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História De Repente aconteceu - A parte em que Rukia fica com ciúmes


Escrita por: Mara-Kuchiki

Capítulo 9 - A parte em que Rukia fica com ciúmes


Fanfic / Fanfiction De Repente aconteceu - A parte em que Rukia fica com ciúmes

No capítulo anterior:

— Acebei de comer.

— Que pena, ia te convidar para comer comigo na cantina. Hoje tem o prato que você gosta. — ela parecia decepcionada.

— Outro dia, quem sabe.

— Que tal hoje? Podemos sair mais tarde, fiquei sabendo que abriu um barzinho bem legal aqui perto. — como dizer para uma garota que não to afim dela sem ser indelicado? Nunca fui muito bom com isso.

— Saya, hoje eu...

— Antes de inventar mais uma desculpa para não sair comigo só queria dizer que é apenas uma baladinha sem compromisso. — a garota sentou em minha mesa e cruzou as pernas. Eu fiquei sem saber o que fazer ou falar. Foi uma situação bem estranha e como se isso tudo já não fosse suficiente, ficou ainda mais embaraçosa. 

— Ichigo? — Rukia entrou na sala e pareceu não gostar nada do que viu. Agora lascou tudo de vez.

A parte em que Rukia fica com ciúmes

 

— A conhece? — disse Saya olhando Rukia de cima em baixo. Eu me levantei saindo de pertos das coxas de minha colega que estavam quase batendo na minha cara.

— Não. Sou a aluna nova lembra? — Rukia tomou a palavra ao notar que eu não sabia o que dizer. Apesar de aparentar calma, em seus olhos tinha um brilho diferente. Posso apostar que estava com raiva.

— Ah sim, a grávida que foi abandonada pelo namorado. Pobrezinha. Mas veja pelo lado bom, agora você sabe como os homens podem ser malvados. — Sinto muita ironia nas palavras de Saya. Rukia a encara nada satisfeita. O que tá acontecendo aqui?

— É, já deu para perceber sim como os homens podem ser malvados. — Agora ela me olhou de uma forma tão furiosa que cheguei sentir medo. — Vou deixá-los à vontade. — ela disse isso e saiu batendo pé.

Conheço muito bem Rukia e sei que ela estava furiosa, mas o que não conseguia entender era o por quê. Talvez ela não ache legal eu ficar flertando com outra garota enquanto ela carrega um filho meu. Pera ai! Não, devo ta ficando maluco, isso não pode ser verdade. Ou será? Rukia ficou com ciúmes por me ver com Saya? Agora faz sentido toda fúria naquele olhar. Estaria mentindo se dissesse que não gostei disso.

— Tadinha, abandonada grávida deve ser muito ruim, né? Mas por outro lado quem manda pagar de bobona? Agora tá ai gravida e sem um pai para seu filho. — Fui despertado ao ouvir as besteiras que Saya falava.

— Ela não foi abandonada. O pai do bebê que Rukia espera sou eu. — A garota arregalou os olhos e eu saí dali. Onde fui? Atrás de Rukia, lógico.

Achei aquela baixinha enfezada comendo uma barra de chocolate. Ao julgar pela forma que ela devorava o doce, estava irritada.

— Sabia que chocolate vai aumentar seu enjoo? — me sento ao seu lado. – No livro que estou lendo para pais de primeira viagem diz que comidas ricas em gorduras tende a aumentar o enjoo e isso torna o chocolate um vilão para você.

— Isso não é problema seu. — ela enfia outro pedaço na boca. – E desde quando ler esses tipos de livros? – pelo tom de voz Rukia estava muito irritada.

- Desde que descobri que vou ser pai oras. – bufo sem paciência, Rukia me estressa.

- Tanto faz. – ela vira o rosto para o lado e continua a devorar o chocolate.

— O que foi? — é tão complicado entender Rukia. Será que ficou mesmo com ciúmes da Saya? Parece que sim.

— O que foi o que? — fala com a boca cheia de doce.

— Por que tá chateada? Eu e aquela garota não temos nada a ver, ela é apenas uma colega de classe. — Não queria deixá-la agitada, sabia que isso fazia mal ao bebê.

— Se tivesse eu não teria nada com isso, é sua vida.

— Lógico que tem. Tá carregado meu filho e vamos nos casar. Não seria honesto com você eu ficar com outra garota.

— Você ainda tem a vida toda pela frente, Ichigo. Se continuar com essa ideia de casar vai abrir mão de tantas coisas. Já parou para pensar nisso? — Sua voz ficou em um tom mais sério, o que me preocupou. Não quero que Rukia pense que estou destruindo minha vida ao me casar com ela.

— Não existe mais minha vida ou sua vida, Rukia. Mesmo sendo de uma forma atípica, vamos nos casar, ter um filho e formar família. Talvez não seja tradicional como as outras, mas vai ser a nossa família, então espero não ter que repetir isso para você novamente. — Precisava fazê-la entender que mesmo nas atuais circunstâncias nos casaríamos e seríamos felizes. 

— Você é um idiota, Ichigo. — Ela resmunga e enfia o restante da barra toda na boca.

— Vai passar mal comendo esse chocolate todo, Ruki... — Nem terminei de falar e ela correu para a lata de lixo mais próxima, vomitou tudo que estava em seu estomago ao julgar pela quantidade que saia. Essa teimosa nunca me escuta.

Fiquei ao seu lado enquanto colocava para fora o chocolate e todo seu almoço e um pouco mais naquela lata de lixo. Depois que não tinha mais nada em seu estômago, eu dei um lenço para ela limpar a boca.

— Eu te diss...

— Nem se atreva a terminar essa frase. — Eu me calei na mesma hora, não ia cutucar onça com vara curta.

— Já ia me esquecendo, não fica aborrecida... Eu disse para Saya que seu filho tem um pai sim e sou eu. — Passei a mão no topo da sua cabeça, bagunçando alguns fios. — Vamos logo que a aula já vai começar. — Disse enquanto já me encaminhava para a sala. Antes de dar as costas para Rukia, vi que ela deu um sorriso discreto. Acho que gostou do que eu disse sobre seu filho ter um pai.

•••

— O que acha de ser minha namorada? — Eu acariciava o rosto de Rukia que estava próximo ao meu. Tinha acabado de fazer amor pela segunda vez e ela estava em meus braços.

— Só tá falando isso porque está bêbado. Amanhã nem vai se lembrar. — Ela já estava quase pegando no sono, mas eu não queria deixá-la dormir. Aquela noite tinha sido tão gostosa que por mim poderia durar para sempre.

— Eu vou me lembrar sim. Como esqueceria a melhor noite da minha vida?

— Aposto que já teve noites melhores que essa e com mulheres bem mais sexys que eu.

— Eu já tive sim noites muito prazerosas, mas nunca como essa porque a diferença é que eu gosto de você, Rukia. — naquele momento eu não pensava com clareza, apenas falava o que sentia.

— Eu também gosto de você. — Ela disse e depois deu um lindo sorriso. Ah como era bom vê-la sorrir. — Eu vou ser sua namorada, Ichigo.  Mas só se me prometer que vai ser só meu, não quero te dividir com mais ninguém e fazer amor comigo outras vezes. Nunca me senti tão como nos momentos em que estava em seus braços.

— Acho que não vai ser sacrifício algum cumprir suas exigências. — A beijei sentindo a textura e maciez daqueles lábios tão gostosos de tocar.

Mais uma vez naquela noite meu coração estava disparado e a única mulher que conseguia essa façanha era Rukia.

 

Minha namorada. Então quer dizer que Rukia e eu somos namorados. Engravidar a namorada soa melhor que a melhor amiga, não acha? Fiquei feliz em saber que Rukia desejava voltar a fazer amor comigo e que eu fosse somente dela. Que baixinha ciumenta.

Agora, praticamente todas as noites eu tinha lembranças de quando fiz amor com Rukia e cada vez minha mente ficava conturbada porque com as lembranças vinham também sentimentos e sensações que nunca tinha sentindo antes por ela.

Quando a encontrava me lembrava do sonho e meu corpo era tomado por um desejo quase insano de provar seus lábios. Sim, sei que isso é muito imoral e se Rukia descobrir vai me matar, mas não consigo evitar. E isso tem criado um conflito muito grande dentro de mim.

Finalmente o domingo chegou, meu dia preferido da semana. Por quê? Ainda pergunta? É o dia em que não precisa fazer nada para ninguém e passo boa parte do meu tempo deitado recuperando as energias para mais uma semana agitada em minha vida.

Bom, isso era quando eu tinha um quarto, porque agora nesse momento não tenho onde descansar. Rukia invadiu meu quarto e meu pai está todo espalhado no sofá/minha cama vendo televisão.

Decidi por ir deitar no quarto dele, assim quem sabe não consigo um pouco de paz sem falar que a cama do meu pai é muito confortável.

Quando estava passando pelo corredor percebi que a porta do meu quarto estava aberta. Ia fechá-la e acabei ouvindo vozes. Era Rukia e Inoue, tinha até me esquecido de que ela veio visitá-la.

Sei que é feio ficar espiando atrás da porta, mas não resisti. Meu diálogo com Rukia sobre tudo que está acontecendo em nossas vidas é quase zero e naquele momento elas conversavam exatamente sobre isso. E eu acabei vendo uma possibilidade de saber um pouco mais como Rukia está se sentindo em relação a nós/bebê/casamento. Oportunista eu? É, pode ser, mas o que realmente importa para mim nesse momento é entender melhor os sentimentos da mulher que carrega meu filho.

— Então vão se casar amanhã? Foi bem rápido. — Escuto a voz de Inoue.

— Ao que parece meu nii-sama quer evitar a vergonha de eu estar com a barriga grande no dia do casamento. — A voz de Rukia estava triste.

— Por que não conta para ele as circunstâncias em que ficou grávida? Talvez ele aceite melhor. Você e Kurosaki-kun estavam tão loucos naquela noite que nenhum dos dois teve culpa, Foi uma coisa que de repente aconteceu. — Isso mesmo Inoue, coloca isso na cabeça de Rukia. Odeio me sentir culpado quando a vejo triste.

— Não acho que faça alguma diferença.

— Quem sabe o capitão Kuchiki pensaria melhor e entenderia se ouvisse sua versão da história.

— Isso não muda o fato de eu estar grávida sendo solteira do meu melhor amigo.

— Mas Ichigo vai se casar com você e depois do casamento quem sabe o humor do capitão mude?

— Esse casamento é outra coisa que me preocupa.

Meu coração acelerou quando escutei Rukia falar essa frase. Como assim a preocupa? Pensei que já tínhamos resolvido esse impasse.

— Por que, Kuchiki-san?

— Porque as pessoas se casam quando existe amor. Eu e Ichigo somos amigos, as chances dele ser infeliz é muito grande e isso me incomoda muito. Fico pensando: o que vai acontecer quando ele encontrar alguém de quem gosta e queira ter uma família com ela? Não é justo com Ichigo.

 Eu já desconfiava que isso incomodava Rukia, mas ouvir da boca dela é bem ruim. Sei que ela só está querendo meu bem, mas eu vou casar porque quero. Se é para construir uma família um dia não vejo nada de errado que seja com minha amiga.

— Não acho que vocês sejam apenas amigos, tenho certeza que existe mais. A prova disso é o bebê que espera.

Que isso Inoue. Nada haver.  Por que todo mundo acha que eu e Rukia temos um romance? Aff.

— Não existe nada além de amizade entre eu e Ichigo e, além disso, não me lembro da noite em que esse bebê foi concebido. Se não tivesse participado daquela brincadeira idiota do Keigo nada disso tinha acontecido. Algumas vezes penso que foi um erro ter ido àquela festa do Ishida.

 Nunca tinha parado para pensar que Rukia se arrependia da ter bebido e consequentemente feito amor comigo. Eu me sinto de várias formas quando me lembro daquela noite, mas arrependimento é uma coisa que nunca tive. Não sei explicar por que, mas saber deste fato me deixou triste.

— Não se lembra de nada mesmo?

— Não. As últimas lembranças que tenho em minha mente são de todos tomando saquê e se divertindo. Por mais que tente, não consigo me lembrar de nada.

— Kurosaki-kun se lembra?

— Ele disse que se lembra de algumas poucas coisas. Quer saber? Agradeço não ter recordação alguma, ia ser muito estranho sempre que olhar para Ichigo me lembrar do que fizemos. Se teve uma coisa de boa em estar bêbada é não ter lembrança alguma de como eu e Ichigo concebemos essa criança.

 Escutar essas palavras foi como se alguém desse uma paulada em minha cabeça, me senti ainda mais triste. Saber como Rukia realmente se sentia em relação ao que aconteceu na festa de Ishida foi arrasador.

Não tive mais vontade de escutar nada. Saí dali com a cabeça baixa e o coração apertado no peito. Eu destruí a vida de Rukia, ela nunca quis fazer amor comigo e se eu não tivesse tido uma crise de ciúmes e a beijado, nada daquilo teria acontecido.

Continua... 

 


Notas Finais


Olá queridos?

Quero muito agradecer pelos reviews que tenho recebido, to feliz demais que estão curtido a fic, muito, muito obrigada!

Continuem comentado que ta muito bom!

Beijos!


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