dela sem ser indelicado? Nunca fui muito bom com isso.

— Saya, hoje eu...

— Antes de inventar mais uma desculpa para não sair comigo só queria dizer que é apenas uma baladinha sem compromisso. — a garota sentou em minha mesa de frente para mim e cruzou as pernas. Eu fiquei sem saber o que fazer ou falar. Foi uma situação bem estranha e como se isso tudo já não fosse suficiente, ficou ainda mais embaraçosa.  

— Ichigo? — Rukia entrou na sala e pareceu não gostar nada do que viu. Agora lascou tudo de vez. Tsc, eu mereço.

Continua...

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Gostaria de agradecer a todos que estão lendo esse fic e comentando, muito obrigada queridos, fiquei tão feliz com os reviews, valeu mesmo.

Então que achara? Não esquece de comentar.

Ah, já escrevia a fic toda ela vai ter 30 capítulos.

Beijos!


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