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História De repente, amor - Capítulo 13


Escrita por: mrsomalley

Notas do Autor


Eae r a p e i z e
Demorei um pouquinho muito de novo, mas abandonei, tá bem?
Bom, espero que gostem desse fofíneo capítulo.

Xoxo ❤

Capítulo 13 - Capítulo 13


Fanfic / Fanfiction De repente, amor - Capítulo 13

~Paulo~

Finalmente eu tinha acordado daquela angústia que era estar em coma. Eu não me lembrava de nada, na verdade não tinha do que se lembrar, estar em coma, pelo menos pra mim, não era como dormir e sonhar, ou dormir e não sonhar, era nada. Me lembro apenas de querer acordar e não conseguir, e te ouvido bem baixo a voz dos meus amigos, dos meus pais, e de Alicia. Não foi muita coisa, mas ouvi ela dizer que casar comigo não seria estranho. Ah, como eu amava aquela garota. Eu me casaria com ela, me casaria com ela todos os dias.

Estava deitado, no quarto sem graça do hospital. Meus amigos tinham ido, e Alicia tinha ido pegar uma gelatina pra mim. Ela não demorou nem cinco minutos, e logo passou pela porta, a fechando atrás de si, sentando-se em uma cadeira ao meu lado, e me entregando o pote de gelatina com a colher.

- É tão ruim não ter você pra fazer algum comentário de idiota - ela disse, em seguida colocou na boca a colher com gelatina - Quando ouvi sua voz eu vi fogos de artifícios na minha cabeça.

- Fogos de artifícios? Por quê? - perguntei rindo baixo.

- Não sei, mas é uma coisa boa.

- Ah, olha, sobre a Margarida, ela...

- Armou tudo. - completou ela, me deixando surpreso - Bibi me disse. Me desculpa, Paulo, por não ter acreditado em você, e nos seus sentimentos. Eu me sinto péssima todos os dias quando penso nisso.

- Não se sinta, estamos juntos agora, e isso que importa.

Alicia sorriu, tirou o pote de minha mão, e junto com o seu colocou em cima da mesinha que estava a cima de meu corpo, então ela se aproximou, segurou meu rosto e me beijou de forma doce.

Fogos de artifício.

Eu tinha quase me esquecido da sensação maravilhosa que sentia quando beijava Alicia, e puxa, depois de um mês, que pareceu um ano, eu me senti como se estivesse nas nuvens. Eu estava vivendo em um sonho. Queria protegê-la, embora ela não precisasse de ser protegida por alguém, e abracá-la carinhosamente, queria me deitar ao lado dela, e envolvê-la com meus braços

Ao nos separarmos do beijo admirei seu belo rosto, e passei uma mecha de seu macio cabelo para trás de sua orelha.

- Então quer dizer que você quer se casar comigo? - perguntei de forma rápida, e as maçãs do rosto de Alicia rapidamente ficaram rosadas. - Ah, você ficou vermelha. Que linda.

- Não fiquei nada, idiota. Eu não quis dizer isso, espera, você me ouvia?

- Um pouco, algumas coisas, acho que devo ter ouvido mais coisas, porém não me lembro. Mas me lembro de ouvir Alicia Gusman dizer que queria se casar comigo.

- Eu não disse que queria me casar com você. Ah, meu Deus, Paulo Guerra, você é tão convencido. Essa camada de egocentrismo vai te prejudicar muito ainda viu. É melhor ver isso, antes que sufoque todos a sua volta. - ela disse, me fazendo rir. Senti falta daquilo, de como ela arrancava facilmente minha melhor risada. - Você é tão, tão convencido que uma hora ou outra vai explodir.

- Eu sei que ama isso, ama tanto que vai explodir.

Alicia riu, e voltou a me beijar.

                    (...)

Minha mãe estava chorando creio que pela décima vez, ela mal conseguia manter uma conversa comigo e começava a chorar.

Agora sei porquê Marcelina chora tanto.

- Mãe, - chamei-a, que limpou os olhos avermelhados - tá tudo bem, eu tô aqui.

- Oh, meu filho, não sabes com foi doloroso pra mim e seu pai vê-lo deitado nessa cama. Foi tão angustiante esses dias, você nunca acordava e meu coração se partia em mais e mais pedaços. - ela disse, quase voltando a chorar de novo. Também senti muito a falta deles. Os meus pais, os quais amo tanto. - Agora, te vendo assim, tão bem, só consigo chorar, porém de felicidade.

Meus pais sempre trabalhavam muito, as vezes não os via por um dia inteiro, eles viajavam a negócios, mas nunca abandonavam a mim e Marcelina, eles sempre encontravam um tempo para nos dar atenção, carinho, e muito amor. Eram pais extremamente atenciosos. Marcelina e eu não tínhamos do que reclamar. Apenas foi um tempo difícil quando eles estavam pensando em um divórcio, foi um tempo realmente muito difícil. Felizmente, as coisas entraram no eixo.

- Eu também estou muito feliz em vê-los - eu disse.

- Enfim, você sabe que eu te conheço muito bem à 18 anos, e sei muito bem quando apronta algo - ela disse, e rapidamente me lembrei que tinha dado uma festa. Droga. - Enquanto seu pai e eu estávamos viajando a negócios, você dava uma festa. Está de castigo.

- Oh, tudo bem, acho que mereço isso - eu disse, e minha bela mãe ergueu uma de suas sobrancelhas. - Quero te perguntar uma coisa, por quê vocês insistiram? Quer dizer, por quê não se divorciaram?

- Seu pai e eu estamos juntos a muito tempo. Nos beijamos pela primeira vez quando ainda éramos do ensino médio, eu tinha 16, e ele sua idade. - ela se sentou ao meu lado na cama - Naquela época, quando discordavamos de tudo, quando nunca chegávamos a uma conclusão, pensamos no divórcio, a única coisa que não discordamos, mas, naquele dia, eu fui até seu quarto, ao de sua irmã, e pensei em tudo que tínhamos vivido, e se realmente um divórcio seria a melhor maneira de ajeitar tudo. Não seria. Procuramos uma terapeuta de casal, que fez nós nos separarmos durante 30 dias. Mesma casa, camas diferentes, vidas diferentes, sem conversas, ou aproximações. 30 dias me fizeram refletir sobre a vida que seu pai tinha me dado, os filhos lindos, o amor, tudo, eu não poderia jogar tudo no lixo. O amor, Paulo, é um sentimento difícil de se lidar, você não entende, você se machuca, você chora, mas o amor, ele vale a pena se for verdadeiro. O amor é tudo que eu tenho, é o que trouxe você e sua irmã a vida, é o que me trouxe a vida.

A olhei, e sorri.

Realmente, o amor tinha me trazido à vida, duas vezes, primeiro por meus pais, depois por ela.

Antes de Alicia eu tinha uma perceptiva totalmente diferente sobre à vida, não significava nada pra mim, eu morria todos os dias, e ela mudou isso, completamente. No início, posso dizer que me sentia corajoso, mas eu me perguntava: como eu poderia ser corajoso se tinha medo de me apaixonar? Então ela entrou por àquela porta, com aquele jeito, aquele skate, e todas as dúvidas de repente foram embora. De certa forma, aquilo ainda eram um problema, mas todos os momentos me trouxeram a conclusão que cada lágrima que viria pela frente, valeria a pena, se o amor fosse de verdade, e era.

- Cheguei! - exclamou meu pai, entrando no quarto.

- Chegamos! - exclamou Marcelina, entrando logo depois. Ela se aproximou de mim e me abraçou de lado. - Ah, meu maninho chato e boboca...

- Boboca? - questionei - Quem em pleno século 21 fala boboca?

- Eu falo, seu boboca. - respondeu - Cara, eu nunca achei que sentiria falta das suas chatices constantes e seu mau humor de um velho de 80 anos.

- Você é tão engraçada, pirralha, minha barriga até dói.

- Viu? Ranzinza!

- Cala a boquinha, pirralha.

~Alicia~

Um mês sem trabalhar me fez lembrar que eu tinha o emprego mais chato e entendiante de todos os tempos, principalmente quando não se tinha Paulo. Felizmente eu tinha Carmen, e uma garota cheia de tatuagem chamada Rose - que substitua Paulo -, que em pouco tempo me mostrou ser uma garota bem legal.

O relógio ainda marcava 17:46, à um ano atrás. Não via a hora de poder ir até o hospital ver Paulo, não tinha o visto desde o dia anterior, e sentia muita falta daquela cara branca de manézão que só ele possuía.

- Eu não suporto esse lugar - comentei, logo depois de entregar o pedido na mesa que não me recordava o número. Me sentei em um banco, à frente de Carmen, e Rose se sentou ao me lado, depois de vir da dispensa. - Porém, preciso juntar dinheiro suficiente pra pagar a inscrição da faculdade.

- Vai tentar bolsa né? - perguntou Rose.

- Sim, depois que eu fizer a inscrição.

- Já fiz inscrições pra várias faculdades, pra artes plásticas, e, surpreendemente passei em todas. - começou a contar Rose - Mas não fui nenhum dia, esse lance de faculdade não é pra mim, eu era um diabo na escola.

- Então porquê cargas d'água fez as inscrições? - perguntou Carmen.

- Vou ignorar esse cargas d'água aí. Indecisão. - respondeu ela, de forma rápida. - Então parei pra pensar que podia pedir meu tio pra me ensinar a fazer tatuagens e abrir meu próprio negócio de tatuagens. Agora tô fazendo uns bicos pra juntar uma grana.

- Boa ideia - eu disse.

- Péssima ideia. - contrariou Carmen - Você tem que ter um certificado legal pra fazer tatuagens em outras pessoas.

- Fiz o meu próprio certificado.

Carmen balançou a cabeça em negação, sorrindo. Então Rose se levantou quando alguém a chamou.

                   (...)

Faltava um minuto, apenas um maldito minuto, e eu poderia tirar aquele avental horrível.

- Acho tão bonita essa animação sua, nem parece que vai ter que repor esse mês nas férias - provocou-me Nate. - Lamento por você, queridinha.

- E eu te odeio, mortalmente.

- Fascinante. Vamos James - James era um cara estranho que ficava no balcão junto com Carmen, porém ele nunca dizia nada, e só ficava lá, paradão na dele. Todos nós sabíamos que o gerente do Coffe e ele davam uns amassos depois do expediente, e achávamos também que Nate pensava que ninguém sabia de nada. Bobinho - Querida, não crie tantas expetativas, tá bem? Fracassada.

- 18:00! - exclamei - E eu te odeio.

Fui até a dispensa, tirei o uniforme, coloquei minha roupa, e saí como um raio do estabelecimento, no qual trabalhava, antes o tranquei, claro. Eu corri com meu skate até o hospital. Entrando lá esbarrei com George, assim como April, cirurgião traumologista.

- Opa, opa! Sabe que não pode correr com isso aqui, não é? - questionou ele, tentando parecer sério, mas na verdade reprimido um sorriso.

- Sei, nada acontecerá se você não contar nada.

- Alicia, mas quase todo mundo viu.

- Ninguém viu se você não falar! - exclamei, indo até a sala de Paulo, e o deixando pra trás.

- Ô, Gusman, - me gritou ele, antes que eu sumisse - tem que passar na recepção pra pegar o celo de visitante.

- Droga... - reclamei em sussurro, e voltei até a recepção, George estava com um sorriso vitorioso no rosto - Bobão.

- Bobona.

Então fui até a recepção, e esperei até que a recepcionista, depois de um ano, quinze dias e oito meses, me entregou o adesivo de visitante. Após isso, segurei meu skate na lateral do corpo e caminhei até o quarto de Paulo.

A cada passo que eu tava naquele hospital, mesmo o conhecendo e ponta-cabeça, eu ficava cada vez mais encantada, me imaginando lá a alguns anos, usando aqueles jalecos brancos. Finalmente tinha descobrido meu plano brilhante pro futuro.

Entrando na sala me deparei com Paulo dormindo sereno, e estava tão lindo e fofo. Por conta da cirurgia teve que raspar a cabeça, e depois de um mês seu cabelo já estava crescendo, e, puxa vida, ele estava ainda mais gato. Me sentei na cadeira ao lado dele, e o observei dormir tranquilamente. Eu não podia estar mais feliz em vê-lo bem, senti tanto medo de perdê-lo, que achei que iria morrer sem ar. Eu nunca imaginei sentir algo tão forte por alguém, como um imã me levando a ele, que quando o vi daquela forma, senti o meu mundo cair de baixo de meus pés. Eu não queria perder mais tempo, queria estar com ele, todos os dias da minha vida.

Paulo se moveu na cama, abriu os olhos aos poucos e sorriu ao me ver, sorri de volta.

- Você não consegue viver sem mim mesmo, não é? - ironizou, e eu sacudi a cabeça sorrindo, e rolando os olhos - Não adianta negar, esquetadinha, minha presença é tão essencial na sua vida quanto um copo de água.

- Ah, sim, sim, claro que sim. Eu poderia viver meses sem água, mas sem sua presença eu morreria, assim, - estalei os dedos - em um estalar de dedos.

- Oi.

- Oi.

Dei um selinho nele.

- Então, como você está? - perguntou gentilmente - Como está sua avó?

- Minha avó está bem, você está bem, eu estou muitíssimo bem. - respondi sorrindo - Paulo, eu finalmente tenho um plano brilhante, vou juntar dinheiro e me inscrever em algumas faculdades de medicina. Quero ser cirurgiã.

- Uau! Minha namorada vai ser cirurgiã.

- E o meu vai ser um grande cineasta. Que droga, Paulo, eu pareço uma idiota.

- Se chama apaixonada, e está linda. - ele disse, como um bobo apaixonado. - Acho que nossos filhos serão lindos, concorda? Porque veja bem, eu sou o cara mais lindo do mundo, e você é a garota mais linda do mundo. Nossos filhos vão ser lindos.

- Filhos? - indaguei, surpresa - Não acha que é cedo pra pensarmos nisso?

- Claro que não, porque você é a única que eu quero que meus filhos chamem de mãe.

Ele se aproximou, e me beijou docemente.

Paulo me fazia sentir como se fôssemos destinados um para o outro, como nos filmes, e eu gostava de sentir aquilo. Os outros garotos já não tinham graça, porque eu só tinha olhos pra ele. De certa forma eu tinha me apaixonado por ele de forma misteriosa e natural, e eu vinha me apaixonando ainda mais todos os dias, apenas em olhar seu rosto, seu sorriso, o jeito como seus olhos brilhavam ao me ver, ou quando me contava seu dia. Eu me apaixonava por eles todos os dias, e sentia isso duraria por muito tempo.

Então nos afastamos do beijo, nos olhando em silêncio, já que não era preciso uma sequer palavras, nossos olhares falavam por si, sendo assim, era um ótimo e confortante silêncio.


Notas Finais


Até loguinho peoples 😘


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